quinta-feira, abril 02, 2009

Deputados ucranianos comparados a piratas somalis


A primeira-ministra ucraniana, Iúlia Timochenko não gostou da forma como a oposição protesta e comparou os seus deputados a "piratas somalis".
O Partido das Regiões (da oposição ao Presidente Victor Iuschenko e à primeira-ministra Iúlia Timochenko) bloqueou hoje os trabalhados da Rada Suprema (Parlamento), exigindo do governo de coligação a apresentação do seu programa de combate à crise.
Ontem, os membros do Partido das Regiões prometeram bloquear a tribuna e o presidium da Rada nos dias 02 e 03 de Abril.
A oposição acusa o poder de incapacidade de superar a crise na Ucrânia. Antes da sessão do Parlamento, os deputados do Partido das Regiões ocuparam a tribuna e barricaram a entrada da sala com cadeiras.
Iúlia Timochenko comparou os deputados do Partido das Regiões aos “piratas somalis”.
“Gostaria que o Partido das Regiões não se comportasse como os piratas somalis, que fazem o seu escuro negócio e nada sabem da crise que hoje afecta o mundo e a Ucrânia”, comentou ela.
Segundo Timochenko, o Partido das Regiões bloqueou o trabalho da Rada para impedir a aprovação dos projectos-lei necessários.
“O Governo apresentou ao Parlamento o programa de recuperação há três meses e já está a realizar 12 pontos. Por essa razão, o comportamento do Partido das Regiões apenas visam complicar as coisas”, acrescentou.
A aprovação do “programa de recuperação” é uma das condições para que a Ucrânia receba um empréstimo do Fundo Monetário Internacional.
Ana German, uma das dirigentes do Partido das Regiões, reconheceu que o objectivo da acção da oposição é provocar a demissão do Presidente e do Governo, bem como a dissolução do Parlamento.
“Se formos a escolher entre um Parlamento que não trabalha e não quer trabalhar e as eleições, teremos de optar pelas eleições”, declarou Igor Popov, representante de Victor Iuschenko na Rada.
Porém, Iuschenko tem em vista eleições parlamentares antecipadas. Quanto às presidenciais, ele irá recorrer, junto do Tribunal Constitucional, da decisão da Rada de realizar a eleição do Presidente em 25 de Outubro de 2009, considerando que o escrutínio deverá ter lugar a 17 de Janeiro de 2010.

13 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Milhazes: o que se lhe oferece dizer acerca da visita do ministro russo a Portugal? Não vi nenhum despacho da LUSA.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitor Anónimo, sei que o ministro para Situações de Emergência da Rússia, Serguei Choigu, abordou com o ministro do Interior português, Rui Pereira, a possibilidade de naves aéreas russas de combate a incêndio utilizarem aérodromos portugueses como ponto de apoio na Europa, mas não sei se foi firmado algum acordo concreto. Logo que saiba, direi.

Anónimo disse...

qual o problema? todo mundo sabe que os ucranianos são os negros da europa

Anónimo disse...

Medicine crisis hits Russia's poor


St Petersburg's governor has warned of a looming catastrophe for patients


The impact of the global economic crisis has forced some Russians to make a desperate choice between food and medicine, the BBC's Richard Galpin reports from Russia's second city, St Petersburg.

St Petersburg is one of Russia and Europe's most glamorous cities.

Brimming with history, culture, wealth and beauty, it comes as a shock to discover its dark underbelly.

But in these times of hardship, the weaknesses in the Russian economy and social welfare systems have been laid bare.

We drove out from the Venetian atmosphere of the city centre to a grimy suburb to meet a man who in his heyday had been a member of the cultural elite.

I have been prescribed medicines which cost more than 7,000 roubles a month but my pension is just more than 4,000 roubles

Sasha Pol Marsel

Sasha Pol Marsel used to be a concert pianist giving performances in Russia and abroad.

Now 60 years old, he came to greet us in the entrance to his apartment block, which was covered in graffiti and stank of urine.

To get to his apartment, we passed through makeshift hardboard doors, before sitting down in the meagre, decaying surroundings he calls home, which he shares with his elderly mother.

He soon pulled out his mobile phone, where he stores a recording of a performance he gave 30 years ago of Rachmaninov's first piano concerto. We listened to the brilliance of the man who once was.

Unaffordable

Today, his thoughts are as far from the glamour of the concert hall and the exhilaration of live performance as it is possible to be.


Mr Pol Marsel sometimes cannot even find vital tablets in the pharmacies

Instead, he is preoccupied by illness and faces a fundamental struggle for survival.

Having suffered a series of strokes and after becoming diabetic, he requires a vast assortment of medicines, which have now risen so steeply in price because of the economic crisis that he can no longer afford them.

"I have been prescribed medicines which cost more than 7,000 roubles [£145; $207] a month but my pension is just more than 4,000 roubles [£83; $118]," he said.

"So some medicines I simply cannot afford. At times I don't buy food, but what can I do?"

He told me that sometimes he cannot even find vital tablets in the city's pharmacies.

Exchange rate

Last month, the governor of St Petersburg, Valentina Matviyenko, warned of what she called a looming "catastrophe" in the market for medicines because of the global economic crisis.


At least 80% of all the medicine used in Russia is imported

The root cause of the problem is the slide of the Russian rouble against the dollar and euro over the past four months.

That has made importing foreign goods much more expensive, and so now there are far fewer medicines being imported.

"Our company expects that our cargo turnover will decrease this year by about 28%," says Yulia Zheboyedova, director of communications for the sea port of St Petersburg.

And the problem for those who are sick is that they depend on imports, because at least 80% of all medicine used in Russia is made abroad.


The root cause of the soaring prices is the slide of the Russian rouble

Outside a pharmacist in the city centre, one woman told us how the price for the medicine she needs to treat her mother for cancer had gone up by 150%.

Under a front-page headline saying "Medicine instead of Bread", a local newspaper recently published a list of medicines which had shot up in price, including some which had tripled.

The city authorities say they have spent money stockpiling medicines, particularly for hospitals.

But that leaves most people extremely vulnerable to the whims of the market in the midst of a deep economic crisis.

Budget cuts

Oleg Sergeyev, head of the city council's health committee had little comfort for those now in distress, other than promising to monitor prices and to set up a hotline for people to complain about increases.


Some people have died because they cannot buy particular drugs

Dr Konstantin Levando

"Because of the economic crisis, many major investors have left St Petersburg," he said.

"So the city has lost a third of its [overall] budget and therefore cannot put any extra money into the health budget."

And apparently there is no extra money for medicine from the federal government either.

"It's very bad for our seriously ill patients," said Dr Konstantin Levando, the only doctor who agreed to be interviewed on the record.

"They wait and wait until they are in a critical condition and then call to be taken into hospital emergency wards," where they get free medicines and treatment.

"Some people have died because they cannot buy particular drugs," he added. "The situation is very dangerous."

http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/7975245.stm


"Pelo menos 80% de todos os medicamentos utilizados na Rússia é importado" VIVA PUTIN!!!!


zé carlos

Anónimo disse...

Putin recomendou para o seu povo tomar uma colher de petróleo antes de dormir, que resolve todos os problemas. É um santo remédio!!!!



baixinho

Anónimo disse...

Sr. Milhazes, quais são as economias da Europa que estão em melhor situação, apesar da crise?

Danna

Anónimo disse...

O lobby anti-Putin está a marcar pontos por aqui. Por onde andarão os rapazes do FSB? Se calhar estão de férias no Brasil.Lá terei de ser eu a defender a honra do convento, sem ser agente nem tendo avença, repetindo um post de ontem a propósito dos preços dos medicamentos. Recomendo uma visita ao site de Putin e uma leitura das instruções dadas à ministra da área nesse sentido, no dia 1.
Se o homem manda e pede contas, que querem que faça mais?

Anónimo disse...

"Recomendo uma visita ao site de Putin e uma leitura das instruções dadas à ministra da área nesse sentido, no dia 1."

pois é, eu li. Lá diz uma colher de sopa de petróleo antes de dormir

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitora Danna, a questão não está em saber quem está em pior ou melhor estado, mas as consequências que a crise poderá ter num ou noutro país. A minha análise vai nesse sentido. Quando eu falo da Rússia ou da Ucrânia, é porque conheço, vivo esta realidade. Claro que em Portugal também há crise, e grave, mas eu não conheço tão bem a situação.
Tenho as minhas opiniões sobre o que se passa no meu país, mas especialistas sobre a crise portuguesa há muitos, e melhores do que eu.

LUH3417 disse...

“Se formos a escolher entre um Parlamento que não trabalha e não quer trabalhar e as eleições, teremos de optar pelas eleições”.

Isto tem lógica.

Anónimo disse...

2:41
para si não chega só uma colher; recomendo um litro.

P. Ferreira disse...

Cumprimentos a todo o forum.
Vejo que por aqui se gosta tanto dos putinistas quanto eu. Continuem a dizer as verdades que o mundo precisa de ouvir.
O Milhazes é que tem de ter cuidado. Veja lá se lhe dão polónio na vodka ou um banho sem regresso no rio mais próximo. Tiranos são iguais em todo o lado.
Abraço, camaradas.
P. Ferreira

Anónimo disse...

"quais são as economias da Europa que estão em melhor situação, apesar da crise?"

Acho que a Polónia (talvez a Eslováquia tb). São os únicos países que vão ter algum crescimento esse ano.