Israel não ameaça o Irão e considera existirem possibilidades de diminuir o perigo de destabilização no Médio Oriente, declarou o Presidente israelita, Shimon Peres, após um encontro com o seu homólogo russo, Dmitri Medvedev.
Numa conferência de imprensa realizada em Sotchi, cidade do sul da Rússia, Shimon Peres sublinhou que “o Irão é o único membro da ONU que ameaça Israel”, acrescentando que Israel não ameaça o Irão, nem ninguém”.
Peres não exclui a possibilidade de uma explosão da situação no Médio Oriente, mas acredita que a Rússia é capaz de a impedir.
“Estou convencido e espero que a Rússia faça tudo para impedir explosões da situação na nossa região, que são bem possíveis”, declarou.
A realização de uma Conferência Internacional sobre o Médio Oriente está marcada para este ano em Moscovo, estando essa decisão fixada em duas resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
“Israel pretende sinceramente estabelecer relações de paz e estabilidade com todos os vizinhos e realiza a política correspondente”, respondeu Medvedev, na mesma conferência de imprensa.
Porém, o dirigente russo não escondeu que o estabelecimento da paz no Médio Oriente exige ainda “muitos e muitos esforços”.
“É necessário renunciar aos cenários de confronto e falar calmamente. É imprescindível renunciar a acções unilaterais, tenho em vista todos os particpantes do conflito”, acrescentou.
Medvedev garantiu que a Rússia, enquanto membro do quarteto de intermediários no Médio Oriente, “irá contribuir para a consecução de todos esses objectivos”.
No campo bilateral, Shimon Peres considerou que foi aberto um novo capítulo nas relações entre a Rússia e Israel.
“Agrada-nos muito que a Rússia esteja pronta a elevar as suas relações com Israel ao nível existente com a Alemanha, Itália e França. Sinto que abrimos um novo capítulo nas relações bilaterais”, frisou.
Peres recordou que os dois países já cooperam no campo da nanotecnologia e da agricultura.
O Presidente russo acrescentou que os dois países se compreendem cada vez melhor, sublinhando que “isso é extremamente útil”.
Numa declaração aprovada durante as conversações, Medvedev e Peres consideram que as tentativas de negar o Holocausto são um insulto directo a todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial e a todos que combateram contra o fascismo.
“As tentativas de negação do Holocausto são um insulto directo à memória de todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial e aos que lutaram contra o fascismo, uma tentativa de diminuir a tragédia do Holocausto e limpá-lo da história, bem como de esconder a morte e sofrimentos de milhões de vítimas inocentes de diferentes nacionalidades”, lê-se na declaração.
Medvedev considerou inadmissíveis e criminosas as tentativas de criar uma áurea de heroísmo em torno do nazismo.
“Não podemos olhar calmamente quando este ou aquele Estado põe em dúvida o contributo decisivo da União Soviética na Segunda Guerra Mundial e os horrores do Holocausto”, frisou.
Peres declarou que o Presidente do Irão “nega a catástrofe do Holocausto”, acrescentando que se trata de “um fenómeno vergonhoso também para o povo iraniano”.
“Temos uma atitude particular para com a Rússia, nós não esqueceremos o contributo da Rússia na Segunda Guerra Mundial, se ela não tivesse participado, dificilmente o mundo teria vencido essa ameaça”, concluiu.
Numa conferência de imprensa realizada em Sotchi, cidade do sul da Rússia, Shimon Peres sublinhou que “o Irão é o único membro da ONU que ameaça Israel”, acrescentando que Israel não ameaça o Irão, nem ninguém”.
Peres não exclui a possibilidade de uma explosão da situação no Médio Oriente, mas acredita que a Rússia é capaz de a impedir.
“Estou convencido e espero que a Rússia faça tudo para impedir explosões da situação na nossa região, que são bem possíveis”, declarou.
A realização de uma Conferência Internacional sobre o Médio Oriente está marcada para este ano em Moscovo, estando essa decisão fixada em duas resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
“Israel pretende sinceramente estabelecer relações de paz e estabilidade com todos os vizinhos e realiza a política correspondente”, respondeu Medvedev, na mesma conferência de imprensa.
Porém, o dirigente russo não escondeu que o estabelecimento da paz no Médio Oriente exige ainda “muitos e muitos esforços”.
“É necessário renunciar aos cenários de confronto e falar calmamente. É imprescindível renunciar a acções unilaterais, tenho em vista todos os particpantes do conflito”, acrescentou.
Medvedev garantiu que a Rússia, enquanto membro do quarteto de intermediários no Médio Oriente, “irá contribuir para a consecução de todos esses objectivos”.
No campo bilateral, Shimon Peres considerou que foi aberto um novo capítulo nas relações entre a Rússia e Israel.
“Agrada-nos muito que a Rússia esteja pronta a elevar as suas relações com Israel ao nível existente com a Alemanha, Itália e França. Sinto que abrimos um novo capítulo nas relações bilaterais”, frisou.
Peres recordou que os dois países já cooperam no campo da nanotecnologia e da agricultura.
O Presidente russo acrescentou que os dois países se compreendem cada vez melhor, sublinhando que “isso é extremamente útil”.
Numa declaração aprovada durante as conversações, Medvedev e Peres consideram que as tentativas de negar o Holocausto são um insulto directo a todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial e a todos que combateram contra o fascismo.
“As tentativas de negação do Holocausto são um insulto directo à memória de todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial e aos que lutaram contra o fascismo, uma tentativa de diminuir a tragédia do Holocausto e limpá-lo da história, bem como de esconder a morte e sofrimentos de milhões de vítimas inocentes de diferentes nacionalidades”, lê-se na declaração.
Medvedev considerou inadmissíveis e criminosas as tentativas de criar uma áurea de heroísmo em torno do nazismo.
“Não podemos olhar calmamente quando este ou aquele Estado põe em dúvida o contributo decisivo da União Soviética na Segunda Guerra Mundial e os horrores do Holocausto”, frisou.
Peres declarou que o Presidente do Irão “nega a catástrofe do Holocausto”, acrescentando que se trata de “um fenómeno vergonhoso também para o povo iraniano”.
“Temos uma atitude particular para com a Rússia, nós não esqueceremos o contributo da Rússia na Segunda Guerra Mundial, se ela não tivesse participado, dificilmente o mundo teria vencido essa ameaça”, concluiu.
Medvedev e Peres só não revelaram quem irá participar na Conferência Internacional de Moscovo sobre o Médio Oriente, porque Israel já disse que não meteria os pés nessa reunião se lá estiverem representantes do Hamas e de outros grupos radicais.
37 comentários:
1. Quantos judeus matou Stalin?
2- Medvedev quer vender S-300 ao Irão.
Conclusão: Peres devia ter vergonha.
Não, pelo amor de deus, parceria com os NAZI-SIONISTAS nããããããoooo!!!!
Só um reparo, caro JM.
Quando se percebeu do material israelita usado no conflito da Geórgia, pensei que fosse desbloqueado a venda do S-300 para o Irão.
A Rússia tem alguns pontos onde pode pressionar Israel, existe aqui um equilíbrio onde a participação da Rússia é muito relevante.
Confessso que acho muito forte chamar de parceria estratégica à relação entre estes dois.
O que se procura é um equilibrio entre dois interesses opostos.
PortugueseMan
Apenas um ponto: recordo-me muito bem que logo no ínicio do conflito da Geórgia, Israel distanciou-se imediatamente ao contrário das nações ocidentais inclusivé bloqueou o fornecimento de armamento à Georgia nomeadamente os UAVs.
Exactamente por essa eventualidade tão sensível que é a venda de sistemas de armas avançados ao Irão e que a Rússia muito sensatamente tem-se contido de avançar.
Relativamente a Shimon Peres já revelou que quando devidamente acompanhado pode ser um interlocutor sensato e um homem de paz.
Cumpts
Manuel Santos
Parceria estratégica?
Em que campo, Sr. Milhazes?
Seria em uma nova técnica de agricultura? Porque esses dois países estão bem distantes um do outro. Ou o sr. sabe de algo que não quer nos contar?
cordialmente.
Não sei se serão opostos, PM.
Tanto a Israel como à Rússia interessam um Médio Oriente estável. A instabilidade potencia o surgimento de radicais que atacam os dois países
Claro que a divergência existe quanto ao factor nuclear: este não interfere nos projectos russos pois nem estes ameaçam o Irão nem o Irão ameaça a posição russa na região; em contrapartida, é uma enorme ameaça a Israel.
O material israelita vendido à Geórgia era de pouca monta, creio que sobretudo UAV. Nada que justifique a venda dos S-300 ao Irão, pois isso seria, mais do que um contrato militar, uma posição política de apoio a Teerão pois os S-300 iriam dificultar enormemente um eventual ataque aéreo israelita.
Claro que concordo consigo quanto a chamar-se "parceria estratégica" à relação Israel-Rússia. É capaz de ser um exagero.
Penso que esta aproximação e a prevista conferência se destinam, sobretudo, a marcar pontos na agenda diplomática.
Os racistas e nazistas/comunistas aduladores do Putin estão odiando essa notícia.
Ítalo
Então isso quer dizer que a Rússia já foi guindada ao nível das democracias anti-racistas?
:o)
Putin é racista, nazista e comunista? O que para aqui vai. Pelos vistos só não é sionista, isso deve ser o Medvedv...
Ah pois, e como tods sabem, sionismo = racismo, portanto nem aqui os tovarichi se safam!
E se forem amigos dos árabes ou dos iranianos, também são anti-judeus, portanto racistas!
Se são amigos dos chineses, são anti-uigures (logo racistas); e se são amigos dos polacos são anti-russos, logo racistas...
Por fim, se forem amigos de Portugal, também são racistas, pois como o grande rapper/hip-hopper General D disse, "Portukkkal é um erro".
Os russos estão tramados! Para onde quer que se virem são uns marafados de má-raça (ops!)!
Pippo,
Dê uma espreitadela.
...Israeli companies are reported to have supplied the Georgians with pilotless drones, night-vision equipment, anti-aircraft equipment, shells, rockets and various electronic systems. Even more important than equipment may have been the advanced tactical training and consultancy provided, as private contractors, by retired top Israeli generals such as Yisrael Ziv and Gal Hirsch, the man who commanded Israeli ground forces during their disastrous foray into Lebanon in 2006...
http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1834785,00.html
No entanto o que eu considero mais importante é o facto de Israel ter perfeita consciência da razão da Geórgia estar a ser armada, financiada e treinada. e participou nisso. este para mim é o principal problema.
Eu referi a venda do S-300, porque essa seria a resposta mais dura por parte da Rússia, mas teria sido igualmente grave tanto a venda dos Iskander para a Síria como o finalizar da central nuclear do Irão.
Israel e Rússia acabam por chocar-se, porque no meio também estão os interesses dos EUA, daí andarmos sempre neste equilíbrio percário e foi por isso que pensei que teriamos o caldo entornado com esta coisa da Geórgia, dando a Rússia um murro na mesa forte demais.
MSantos,
Sim, Israel tinha cosnciência da gravidade da situação. E apressou-se a dizer que não forneceu armamento, depois do conflito eclodir.
Porque aí a situação era muito mais grave, era um país que estava a dar suporte a um dos lados numa guerra e a coisa mudaria completamente de figura. Israel não iria arriscar a isso, dada a sua situação precária.
PM, a venda de material foi de pouca monta, sendo o equipamento mais sensível os UAV.
O treino militar não se reflectiu na eficácia das FA georgianas, portanto não sei qual terá sido a sua duração nem em que aspectos terá incidido (manuseamento de armas, tácticas de pelotão ou companhia, planeamento de operações?).
Em suma, a participação israelita no "festival bélico" na Geórgia foi pouco significativo, e a sua posição logo com o iniciar das hostilidades foi bastante significativa. Ao contrário de alguns dos nossos parceiros da NATO, não é desejo de Jerusalém hostilizar Moscovo.
O facto dos russos não terem vendido, nem os S-300, nem os 9K729 Iskander, poderá indicar que também não é realmente seu desejo fragilizar Israel face aos seus vizinhos. Ou seja, a Rússia, neste momento, poderá ser o interlocutor mais equilibrado entre as partes. O que, no contexto de negociações globais para o Médio Oriente pode ser vantajoso.
O treino militar não se reflectiu na eficácia das FA georgianas...
Pippo,
O que o faz dizer isso?
Os resultados.
Boa parte do equipamento terrestre utilizado pelos russos estava ultrapassado (chegaram a usar T-62!), ao passo que os georgianos usaram equipamento reconvertido para altos padrões (por exemplo, os T-72 SIM-1).
Aquando do ataque, as tropas georgianas foram incapazes de tomar Tskhinvali às milícias ossetinas (a cidade é muito pequena, como pode constatar se for ao GoogleEarth), o que não faz juz ao treino que os israelitas lhes poderiam ter dado ao nível de combate urbano.
Quando os russos contra-atacaram, boa parte das tropas georgianas trocou as M-4, com as quais tinha sido instruída pelos norte-americanos, pelas velhas AK. Isso que revela que o seu treino foi deficiente pois reverteram, em lugar de aproveitarem os novos ensinamentos.
Ah, e é claro, boa parte das tropas fugiu.
Caro PM, se eu não estou enganado, a Rússia tem relações de "parceria estratégica" com Itália, Alemanha e França. Se Israel alcance esse nível, é de parceria estratégica que se trata.
Pippo,
Ao que sei, esses tanques que foram modernizados, foram feitos pelos israelitas.
Relativamente aos resultados, a minha opinião difere da sua.
O desfecho foi mau para a Geórgia, não pela sua actuação, mas sim pela entrada da Rússia no conflito.
Foi fornecido dinheiro, treino, equipamento e aconselhamento suficientes para atingir os objectivos propostos. Mas nunca foi objectivo de ninguém lutar contra a Rússia, porque isso simplesmente não era possível.
A Geórgia simplesmente não teve tempo suficiente para cumprir os objectivos porque a Rússia reagiu depressa demais. A Geórgia chegou a declarar que já controlava o território rebelde e que estava em curso acções de policiamento (e não incursões militares)
A grande supresa aqui foi a rapidez com que a Rússia actuou. Eles estavam a contar com mais tempo a nível político/diplomático (Rússia a reclamar, Rússia na OSCE, Rússia na ONU), na ONU, a Rússia tentou passar 2 resoluções em relação à Geórgia, tendo sido recusadas pelos americanos e ingleses. Tudo isto faz com que se queime tempo, tempo esse que a Geórgia necessita, para entrar e começar a dizer que a situação está controlada. Se os russos entrassem depois da Ossétia capitular, o caso tornava-se outro, com uma verdadeira agressão ao território da Geórgia.
A meu ver o resultado negativo foi simplestemente pela actuação da Rússia, que até a esta data, não havia sinais se a Rússia de facto estava ou não disposta a lutar militarmente. Foi um risco, a Geórgia e os seus apoiantes perderam.
Portanto a situação mais delicada a meu ver nem foi o fornecimento de equipamente por parte de Israel (e considero que foi fornecido equipamento bastante relevante por parte destes), mas sim o facto de Israel saber ao que se destinava o material. E Israel sabe bem que os russos têm plena consciência disso. É um jogo muito perigoso onde as coisas podem resvalar para desfechos mais graves.
...Se Israel alcance esse nível, é de parceria estratégica que se trata...
Mas caro JM, eu chamo a isso um grande SE.
Enquanto que eu consigo grandes sintonias principalmente com a França e Alemanha (a Itália, a meu ver não se enquadra tão bem), com Israel não.
E se está a ser considerado uma parceria estratégica, está a ser considerado em quê? o que estão eles a fazer que possam ir dar a uma coisa dessas? quais os objectivos traçados? o que pretendem fazer em conjunto?
Caro PM, são os dirigentes políticos que falam de "parceria estratégica" entre os países citados!
Russia e Israel fechar acordo estrategico, cara na boa não entendo isso.
PM,
Penso que aqueles T72 tem mão da Ucrânia, mas posso estar equivocado.
Evidentemente, o factor de desequilíbrio foi a entrada da Rússia no conflito. Se não fosse assim, os georgianos teriam apenas de lidar com uma milícia mal armada. Mas a não previsão de uma resposta russa revela falta de planeamento estratégico, ou melhor, de inteligência, por parte das cúpulas dirigentes em Tbilissi. Mas isso é para outras conversas.
Mas o que interessa é que em todo o conflito se constata que as forças terrestres georgianas foram incapazes de arrumar o problema rapidament ou sequer de enfrentar os russos, mesmo quando estes entravam a conta-gotas. Os georgianos não foram capazes de garantir ios seus objectivos, nem mesmo durante o tempo em que estavam em superioridade numérica,
e o seu treino, como disse, faltou-lhes.
Repare que há relatos de tentativas de sabotagem do túnel de Roki por parte de FE georgianas, e até nisso eles falharam.
Quanto ao envolvimento israelita neste conflito, penso que se tratou de uma simples venda de material a um Estado patrocinado pelos seus aliados norte-americanos, portanto, à partida, era um comprador "seguro", poi penso que os israelitas não previam um ataque à Ossétia.
Quando a Geórgia atacou os interesses russos, Israel tomou a atitude mais sensata e retirou-se.
Penso que de futuro essa opção será tida em conta por Moscovo. Talvez daí este anúncio de uma "parceria estratégica".
cara e o seguinte essa guerra na georgia praticamente só durou uns 5 dias.
pois a maioria do georgianos quando deu conta do ataque russo deram meia volta para Tiblisi.
Pois, foi mais ou menos isso que aconteceu :o)
Penso que aqueles T72 tem mão da Ucrânia, mas posso estar equivocado.
Não está. A origem deles é de facto ucraniano, mas foram actualizados pelos israelitas.
Mas a não previsão de uma resposta russa revela falta de planeamento estratégico, ou melhor, de inteligência, por parte das cúpulas dirigentes em Tbilissi.
Eu tenho outra ideia. Esse era o factor risco. Iriam os russos actuar? E quanto tempo demorariam a actuar? A jogada era arriscada, e nós nunca sabemos o que o oponente vai fazer. Eu até sou de opinião que a situação era a melhor possível dadas as circunstâncias.
Repare que há relatos de tentativas de sabotagem do túnel de Roki por parte de FE georgianas, e até nisso eles falharam.
E quem estava a defender o túnel?
Quanto ao envolvimento israelita neste conflito, penso que se tratou de uma simples venda de material a um Estado patrocinado pelos seus aliados norte-americanos, portanto, à partida, era um comprador "seguro", pois penso que os israelitas não previam um ataque à Ossétia.
Aqui não posso mesmo concordar consigo. Venda de material militar já é uma situação sensível, no caso da Georgia torna-se especial. A Geórgia é um dos pontos de tensão entre russos e americanos, e estava a ser tentado a adesão da Geórgia à NATO, de modo a impedir uma agressão vinda da Rússia. Israel tem a perfeita noção do que está a ser feito ali, como toda a gente. Israel sabia bem o porquê dos treinos, das aquisições de armas, do que se estava a preparar ali, não houve aqui inocentes neste jogo, houve sim uma jogada arriscada que não deu certo.
Caro PM, são os dirigentes políticos que falam de "parceria estratégica" entre os países citados!
Caro JM, e quantas declarações cosméticas cheias de sorrisos são feitas por políticos para ficarem bem na foto?
Quando se fala em parceria estratégicas ou acordos económicos ou o que quer que seja, sabe-se pormenores sobre o que se pretende fazer.
Neste caso JM, sabe-me dizer o que pretendem eles fazer de modo a caminhar para uma parceria estratégica? É que eu não sei. E dúvido muito que tal aconteça. Embora eu saiba logo à partida o que será necessário para haver parceria estratégica, o não acabar por parte dos russos a central nuclear iraniana, não vender o sistema S-300 e não andar a vender armas aos Sírios.
Logo por aqui desconfio que tipo de parceria estratégica estamos a falar, mas para não dizer que não acredito, digo, "acredito vendo".
Caro PM, Shimon Peres declarou que Dmitri Medvedev lhe prometeu reexaminar a questão da venda dos complexos C-300 ao Irão. Será isto o princípio da parceria estratégica?
Caro PM, Shimon Peres declarou que Dmitri Medvedev lhe prometeu reexaminar a questão da venda dos complexos C-300 ao Irão. Será isto o princípio da parceria estratégica?
No meu ver não.
E se de facto se passou assim como me indicou, ainda mais céptico fico.
Na sua resposta aponto logo duas situações: Não foi Medvedev a indicar que iria rever a situação dos S-300 e o facto da indicação ser "rever", não estamos a falar duma negativas, mas sim de um adiar da resposta.
Isto é o que se tem passado ao longo destes últimos anos. Está para ser vendido há qts anos este sistema? é tão falado que até há pessoas que pensam que já lá está.
E há quanto tempo andam os russos a adiar a abertura da central nuclear? anos também.
Está aqui um jogo de cintura, de equilíbrio numa zona extremamente complicada e não consigo imaginar uma parceria estratégica entre os dois.
Mas, pode-me dar na cabeça à sua vontade se de facto isto vier acontecer, porque a meu ver tal não é possível. O que se procura é um compromisso entre interesses opostos.
PM, uma guerra não pode ser lançada como se fosse uma roleta. O governo georgiano "jogou" com o imprevisto, o que é uma insanidade. Melhor seria deixar a situação como estava.
Quem defendia o túnel de Roki eram, ao que consta, FE russas (RIA Novosti). Mas como as missões de sabotagem devem de ser efectuadas por FE, os pratos estão equilibrados. E os georgianos falharam.
O facto da venda de material militar não ter interferido em nada nas relações russo-israelitas é um indicador da sua insignificância no cômputo geral.
Israel não exporta muito material militar e estava na calha a venda de Merkavas, Helis, VBTPs e demais equipamento, o que seria economicamente significativo.
Mas bastou a Moscovo lembrar Jerusalém que até então tinha suspendido a venda dos mísseis ao Irão e à Síria para Israel suspender as vendas.
Quanto a informações, duvido que Israel soubesse dos planos de Saakashvili. Os principais actores eram os EUA e só a estes caberia serem informados desses planos.
Israel foi um mero actor secundário cuja importância não deve ser exagerada e a quem, como os acontecimentos diplomáticos o provam, não foi dada grande importância.
Adiantando, gostaria de saber a que níveis, ara além dos políticos, é que os dois países planeiam guindar a sua parceria estratégica.
brilhantes analistas!!
(ironia, claro)
Só quero que aqui uma mente brilhante me explique qual é o fundamento/legitimidade/direito de "alguns" tentarem impedir que o Irão possua armas núcleares, sendo que, Israel possui várias. Israel caso vossas senhorias não saibam é um dos 3 estados mundiais que não assinou o TNPN.
Um estado minusculo de 7 milhões possui armas nucleares estratégicas, incluindo o recente missil intercontinental jIII, Israel é o INIMIGO numero um da paz mundial, neste momento, o ocidente sofre ataques terroristas, dificuldades económicas, ressentimento étnico devido ao apoio a esse estado ilegal, selvagem e corrupto e ainda há aqui gente preocupada com o irão.
Todos aqueles que desculpam ou colaboram com estes acontecimentos são mais que cobardes, são estrume.
Só queria ver se aqui algum prémio nobel de serviço gostaria de estar sob constantemente ameaça por vizinhos com armas e não tratava de adquirir uma!
ass:Terrestre
PM, uma guerra não pode ser lançada como se fosse uma roleta. O governo georgiano "jogou" com o imprevisto, o que é uma insanidade. Melhor seria deixar a situação como estava.
Não a meu ver. Seria melhor deixar a situação como estava até quando? Bush estava de saída e já por esta altura se estava a ver que Obama teria enormes chances de ganhar. Com uma economia em sérias dificuldades e com Obama a caminho, é preferível o actual presidente que está de saída (já está queimado, juntamente com a sua administração) actuar, do que deixar isso para o novo presidente.
A guerra acarreta riscos. Quando os EUA começaram no Iraque tinham a ideia de que uns anos depois, a situação estaria como está hoje?
O facto de se tomar a iniciativa, não quer dizer que se ganhe.
Quem defendia o túnel de Roki eram, ao que consta, FE russas (RIA Novosti). Mas como as missões de sabotagem devem de ser efectuadas por FE, os pratos estão equilibrados. E os georgianos falharam.
Foi um confronto entre gente devidamente treinada para os seus objectivos, objectivos esses opostos. De ambos os lados sabiam a importância deste túnel. Mas se a resposta russa tivesse tardado umas 24 horas mais, teria havido o mesmo desfecho? Quantas horas demorou a Rússia a responder? A Rússia foi muito rápida a responder, quem diria que eles iriam responder num tão curto espaço de tempo?
Quanto a informações, duvido que Israel soubesse dos planos de Saakashvili. Os principais actores eram os EUA e só a estes caberia serem informados desses planos.
Israel sabia que esta seria uma opção possível, dado os preparativos que andavam a fazer, eu não estou a dizer que, estavam a planear em conjunto com eles e trataram-se de distanciar, quando a situação estalou.
A participação de Israel não é significativa e nunca disse isso, a minha referência incide sobre este artigo em questão, onde se fala em parceria estratégica.
Do mesmo modo, não se pode dizer que a venda dos S-300, seja assim tão grave, não estamos a falar de uma arma ofensiva.
Os S-300 não são uma arma ofensiva, mas ao que parece causam muito burburinho :0)
Lembra-se, há uns 10 anos atrás, quanto a Turquia levantou um pé de vento por causa da projectada venda desses mísseis a Chipre?
Os S-300, bem como os sistemas semelhantes, não sendo meios defensivos, NEGAM ao adversário uma série de opções no campo de batalha, sobretudo a sua capacidade de projecção de forças (aéreas) e portanto, a sua capacidade dissuasora.
São o equivalente ao sistema de defesa anti-míssil a ser colocado na Polónia e Rep. Checa, que nega à Rússia o seu potencial dissuasor nuclear.
No caso em apreço, a venda desses mísseis ao Irão iria dificultar uma acção preventiva por parte de Israel, que se veria relegada a confiar sobretuudo em mísseis de cruzeiro que terá instalado a bordo dos seus novos submarinos da classe Dolphin.
http://www.nti.org/db/submarines/israel/index.html
Ab,
Efectivamente circulam muitos rumores relativamente à verdadeira natureza dos mísseis que andam a bordo dos DOLPHIN isrealitas e provavelmente as ogivas terão símbolos triangulares amarelos e negros.
Sobre a dita parceria estratégica ver o interessante artigo:
http://www.upi.com/Emerging_Threats
/2009/08/19/Russia-may-nix-S-300-
sale-to-Iran/UPI-89221250708513/
De salientar os esclarecedores e conclusivos parágrafos:
"Russia says it has not delivered any the missiles to Iran yet, but it may yet do so to up the ante in its growing confrontation with the United States.
Medvedev's pledge may be little more than a tactic to force the Israelis to stop providing arms and intelligence to Georgia, Azerbaijan and other former Soviet republics that are defying Moscow.
U.S.-based security consultancy Strategic Forecasting noted in July: "The Americans realize that if they arm Russia's adversary, Moscow will respond by arming U.S. adversaries -- particularly Iran."
Cumpts
Manuel Santos
Viva Israel!
É isso mesmo, MSantos! O artigo toca na ferida: se dás pedras ao meu inimigo, eu dou fisgas ao teu.
Neste caso negoceia-se a não venda de meios aos adversários. Israel sabe disso, sabe que é um actor secundário e que nada tem a ganhar se hostilizar a Rússia. Naturalmente, retirou-se da contenda.
Agora, muito fora do tópico, mas mais dentro da questão israelo-iraniana, reparou nesta parte da notícia?:
"Israel does not have the power to knock out enough of the heavily guarded and widely nuclear facilities, most of them buried deep underground, to permanently cripple Iran's nuclear program."
Agora conjugue isto com esta notícia, também da mesma fonte:
Israel has ordered 100 "bunker buster" bombs from the United States has caused tremors of concern in Lebanon that the weapons are for use against Hezbollah in the event of war between Iran and the Jewish state. (...) The Jerusalem Post cited no delivery date for the LJDAMs, but the order was reported amid growing concerns that Israel may launch a unilateral strike against Iran to knock out its nuclear program infrastructure."
http://www.upi.com/Emerging_Threats/2009/08/20/Lebanese-fears-of-Israeli-strike-swell/UPI-55251250785116/
Estas armas são eficazes tanto contra alvos fixos como móveis. Foram encomendadas 100. No artigo anterior previu-se que um ataque ao Irão teria de ser feito por cerca de 90 aviões...
Pippo
O problema reside no facto de que o Irão já diversificou e escondeu unidades de fabrico/enrequecimento e de uma forma muito numerosa (da última vez tinha ouvido falar em 3000 centrifugadoras).
O que não impede Israel de iniciar um ataque provocando um casus belli tal, de modo a arrastar o fiel aliado americano. Mas aí já não poderia ser só a guerra "cirúgica" de eliminação da capacidade nuclear iraniana mas teriam que avançar para a decapitação de toda a estrutura governativa/religiosa e isso iria tornar as coisas mil vezes mais complexas tornando provavelmente o Iraque num piquenique de crianças.
E o último factor perturbante é de os israelitas tendo plena consciência destes factos, estarem na disposição de usar entre outros meios os mísseis dos DOLPHIN com as suas ogivas amarelas e negras, além dos vectores por via aérea é claro.
Cumpts
Manuel Santos
Bom, as centrifugadoras não ficam uma em cada sítio, por isso não são 3000 alvos. Mas mesmo assim são demasiados, o que levaria Israel a empenhar uma enorme fatia da sua arma aérea para efectuar um ataque decisivo. E mesmo isso sem garantias...
O problema é que Israel tem de ter a segurança de não ser eliminado do mapa por uns fanáticos de Teerão. E dado o tipo de regime iraniano e até as várias camadas de decisão naquele país, dos tipos mais moderados até aos fanáticos dos Pazdaran, penso que um ataque é inevitável.
A possibilidade de se arrastar os EUA para um hipotético parece-me escassa. Não estou a ver os EUA a meterem-se noutra, sinceramente. Vejo-os, outrossim, a condenar publicamente o ataque e a fazer saltar rolhas de garrafas de champanhe nos bastidores.
Quanto a estender os ataques às cúpulas, seria uma possibilidade, mas não creio que se vá por ai. O mais provável era aproveitar-se para eliminar umas bases militares, destruir-se uns aviões e umas quantas fábricas de armamento, umas baterias de mísseis balísticos, mas isso seria sobrecarregar ainda mais capacidade de projecção de forças de Israel.
Ab,
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