segunda-feira, março 01, 2010

Bruxelas à conquista do novo Presidente ucraniano

Victor Ianukovitch começa amanhã a sua primeira visita como chefe de Estado da Ucrânia. Optou por Bruxelas como destino da sua visita oficial, mas ainda é cedo tirar conclusões sobre o principal ou os principais vectores da sua política externa. No dia 05 de Março, é esperado em Moscovo.

Os dirigentes da União Europeia preparam-se para recebê-lo de braços abertos. Ianukovitch tem encontros marcados com Herman van Rompee, Presidente da União Europeia, Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, e Jerzy Buzek, Presidente do Parlamento Europeu.

Na passada quinta feira, Kiev recebeu um forte sinal da Europa. O Parlamento Europeu aprovou uma resolução que confirma o direito da Ucrânia ao ingresso na UE e encarregou a Comisão Europeia de elaborar um roteiro de conversações com vista à anulação de vistos com esse país.

Além disso, não passou despercebido aos observadores que a UE esteve representada a um nível bem mais alto do que a Rússia na tomada de posse de Ianukovitch. Foi notória a ausência do Presidente russo, Dmitri Medvedev.

“”Considero que se Medvedev tivesse vindo apoiar Ianukovitch, a primeira visita deste seria a Moscovo. Mas as autoridades russas repetem os mesmos erros”, considera o politólogo ucraniano Konstantin Matvienko.

Fonte política da Lusa em Kiev disse por telefone: “Ianukovitch não se pode esquecer do que fez a Europa nestas eleições. Se ela não tivesse reconhecido os resultados do escrutínio, Iúlia Timochenko teria resistido muito mais tempo”.

“A primeira coisa que Iuschenko (antecessor de Ianukovitch no cargo de Presidente) fez, depois das eleições de 2004, foi visitar Moscovo e o que deu isso?”, questiona Anna German, a porta-voz de Ianukovitch.



A presidência de Iuschenko ficou marcada por toda uma série de tensões entre a Rússia e a Ucrânia, incluindo duas “guerras do gás”, a última dos quais levou ao corte desse combustível à Europa.

Segundo Boris Makarenko, director do Centro de Tecnologias Políticas da Rússia, “é verdade que Ianukovitch realiza a sua primeira visita a Bruxelas e que, na sua pessoa, teremos um parceiro duro nas conversações sobre o gás. Por isso, é importante não ficarmos zangados com ele, mas utilizar a janela de possibilidades que se abre para encontrar um novo “modus vivendi””.

“Ianukovitch não pode cumprir a maior parte das suas promessas eleitorais. Ele deve encontrar o equilíbrio entre o Leste e o Oeste, ele deve tornar-se no Presidente de toda a Ucrânia”, considera o politólogo ucraniano Konstantin Bondarenko.

20 comentários:

PortugueseMan disse...

...“”Considero que se Medvedev tivesse vindo apoiar Ianukovitch, a primeira visita deste seria a Moscovo. Mas as autoridades russas repetem os mesmos erros”, considera o politólogo ucraniano Konstantin Matvienko...

Sim, imagino o que se teria dito se Medvedev fosse lá e se a primeira visita fosse a Moscovo...

...Fonte política da Lusa em Kiev disse por telefone: “Ianukovitch não se pode esquecer do que fez a Europa nestas eleições. Se ela não tivesse reconhecido os resultados do escrutínio, Iúlia Timochenko teria resistido muito mais tempo”...

O que fez a Europa?? Engraçado este tipo de declarações, será que esta fonte política da Lusa diria o mesmo para um reconhecimento do escrutínio por parte da Rússia, ou apelidaria de "interferências"?

Portanto para esta fonte, agora Ianukovitch deve favores à Europa e exactamente a Europa vai cobrar o quê à Ucrânia? a devolução do dinheiro que tem andado lá a enterrar para não haver mais chatices com o gás? O que a Europa quer da Ucrânia?

HAVOC disse...

A casa caiu para a União Européia!!! E para a América!!!!

Digo isso, porque a CIA perdeu as eleições ucranianas, e agora, na presidencia desse país está um líder pró-Moscow!!!!!

Porque Medvedev não foi á tomada de posse de Ianukovitch? Pelo mesmo motivo que não iria á tomada de posse de um eleito em uma OBLAST russa qualquer... É irrelevante, a Ucrania nada mais é do que uma OBLAST russa!!! E de acordo com a Constituição russa, OBLASTS são consideradas divisões administrativas...

Ou seja, este presidente ucraniano será marionete de Moscow!!!!

Jorge Almeida disse...

Alone Hunter, Yanukovitch só será marioneta de Moscovo se não tiver nenhuma alternativa viável a Moscovo.
Muito parecido com Lula, se este só tivesse os EUA como alternativa viável, e estivesse a governar um país sem recursos no seu sub-solo.

Por isso mesmo, Bruxelas está a fazer bem ao não hostilizar Yanukovitch. Acho que é do interesse de todos que a Ucrânia estabilize. Trata-se dum país com uma dimensão territorial maior que a França, e com uma população dividida nas suas referências até culturais (a parte ocidental mais europeizada, muito mais ligada culturalmente à Polónia e à Rep Checa que à Rússia, e a parte oriental, dominada por russo-falantes). A instabilidade da Ucrânia significa ter uma bomba-relógio às portas da UE.

Os sinais dados por Ianukovitch são, a meu ver, encorajadores. Perante 2 alternativas minimamente viáveis, tenta equilibrar o barco, sem comprometer-se com ninguém, fazendo o que alguém com 2 dedos de testa faria. Desejo que consiga estabilizar a Ucrânia, de modo a que os ucranianos possam "partir para outra".

Pippo disse...

A meu ver, Ianukovitch fez a opção certa, e estou muito em crer que a ausência de Medvedev não foi, nem inocente, nem por desprezo.

Quer queiramos quer não, Ianukovitch é encarado por muitos como sendo um lacaio de Moscovo. Para que ele possa cimentar a sua posição, urge corrigir essa imagem, ou seja, Ianukovitch tem de se distancia do Kremlin. Isso não significa que ele vá hostilizar a Rússia mas tão somente que ele terá de dar a imagem de que é um presidente soberano de um país soberano.

Ora, quer-me parecer que a ausência de Medvedev poderá inscrever-se nessa agenda de "distanciamento". Se Medvedev estivesse estado presente na tomada de posse, muitos diriam que ali estava o "padrinho" de Ianukovitch. Ao optar pela ausência, Medvedev passou a mensagem de que não está a interferir nos assuntos ucranianos, que tem assuntos mais prementes a tratar.

Esta é a questão da imagem.

Temos uma outra questão de ordem mais prática que é a das relações Este-Oeste, nas quais a Ucrânia tem sido o principal elemento agitador, (com ou sem ajuda de potência além-atlânticas).

Para a Rússia, é de todo o interesse que a Ucrânia resolva os seus problemas com a UE, que são muitos e bem conhecidos de todos. Mas a Rússia é um exportador de energia, e como já vimos, se não puder exportar para a UE exporta para a China, sem quaisquer problemas.
É portanto para a UE, enquando os Nordstream e Southstream não estão concluídos, que os problemas ucranianos colocam em risco a sua economia e segurança invernal.
Dado ser a UE quem tem mais necessidade e capacidade, mormente económica, em resolver os problemas de Kiev, parece-me lógico que seja com a UE que o novo presidente ucraniano terá mais urgência em sanar os seus diferendos.

Com a Rússia, a coisas lá se resolverão.

Jest nas Wielu disse...

Alone Hunter até acerta parcialmente no ponto, quando diz que a Rússia gostaria de tratar a Ucrânia como se fosse uma próvincia deles. Mas já está errado, quando diz que Yanukovich será marioneta do Moscovo. Ele será a marioneta do seu mestre de sempre, Rinat Ahmetov e este está interessado a) ter o gás barato; b) desenvolver os negócios na UE. Como tal, nos próximos 5 anos iremos ter o jogo de equilíbrios.

PortugueseMan disse...

Caro JM,

Temos (na minha opinião) algumas notícias interessantes.

Foram lançados hoje, mais 3 satélites Glonass. E fui consultar o site para ver como estava o panorama, para fazer as contas de como iria então ficar a grelha com estes três novos satélites.

Fiquei espantado com o que vi. É que no final do ano passado quando foram lançados os 3 satélites anteriores, a grelha mostrava os problemas existentes, havia alguns satélites que estavam a dar problemas e estavam em manutenção. Em Dezembro apesar de terem entrado 3 novos, tinham satélites que iriam ser desactivados e uns em manutenção. hoje, ainda sem estar colocado estes três novos, mostra que pelos vistos conseguiram ultrapassar os problemas que tinham em pelo menos 2 deles e estão neste momento 18 activos. Como se pode ver no site:

http://www.glonass-ianc.rsa.ru/pls/htmldb/f?p=202:20:14637162736231801312::NO:::

Isto em finais de Dezembro, todas as cores estavam presentes, hoje a grelha apresenta-se praticamente limpa. os 3 satélites que foram lançados em Dezembro foram para preencher o plano orbital 1, que era o que estava menos preenchido.

Com estes novos, já é possível completar 2 planos orbitais e pensar que com a colocação de mais 3 no final de 2010, a grelha esteja finalmente completa.

Isto é muito bom. Os satélites estão renovados e a próxima versão dos satélites tem uma duração prevista de 10-12 anos. O que vai abrandar imenso o esforço de manter a constelação estável. Os primeiros tinham uma duração de apenas três anos, o que obrigava a uma constante renovação de satélites e isso implica muitos lançamentos/ano com custos exorbitantes.

Com a grelha completa, e com os novos modelos a durarem um mínimo de 10 anos e com a possibilidade de serem lançados 6 de cada vez, estamos a um passo de ver o sistema Glonass entrar em fase de cruzeiro.

É muito bom. Isto vai dar um impulso enorme ao mercado civil, com todas as aplicações associadas. Um potencial enorme.

PortugueseMan disse...

Relativamente à compra do Mistral, foi interessante as declarações de Sarkozy.

Havia a dúvida se a Rússia queria comprar apenas um ou se seriam mais.

Sarkozy é claro:

...Sarkozy said a “good agreement” would see two of the ships built in France and two in Russia. The Mistral is a 200 meter (656 foot) ship, capable of transporting as many as 700 combat troops, 16 helicopters and 60 armored vehicles. DCNS, the French government-controlled shipbuilder, would participate in construction of at least two of the vessels...

http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601095&sid=aCojSoh98pmY

O que está na mesa são quatro, onde pelo menos 2 são construidos na Rússia. Isto para mim é a tal indicação do desejo da Rússia de importar know-how para acelerar as suas infrastruturas.

Continuo a achar estas negociações algo de impressionante. Isto é uma venda por parte de um membro da NATO e penso que a França é realmente o único país que possa fazê-lo pois não depende de armamento americano.

Nestes anos recentes temos visto coisas acontecerem na NATO, que mostram uma clara divisão sobre o caminho que esta organização deve percorrer.

Venda de material militar desta dimensão pela França e o veto usado pela Alemanha, França e Bélgica em relação à Turquia/Iraque, mostram que algo está a mudar na Europa. Ambas as situações numa perspectiva americana são muito graves.

PortugueseMan disse...

Relativamente à energia na Europa, mais uma vez e ao contrário do que a imprensa insiste sobre a fiabilidade da Rússia como parceiro, mais um país europeu vai aumentar a sua importação de energia russa.

...GDF Suez, owner of Europe’s biggest natural gas network, signed a deal with OAO Gazprom to join the Nord Stream pipeline project connecting Russia and Germany via the Baltic Sea. OAO Gazprom may boost gas supplies to GDF Suez by 1.5 billion cubic meters a year from 2015 via the Nord Stream pipeline, the gas companies said today in a joint e-mailed statement...

Volto a insistir, documentos oficiais europeus mostram que a Europa vai consumir cada vez mais energia vinda da Rússia e eu CONCORDO. A Rússia é o melhor fornecedor que a Europa tem disponível e o mais seguro, para as quantidades que a Europa consome.

Mas isto a imprensa não mostra. E as pessoas só se lembram das crises do gás e de como o "urso", "cortou" o gás para a Europa.

É errado. Mau e PERIGOSO seria a Rússia se fartar de tantos problemas e virar-se completamente para o mercado asiático, aí sim a Europa teria sérios problemas energéticos.

HAVOC disse...

Com todo o devido respeito ao sr. José Milhares,ao qual admiro muito, eu acho que não há mais necessidade de debater tanto sobre a Ucrânia!!! A eleição acabou, e agora novos rumos estão por vir!!!

Enquanto isso, grandes acontecimentos estão ocorrendo, tanto na Rússia quanto em sua área de influencia!!!

Em uma demonstração de total solidariedade ao povo libanes, a Rússia estará DOANDO 10 helicópteros MI-24 para o Exército do Libano. Segundo notícias, o Libano preferiu abdicar dos caças MIG-29 em favor destes helicópteros!!!

E o já consagrado PAK-FA 50,que já provocou preopcupações no Pentagono, irá ainda realizar 2.000 voôs de testes antes de ser incorporado á Força-Aérea Russa! Irá levar 5 ou 6 anos para este avião caça/ataque ser incorporado á Força-Aérea Russa, substituindo, de 1 só vez, os MIG-29 e SU-27!!!

E para aqueles que ainda insistem em desmoralizar as capacidades do URSO, a TUPOLEV já começou estudos para o desenvolvimento de um novo BOMBARDEIRO ESTRATÈGICO, que irá substituir, de uma só vez, os consagrados TU-22M BACKFIRE, TU-95 BEAR ( que provoca o terror nos países vizinhos, e até já sobrevoou a Ilha de Guam ) e os impressionantes TU-160 BLACKJACK!!
Este novo bombardeiro terá tecnologia STEALTH/ e a Rússia, mais uma vez, sai na frente dos Estados Unidos, que não possui nenhum projeto na prancheta para substituir "aqueles" B-52's que já voam á mais de 70 anos!!!

E as coisas estão pegando fogo no Cáucaso novamente!!!O Azerbaijão está fervendo a panela novamente, ameaçando com ações militares a recuperação de Nagorno Karabakh, devido á sua incompetencia diplomática!!! Mais uma vez, os tambores da guerra estão soando! Consigo ouvi-los!!! A guerra que ocorreu entre a Armenia e o Azerbaijão, embora pouco comentada, foi violentíssima, com mais de 30.000 mortos entre os dois lados!!! Os meus temores é que dessa vez, o Azerbaijão irá ter apoio militar da Turquia e do Irã nesse conflito, o que iria causar uma reação da Rússia, que iria entrar com tudo que tem nessa guerra para defender a Armenia, desencadeando um conflito de escalas apocalípticas!!!! Iria desestabilizar o Cáucaso e o Oriente Médio!!!

Estou ouvindo... Estou ouvindo os tambores da Guerra!!!

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro PM, está a ser injusto para com a imprensa. Eu, e acho que muitos mais jornalistas que acompanham essa problemática, escrevem e falam disso. Eu apenas sublinho sempre que a Europa não deve depender de um só fornecdor.

PortugueseMan disse...

Caro JM,

Eu não considero que esteja a ser injusto com a imprensa (atenção que com imprensa, não me estou a referir a si específicamente, mas sim à imprensa em geral), e embora estejamos todos de acordo na necessidade da diversificação de fontes, esta não pode ser em detrimento do fornecimento russo.

E isto foi onde a imprensa atacou. Como a Rússia "corta o gás quando lhe apetece", temos que arranjar fornecedores e energia alternativas.

E nisto critico e muito o papel da imprensa. Quando existiu aquele corte, toda a gente (imprensa) caiu em cima da Rússia, eu acompanhei vários órgãos de notícias e todos faziam o mesmo. Alías enchiam-se de declarações vindas da Ucrânia, quando sabendo que é uma das partes envolvidas, e deviam pelo menos indicar "de acordo com fontes ucranianas". Foram várias as agências noticiosas que não indicaram.

SÓ depois da Rússia exigir que SÓ abriria as torneiras quando estivessem inspectores europeus para fazerem a verificação é que a imprensa começou a ficar mais cautelosa e a interrogar-se se era só a Rússia que ficava com a sua imagem manchada como fornecedor, ou se havia algo mais.

Hoje ainda não se sabe o que realmente aconteceu, porque na minha opinião ainda piorava mais a situação da Ucrânia (e da Europa), já de si grave.

Mas aquele contrato tal como foi feito era arrasador para a Ucrânia e para ter sido aceite algo de muito grave ficou encoberto.

A imprensa isto ignorou, apenas realçava a imagem do fornecedor e os prejuízos da Gazprom.

E apesar do que a imprensa opina, o facto é que nada mudou oficialmente. A Europa continua a estabelecer ligações com a Rússia e com razão.

Podemos pegar no exemplo do Nabucco. Nabucco para aqui, Nabucco para ali.

O Nabucco? Mas quanto dinheiro se vai enterrar num pipeline enorme que atravessa vários países e zonas problemáticas, onde nem se sabe quem serão os fornecedores, e onde até o Irão e o Iraque são candidatos??

Isto é que é fornecimento estável? Quanto dinheiro e homens tinha a Europa que enfiar para garantir a segurança de um pipeline desta natureza?

O Nabucco não está feito e a maior parte do gás previsto para ele, já está reservado para a China?

Só que isto já não é notícia nem vende jornais, notícia que é notícia tem que ter títulos bombásticos para encher o olho.

Enfim caro JM, deve ser do tempo, hoje estou "numa" de reclamar...

MSantos disse...

No que concerne aos porta-helis classe MISTRAL andaram a correr uns rumores ultimamente em que a França teria cedido às pressões americanas e de alguns países da NATO e a venda já não iria avante.

Obviamente as declarações de Sarkozy desmentem isto e agora é só negociar a quantidade que cada vai fabricar. Claro que para a França é mais benéfico ser esta a construir os navios, mas sem transferência de tecnologia não há negócio.

Provavelmente cada frota russa vai receber um navio (4) e obviamente a questão do Báltico vai fazer correr muita tinta.

Claro que tudo não passa de um falso problema levantado por estes países pois se a Rússia se determinar a invadir algum deles não será o facto de não terem um navio deste tipo que os vai impedir.

O sr Schakashvilli que o diga.

Cumpts
Manuel Santos

Pippo disse...

É verdade que o Aliev jr está a armar o seu país a todo o gás, com vista a recuperar o Alto Karabakh, mas não creio que venha a ter o mínimo apoio de Teerão. Apesar de haver uma forte população azeri (turcófona) no norte do Irão (província de Ardabil), a maioria segue a corrente xiita e é fiel a Teerão. No entanto, o Azerbeijão já por várias vezes tentou intigar o irredentismo desta população azeri, o que tem sido lesivo para as relaões entre os dois países.

Já quanto às relaçõoes irano-arménias, elas são excelentes, e não vejo em que medida o Irão saíria beneficiado apoiando o Azerbeijão, com quem tem problemas territoriais e populacionais, em deterimento da Arménia.

E qual seria o papel da Rússia no meio de um conflito armeno-azeri? Moscovo é o principal parceiro militar dos arménios, fornece-lhes material e treino e tem soldados no território. Provavelmente teríamos uma intervenção russa, e se asism fosse, tenho simplesmente a certeza quem nem os EUA, nem a Turquia, nem ninguém iria lá meter o nariz.

Consequentemente, o conflito seria localizado. Duro, mas localizado.

Cump.

HAVOC disse...

Sr. Manuel Santos

A Rússia está sim comprando este navio. E se quiser usa-lo para invadir a Geórgia, não vejo outro meio mais adequado!!!

Alias, este navio foi mesmo comprado para isso, para a guerra, e contra a Geórgia!!!!!

E com relação á transferencia de tecnologia, os russos em si vão comprar o navio sem armas, não há sistemas bélicos nos navios que a França irá vender para a Rússia, pois são muito inferiores aos russos!!!

A Rússia precisa sim de novas tecnologias navais, que ficaram para trás devido aos embargos covardes dos Estados Unidos!!!

Mais como a França é o único país, depois da Rússia, TOTALMENTE INDEPENDENTE de tecnologia americana, eles mandam no que é deles, e é soberano deles vender ou não para a Rùssia!!!

O que não é o caso do Reino Unido, Alemanha, Espanha, Israel, Coréia do Sul, Japão, Canadá, Austrália, Portugal,Itália, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Noruega,Suiça, Austria Finlandia, e Suécia, que não possuem soberania sobre sua tecnologia militar e que tem que implorar para Washington para conseguir efetuar alguma venda de armas para o exterior, já que a tecnologia empregada é MADE IN USA!!!

Vocês já estão sabendo o que ocorreu com os helicópteros NH-90??? Bem , estes helicópteros militares de transporte, que foram projetados em um consórcio entre Alemanha, Reino Unido e Holanda, não consegue operar em ambientes de combate, pois foi constatado que se o helicóptero pousar em solo com obstáculos maiores que 16cm, ele não consegue mais decolar!!! Os soldados não podem transportar cargas pessoais superiores á 110kg, senão o fundo do helicóptero afunda!!!Ele não pode apoiar tropas e seus equipamentos de combate, tornando-o sem função!!!Ele também não pode transportar ao mesmo tempo carga e pessoas!!!

Isso é a maior piada da década. Cada NH-90 custa US$ 50 milhões, a Alemanha encomendou 122, e mal entrou em combate, e esse helicóptero já está derrotado!!!

É mais um fiasco da Europa Ocidental ( Menos a França ), que além deste fracassado helicóptero, tem ainda aquele A-400, que foi desenvolvido para concorrer com os C-130 e provavelmente será deixado de lado, pois o avião é um fracasso!!!

Prova da capacidade russa, com os seus helicópteros MI-17, que venderam mais de 2.000 unidades, e que sobrevivem á ataques de mísseis RPG-7!!! O helicóptero mais solicitado por tropas da OTAN no Afeganistão!!! Dá prá acreditar???

E também aos seus ANTONOV's AN-124 RUSLAN e os IL-76 CANDID!!!

A Rùssia, sozinha, mata á pau toda a Europa Ocidental!!!!!

É um fiasco os programas militares da Europa Ocidental!!!

Jest nas Wielu disse...

2 Alone Hunter

Atão agora pela sua classificação o RPG-7 é um míssil?!!! Boa, sempre pensava que era um lança granadas já bastante obsoleto, mas se calhar estava equivocado.
http://en.wikipedia.org/wiki/RPG-7

E o Ruslan-124 (Condor), sempre pensava que é um avião desenhado na Ucrânia, na fábrica da Antonov em Kyiv. E se calhar, também não reparei que é mais uma glória "genuinamente" russa.
http://en.wikipedia.org/
wiki/Antonov

É tipo vinho do porto britânico...

PortugueseMan disse...

E o Ruslan-124 (Condor), sempre pensava que é um avião desenhado na Ucrânia, na fábrica da Antonov em Kyiv.

Atenção Jest, que o último modelo do AN-124, o AN-124-100M onde a capacidade é aumentada para 150 toneladas tem uma enorme participação por parte da Rússia, tanto a nível de desenvolvimento como financeiro.


Eu não sei se a Rússia não irá tentar puxar por completo a parte do desenvolvimento para juntar à sua fábrica e ficar autónomo se necessário.

A Rússia neste momento tem o dinheiro e está com um grande poder negocial com a Ucrânia.

Abelardo Barbosa disse...

Ei, Jest, para onde vais quando a Rússia tomar a Ucrânia? Continuarás clandestino num gueto de Kiev ou vais voltar pra moçambique?

HAVOC disse...

Senhores...

peço desculpas pelo engano!!! Eu não quis dizer RPG-7, mais sim SA-7, que é um míssil lançado de ombro de guiagem infravermelha!!!

Realmente o RPG-7 não é um míssil!!!

Alias, este SA-7, embora seja já antigo, conseguiu derrubar um F-117 na Iuguslávia, se lembram???

E agora a Rússia tem o S-400, que é simplesmente o melhor sistema de defesa aérea existente no planeta, podendo abater á mais de 400Km de distância caças F-22 Raptor, mísseis BGM-109 TOMAHAWK e ICBM's do tipo MINUTEMAN!!!

Alguem ainda duvida da capacidade militar russa?

Jest nas Wielu disse...

2 PortugueseMan

Ninguém discute essa parte, apenas acho que não é necessário exagerar na dose da adoração. É feio e deselegante tentar apropriar-se dos feitíos dos outros é quase mesma coisa que roubar.

Jest nas Wielu disse...

2 Alone Hunter

Ninguém duvida da capacidade militar russa, mas será que precisa usar tantos sinais de exclamação para provar que RPG-7 não é um míssil? Francamente...

2 Abelardo Barbosa

Se calhar, vou viver por bandas de Al-Madan, parece que as casas lá não são muito caros. E Excelência, para onde se mudará, quando o Montijo será finalmente tomado pelos novos bárbaros?