sexta-feira, março 12, 2010

O Governo de quem se espera milagres


A Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia, apoiou o nome de Nikolai Azarov, proposto pelo Presidente Ianukovitch, para dirigir o novo Governo do país.
Azarov recebeu o apoio de 240 dos 450 deputados.
Antes da votação, Azarov, que já ocupou o cargo de vice-primeiro-ministro entre 2002 e 2005, prometeu lutar duramente contra a corrupção no novo Governo.
“Se o chefe do Governo não aceitar subornos, se os ministros fizerem o mesmo, poderemos rapidamente controlar a corrupção”, declarou, sublinhando: “iremos correr com todo aquele sobre o qual existe a mais pequena sombra de corrupção”.
Azarov prometeu fazer com que “os ricos suportem o principal fardo da luta contra a crise”.
A maioria dos ministros pertence ao Partido das Regiões, do Presidente Ianukovitch.
O primeiro-vice-primeiro-ministro é Andrei Kliuev, do Partido das Regiões. Entre os seis vice-primeiros-ministros, cinco pertendem à mesma força política. O sexto é Serguei Tiguipko, banqueiro que ficou em terceiro lugar na primeira volta das presidenciais e que irá dirigir o bloco político.
O ministro dos Negócios Estrangeiros será Nikolai Grichenko, embaixador da Ucrânia na Rússia, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia. Político conotado com a aproximação entre o seu país e União Europeia.
O ministro da Defesa é o almirante na rerserva, Mikhail Ejel, que foi afastado das Forças Armadas da Ucrânia devido ao envolvimento num caso de corrupção.
O Bloco Iúlia Timochenko já declarou que não reconhece a legitimidade da nova coligação e o Governo, considerando que eles foram formados contra a Constituição.
Segundo os adeptos da primeira-ministra demitida, as coligações parlamentares só podem ser constituídas por partidos e blocos, sem deputados independentes. Por isso, já anunciaram que irão expulsar do bloco sete deputados que apoiaram o novo primeiro-ministro.

8 comentários:

PortugueseMan disse...

Milagres não sei, mas parece que têm o caminho livre para fazer algo.

Se esse algo é bom ou mau é o que se irá ver.

Agora é imperativo reduzir os custos do gás, a questão a saber é quanto é que isso vai custar à Ucrânia.

Penso que vai ser uma factura bem alta, mas como já tenho dito, a posição negocial ucraniana é muito fraca e vão ter que pagar o que fôr preciso.

Mas neste caso eles vão ter que aplicar o ditado: "vão-se os aneis ficam os dedos". Eles precisam de recuperar e daqui a uns anos lá se verá o que se pode fazer.

Agora uma coisa vai ser certa, não têm nenhum mar de rosas a percorrer pelos próximos anos...

Jest nas Wielu disse...

Segundo os adeptos da primeira-ministra demitida, as coligações parlamentares só podem ser constituídas por partidos e blocos, sem deputados independentes. Por isso, já anunciaram que irão expulsar do bloco sete deputados que apoiaram o novo primeiro-ministro.

Correcção: isso não é a opinião do BYUT, é a regulamentação ucraniana (apresentada no parlamento exactamente pelo Partido de Regiões), neste momento, o Tribunal Constitucional vai apreciar a legalidade da nova maioria, pois esta é composta por 16 (salvo erro) deputados que sairam das outras forças políticas, procedimento proibido pela regulamentaçao parlamentar.

Anónimo disse...

Para algo melhorar na Ucrânia, somente com força divina. É lamentável a situação do país. A Ucrânia parece ser uma versão piorada da Rússia.

Jest nas Wielu disse...

datas importantes...

Nos dias 8 – 10 de Março de 1946, um “grupo de activistas”, controlado e dirigido pelos órgãos do partido comunista soviético e os serviços de segurança (NKVD), convocou em Lviv o Concílio da Igreja Grego – Católica Ucraniana (UGKC).

Através da intimidação, do terror e do assassinato puro e simples dos sacerdotes particularmente teimosos, foram formados grupos de participantes do Concílio, constituídos por 216 sacerdotes (na Galiza ucraniana serviam 1270 sacerdotes) e 19 leigos. Na lista dos presentes foram identificados pessoas, que naquela data já estavam falecidos.

No dia 9 de Março de 1946, o Concílio, apesar de falta absoluta de legitimidade (ausência total de bispos da Igreja UGKC canónica), decretou a abolição da União de_Brest de 1596, e a “reunificação” com a Igreja Ortodoxa Russa (IOR). Naturalmente, o governo soviético considerou a Igreja Grego – Católica Ucraniana extinta e começou a eliminação de suas paróquias e igrejas.

Em resultado de Concílio de Lviv, cerca de mil padres foram presos, condenados a longas penas de prisão ou a deportação. E só uma pequena parte dos sacerdotes, incapaz de suportar a pressão psicológica e física, formalmente passou à Ortodoxia.

Cerca de 200 sacerdotes iniciaram a construção de uma estrutura da Igreja Grego – Católica Ucraniana na clandestinidade (igreja de catacumbas). Durante mais de 40 anos, os sacerdotes, a Igreja e os fiéis foram obrigados a observar secretamente os rituais e as comemorações de sua fé, foram vítimas de perseguição religiosa e da repressão por parte das autoridades soviéticas.

No Ocidente, o Concílio de Lviv foi considerado não canónico e a liquidação de UGKC ilegal (encíclica papal “Igreja Oriental” de 15.12.1958).

A Igreja Grego – Católica Ucraniana formalmente saiu de clandestinidade apenas em 1 de Dezembro de 1989.

Fonte:
http://dajan-kg.livejournal.com/81978.html

p.s.

Portanto, quando hoje os padrecos russos reclamam que a “sua propriedade” na região da Galiza foi “ocupada ilegalmente” pelos ucranianos no início da década de 1990, eles se referem à propriedade da Igreja Grego – Católica Ucraniana, que foi abocanhada pela IOR em 1946 com a cumplicidade total do estado soviético.

eleuterio disse...

Anónimo.
Tens toda a razão.
Mesmo a ucrânia faz juz ao seu nome de malaia rossia...

Anónimo disse...

PM sempre a falar de gás...Gás, gás e gás. Sempre o gás !

PM porque falas tanto de gás? Está a sofrer de gases ou o que?

Jorge Almeida disse...

O PM indigitado a falar em travar a corrupção, e mete no governo uma pessoa envolvida num caso de corrupção?

Isto não começa bem!

Jest nas Wielu disse...

2 eleuterio 22:22

Nisso somos quase irmãos, sendo a cópia de Espanha, Portugal já fazia a parte de Espanha e hoje anseia viver economicamente pelo menos como a Espanha. Apesar disso, isso não é nenhum motivo para os portugueses não gostarem da sua Pátria. Assim os ucranianos, não amaremos a Ucrânia menos, porque os vizinhos nortenhos têm mais bens roubados, libertados aqui e acolá, dizia eu.