quinta-feira, abril 22, 2010

Passageiro ucraniano afirma ter voado de pé entre Lisboa e Kiev

 Um ucraniano que pretendeu voar de Lisboa para a capital do seu país teve de o fazer de pé e no corredor, devido ao excesso de passageiros, não tendo sido o único a viajar dessa forma, informa a agência Xcid.info.
Segundo esta agência de informação ucraniana, um habitante do distrito de Lugansk, na Ucrânia, viu-se numa situação embaraçosa, pois “o avião de Lisboa para Kiev estava tão cheio que passageiros tiveram de viajar de pé, nos corredores”.
“Estavam todos em estado de choque. As pessoas iam de pé nos corredores, como num trólei, seguravam-se a corrimões… E isto num voo que dura três horas”, relata o passageiro.
“Claro que era um Boeing, mas continuava a ser horrorosamente desconfortável. Não se observavam quaisquer normas de segurança, ninguém pensava no excesso de carga no aparelho”, sublinha ele.
“Porém”, continua o passageiro,”não havia outra saída, pois as pessoas queriam chegar de qualquer maneira a Kiev”.
Segundo ele, a companhia transportadora não fez desconto aos que se viram sujeitos a “condições exclusivas” de voo.
A 14 de abril, um vulcão localizado no glaciar de Eyjafjallajokull, no sul da Islândia, entrou em erupção e lançou uma nuvem de cinzas de grandes dimensões para a atmosfera que obrigou ao encerramento do espaço aéreo em vários países europeus, provocando um caos sem precedentes na história da aviação civil.

14 comentários:

PortugueseMan disse...

Isto é estranho.

Qual foi a companhia que fez isto? A TAP não foi de certeza.

HAVOC disse...

Eu não entendi porque tanto alarde assim nessa noticia...

Isso acontece todo dia aqui no Brasil! Aqui, uma mulher teve trombose na perna devido á falta de circulação e veio á falecer em pleno voô.


Eu mesmo já viajei de pé daqui de Joinville até o Paraguai num buzão fedido da Itapemirim pra comprar muambas!!!Não tinha nem banheiro!!!

Jorge Almeida disse...

Caro Doutor Milhazes,

1º) Qual é a companhia aérea em causa?

É só para saber para tentar evitá-la o mais que puder!

2º) eis o link duma reportagem de 10 minutos acerca do tema "Moscovo depois dos tentados suicidas":

http://pt.euronews.net/2010/04/16/moscovo-depois-dos-atentados-suicidas-/

3º) eis o link para outra reportagem da Euronews, desta vez acerca da herança nuclear do Cazaquistão:

http://pt.euronews.net/2010/04/14/heranca-nuclear-do-cazaquistao-marca-geraces/

Alguns próceres que existem em Portugal, e que defendem a energia nuclear, se não têm a mente toldada pelos lucros que pensam obter, deveriam ver esta reportagem. É que os problemas com a energia nuclear não se deram só em Chernobyl.

Jorge Almeida disse...

Doutor Milhazes,

em relação ao assunto da mensagem, fui ver ao sítio da ANA (empresa que gere os aeroportos portugueses) ...

http://www.ana.pt/portal/page/portal/ANA/

... onde descobri que a única companhia aérea que faz voos entre Lisboa e Kiev é uma companhia que dá pelo nome de Ukraine Intl.

Muito provavelmente, se essa estória é verdadeira, a companhia em causa será a tal Ukraine Intl.

Anónimo disse...

Só pode ter sido do VodKa, ou então experiência para memória futura da Ryanair!

Pi-Erre disse...

“Claro que era um Boeing..."

Claro que gostei desta, claro!...

Vasco disse...

A primeira vez que voei para Kiev, exactamente com a Ukraine Intl., vi-me aflito para colocar a minha pouca bagagem nos compartimentos reservados para a mesma. Quando interpelei um dos assistentes de vôo respondeu-me num pseudo inglês que poderia colocar o meu saco no chão entre dois bancos.
A viagem nem correu mal, tirando o facto de ser o único passageiro que não falava russo e estar entalado entre dois mastodontes amantes de álcool.
Resumindo, viajei num "autocarro ucraniano" no meio de alguma confusão mas admito que o piloto nessa, e subsequentes viagens, aterrou impecávelmente.
Estes vôos são feitos em parceria com a TAP.
Não me espanta nada que a situação relatada tenha acontecido sinceramente.

Cumprimentos,

Vasco

Jorge Almeida disse...

Alone,

já houve companhias aéreas impedidas de voar no espaço aéreo dos países da União Europeia precisamente por essas "brincadeiras".

Estou a lembrar-me de casos como o da moçambicana LAM, da angolana TAAG, mas deve haver mais alguns.

Tem de concordar que essas não são condições para se viajar em avião.

Aliás, a politica aérea da União Europeia costuma ser tão exigente, nomeadamente com as condições físicas dos aviões que sobrevoam espaço aéreo europeu, que muitas companhias de países de 3º mundo põem os seus melhores aviões a voar para cá, para depois, numa escala feita já fora do território da UE, mudar para um "avião" em bem piores condições.

Recorda-se do que aconteceu ao avião da companhia aérea do Yemen que fazia a rota Paris - Sanaa - Comores, e que caiu a meio do Oceano Índico? Isso aconteceu, se não me falha a memória, no ano passado. De Paris até Sanaa (capital do Yemen), voavam num avião em condições, em Saana (mera escala) mudavam para uma "pandeireta voadora".

Jorge Almeida disse...

Também posso escrever, com autoridade, que, nos autocarros "expresso" (viagens de longa duração), quer em linhas regulares, quer em autocarros a serviço de excursões, que todos esses autocarros têm um cubículo com uma sanita e uma porta (não se pode chamar de casa de banho aquilo, mas sempre é melhor que nada), para além de que, na imensa maioria das situações, os autocarros param 30 minutos ao fim de cada 300 km percorridos.

Posso escrever com autoridade porque, desde há + de 4 anos, faço, quase todas as semanas, 700 km (ida e volta) de autocarro, de modo que tenho apanhado de tudo um pouco. Já aconteceu ter furos nos pneus, avarias a meio da viagem, até chover dentro (1 única vez, num autocarro que sei que nunca mais andou), mas ainda não me aconteceu apanhar "expressos" com excesso de lotação e sem casa de banho. Ah, e partem das suas bases quase sempre com atrasos nunca superiores a 15 minutos (uma vez ou outra, um atraso maior, que não me lembro de chegar aos 30 minutos).

Serve este comentário para que leitores como Alone percebam o alarido feito com esta notícia. Quando estas condições de viagens, não são admissíveis nem em autocarros "expresso", o que dizer para viagens de avião.
Aliás, esta situação que, pelos vistos, confirma-se (ver comentário de Vasco), pode ser embaraçosa para as autoridades portuguesas, especialmente se a UE perguntar o que é que um avião naquelas condições estava a fazer em Lisboa (que, não esqueçamos, é um aeroporto no meio da cidade).

Jorge Almeida disse...

Doutor Milhazes,

1º) entrevista (traduzida para Português) de Mikhail Gorbatchev ao jornal gratuito "Metro", publicada hoje, a propósito dos 25 anos do início da Perestroika:

http://www.readmetro.com/show/en/Lisbon/20100423/1/4/

2º) Notícia não referente directamente à Rússia, mas a um país-membro da CEI:

http://pt.euronews.net/2010/04/22/armenios-congelam-ratificacao-de-acordos-com-a-turquia/

Pippo disse...

Isso é altamente anómalo!!! Qual era a empresa?

Eu, por causa de overbooking, já tive de ficar em S. Paulo a apanar bonés. O que vale é que a TAP pagou-me a indemnização devida(+ despesas de hotel).

Anónimo disse...

Será que o Jest ia neste avião?

Anónimo disse...

ALONE HUNTER, MENTIRA.

Jest nas Wielu disse...

Para descontrair as personagens permanentemente contraídos, um pouco mais sobre a Ucrânia:

No dia 14 de Abril de 1960 teve lugar o último combate conhecido de um destacamento (boïvka) do UPA contra as forças soviéticas de ocupação da Ucrânia. Este acontecimento resumiu a luta de 18 anos que a guerrilha ucraniana travava no território da Ucrânia Ocidental.

No período entre 1944 e 1956 morreram 155.000 insurgentes ucranianos, se entregaram aos ocupantes 77.000, foram presos 104.000.

Após 1954 eram registados apenas os actos esporádicos de resistência armada. Um dos últimos invasores fisicamente liquidado pela guerrilha foi o responsável operativo do UKGB na Província de Ternopil, tenente V. Storozhenko, abatido à tiro pelo guerrilheiro P. Pasichny no dia 12 de Outubro de 1959, na floresta nos arredores da aldeia de Trostianets, no distrito de Berezhany.

As últimas vítimas do lado ucraniano foram os guerrilheiros P. Pasichny e O. Tsetnarskiy, mortos em combate durante a operação militar junto à fazenda de Loza, do distrito de Pidhaetskiy, da Província de Ternopil, no dia 14 de Abril de 1960.

Fonte & Foto (autor desconhecido):
http://sonnyak.livejournal.com/417566.html

O último guerrilheiro conhecido da Estónia, August Sabbe suicidou-se em 1978, para não ser capturado pela KGB.