A Rússia está preocupada com os contactos que os Estados Unidos mantêm com países que não fazem parte da NATO, no quadro da revisão dos planos de instalação de elementos do sistema de defesa anti-míssil (DAM) na Europa, declarou hoje Serguei Riabkov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
“Temos conhecimento que a administração norte-americana, no quadro da renúncia a esses planos, realiza contactos com os seus parceiros, e não só com países da NATO”, afirmou Riabkov ao comentar a declaração da Ucrânia sobre conversações com Washington a propósito da possibilidade da utilização de radares ucranianos no DAM norte-americano.
“Acompanhamos atentamente a situação e seria exagero afirmar que isso nos infunde esperanças”, acrescentou.
“Estamos preocupados”, frisou Riabkov.
Antes, Oleg Chamchur, Embaixador da Ucrânia em Washington, declarou que está em cima da mesa das conversações a possibilidade de utilização de estações de radares ucranianas no programa de criação de um sistema de defesa anti-míssil norte-americano.
“Apelamos a todos os participantes dessas conversações que abordem da forma mais responsável esses contactos e as declarações públicas a esse respeito”, comentou o diplomata russo.
A Ucrânia possui duas grandes estações de radares: na Crimeia e na região dos Cárpatos. Até 12 de Fevereiro passado, esses duas estações trabalhavam para a Rússia, mas Moscovo renunciou à sua exploração.
A administração de George W. Bush planeava instalar até 2013 dez mísseis interceptores na Polónia e um radar de defesa anti-míssil na República Checa, a pretexto da neutralização da alegada ameaça dos mísseis do Irão.
Moscovo considerou que esse projecto ameaçava a sua segurança e o novo Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou, a 18 de Agosto, a criação de um escudo anti-míssil “mais moderno e eficaz” e que não causaria apreensões na Rússia.
Washington não descarta a possibilidade da criação de um escudo conjunto com a Rússia.
“Temos conhecimento que a administração norte-americana, no quadro da renúncia a esses planos, realiza contactos com os seus parceiros, e não só com países da NATO”, afirmou Riabkov ao comentar a declaração da Ucrânia sobre conversações com Washington a propósito da possibilidade da utilização de radares ucranianos no DAM norte-americano.
“Acompanhamos atentamente a situação e seria exagero afirmar que isso nos infunde esperanças”, acrescentou.
“Estamos preocupados”, frisou Riabkov.
Antes, Oleg Chamchur, Embaixador da Ucrânia em Washington, declarou que está em cima da mesa das conversações a possibilidade de utilização de estações de radares ucranianas no programa de criação de um sistema de defesa anti-míssil norte-americano.
“Apelamos a todos os participantes dessas conversações que abordem da forma mais responsável esses contactos e as declarações públicas a esse respeito”, comentou o diplomata russo.
A Ucrânia possui duas grandes estações de radares: na Crimeia e na região dos Cárpatos. Até 12 de Fevereiro passado, esses duas estações trabalhavam para a Rússia, mas Moscovo renunciou à sua exploração.
A administração de George W. Bush planeava instalar até 2013 dez mísseis interceptores na Polónia e um radar de defesa anti-míssil na República Checa, a pretexto da neutralização da alegada ameaça dos mísseis do Irão.
Moscovo considerou que esse projecto ameaçava a sua segurança e o novo Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou, a 18 de Agosto, a criação de um escudo anti-míssil “mais moderno e eficaz” e que não causaria apreensões na Rússia.
Washington não descarta a possibilidade da criação de um escudo conjunto com a Rússia.
11 comentários:
Confesso caro JM que considero isto uma não notícia.
Parece que está a ser focado principalmente a Ucrânia, interrogo-me se para despertar alguma declaração mais agressiva por parte da Rússia.
Bom, sabendo que as eleições ucranianas se aproximam, fazer acordos com este país não faz sentido, e a Rússia também não tem nenhum tipo de interesse em espevitar hostilidades.
Se existe algo mais para este tipo de notícia, então teremos que aguardar para perceber o que os EUA pretendem.
Querem radares? é usá-los. mísseis é que não pode haver.
Perdoem minha ignorância, mas se os Estados Unidos é um país capitalista, assim com a Rússia, se nunca houve conflitos entre essas duas potências, por que ainda persiste essa animosidade entre os dois? Não há mais ideologias divergentes, por que essas duas nações não cooperam entre si para a segurança e desenvolvimento da região e do mundo?
Será que alguém mais capaz e inteligente que pode me explicar? Talvez o autor desse blog.
Carlos Ivan
Após o surgimento da doutrina nuclear “preventiva”, Moscovo até nem pode culpar os vizinhos, de um certo modo desatou as mãos da Ucrânia para aderir à NATO, emprestar os nossos radares, etc.
Além disso, após 1991, a Ucrânia desfez-se voluntariamente das suas armas nucleares, em troca de garantia da sua soberania e segurança por parte dos membros permanentes do CS da ONU. A nova doutrina russa põe em dúvida estas garantias, como tal, a Ucrânia sente-se livre de actuar como entende para garantir eficazmente a defesa nacional.
Caro Ivan, as suspeitas continuarão por muito tempo. Além do confronto recentemente terminado, a Guerra Fria, existem interesses globais. E isto não tem a ver com ideologias. Na 1ª Guerra Mundial participaram só países capitalistas.
PM,
Quem acreditou que a democracia terrorista dos Estados Unidos recuaria nas suas intenções se enganou, o Nobel do Obama é mais um prêmio para a hiupocrisia americana. A Rússia é o único país com poder para se opor de igual para igual aos EUA, a única nação que pode impedi-los de invadir e atacar quem quiserem, sendo portanto uma pedra no sapato da águia careca, além disso o sistema de defesa contra mísseis nuclear leares dos EUA hoje são falhos para resistir em uma guerra contra a Rússia, exatamente por isso o escudo é tão importante atualmente, além do desesperado acordo de limitação de armas estraatégicas.
mas por que, Senhor Wandard, os Estados Unidos atacariam a Rússia? Pelo que sei, assim como os chineses, eles estão mais interessados em fazer negócios, em expandir suas fronteiras comerciais.
Ponho muitas vezes essa mesma questão, Carlos Ivan.
Cumpts
Manuel Santos
Embora fora do contexto, muitas vezes a Rússia é apresentada como um péssimo vizinho que só cria conflitos com os demais. Embora reconheça que efectivamente existem muito maus hábitos, a Rússia não é a única culpada e actualmente, quando devidamente respeitada pode revelar-se um parceiro responsável. Do DefenseNews:
"HELSINKI - Russia's re-investment in its northern defenses poses no problems for Norway, which will continue to improve military and political channels of cooperation with Moscow, said Jonas Gahr Støre, Norway's foreign minister.
"There is no tension between the Norwegian and the Russian militaries, and 15 years of Norwegian-Russian cooperation has removed any tension," Støre told Norwegian public broadcaster NRK.
The Norwegian government estimates that Russia has spent between $12 billion and $15 billion modernizing and strengthening its Murmansk-centered northern defenses since 2004.
"Norway will, of course, continue to closely monitor Russia's military efforts, but we cannot see that this in any way changes the good relations between Norway and Russia," Støre said.
Gen. Sverre Diesen, who stepped down as commander of Norway's defense forces at the end of September, warned that the government needs to invest more in providing an adequate level of funding to ensure the credibility of its High North Defense Plan (HNDP). Gen. Harald Sunde took over as head of Norway's defense forces on Oct. 1.
"Our High North defense can be stronger with more funding. We need a battalion of enlisted soldiers in the region to guarantee that the advanced equipment that we have can be used," said Diesen, who suggested that future government defense reforms should include a shift from a conscription-based to a more professional military.
The level of Norwegian-Russian cross-border security cooperation has strengthened significantly since 2007. Col. Ivar Magne Sakserud, the head of Norway's Border Defense Department, visited Russia's Rybachiy peninsula on Oct. 1, becoming the first Norwegian military officer to be granted permission to enter this "closed area," which includes strategic military facilities, including Murmansk and Arkhangel.
"This vote of confidence proves that the relationship and cooperative climate between Norway and Russia is very good," Sakserud said.
The expanding contacts, both formal and informal, between key military branches of both militaries was evident in September, when the Norwegian Navy frigate KNM Otto Sverdrup visited Murmansk, the Northern Fleet's main base, to participate in the Barents Rescue 2009 exercises, which also involved military and civilian agencies from Sweden and Finland.
Meetings between Coast Guard, Border Guard and Land Forces from the two countries are currently running at two to three a year, with the most recent high-level meeting taking place Oct. 12 between Vice Adm. Nikolay Maksimov, the commander of Russia's Northern Fleet, and Lt. Gen. Bernt Brovold, the commander of the Norwegian Defense Force's new National Joint Headquarters in Bodø, which opened in Norway's Arctic region in August.
http://www.defensenews.com/story.php?i=4326328&c=EUR&s=TOP
A Noruega é um país da NATO muitas vezes governada por conservadores com a ressalva de não ter bases estrangeiras no seu território.
Cumpts
Manuel Santos
Caro anônimo das 15:11,
Segue um trecho de um arquivo que se encontra no meu blog:
"Os EUA têm dificultado os tratados mundiais para banir armas químicas e boicotaram abertamente todas as tentativas da ONU e de organizações pela paz mundial de proibir a produção mundial de minas anti-pessoal, que matam ou mutilam mais de 26 mil pessoas por ano no mundo, sendo mais da metade crianças. E apesar de tudo isso, os EUA são tidos como o maior exemplo de democracia do mundo. Esta “imagem” de “democracia” é forte principalmente dentro do próprio país. Dois terços dos formadores de opinião (cientistas, jornalistas, professores) norte-americanos acreditam que os outros países do mundo os admiram pela liberdade e democracia."
". No plano social ainda temos o fato de que a estrutura político-econômica mundial e a atual ordem de poder mundial, que os EUA lutam com todas as forças para manter, inclusive com o uso da força contra os mais fracos, é um sistema que só aumenta as desigualdades e a distância entre ricos e pobres, permitindo que mais de 1 bilhão de pessoas passem fome, e tenhamos a morte de 36 mil pessoas de fome por dia no mundo. Ou seja, os Estados Unidos mantém e luta para manter um sistema político-econômico que mata mais 12 vezes mais que os 3.000 mortos nos atentados do World Trade Center, só que de fome. Pela lógica os EUA deveriam investir 12 vezes mais na luta contra a fome e a miséria do que na luta contra o terrorismo que eles próprios criaram. Ao invés disso aumentam ainda mais seus gastos com armas."
Os Estados Unidos, sempre tiveram uma só intenção que é a se expandirem, com o objetivo de aumentar suas riquezas, seu poder e o controle de recursos naturais dos outros países, foi através do roubo que aumentaram seu território e mostraram ao mundo nos anos 90 o quão perigoso se tornaria o nosso futuro, tendo o mundo uma única superpotência, aliás a história já viu isso antes com Roma e parece que a humanidade não aprendeu. Como já comentei a Rússia representa um opositor, por enquanto o único do mesmo quilate, se a situação da Rússia hoje fosse a mesma dos anos 90,o Irã e a Coréia já teriam sido atacados, o escudo já teria sido instalado na Polônia e República Tcheca e muitas outras coisas já teriam ocorrido no Cáucaso e Ásia Central, assim como na América do Sul e em outras partes do mundo.
Abraço,
Falou tudo, Wandard.
Em suma, Wandard, o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente.
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