quinta-feira, maio 21, 2009

Afinal havia vodka!


Começo por sublinhar uma vez mais que não ponho em causa as decisões dos tribunais portugueses, mas apenas me limito a publicar um trecho de um artigo publicado hoje no tabolóide russo "Komsomolskaia Pravda", sem qualquer comentário.

Depois de descrever uma imagem idílica da recepção da pequena Alexandra na casa da avó, o jornalista acrescenta: "Tudo aparentemente estava bem, a família juntou-se, todos estavam felizes, a criança estava bem vestida e bonita. Mas... no chão estava uma garrafa de vodka quase vazia e existe suspeita de que a jovem mamã já tinha tido tempo de prová-la... A gabarolice do irmão André também tresandava a ressaca... Na mesa havia conservas com que os pais adoptivos portugueses tinham assustado a menina.. A mamã posava com agrado para as câmaras de vídeo, sendo o quadro decorado por um raminho de flores. A casa dos Zarubin tem o aspecto de uma decoração de cartão de um velho teatro para actores da capital".
Se alguém tiver dúvidas quanto à tradução, aqui fica o texto russo: "Вроде бы все хорошо, семья воссоединилась, все счастливы, ребенок нарядный и красивый. Но… на полу стоит почти допитая бутылка водки, и есть подозрение, что молодая мама успела к ней приложиться. От бахвальства брата Андрея тоже разит перегаром… На столе – те самые консервы, которыми португальские няньки пугали малышку… Мама с удовольствием позирует для видеокамер, картинно умиляясь букетику. Дом Зарубиных выглядит картонной декорацией старого театра для столичных гастролеров".

27 comentários:

Anónimo disse...

Se não for Putin a tomar conta da miuda, bem está lixada.

Jest nas Wielu disse...

Anafema! Onde está o retracto do Putin? Do Medved? De outros Santos (Stalin – Brejnev)... A criança foi entregue a um covil de cobras russófobas!!!

Anónimo disse...

"Afinal havia Vodka..."

Então não havia de haver!?!?!?...qualquer pessoa que conheça a Rússia sabe como festejam os Russos...

Conheço muito mal esta história para me alongar nos comentários...mas em relação ao que vi (on-line); Portugal esteve mais uma vês muito mal!!!

Pois as imagens do sofrimento da pequena,que passaram nos media,levam-me a concluir que existe sem duvida uma anarquia e incompetência desmedida no aconselhamento deste tipo de decisões.

Acabo o meu comentário , perguntando ao José Milhazes:

-O que é que acha sobre este caso?

Um abraço! e continuação de bom trabalho!

José T.Mendes

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro J.Mendes, a minha opinião é que o tribunal devia ter-se informado das condições em que a criança iria viver. Quanto à decisão do tribunal, não me posso pronunciar porque não conheço todos os pormenores.

Aggio Piaggio disse...

Caro José Milhazes,
primeiro permita-me congratulá-lo pelo seu trabalho; é de prezar o distanciamento e a forma como retrata a frio um caso que tem arrastado tantas emoções.
Posto isto, gostaria apenas de lhe deixar duas pequenas questões:
caso a menina venha a ser retirada da mãe se se provar que esta é incapaz de a sustentar - o que é bem possível de suceder, à luz do mediatismo em volta de todo este caso, inclusive na própria Rússia (o que até me deixou admirado, pois as primeiras notícias públicas que pude ler na internet davam nota de uma clara parcialidade claramente nacionalista) - o que sucederá à pequena Alexandra? Será entregue a alguma instituição? O José tem algum conhecimento sobre o modo como funciona o sistema de apoio a menores em risco na Rússia que possa transmitir?
Obrigado e Cumprimentos ;)
João Patriarca

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro João, acho que as autroridades russas não deixarão a situação deteriorar-se muito, pois trata-se de uma questão de orgulho nacional. Esta senhora russa foi a primeira a ganhar um caso deste tipo num tribunal estrangeiro, foi recebida como heroína, por isso tudo será feito para não deixar estalar o verniz.
Quanto a instituições de apoio à infância, na Rússia há muitas e de toda a qualidade. Já visitei algumas de excelente qualidade e já viu muito más.
O problema é que o número de crianças em risco na Rússia é muito alto, estando muito ligado ao abandono delas por parte dos pais. Além disso, o processo de adopção é difícil e moroso. Há uns anos atrás, era fácil adoptar para o estrangeiro a troco de subornos, mas agora há mais algum controlo.
Em relação à pequena Alexandra, muito vai depender se a imprensa e a opinião pública russas estiverem atentas ao futuro desta criança, pois não consigo imaginar a forma de como as autoridades competentes portuguesas poderão fazer isso.

Unknown disse...

Sr José Milhazes, em nome do Movimento "Pela Alexandra", gostaria de divulgar o blog criado por um grupo de cidadãos que pretende divulgar a sua preocupação com o bem - estar e futuro desta criança. Para esse efeito criou o blog: http://xaninhanossa.blogspot.com onde se encontra uma petição a ser entregue a várias entidades: http://www.peticao.com.pt/alexandra
Obrigada pela possibilidade de divulgação. Pela Alexandra

Anónimo disse...

Sem duvida que a Alexandra foi "escorraçada"! Sem duvida que ira ter todo o tipo de tratamento menos o de uma criança normal... Sr.Dr.Juiz, com todo o respeito, ja pensou em ir passar umas ferias apenas a casa onde colocou a Alexandra??? Ja agora porque não poe la também os seus filhos???? Se tomou a decisao correcta, não vejo porque não o faça...Desculpe a minha ironia... Mas se me permite para que existem as familias de acolhimento?? Sao elas que criam, que dao AMOR, que ensinam, que passam as noites acordadas quando as crianças estao doentes e não tem qualquer direitos sobre a criança???? Agora percebo o porque de tanta criança abandonada...Nao lhe pesa a consciencia???? Pense bem no que fez a Alexandra.Era este mundo que quereria para os seus?

Zélia disse...

Bom dia Sr. José Milhazes

Depois doque já foi tansmitido num programa, a mãe biológica a dar palmadas à Alexandra, não acham que é pouco tempo para ela já ter tido uma atitude destas? Só peço a Deus que esta pobre inocente possa regressar para quem lhe deu muito amor.

Unknown disse...

Sr José Milhazes,
o movimento "Pela Alexandra" gostaria de ser contactado por si:
pelaalexandra@gmail.com

Muito Obrigada
Pela Alexandra

Zélia disse...

Sr. José Milhazes

Por favor diga-me onde foi tansmitido o programa onda a mãe da Alexandra lhe dá palmadas, isto até parece mentira pelos vistos o verniz já está a estalar. Se lhe dá palmadas num programa de televisão o que lhe fará quando está sozinha.
Tem conhecimento desta passagem? Se isto for denunciado ao Consulado Português em Moscovo Eles podem chamar atenção as autoridades russas pelo facto de negligencia infantil, visto que se é verdade existe prova de vídeo.
Por favor diga-me o que acha disto.

Jest nas Wielu disse...

2 Dália Filipa

Vou divulgar a vossa iniciativa no segmento cirílico da Internet.

MSantos disse...

Um dos problemas mais abjectos do sistema judicial português é termos alguns juízes sem qualquer preparação humana nem sensibilidade para decidirem sobre a vida dos seus concidadãos.

Como é possível que um miúdo ou miúda de 29 anos possa ocupar um cargo destes?

Tal como a Presidência da Répública devia haver um limite mínimo de idade e o cargo de juíz devia ser o coroar de uma carreira que tivesse demonstrado merecê-lo e a partir de uma certa idade pois há expriência, sensibilidade e visão que só os anos nos podem dar.

A brutal crueldade que esta pobre menina está a sofrer infelizmente é um entre muitos casos semelhantes, resultado de decisões de algumas pessoas que nem sequer deveriam ser permitidas decidir sobre o destino de cavalos quanto mais pessoas.

Cumpts
Manuel Santos

Ana disse...

Depois do que vi na televisão, já não tenho dúvidas sobre a pessoa que a mãe da Alexandra é. O seu comportamento impulsivo é típico de uma alcóolica. O meu filho até disse: não precisamos olhar para o comportamento, basta ver a cara. Quem conhece alcóolicos sabe o que estou a dizer.

Lutemos para que a Alexandra volte para Portugal, mas atenção, porque na Rússia estes casos são vistos como "causas políticas" e como forma de afirmar o "orgulho nacional". Por isso, quem quiser, em Portugal, lutar pela justiça tenha consciência que terá de lutar contra toda a máquina poderosa do Estado russo.

MariaF disse...

José Milhazes, parabéns pelo seu trabalho (elevada ética profissional).
Face à preocupação da família de acolhimento, esta poderá iniciar um processo de adopção junto das autoridades russas? Depende de que pré-requisitos?
A questão de "orgulho nacional" pode ser atenuada pelos antecedentes de vivência da criança junto daquela família?
Obrigada e cumprimentos,
Maria Ferreira

Anónimo disse...

Sr. José Milhazes, que hipóteses há em ter esta menina de volta? É verdade que foi dado à mãe o benefício da dúvida, mas a criança não é uma coisa que dependa disto e como tal as imagens são bem ilucidativas do que a espera, por isso pergunto o que se pode fazer por esta criança? Ajude-nos com a sua facilidade de movimento nessa terra, seja uma das âncoras, desculpe mas a indignação é tão grande!

Anónimo disse...

Toda a gente aqui costuma dizer mal dos russos, que são maus, frios, ditadores, etc.

Mas aqui, nós portugueses, FOMOS MIL VEZES PIORES DO QUE ELES E MUITO MAIS FRIOS E INSENSÍVEIS.

TENHO VERGONHA DE SER PORTUGUÊS!

Nuno disse...

Este episódio mostra as actuais contradições do nosso paìs.

A força de querer fazer tudo como nos países do "1° mundo", e à força de quererem ser muito avançados, metem os "pés pelas mãos" e agora nem mesmo o juiz sabe o que fazer da situação.

é preciso Parar para Reflectir.

Anónimo disse...

"Mas aqui, nós portugueses, FOMOS MIL VEZES PIORES DO QUE ELES E MUITO MAIS FRIOS E INSENSÍVEIS.

TENHO VERGONHA DE SER PORTUGUÊS!"

o sr. em vez de se lamentar deveria estar calado e refletir sobre a causa deste tipo de decisões judiciais..

a causa é o facto do actual regime português ser podre e não fosse o facto de portugal pertencer á união europeia, o país já estaria a ser governado por nacionalistas.

um juiz de um regime estupido só pode tomar decisões estupidas,

todos nós podemos ser juizes nas eleições e quem quiser mudar alguma coisa terá de votar no PNR.

vasco

Jest nas Wielu disse...

Não se trate aqui de fazer a propaganda pró / contra o regime vigente em Portugal, uma cidadã portuguesa (pois nasceu em Portugal), o seu certificado de nascimento russo muito bem podia ser emitido posteriormente com qualquer data que quiserem, a sua “mãe”, que trabalhava e foi detida pelo SEF num dos bares do alterne (prostituição), sem emprego, sem meios de sobrevivência (em Portugal ela era precisa para servir da “bandeira”, em casa quem vai querer saber dela, o regime não vai dar muita coisa, pois senão amanha milhões de outras senhoras da má vida vão reclamar o mesmo). Menina vive numa casa sem o aquecimento central, numa província russa. O que será o seu futuro... Deus queira, que não o mesmo da “mãe” dela....

Paulo Varela disse...

Também ja mostrei o meu total desacordo com esta desisão no meu blog pessoal, disponível no meu perfil, para não estar a abusar da publicidade.

Gostei da sua posição e da forma como alertou os pais de acolhimento para o que os espera no programa que têm preparado para eles na Televisão rusa.

Sabe-me dizer se é possível apanhar esse canal via satélite em Portugal por favor?

Obrigado!

Paulo Varela disse...

decisão claro...

Jest nas Wielu disse...

Para as pessoas que se mostraram desconfiados do facto da Natália dar palmadas à filha em frente das câmaras de TV, eis são as imagens, ela bate na filha e a impura com a força:
http://aeiou.visao.pt/familia-portuguesa-acusada-de-querer-vender-crianca-para-retirar-orgaos=f510082

após ver as imagens da mãe, não tenho nenhuma dúvida que ele não é uma pessoa adequadamente saudável, além de trabalhar na prostituição (foi presa numa casa de alterne), a maneira de falar, a linguagem corporal, etc., denota um certo problema psiquiátrico.

Pobre da menina, como foi possível a entregar às pessoas deste nível….

Zélia disse...

Quando eu defendia o casal de Barcelos diziam-me "a criança foi para a Rússia com a MÃE e ao que parece vai viver também com a AVÓ e a uma IRMÃ mais velha" viram só a cara de louca da "mãe" quando deu as palmadas à menina, e viram também a reacção da da "avó" nem mexeu um dedo para a defender, isto é avó. Todos nós concerteza já fomos defendidos pelas nossas avós. VAMOS SALVAR ESTE INOCÊNTE!!!

Ana disse...

Acabei de ver há bocado a intervenção do JM na SIC e concordo plenamente:
A recusa do visto ao casal português por parte da Embaixada russa não tem a ver com formalidades da lei mas sim COM A DECISÃO DE IMPEDIR QUE O CASAL INTERVENHA NA TELEVISÃO E ABAFAR A QUESTÃO NA OPINIÃO PÚBLICA RUSSA. O programa que costuma ser emitido em directo, vai desta ser ser emitido em diferido, o que mostra que o canal vai censurar o que lá for dito e cortar o que for "inadequado".
Embora o regime de obtenção de vistos exija de facto o convite visado pelo Serviço de Imigração, a Embaixada pode perfeitamente emitir vistos em poucas horas, se assim o desejar.

Como vêem, a Rússia, que se bate pela facilitação do regime de vistos com a União Europeia para os seus políticos, jornalistas e outras pessoas importantes, quando se trata de simples cidadãos europeus, AGE DESTA FORMA.
Aqui se comprova o que eu disse ontem: quem quiser em Portugal lutar pela justiça tem que ter consciência que terá de lutar contra toda a máquina poderosa do Estado russo.

Unknown disse...

Professor Milhazes acabei de passar pela 'ama' da criança, no metro dos Aliados do Porto e dirigi-lhe as seguintes palavras: 'se quer conhecer bem a Rússia e a mentalidade do povo, contacte José Milhazes, correspondente do Público em Moscovo'.

Ziriguidum, hei! disse...

Na Filändia, um caso de alguma forma similar: o petiz vivia com o pai finlandês e mäe russa, divorciaram-se, e a mäe levou o filho para a Rússia. O pai ganhou a custódia (porque consideraram que a mäe näo tinha meios), mas a mäe recusou-se a aceitar. Houve um diplomata finlandês na Rússi que agarrou no miúdo, efectivamente raptou-o, e veio de carro até à Finländia. Hoje o petiz vive na Finländia com o pai, e o diplomata foi despedido, mas ganha bom €€€ vendendo a história aos jornais.