A Cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), que começa na segunda-feira na cidade russa de Ekaterimburgo, irá debruçar-se sobre medidas de combate ao terrorismo e crise económica.
“Os presidentes dos países da OCX assinarão uma convenção sobre a luta contra o terrorismo. Será dedicada grande atenção ao problema do Afeganistão no contexto da realização do plano de acções dos Estados da OCX, que foi aprovado numa conferência especial em Moscovo”, anunciou Andrei Nesterenko, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
“No encontro irá realizar-se uma discussão activa com vista a avançar a cooperação económica nas condições da crise económica”, acrescentou.
A Organização da Cooperação de Xangai foi fundada em 2001 e tem como membros a Rússia, China, Cazaquestão, Tadjiquistão, Quirguistão e Uzbequistão. A Índia, Irão, Mongólia e Paquistão têm o estatuto de observadores nessa organização.
Na Cimeira de Ekaterimburgo, que irá decorrer paralelamente à Cimeira dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), a Bielorrúsia e o Sri-Lanka deverão ser aceites como “parceiros de diálogo” da OCX.
A reunião da OCX irá também fazer um balanço da sua actividade durante a presidência da Rússia, que entregará esta função ao Uzbequistão.
No âmbito desta cimeira, é de salientar o encontro do Presidente afegão, Hamid Karzai, com o seu homólogo quirguize, Kurmanbek Bakiev, onde o primeiro irá tentar convencer o segundo a adiar o encerramento da base área militar norte-americana no Quirguistão.
“Não vale a pena esperar sensações do encontro dos dirigentes da OCX. Eles encontram-se pela primeira vez durante a crise económica mundial e não se pode excluir a possibilidade de se abordar a questão da criação de uma nova moeda mundial de reserva. O Presidente Medvedev propôs o yuan chinês, mas é curioso assinalar que os chineses não se precipitam a fazer essa proposta”, declarou Arkadi Dubnov, especialista em assuntos da Ásia Central.
A cidade de Ekaterimburgo foi escolhida porque fica situada junto dos montes Urais, que separam a Europa e a Ásia.
As cimeiras da OCX e dos BRIC serão acompanhadas de um Festival das Culturas Nacionais dos Estados da Organização da Cooperação de Xangai. O Museu Hermitage de São Petersburgo apresenta a exposição “Filigramas Valiosas do Oriente”, onde são exibidas obras encomendadas pela família imperial russa a artistas orientais.
“Os presidentes dos países da OCX assinarão uma convenção sobre a luta contra o terrorismo. Será dedicada grande atenção ao problema do Afeganistão no contexto da realização do plano de acções dos Estados da OCX, que foi aprovado numa conferência especial em Moscovo”, anunciou Andrei Nesterenko, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
“No encontro irá realizar-se uma discussão activa com vista a avançar a cooperação económica nas condições da crise económica”, acrescentou.
A Organização da Cooperação de Xangai foi fundada em 2001 e tem como membros a Rússia, China, Cazaquestão, Tadjiquistão, Quirguistão e Uzbequistão. A Índia, Irão, Mongólia e Paquistão têm o estatuto de observadores nessa organização.
Na Cimeira de Ekaterimburgo, que irá decorrer paralelamente à Cimeira dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), a Bielorrúsia e o Sri-Lanka deverão ser aceites como “parceiros de diálogo” da OCX.
A reunião da OCX irá também fazer um balanço da sua actividade durante a presidência da Rússia, que entregará esta função ao Uzbequistão.
No âmbito desta cimeira, é de salientar o encontro do Presidente afegão, Hamid Karzai, com o seu homólogo quirguize, Kurmanbek Bakiev, onde o primeiro irá tentar convencer o segundo a adiar o encerramento da base área militar norte-americana no Quirguistão.
“Não vale a pena esperar sensações do encontro dos dirigentes da OCX. Eles encontram-se pela primeira vez durante a crise económica mundial e não se pode excluir a possibilidade de se abordar a questão da criação de uma nova moeda mundial de reserva. O Presidente Medvedev propôs o yuan chinês, mas é curioso assinalar que os chineses não se precipitam a fazer essa proposta”, declarou Arkadi Dubnov, especialista em assuntos da Ásia Central.
A cidade de Ekaterimburgo foi escolhida porque fica situada junto dos montes Urais, que separam a Europa e a Ásia.
As cimeiras da OCX e dos BRIC serão acompanhadas de um Festival das Culturas Nacionais dos Estados da Organização da Cooperação de Xangai. O Museu Hermitage de São Petersburgo apresenta a exposição “Filigramas Valiosas do Oriente”, onde são exibidas obras encomendadas pela família imperial russa a artistas orientais.
6 comentários:
Caro sr. Milhazes os meus parabens pela escolha dos temas que são muito interessantes. Gostaria de saber a sua opinião relativamente à possibilidade de este bloco de segurança ir mais longe e um dia poder constituir um verdadeiro bloco politico-economico-militar, um verdadeiro opositor do Ocidente, já que potencial para isso não lhes falta. Estará disposta a Russia a submeter-se aos caprichos do seu vizinho Chinês para levar essa aliança a bom termo, e será que as elites russas veem a China como uma alternativa realista à influencia Ocidental, ou pelo contrário vão aguentando o barco enquanto não conseguem a integração que pretendem com a Europa e num patamar mais alargado o mundo Ocidental. Recordo que nesta última situação isso poderia implicar o sacrifico dos países da Asia Central que teriam de ficar para trás por não serem Europeus, e não acredito que os Russos encarem essa questão de uma forma muito animadora.
Caro Sérgio, esta organização começa a ser um forte jogador a nível regional, mas não acredito que se transforme num bloco político-militar devido ao facto de a China ser alérgica a esses blocos e ser difícil uma base de entendimento com a Rússia. Porém, tem forte potencial económico.
A China e a Rússia tentam jogar em vários tabuleiros simultaneamente e, no caso de Moscovo, claro que a cooperação a Leste é uma alavanca de pressão sobre a Europa.
Mas vamos ver o que irão dar todos estes jogos... o mundo dá muitas voltas.
"claro que a cooperação a Leste é uma alavanca de pressão sobre a Europa"
Concordo que também seja mas será só isso?
Não será também o facto do Oriente se ter tornado um dos principais pólos geo-estratégicos mundiais principalmente a nível econonómico e a Rússia estar a ser pragmática nesta abordagem?
...e relativamente ao seu último parágrafo, José Milhazes, "Mas vamos ver o que irão dar todos estes jogos... o mundo dá muitas voltas"
Terei notado alguma censura e desejo que isto não funcione? ;)
Cumpts
Manuel Santos
Sobre a cooperação económica a Oriente, de relembrar que um dos novos parceiros também é o Japão.
Cumpts
Manuel Santos
Caro Manuel Santos, nem é censura, nem desejo de que falhe, mas apenas de um mundo em rápida mundança, onde se torna possível o que hoje parece impossível.
"criação de uma nova moeda mundial de reserva."
Alguém me consegue dizer os aspectos positivos e negativos disto?
Tenho alguma dificuldade em compreender.
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