O sítio electrónico russo girus.ru publicou uma carta/petição aberta a Vladimir Lukin, Comissário para Direitos Humanos da Federação da Rússia, pedindo-lhe que explique se os direitos de Alexandra não foram violados quando foi decidido trazê-la para a Rússia.
Neste sítio, criado especialmente para que os cidadãos russos se possam dirigir aos órgãos de poder, os autores da carta relatam as peripécias do processo que levou o Tribunal de Guimarães a retirar Alexandra ao casal de acolhimento e a entregá-la à mãe biológica, Natália Zarubina, admitindo que Lukin “não saiba o que se passou com a russa de deis anos, Alexandra Zarubina”.
“Como resultado, Alexandra viu-se, juntamente com a mãe, no distrito de Iaroslav. Aí está rodeada pela mãe, avó, avó, irmã mais velha, que ela antes nunca viu. A criança considera a sua família os portugueses, com os quais viveu seis anos”, continuam os autores da carta.
Segundo eles, “a língua pátria de Alexandra é o português, não fala russo... As condições de vida em que se viu a criança diferem muito daquelas onde ela cresceu. A mãe considera a educação que a filha recebeu durante seis anos, com a sua concordância, “tonta”, mas não considera vergonhoso bater publicamente na criança”.
“A nossa posição formou-se com bases nas informações da imprensa. Claro que ela pode ser incompleta. Claro que compreendemos que as questões das relações de pais, filhos, adoptores são extremamente complexas e delicadas. Talvez as autoridades portuguesas e russas que decidiram o destino da cidadã russa Alexandra Zarubina, tenham observado todas as formalidades indispensáveis”, acrescentam.
Com base no que leram, os autores da carta/petição pedem a Vladimir Lukin que os ajude a encontrar respostas a várias perguntas: “A transferência de Portugal para a Rússia não foi uma violação dos direitos de Alexandra Zarubina, nomeadamente os direitos ao meio linguístico habitual e o direito à instrução? Não contradiz isso as leis russas e os compromissos internacionais do nosso país?”, interrogam.
“Como é que a legislação russa avalia o comportamento de uma mãe que, durante seis anos, não se dedicou à educação da sua filha, não se preocupou com ela, atirou essas tarefas par cima de outra família e, depois, provocou a ruptira brusca da filha com pessoas querias, a língua e a habituais?”, perguntam eles.
“Esperamos que o Sr. Possa encontrar respostas a estas perguntas e se elas despertarem em si preocupação pelo destino de Alexandra Zarubina, faça tudo para resolver o problema”, concluem os autores da carta.
Em três dias, a petição foi assinada por 462 pessoas, sendo a maioria russos e portugueses.
Neste sítio, criado especialmente para que os cidadãos russos se possam dirigir aos órgãos de poder, os autores da carta relatam as peripécias do processo que levou o Tribunal de Guimarães a retirar Alexandra ao casal de acolhimento e a entregá-la à mãe biológica, Natália Zarubina, admitindo que Lukin “não saiba o que se passou com a russa de deis anos, Alexandra Zarubina”.
“Como resultado, Alexandra viu-se, juntamente com a mãe, no distrito de Iaroslav. Aí está rodeada pela mãe, avó, avó, irmã mais velha, que ela antes nunca viu. A criança considera a sua família os portugueses, com os quais viveu seis anos”, continuam os autores da carta.
Segundo eles, “a língua pátria de Alexandra é o português, não fala russo... As condições de vida em que se viu a criança diferem muito daquelas onde ela cresceu. A mãe considera a educação que a filha recebeu durante seis anos, com a sua concordância, “tonta”, mas não considera vergonhoso bater publicamente na criança”.
“A nossa posição formou-se com bases nas informações da imprensa. Claro que ela pode ser incompleta. Claro que compreendemos que as questões das relações de pais, filhos, adoptores são extremamente complexas e delicadas. Talvez as autoridades portuguesas e russas que decidiram o destino da cidadã russa Alexandra Zarubina, tenham observado todas as formalidades indispensáveis”, acrescentam.
Com base no que leram, os autores da carta/petição pedem a Vladimir Lukin que os ajude a encontrar respostas a várias perguntas: “A transferência de Portugal para a Rússia não foi uma violação dos direitos de Alexandra Zarubina, nomeadamente os direitos ao meio linguístico habitual e o direito à instrução? Não contradiz isso as leis russas e os compromissos internacionais do nosso país?”, interrogam.
“Como é que a legislação russa avalia o comportamento de uma mãe que, durante seis anos, não se dedicou à educação da sua filha, não se preocupou com ela, atirou essas tarefas par cima de outra família e, depois, provocou a ruptira brusca da filha com pessoas querias, a língua e a habituais?”, perguntam eles.
“Esperamos que o Sr. Possa encontrar respostas a estas perguntas e se elas despertarem em si preocupação pelo destino de Alexandra Zarubina, faça tudo para resolver o problema”, concluem os autores da carta.
Em três dias, a petição foi assinada por 462 pessoas, sendo a maioria russos e portugueses.
12 comentários:
Este caso deixou-nos tão inquietos que não nos esqueceremos dele. A pequena Alexandra habituar-se-á a uma vida de pobreza extrema, claro, todos nós nos habituaríamos, a sobrevivência humana permite essa adaptação. Os nossos filhos, de idade semelhante,se nos fossem retirados e levados para longe também se habituariam.Mas, essa experiência marcará negativamente a sua vida, a amplitude das sequelas que esta injustiça trará, só no futuro poderá ser avaliada. De uma coisa tenho a certeza, nenhuma criança merece passar por isto e a justiça que toma em mãos a guarda das crianças jamais as deveria colocar nesta situação. Nestes processos, são os adultos que devem ser castigados e não as crianças!
Obrigada José Milhazes, pelo seu empenho na defesa desta criança!
Boa Tarde,
José Milhazes, mais uma vez lhe agradecemos o facto de nos trazer "novas" sobre essa "princesinha"... Tivemos indicação de que terá estado com ela... Como está a Alexandra... É, ainda, referido na nossa imprensa que a Alexandra terá dito aos pais portugueses que não quer voltar!!! Estará a Alexandra a ser coagida pela família russa para o dizer? Que perspectivas tem quanto à possibilidade de regresso da família a Portugal? A menina parece, fisicamente, um pouco mais abatida... É impressão ou estará mesmo? Quanto à referida petição, tque tipo de repercussões poderá ter á luz da legislação russa?!
Mais uma vez muito obrigado por tudo o que tem feito em prol do bem-estar da Alexandra.
Leitora Alexandra, o que lhe posso dizer é que a petição poderá chamar a atenção das autoridades russas para o problema, pois ela tem sido muito pouca, para não dizer mais.
Mais uma vez, muito obrigada, Prof. José Milhases.
Embora muitos de nós já tivessemos conhecimento desta petição, por dificuldades de tradução, não sabiamos exactamente o que tratava.
O seu trabalho foi, mais uma vez, valioso.
Obrigada
Teresa
Sr. José Milhazes
O seu trabalho tem sido um exemplo a seguir. Muito obrigada por tudo o que tem feito para ajudar a divulgar o caso da Alexandra.
Que todos os esforços lhe traga de novo a felicidade.
Bem haja
Graça Lobato
Obrigado, José Milhazes por nos trazer novidades da Alexandra,a nossa ansiedade é enorme.
Muitos parabéns pelo seu excelente trabalho.
Sr José Milhazes, apesar de às vezes não concordarmos em certos pontos, queria agradecer-lhe muito tudo o que tem feito pela Alexandra.
São pessoas como você que fazem a diferença neste mundo.
Bem Haja
Mgirl
Sr. José Milhazes,
è bom saber que ainda existem pessoas como o senhor, boas e prestáveis. Muitos parabéns por todo o seu trabalho!
Gostaria saber como é que achou que estava a Alexandra,,visto ter estado com ela há pouco tempo.
A sua opinião é para todos nós, seguidores do blog, muito importante.
Melhores cumprimentos
Muito obrigado pelas noticias, Sr. Milhazes.
E desejo que a Alexandra nao esteja a perder a esperanca, nem que sofra nenhum acidente no meio daquela bandalheira toda e que, sobretudo, a sua inocente mentalidade nao acabe envenenada.
Nos olhos da menina ja vejo a marca dos vampiros. Talvez eu esteja a dramatizar.
Caro anónimo das 9:36,
Não estará a exagerar um bocadinho?
Caro anónimo das 9:36,
Não acho boa ideia diabolizarmos os Zarubin. Eles são pobres, certo, e não têm a mesma sensibilidade do que nós. No entanto, isso não faz deles "vampiros".
Não gostei quando a Natália começou a dizer mal da família Pinheiro. Fiquei furiosa e achei que ela foi mal-agradecida. No entanto, até compreendo que ela não queira voltar para Portugal: ela teve más experiências e dois relacionamentos amorosos condenados ao fracasso e, provavelmente, tem medo de que um regresso a Portugal traga à tona essas más recordações... e a verdade é que ninguém gosta de voltar a um lugar onde não foi feliz.
O melhor mesmo é vermos se ambas as famílias chegam a um consenso, para o bem da Alexandra.
José Milhazes,
Diga-nos por favor, se as condições de vida da família Zarubin é algo comum para a Rússia. Posso dar como exemplo o meu país de origem, o Brasil, onde lado a lado encontramos nas cidades grandes, o luxo e a miséria. E em alguns recantos do interior, como o da Bahia por exemplo, uma espécie de Brasil que os próprios brasileiros desconhecem.
Como é a distribuição da riqueza na Rússia?
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