Onze dos 15 membros da tripulação do cargueiro Arctic Sea regressaram, ao fim da tarde de Sábado, a Arkhanguelsk, cidade do norte da Rússia de onde são originários.
“Logo que o comboio rápido Nº 324 Moscovo-Arkhanguelsk parou, os marinheiros, vestidos com fardas camufladas, começaram a sair de três carruagens, procurando com os olhos os seus parentes”, relata o repórter do jornal electrónico life.ru.
Segundo o jornalista, os tripulantes esconderam-se das câmaras de televisão e evitaram responder às perguntas dos jornalistas.
À pergunta: “Quando é que compreenderam que o vosso navio tinha sido tomado por piratas?”, um dos marinheiros respondeu: “Imediatamente. Isso tornou-se evidente desde os primeiros minutos”.
Às restantes perguntas o marinheiro respondeu com ironia: “O navio estava no mar, no Triângulo das Bermudas, e os piratas alimentavam-nos com gelados”.
Porém, segundo o life.ru, à pergunta como tinham corrido os interrogatórios e os frente-a-frente com os piratas durante a investigação judicial numa das prisões do Serviço Federal de Segurança da Rússia, praticamente todos responderam: “Não nos sentimos muito bem”.
Mikhail Voitenko, redactor da revista marítima Sovfrakht, que denunciou o desaparecimento do cargueiro nos finais de Julho, pediu aos jornalistas para não entrevistarem os marinheiros que regressaram a casa a fim de não prejudicarem os que ainda estão a bordo do Arctic Sea.
O cargueiro Arctic Sea, com 15 tripulantes russos, pertencente a uma empresa finlandesa e matriculado em Malta, partiu de julho da Finlândia com uma carga de madeira para a Argélia e “desapareceu” misteriosamente durante mais de duas semanas até que os militares anunciaram, no dia 16 de Agosto, a sua libertação nas águas do Atlântico, perto de Cabo Verde.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que o barco foi sequestrado por oito cidadãos da Estónia, Letónia e Rússia, que foram transportados pela força aérea russa para Moscovo.
Segundo as autoridades russas, o navio está a ser rebocado para o porto de Novorrossisk, no Mar Negro, onde deverá ser alvo de uma vistúria com o objectivo de determinar se o Arctic Sea transportava mais alguma carga além de madeira.
Segundo alguns especialistas citados pela imprensa russa e internacional, o navio podia transportar armas.
Numa entrevista publicada na sexta-feira pelo jornal Komsomolskaia Pravada, um oficial da marinha anónimo rejeitou a possibilidade de o navio transportar complexos de lançamento de mísseis S-300, considerando ser muito difícil esconder cargas de tão grande gabarito entre a madeira.
Porém, não exclui a possibilidade de entre a carga estarem mísseis para o complexo S-300 e “bombas inteligentes” do tipo X-55.
O oficial anónimo considera que essa operação de contrabando de armas poderia ter sido realizada por máfias da Rússia e dos países do Báltico, mas sem o conhecimento do Governo russo.
“Logo que o comboio rápido Nº 324 Moscovo-Arkhanguelsk parou, os marinheiros, vestidos com fardas camufladas, começaram a sair de três carruagens, procurando com os olhos os seus parentes”, relata o repórter do jornal electrónico life.ru.
Segundo o jornalista, os tripulantes esconderam-se das câmaras de televisão e evitaram responder às perguntas dos jornalistas.
À pergunta: “Quando é que compreenderam que o vosso navio tinha sido tomado por piratas?”, um dos marinheiros respondeu: “Imediatamente. Isso tornou-se evidente desde os primeiros minutos”.
Às restantes perguntas o marinheiro respondeu com ironia: “O navio estava no mar, no Triângulo das Bermudas, e os piratas alimentavam-nos com gelados”.
Porém, segundo o life.ru, à pergunta como tinham corrido os interrogatórios e os frente-a-frente com os piratas durante a investigação judicial numa das prisões do Serviço Federal de Segurança da Rússia, praticamente todos responderam: “Não nos sentimos muito bem”.
Mikhail Voitenko, redactor da revista marítima Sovfrakht, que denunciou o desaparecimento do cargueiro nos finais de Julho, pediu aos jornalistas para não entrevistarem os marinheiros que regressaram a casa a fim de não prejudicarem os que ainda estão a bordo do Arctic Sea.
O cargueiro Arctic Sea, com 15 tripulantes russos, pertencente a uma empresa finlandesa e matriculado em Malta, partiu de julho da Finlândia com uma carga de madeira para a Argélia e “desapareceu” misteriosamente durante mais de duas semanas até que os militares anunciaram, no dia 16 de Agosto, a sua libertação nas águas do Atlântico, perto de Cabo Verde.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que o barco foi sequestrado por oito cidadãos da Estónia, Letónia e Rússia, que foram transportados pela força aérea russa para Moscovo.
Segundo as autoridades russas, o navio está a ser rebocado para o porto de Novorrossisk, no Mar Negro, onde deverá ser alvo de uma vistúria com o objectivo de determinar se o Arctic Sea transportava mais alguma carga além de madeira.
Segundo alguns especialistas citados pela imprensa russa e internacional, o navio podia transportar armas.
Numa entrevista publicada na sexta-feira pelo jornal Komsomolskaia Pravada, um oficial da marinha anónimo rejeitou a possibilidade de o navio transportar complexos de lançamento de mísseis S-300, considerando ser muito difícil esconder cargas de tão grande gabarito entre a madeira.
Porém, não exclui a possibilidade de entre a carga estarem mísseis para o complexo S-300 e “bombas inteligentes” do tipo X-55.
O oficial anónimo considera que essa operação de contrabando de armas poderia ter sido realizada por máfias da Rússia e dos países do Báltico, mas sem o conhecimento do Governo russo.
18 comentários:
Creio que nos estamos a aproximar da hipótese mais plausivel.
Diz um oficial da marinha russa:
"O oficial anónimo considera que essa operação de contrabando de armas poderia ter sido realizada por máfias da Rússia e dos países do Báltico, mas sem o conhecimento do Governo russo."
-Agora o importante é saber dos mentores do conlui e qual o nivel hierárquico na conivência governamental e militar.
-Se esta hipótese se confirmar, alguns dos verdadeiros Piratas começama aparecer à luz do dia.
O primeiro é o Sr. Vitor Martvejev (russo/finlandês) que detem 70% da companhia proprietária do navio, o restante é detido por 2 oligarcas russos.(o 2º e 3º pirata)
Todos os accionistas da Shipping Line Solchart Management Oy que fretou e agenciou o navio desde o seu 4ºBatismo (Mudança de nome)para Arctic Sea.(quantos piratas??)
O Sr. Nikolay Karpenkov, (russo) director da Vessel's Operating & Personal Management, companhia russa para condução técnica de navios "Solchart Arkhanglesk" tambem deve estar no amago da questão.
E para quem não saiba...este navio foi tomado pelos piratas, a custo zero logo após o seu lançamento à àgua, que coincidiu com o fim da URSS, e tem tido uma vida em consonância com o caracter e valores dos seus proprietários.
No minimo através deste navio, umas boas centenas de piratas deram aso à sua imaginação e carreira profissional!
Já se comentou anteriormente a hipotese de o navio levar armas sofisticadas e o que isso revelaria sobre quem tem poder na Rússia: seria uma mafia. Dizer que no meio da medeira não se pode esconder armas é disparatado poque os navios levam contentores que podem levar tudo lá dentro.
...Numa entrevista publicada na sexta-feira pelo jornal Komsomolskaia Pravada, um oficial da marinha anónimo rejeitou a possibilidade de o navio transportar complexos de lançamento de mísseis S-300, considerando ser muito difícil esconder cargas de tão grande gabarito entre a madeira.
Porém, não exclui a possibilidade de entre a carga estarem mísseis para o complexo S-300 e “bombas inteligentes” do tipo X-55...
Confesso a minha perplexidade quando vi as notícias salvoerro no Sábado. Aparecerem duma fonte anónima, dum alto cargo militar que fazia parte da equipa de investigação e que falava de contrabando do sistema S-300 e do mísseis x-55.
Um sistema S-300 não pode ser desviado fácilmente, devido ao seu tamanho e complexidade, os x-55 já é mais credível.
No primeiro caso, pode-se aceitar que seriam apenas os mísseis do S-300, mas para ambos os casos, os mísseis S-300 e os X-55, iriam servir para quê? Quem tem plataformas que possam usar este tipo de armamento?
Porquê atravessar meio mundo de barco, se em poucas horas (se o destino fosse o Irão), o caso estaria resolvido?
E no meio de todas estas especulações, porque não aparece como hipótese a Ucrânia?
Afinal há pouco tempo, foi apanhado um barco cheio de armamento vindo da Ucrânia e a Ucrânia possui este tipo armamento e já houve casos no passado de vendas inclusive uma suspeita de venda de X-55 ao Irão.
Este caso tem contornos estranhos, há muita coisa que não faz sentido, há muita especulação e custa-me a acreditar que o Irão tivesse interesse em adquirir partes de sistemas destes, sabendo o quanto isso prejudicaria as relações com a Rússia.
Se o barco levava realmente armas, interrogo-me se vamos ficar a saber de algo. Possivelmente não.
Já repararam na quantidade de colisões que há com navios mercantes ucranianos? Ainda hoje chocou um com um russo. Espero que não levem madeiras ( risos)
Por todos os mistérios que este caso acarrete, a possibilidade S300 é inverosímel.
Só para o sistema S-300 seria necessário um navio de maior tonelagem e de preferência um "Ro-Ro" ou seja um navio em que os veículos entram e saiem por rampa levadiça à semelhança dos navios de desembarque amfíbio.
O S-300 implica o camião lançador quádroplo, camião radar e camião posto de comando. Como seria possível embarcar várias unidades para tornar este sistema minimamente eficaz num navio como o ARTIC SEA.
Quanto ao X-55, este já seria fácil de transportar, mas até à data o único país que vendeu este tipo de mísseis tanto ao Irão como à China foi a Ucrânia.
E aí nesse caso se houvesse mão ucraniana já se compreendia todo o recato que as forças da NATO se remeteram enventualmente uma espécie de trato ou acordo de cavalheiros que beneficie ambas as partes.
O caso era mantido secreto poupando o embaraço russo de um vulgar ladrão ter sacado uns poucos mísseis de cruzeiro avançados do arsenal russo como quem rouba meia dúzia de caramelos e a NATO seria poupada ao vexame de um dos seus principais aliados e fogoso aspirante a unir-se às suas fileiras de andar a vender armas estratégicas a um dos países do eixo do mal.
Uma espécie de "Irão-Contras" enxovalhando todos os participantes.
Outra hipótese seria armas vulgares tipo Kalashnikov, granadas, morteiros RPGs negociados pelos ucranianos para um qualquer país africano como já o fizeram com o navio aprisionado e aí faria todo o sentido o navio ter rumado à Africa subsariana.
A hipótese ucraniana ganha senso dado a passividade total da NATO que nunca poderia acontecer se isto fosse unicamente feito pelos russos.
Mas obviamente tudo isto não passa de minha especulação.
Cumpts
Manuel Santos
...Uma coisa que dá para reparar é que há por aqui alguns posts que parecem lançados de propósito para confundir, isto no que se refere ao eventual tráfico bélico, dada a inverosimilhança dos cenários que propõem como por exemplo: grandes dispositivos bélicos para o Irão; Cobertura da NATO aos traficantes ucranianos; armamento de baixo calibre para paises africanos etc, etc.
Para quem gosta de se fazerem passar por especialistas em armamento, no minimo é estranho que nenhum destes especialistas arrange um cenário anti-sionista, que por ser exequivel, seria "bem vendido" e daria bons lucros à trupe de crápulas que giram em torno das armas.
-Por exemplo, bem camuflados na estrutura do navio, não destinada à carga, mas escondida por esta, seguirem estivados dezenas de misseis Iskander com destino à Siria.
Seria impossivel?
Dentro de um esquema geral de conspiração e de formulação de hipóteses, as possibilidades apresentadas são todas viáveis.
Contudo, se o objectivo era o Irão, ou mesmo a Síria, porque não usar o Cáspio? O transporte seria feito num ápice, sem interferências de maior e todos ficariam contentes.
Portanto, havendo tráfico de armas, claramente ele não envolve o Estado russo, e a cooperação da NATO sem, contudo, haver qualquer intervenção por parte das suas forças (por exemplo, da nossa Armada e do nosso excelente DAE) levanta sérias suspeitas. Porque não interveio a NATO? O que é que ela escondia? Qual é a verdade sobre este caso?
Pippo
É exactamente a passividade da NATO que torna tudo tão suspeito relativamente aos seus interesses neste caso.
Se se tratasse de armamento estratégico de proveniência russa e de forma clandestina, o cargueiro provavelmente nem sequer tinha passado o Canal da Mancha.
Lembra-se do "Faina" ao largo da Somália?
Dado a carga sensível que levava, e por essa mesma carga ser proveniente de onde era nunca se chegou a saber qual era o verdadeiro destino e se chegou mesmo a ser entregue e a quem. E ninguém mais quis saber.
Caso fosse o Estado russo a patrocionar algo assim obviamente as posições teriam sido totalmente opostas.
E com isto não defendo os russos mas ataco sim a permissividade para com outros.
Cumpts
Manuel Santos
...se a trupe de traficantes estiver sediada no enclave de Kalininegrado...qual é a viabilidade de utilizar o Mar Cáspio!!!
O próprio Medvedev ao mobilizar os meios disponiveis no Mar Negrroo em detrimento da frota do Báltico, está a dar um indicio...
E o que é que Kaliningrado tem a ver com a frota do báltico?
"...se a trupe de traficantes estiver sediada no enclave de Kalininegrado...qual é a viabilidade de utilizar o Mar Cáspio!!!"
Como assim? As pessoas não viajam, Inácio? Se a rota mais segura for a mais curta, acha que criminosos em Kaliningrado não contratam um meio de transporte em Astracã? Já não vivemos na Idade Média. Tal como a economia, o crime é globalizado.
Mas se quer que lhe diga, essa tese das máfias não me cheira bem. Se fosse uma máfia não só não haveria necessidade de assaltar o navio (a própria máfia trataria de meter a sua tripulação a bordo) como o destino da "carga" seria idêntico ao do navio.
E depois há o envolvimento muito estranho da NATO. Então a organização dá-se ao trabalho de destacar a SNMG1 para a Somália e não lida printamente com um caso de pirataria às suas portas, quando teria toda a legitimidade para actuar?
Só não entendo é a última frase do Inácio.
O facto da Rússia ter destacado elementos da Esquadra do Mar Negrroo em lugar da do Báltico dá um indício de quê, concretamente?
...a "estória" do assalto quando o navio se encontrava em àguas suecas foi uma inventona do Armador & "companhia" com a eventual envolvência de alguns meios da frota russa do Báltico (desligando e emitindo sinal AIS do Arctic Sea para despiste da vigilância costeira dos diversos estados), para ganhar tempo e ludibriar os sistemas NATO, os quais mantiveram uma vigilancia apertada ao Arctic Sea (cujo AIS transponder foi removido)até Cabo Verde, tudo isto como consequência da inspecção da policia maritima sueca em 24 de julho.
A 1 de Agosto, Medvedev mobiliza os meios navais da frota do Mar Negro com a missão de capturar o navio em colaboração/parceria com os serviços da NATO.
Quanto à missão de captura do navio não ter sido dada à frota russa do Báltico...claro, isso tem a haver com a estratégia de Medvedev em apurar o "esquema" usado!
Quanto aos piratas usados no filme,....(serve para compor um final feliz, como mal menor)
Conclusão: a Rússia tem de ser a má da fita desta história.
Brilhantes, estes comentaristas.
Neste caso, a Russia ao mais alto nivel está a desempenhar um papel extemamente positivo, e a cara dessa credibilização é o próprio presidente D.Medvedev.
Quanto aos "passarões" que se preparavam para lhe fazer um ninho atrás da orelha (dele) talvez tenham que o fazer lá para os lados da Sibéria, e tempo não lhes vai faltar !
"uma inventona do Armador & "companhia" com a eventual envolvência de alguns meios da frota russa do Báltico (desligando e emitindo sinal AIS do Arctic Sea para despiste da vigilância costeira dos diversos estados), para ganhar tempo e ludibriar os sistemas NATO, os quais mantiveram uma vigilancia apertada ao Arctic Sea".
Isso é fantástico! Está muito bem informado, Inácio. Onde é que recolheu essa preciosa informação?
:o)
Num site de um jornal sueco, foi relatado o "timing" equivoco e estranho do protesto do Armador, que começou por contactar o embaixador russo em Estocolmo no dia 30 de Julho, onde deixa um relatório escrito, e lamenta os modos agressivos dos policias suecos no contacto com a tripulação durante as 12 horas em que durou a inspecção.
O Embaixador russo reenvia o protesto para os Negócios Estrangeiros Suecos, daqui o protesto segue para as autoridades maritimas suecas, que por sua vez tentam contactar o Sr. Vitor Martvejev para que preste declarações para o processo de averiguações pessoalmente ou por via telefónica, sem sucesso, este nunca lhes respondeu.
A policia maritima sueca, na impossibilidade de contacto com o Armador, informa a embaixada russa
que não executou nenhuma missão de inspecção nas últimas 72 horas, mas que continuava interessada no seu testemunho e esclarecimentos adicionais para o processo de averiguações aberto.
A partir daqui, o armador por via do seu CEO-Vitor Martvejev desde Helsinquia inventa o assalto de piratas e respectivo pedido de resgate etc, etc.
Obs: A Inspecção feita pela Policia Maritima Sueca foi executada em 24 de Julho.
A partir desta data já a Europol e NATO estavam no controlo do evento.
Então quem eram os piratas afinal?
...puxa pelas meninges...pensa!
ou não tens carga nas sinapses do cerebro?
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