Os deputados de três grupos parlamentares da oposição na Duma Estatal (Câmara Baixa) do Parlamento da Rússia abandonaram a sala de sessões em sinal de protesto contra o facto de o Partido Rússia Unida se recusar a discutir “a falsificação dos resultados eleitorais”.
Os deputados do Partido Comunista da Federação da Rússia, do Partido Liberal-Democrático da Rússia e do Partido Rússia Justa exigem um encontro urgente com o Presidente Dmitri Medvedev a fim de analisarem a falsificação dos resultados das eleições de Domingo passado, considerando que o Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin, foi o “beneficiado”.
Nas eleições municipais e regionais de 11 de Outubro, que se realizaram em 76 das 83 regiões e repúblicas da Federação da Rússia, a Rússias Unida conquistou a maioria dos votos em praticamente todos os escrutínios.
“Nós não podemos estar na Duma Estatal até que as autoridades, até que o Presidente não se encontrem com os nossos grupos parlamentares”, declarou aos jornalistas Vladimir Kachin, vice-presidente do Comité Central do Partido Comunista da Federação da Rússia.
“Tiraram às pessoas o direito à liberdade de expressão, de opção. Isso é a violação dos direitos constitucionais”, acrescentou o deputado comunista.
Vladimir Jirinovski, dirigente do Partido Liberal-Democrático e vice-presidente da Duma, considerou os resultados das eleições “desonestos”.
“Pressão constante, chantagem, ameaças, ameças de despedimento aos que apoiaram os liberal-democratas. Sufocam-nos, pressionam-nos constantemente”, frisou.
“Se não nos deixam falar dos resultados das eleições, o grupo parlamentar maioritário que fique na sala, tome decisões e resposta por tudo”, declarou Nikolai Levitchev, dirigente do grupo parlamentar da Rússia Justa.
Os deputados do Partido Rússia Unida, que detém a maioria constitucional na Duma, continuaram os trabalhos como se nada tivesse acontecido.
“Eu não comento. Isso é política”, declarou Vladimir Tchurov, dirigente da Comissão Eleitoral Central da Rússia, reagindo à iniciativa da oposição.Dmitri Medvedev, Presidente da Rússia, ainda não reagiu à iniciativa da oposição obediente ao Kremlin, mas torma-se cada vez mais difícil esconder o Sol com a peneira, ou seja, fechar os olhos à violação da lei nas eleições. Os protestos não vêem só da oposição marginal....
Os deputados do Partido Comunista da Federação da Rússia, do Partido Liberal-Democrático da Rússia e do Partido Rússia Justa exigem um encontro urgente com o Presidente Dmitri Medvedev a fim de analisarem a falsificação dos resultados das eleições de Domingo passado, considerando que o Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin, foi o “beneficiado”.
Nas eleições municipais e regionais de 11 de Outubro, que se realizaram em 76 das 83 regiões e repúblicas da Federação da Rússia, a Rússias Unida conquistou a maioria dos votos em praticamente todos os escrutínios.
“Nós não podemos estar na Duma Estatal até que as autoridades, até que o Presidente não se encontrem com os nossos grupos parlamentares”, declarou aos jornalistas Vladimir Kachin, vice-presidente do Comité Central do Partido Comunista da Federação da Rússia.
“Tiraram às pessoas o direito à liberdade de expressão, de opção. Isso é a violação dos direitos constitucionais”, acrescentou o deputado comunista.
Vladimir Jirinovski, dirigente do Partido Liberal-Democrático e vice-presidente da Duma, considerou os resultados das eleições “desonestos”.
“Pressão constante, chantagem, ameaças, ameças de despedimento aos que apoiaram os liberal-democratas. Sufocam-nos, pressionam-nos constantemente”, frisou.
“Se não nos deixam falar dos resultados das eleições, o grupo parlamentar maioritário que fique na sala, tome decisões e resposta por tudo”, declarou Nikolai Levitchev, dirigente do grupo parlamentar da Rússia Justa.
Os deputados do Partido Rússia Unida, que detém a maioria constitucional na Duma, continuaram os trabalhos como se nada tivesse acontecido.
“Eu não comento. Isso é política”, declarou Vladimir Tchurov, dirigente da Comissão Eleitoral Central da Rússia, reagindo à iniciativa da oposição.Dmitri Medvedev, Presidente da Rússia, ainda não reagiu à iniciativa da oposição obediente ao Kremlin, mas torma-se cada vez mais difícil esconder o Sol com a peneira, ou seja, fechar os olhos à violação da lei nas eleições. Os protestos não vêem só da oposição marginal....
11 comentários:
A nível de curiosidade, alguém me pode indicar a percentagem de nº de votos em branco (não nulos) e qual a diferença para outros actos eleitorais, ocorridos anteriormente?
Eles gritam isso em cada eleição.
1. Tambem, há um facto que pode esclarecer um pouco os resultados da Rússia Unída. Eu ouvi que os funcionários e pessoas que trabalham nos órgãos estatais devem votar quase obrigatoriamente, e isso não viola nenhumas leis. Perante uma atividade eleitoral da população relativamente baixa isso pode dar vantajem ao partido do poder, sem nenhumas falsificações.
2. Eu conheço exemplos reais quando pessoas, dignas de serem eleitas representantes do poder local, tais como empresários etc., que realmente podem trabelhar e ajudar a população, se tornam membros da Rússia Unida porque assim têm mais chances de serem eleitos. E a população local, acho, pode muito bem votar neles, tambem sem nenhumas falsificações. Resumindo, muitos representantes das elites locais se tornam parte da Rússia Unida, os prefeitos e governadores que já eram prefeitos e governadores antes da Rússia Unída surgir. Por isso a Rússia Unida, ao meu ver, não é uma força que surgiu não se sabe de onde e de repente começou a obter vitórias nas eleiçoes, são muitas vezes pessoas já conhecidas na vida politica local.
Da minha parte, eu prefiro dar tempo ao poder. Se daqui a alguns anos se verificar que algo está a correr incorreto, então vou lutar contra, mas por enquanto não há razões para isso.
Tambem se deve dizer que os partidos que surgem e os lideres do país não são a mesma coisa.
Leitor anónimo russo, depois de ter escrito o que escreveu, acha que isso é democracia?
Na URSS se brincava: “Vem Inverno e depois o Verão, obrigado Partido por isso!!!” Acho que daqui à nada, os russos “também sem nenhumas falsificações” vão ser obrigados a cantar algo parecido. Democraticamente e da sua livre e espontânea necessidade …
Jose Milhazes disse...
Leitor anónimo russo, depois de ter escrito o que escreveu, acha que isso é democracia?
E o que é a democracia? Nos EUA aquelas mesmas elites dividem entre democratas e republicanos. Aqui o sistema politico ainda está a desenvolver-se. Quando tivermos uma força politica adequada, patriótica, capaz de conduzir uma politica que corresponda aos interesses nacionais, veremos. Por enquanto só há uma força que corresponde a estes critérios. Quer dizer, até apareceu um novo lider com o seu próprio estilo na política.
Jest nas Wielu disse...
"Na URSS se brincava: “Vem Inverno e depois o Verão, obrigado Partido por isso!!!” Acho que daqui à nada, os russos “também sem nenhumas falsificações” vão ser obrigados a cantar algo parecido. Democraticamente e da sua livre e espontânea necessidade …"
Acho que, se alguns nacionalistas ucranianos, residentes por alguma razão não na Ucránia, mas em Moçambique, tentassem tirar o seu próprio coitado pais da... onde ele está com o mesmo fervor com que durante anos não cansam de escrever aqui, talvez conseguissem melhorar a situação na Ucránia. Talvez. Mas, sem poder se livrar dos seus complexos, isso não parece viavel.
2 anónimo russo 21:03
Cada um trabalha para o bem do seu próprio país exactamente no local onde poderá exercer a sua sabedoria & conhecimentos de melhor maneira possível…
Operação Falsificação (Ru):
http://www.iea.ru/article/
polit_svoboda/26-12-07.ppt
Andrei Illarionov demonstra com o auxílio da matemática as tácticas de falsificação nas eleições na Rússia…
O processo anti – eleitoral continua em Moscovo
http://drugoi.livejournal.com/3063620.html
Tal como tudo o resto na política russa, este "protesto" foi a fingir, coreografado com precisão para coincidir com a presença da secretária de estado norte-americana no país.
António Campos
Caro António, não concordo consigo. A razão foi que a pouca vergonha dos dirigentes da Rússia Unida foi longe demais na batota.
Hmm o Jirinovsky não dá ponto sem nó. O Jirinovsky, agora arvorado em defensor dos valores democráticos, a insurgir-se contra os seus patrões?
Não achou estranho o facto de este "motim" ter sido noticiado extensivamente nos meios de comunicação estatais, ao contrário do que costuma acontecer com os protestos legítimos?
António Campos
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