domingo, março 29, 2009

"Vento da história sopra nas velas das forças de esquerda!"


Guennadi Ziuganov, dirigente do Partido Comunista da Federação da Rússia (PCFR), considerou hoje que a crise financeira cria no país uma nova situação revolucionária e defendeu que os comunistas devem conquistar para o seu lado novas camadas da população.
“Forma-se uma nova situação revolucionária. Ela apenas amadurece, mas não há dúvida de que o vento da história sopra nas velas das forças de esquerda”, declarou o líder comunista num plenário dedicado à política do PCFR durante a crise.
Ziuganov constatou o aumento da actividade dos trabalhadores, provocada pela deterioração da situação económica.
“As pessoas começam a perder as ilusões criadas durante oito anos de “chuva de ouro””, frisou o dirigente comunista, tendo em conta o período em que a Rússia beneficiou dos altos preços do petróleo e gás nos mercados internacionais.
“Claro que seria infantilismo esperar um aumento forte e rápido da resistência. A classe operária está mal organizada e, em parte, a culpa disso é nossa. Pouco fizemos para organizar os trabalhadores para a luta pelos seus interesses”, reconheceu Ziuganov perante os seus camaradas do Comité Central.
“Devemos, juntamente com os sindicatos independentes, com os sovietes de operários e camponeses alterar a situação. 04 de Abril será um dia nacional de protestos. Depois vêm os dias 01 e 09 de Maio. São festas nossas e devemos aumentar a pressão sobre o poder”, defendeu.
Guennadi Ziuganov acusou o Kremlin de não permitir o acesso dos comunistas à televisão.
“Não podemos esperar que nos deixem aparecer na televisão. Claro que lutamos energicamente por esse direito e o poder já prometeu alguma coisa, mas seria precipitado acreditar nele”, declarou.
O dirigente comunista defendeu a aposta nos “novos órgãos de informação, incluindo a Internet e os sms”, bem como a conquista do apoio dos militares “que brevemente serão despedidos devido à redução das Forças Armadas”, da classe média e do “proletariado dos escritórios”.
“Não devemos pretender à direcção de cada organização em que participamos...Devemos conquistar a confiança e apoio do povo antes de tudo com acções tácticas, com a avaliação correcta da situação, com a firmeza na luta. Então, as pessoas virão ter connosco, chamar-nos-ão”, concluiu.

17 comentários:

Anónimo disse...

sr. milhazes responda a algumas perguntas pff.

o sr. tem a consciência pesada por ter acreditado e lutado por uma ideologia que pretendia escravizar a humanidade e que provocou mais sofrimento e mortes do que por exemplo o nazismo?

2- a odete santos é a mulher tipica comunista, concorda?

3- quando deixou de ser comunista passou a acreditar em anjos e na vida depois da morte?

4-apanha-se maior seca a ler o capital ou o mein kampf?

gratp

luis.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitor Luís, eu apenas publiquei a opinião dos comunistas russos, mas não escrevi que estou de acordo com essas ideias de Guennadi Ziuganov.

Ninja disse...

"2- a odete santos é a mulher tipica comunista, concorda?"

Não va por aí, caro Luis, senão eramos todos do Bloco Esquerda, com aquelas belas mulheres que andam por lá. Eheh

"4-apanha-se maior seca a ler o capital ou o mein kampf?"

Eu nunca li nenhum dos dois, mas do que tenho visto em citações recentes do Capital, parece que fala em situações passadas em tempos actuais, quanto ao outro comecei uma vez a ler, mas confirmo que estava a ser uma grande seca e deixei logo de o ler.

Felipe Pinheiro disse...

Sr. "Anonimo",

Você não pode confundir uma ditadura totalitarista (que é um regime político) com o socialismo (que é um modelo sócio-econômico), embora a alteração de um modelo acaba por influenciar o outro, mas, essencialmente, são fundamentações completamente distintas.

O stalinismo foi um modelo inegavelmente totalitário, que se auto-denominava socialista, o que é muito contestado pela esquerda atualmente.

A América do Sul, até bem pouco tempo, esteve nas mãos de ditaduras igualmente sanguinárias, todas de direita. Isso não significa que o capitalismo prega isso, pois, assim como o socialismo, é um modelo eminentemente sócio-econômico.

Repetir essa retórica de que o socialismo "provocou mais sofrimentos e mortes que o nazismo" é demonstrar ou pura ignorância sobre o que o socialismo propõe, ou extrema distorção histórico-ideológica.

Anónimo disse...

sr. filipe, para mim, o "anónimo" o socialismo ou comunismo são ideologias que geram corrupção quando são postas em prática.

corrupção é a coisa mais monstruosa que existe, meu caro.

a esquerda mundial está a espalhar os tentaculos para controlar novamente a economia mundial, e já sabemos o que daí vai resultar não sabemos?

Gilberto disse...

O PC russo é um partido de aposentados. Sem estrategia e sem discusso.

Jacob disse...

Afirmar que o comunismo pretendia escravizar a humanidade, além de demonstrar falta total de conhecimento histórico, é repetir o que a mídia ocidental prega como propaganda ideológica.

Na realidade, o que modificou a estrutura social de toda a Europa foi a Revolução Russa, diretamente nos países do antigo bloco socialista e indiretamente nos países da Europa Central. Não fosse a Revolução Russa, a Europa apresentaria o mesmo cenário que presenciamos na América Latina: prédios luxuosos e uma minoria vivendo nababescamente, sobrevoando a cidade em helicópteros, de um lado; enquanto a maioria da população seguiria vivendo em favelas com casas precárias, sem acesso a saúde e sem educação de qualidade, e o pior, sem se alimentar convenientemente, do outro lado. As grandes cidades europeias, como Roma, Berlim, Paris, Lisboa e Madri, apresentariam enormes favelas em seu entorno, com um povo desdentado, sujo, fétido, não fosse a iniciativa de Lenin e dos bolcheviques.

As idéias políticas, entretanto, estão condicionadas a um determinado contexto histórico; assim, o socialismo da Revolução Russa foi uma solução para a Rússia Czarista de 1917, são idéias para aquela sociedade atrasada e para aquele povo faminto e analfabeto; não se aplicam mais a nossa sociedade baseada na informática e na tecnologia. Hoje, quem pretende mudar a sociedade, deve pensar em novas idéias.

Ao ler o discurso de Ziuganov, tenho a lamentar que ele esteja ultrapassado, atado ainda aos episódios do início do século passado; na sociedade do conhecimento em que vivemos, não faz mais sentido falar em situação revolucionária, melhor seria um reformismo forte, com idéias que contivessem os aspectos mais nefastos do capitalismo.

O pensador da esquerda que continua atual é Gramsci e sua radicalidade democrática, como forma de se construir uma nova sociedade.

Anónimo disse...

"sr. filipe, para mim, o "anónimo" o socialismo ou comunismo são ideologias que geram corrupção quando são postas em prática"

e o que tem gerado o neoliberalismo? Vai-me dizer que não há corrupção e ditaduras no capitalismo?

Anónimo disse...

A radicalidade democrática de Gramsci era assassinar todos que n fossem comunistas, impedir a existência de eleições, e dominar brutalmente a sociedade através do totalitarismo que SEMPRE caracterizou a socialimo/comunismo.

Comunismo é sim, pior que nazismo.

TODOS os países comunistas foram ditaduras sanguinárias. Sem exceção.

PONTO FINAL.

Anónimo disse...

VIVA PINOCHET

Anónimo disse...

O que está em jogo já não é o socialismo.
Na medida em que o socialismo tal como a democracia, lamentavelmente não têm um significado uniforme e homogéneo, porque os que falam deles deixam sempre uma incerteza e uma inquietude. São teoremas abstractos que muitos se servem (e serviram) para aplicar ou impor um certo tipo de domínio. A humanidade já sofreu crimes, genocídios, guerras, invasões, ocupações, fome, mentiras, ditaduras, saques, exploração, miséria etc. quanto baste em nome destes dois sistemas difusos sem contornos bem definidos.
O que se pretende realmente desacreditar e denegrir sim; é o Marxismo. Na medida em que este, não dispondo apenas de ferramentas eficazes para resolver os problemas da humanidade, denuncia os causadores desses mesmos problemas e a forma para os desarmar.
É esta a questão fulcral, que muita gente tem medo de enfrentar. Alguns que apoiam o Marxismo não o assumem abertamente esperando que os ventos lhes voltem a soprar de feição. Os que o contestam, tentam combate-lo por todos os meios, recorrendo à mentira de toda a ordem associando-o aos que dele se serviram para expandirem e aplicarem métodos que o Marxismo não aceita nem preconiza.
Estes últimos(anti Marxistas) até há pouco tempo enfeitaram-se de adornos idolatrando o sistema capitalista, praguejando (cometendo assassínios até) contra os que não aceitavam este tipo de sociedade. Argumentando que o capitalismo não sendo perfeito nada havia melhor que o substitui-se. As chamadas esquerdas deixaram-se levar neste canto de sereia e foram abocardadas, perante as promessas obscuras dos interesses da alta finança, descobrindo repentinamente os valores sagrados do capitalismo e aceitaram sem remorsos a felicidade burguesa. A metafísica iluminista da história capitalista surgiu como uma fluência mental, onde os (grandes) dirigentes da esquerda se abrigaram.
Mas as grandes lições a tirar deste sistema produtor de mercadorias (além de gerar tremendas desigualdades) já não pode aparecer como «progresso» porque como acabou de demonstrar a actual crise não é viável porque se afunda no caos.
Da grande crise de 1929 foi criado a New Deal que durante toda a década de trinta passou por avanços e recuos com poucos progressos, até chegar a Segunda Grande Guerra que lhe deu um enorme empurrão. Mas hoje é precisamente o contrário, as guerras existentes estão a provocar o afundamento do sistema, portanto desta vez não é à conta da desgraça alheia que irão resolver o seu problema.
Chegou a hora do sistema capitalista pagar a factura. Para se salvarem não têm o mínimo pejo em recorrer aos métodos Marxistas afim de não mergulharem ainda mais no tal caos que criaram.
Mas para desmascarar estes grandes defensores das suas liberdades não é preciso muita imaginação nem grandes conhecimentos.
Basta lembrar-lhes ; quem não aceita ainda hoje o Darwinismo com todas as suas evidencias irrefutáveis , que apenas colide com os seus interesses espirituais. Pode de alguma forma aceitar o Marxismo que confronta todos os seus interesses de classe burguesa parasitária? Embora actualmente sem outra alternativa comam à conta dessa ideologia que tanto odeiam!
Pois se esse sistema é assim tão cruel como aqui o descreveram porque não arranjam uma alternativa viável para o mesmo?
O que está a acontecer na Europa de Leste só vai contra aquilo que vocês preconizam. Porque em vez de melhorar as condições de vida das populações têm piorado. Afinal os acontecimentos vêem demonstrar que vocês não encontram soluções para aquilo que tanto criticam, por isso não passam de uns charlatães.
Ou vão tentar convencer-me que a URSS herdeira de um sistema anacrónico falhado , atrasado e miserável, se guindou ao lugar de segunda potencia mundial com o seu nível de desenvolvimento, o fez com escravos, analfabetos, incultos e famintos? Podem vocês alienados pensar desse modo! Porque eu sei que foi feito com boas universidades para formar bons técnicos e bons cientistas. E mais; fê-lo com os seus próprios recursos.
Senão esses detractores do Marxismo têm um bom exemplo:__ A Rússia nos últimos 18 anos não conseguiu apresentar nada de novo ao mundo. Desde há 300 anos a Rússia tenta ocupar um lugar na história, correspondendo à sua ambição e envergadura. Mas os anos mais bem sucedidos foram no tempo a URSS. O maior país do mundo, nessa altura subiu ao terceiro lugar em população e ao segundo em potencial económico, mantendo posições de liderança em certos campos da ciência.
Nos últimos 18 anos (capitalismo) tem predominado a ideia de que a economia constitui não apenas a base da sociedade, mas também o seu objectivo principal.
Porque a missão do Estado, que é proteger e desenvolver a ciência, literatura, educação, assistência social e meios de comunicação, ficou reduzido a garantir a actividade do mercado. Mas os mecanismos do mercado são mortíferos para muitos sectores da sociedade, tais como as actividades intelectuais e as relações entre as pessoas.
Enquanto a sociedade Soviética podendo ser considerada totalitária com muitas ressalvas, a sociedade Russa (e não só) actual é totalitária sem quaisquer ressalvas, porque reduz tudo ao dinheiro e ao mercado.
E os resultados estão à vista!
Cin.naroda

Maquiavel disse...

Parece que este discurso já deu frutos: a bomba na estátua de Lenin...

Anónimo disse...

As verdades são muito difíceis de engolir. Quando se tem o estômago cheio, despeja-se o penico bocal. Melhor a trampa que nos deram a engolir toda a vida.
Por favor não bata com frases fugidias , rebata com argumentos.__ Se dispõe de elementos credíveis que contradigam o que eu escrevi , tem uma boa solução,DESPEIJE-OS. Fico à espera! Porque de outro modo confirmo e reafirmo o que disse no post anterior. Que estes apoiantes (camuflados de democratas) da direita mais asquerosa que o lixo, não passam de uns charlatães. Não lhes bastam os exemplos do drama actual em que mergulharam a humanidade?
Tenham a humildade de reconhecer que para se salvarem do pântano onde chafurdam, tiveram que recorrer a receitas de uma ideologia que hostilizam! Isto diz tudo sobre a vossa moral.
E não só. Vem demonstrar claramente que o Marxismo é um único caminho para um futuro harmonioso da humanidade e salvaguarda da vida neste planeta.
Cin.naroda

Maquiavel disse...

Francisco, ignore esses fascitazecos miseráveis, näo vê que eles só vivem enquanto alguém lhes der importäncia? Dê-lhes ao desprezo, e só discuta com pessoas inteligentes. Um abraço!

Anónimo disse...

vc são um bando de bosta

Anónimo disse...

Então não venha conspurcar ainda mais com os seus pestilentos comentários

Marco Cerqueira disse...

A verdade é que com esta crise, as ideias marxistas ganham força assim como o sentimento nacionalista e patriotico.
O liberalismo não na forma tão intensa como Adam Smith defende, mas à americana, acarretou e sempre trará crises economicas. As especulações provocadas pelo excesso de interesse no lucro levam ao desencontro entre oferta e procura. Lembrando a crise de 1929 por exemplo, onde o excesso de expeculação minou o campo economico não só americano como também europeu. Foi a partir daí que surgiram, nomeadamene em Portugal, Itália e Alemanha de uma forma mais enfatica regimes totalitarios. Estes regimes manifestaram-se à esquerda ou à direita conforme a força partidária. Mas nos países que referi anteriormente, viraram-se todos para a extrema direita. Sob bandeira Nacionalistas, onde todos os valores do Estado se superiorizava aos interesses dos individuos.
Pelo que me diz a academia onde estou inserido, o actual clima, quer de crise economica ou de valores sociais, deve-se a excessos do liberalismo e o neo-liberalismos da Kanzler alemã.
O que leva a valores mais sociais, isto é, partidos ou lideres, que defendam os mais pobres,onde estes vejam os seu direitos garantidos.
O que Guennadi Ziuganov vem dizer é o espectro da vontade e ideal crescente de muitos.
cumprimentos