A assinatura do Tratado de Redução de Armamentos Nucleares Estratégicos (START-2) será assinado no próximo dia 08 de Abril em Praga, escreve o jornal checo “Pravo”..
Uma fonte do Kremlin, citada pelas agências russas, anunciou que Todos os documentos que fazem parte do novo Tratado sobre a Redução de Armamentos Ofensivos Estratégicos (START-2) estão acordados .
Segundo o novo documento, os dois países tencionam reduzir as ogivas nucleares até 1500-1675 para cada uma das partes e os seus vetores (mísseis) até 500-1100.
O senador Mikhail Marguelov, dirigente do Comité para Assuntos Internacionais do Conselho da Federação (câmara alta) do Parlamento russo, declarou hoje que o novo Tratado deverá ser “sincronicamente ratificado” pelos parlamentares dos dois países.
“Já está marcada para Abril uma reunião de senadores do Conselho da Federação da Rússia e do Senado dos Estados Unidos com vista a estudar a sincronização da ratificação do documento”, declarou ele à rádio Eco de Moscovo.
Este Tratado vem substituir o START-1 assinado em 1991 entre a URSS e os Estados Unidos, que estabeleceu que os potenciais nucleares de cada um dos países não podiam superar as seis mil ogivas nucleares e os 1.600 portadores.
Quando esse Tratado foi assinado, a URSS tinha 10.271 ogivas e 2.500 portadores, enquanto que os Estadoos Unidos possuíam 10.563 ogivas e 2.246 portadores.
O cumprimento das cláusulas desses documento levaram a Rússia a ficar com 5.518 ogivas e 1.136 portadores e os Estados Unidos com 5.948 ogivas e 1.237 portadores. Além disso, o START-1 impôs limitações à instalação ddas forças nucleares de cada país, nomeadamente, proibiu em certas regiões a instalação de mísseis balísticos intercontinentais sobre rampas móveis (comboios ou camiões).
10 comentários:
E nem uma palavra sobre o sistema anti-míssil?
É deveras estranho.
Caro PM, acho que os dois assuntos vão ser discutidos e resolvidos separadamente.
Pode ser caro JM,
Mas não consigo encaixar isso na minha ideia.
E se são para ser vistos separadamente, então o que deveria ser visto em primeiro lugar seria o sistema anti-míssil.
Para mim falta algo nestas negociações que não está a ser dito/sair cá para fora.
Será mais um "big f***** deal" para Obama.
:o)
Cumpts
Manuel Santos
Rússia e Estados Unidos reduzindo o seu arsenal nuclear?
Isso é excelente! Ponto para a China, que segue como nunca, aumentando o seu arsenal nuclear, construindo porta-aviões, incorporando submarinos SSBN e apontando mísseis para Taiwan!!
E porque em Praga?
Esse START não muda absolutamente nada.... Ambos continuarão com bombas suficientes pra dinamitar o planeta. É apenas um mise-en-scène: "nos preocupamos com o mundo, e fazemos a nossa parte... que isto sirva de exemplo às outras nações"
e tralalá, tralalá....
Alone, finalmente concordo consigo.
É necessário integrar a China no START-2.
Quem, entre outras coisas, já tem capacidade para "abater" satélites através de misseis, tem que estar englobado neste acordo.
Caro Professor Doutor José Milhazes e Caros leitores deste blogue,
chamo a atenção para a seguinte reportagem de 23:33 minutos) emitida pelo canal de TV "Al Jazeera English" sobre "SIDA na Rota da Heroína" (Afeganistão, Tadjiquistão, Quirguistão, Cazaquistão, Rússia, Europa):
http://english.aljazeera.net/programmes/peopleandpower/2010/03/2010324939200598.html
Está em inglês.
À Rússia não resta outra alternativa, do mal o menos. Ao assinar estes acordos, desenvencilha-se de despesas avultadíssimas, por um lado. Por outro como não dispõe de capacidade tecnológica para fabricar novos equipamentos no futuro próximo (o fiasco do Bulava é bem prova disso). Reduz parte desses arsenais , para assim suportar os custos na modernização daquele que os acordos permitem continuar ao serviço.
Que é o caso do míssil intercontinental Voivodá RS-20. Por enquanto ainda não tem paralelo a nível mundial, mas em termos operacionais está a ficar ultrapassado, foi colocado ao serviço na década de 70.
Segundo li vão moderniza-lo.
Na componente de armamento balístico intercontinental, ninguém tenha duvidas que a Rússia por enquanto ainda mantêm paridade frente aos adversários.
Já no que diz respeito às armas de dissuasão de curto e médio alcance e em forças convencionais a situação está a ficar seriamente complicada. Até em relação à vizinha China.
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