Este banquete é à custa de quem?
Uma das fraquezas dos bielorrussos é o vício das palavras de ordem, hábito que ficou dos tempos soviéticos. Por exemplo, num campo de cultivo aberto encontrei um severo placard de alerta: “Proteja as condutas de gás! O gás é a nossa riqueza!”.
“Um momentinho…”, indignei-me eu. “Por que é que o gás é a vossa riqueza? O gás é a nossa riqueza!”
“Mas nós temos as condutas”, explicaram-me com um sorriso angelical.
“A astúcia bielorrussa consiste em dar a ideia que nós somos todos pobres e, ao mesmo tempo, receber da Rússia cerca de 8 mil milhões de dólares de subsídios por ano”, diz o politólogo local Leonid Zaiko. “Na Rússia não sabiam disso até 2004, simplesmente não contavam o dinheiro. Nós, só do petróleo, não pagávamos taxas de importação no valor de 3.010 milhões de dólares por ano. Aliás, Lukachenko nem sequer deu ordem para não pagar mas, mesmo assim, não pagávamos. Agora a Bielorrússia começou um novo jogo com a Europa e faz alusões a uma eventual mudança de “orientação”. O que acontecerá à Bielorrússia se a Rússia a obrigar, como vingança, a pagar o preço de mercado do gás? Só lhe poderemos dizer obrigado. Assim que a Rússia começar a vender-nos o gás de acordo com os preços médios regionais, o nosso país começará a progredir economicamente. Os baixos preços da matéria-prima levam à baixa competitividade dos produtos. Assim que o vosso Miller começar a vender-nos gás a preços normais eu organizo um abaixo-assinado para lhe construir uma estátua no centro de Minsk como libertador da Bielorrússia. O gás barato é como uma droga. Se nos libertarmos da dependência do gás barato, poderemos ser competitivos”. (…) “As bem ordenadas zonas rurais bielorrussas, que você parece tanto admirar, são pagas pelas cidades. O Estado canaliza todos os anos mil e quinhentos milhões de dólares para estas zonas. A agricultura é de tal maneira subsidiada que tal até irrita o Kremlin. Os trabalhadores agrícolas pagam a energia eléctrica a preços mais baixos que a média nacional. Nós temos uma estranha sociedade de subsídio-dependentes: uma em cada duas pessoas recebe subsídios do Estado. Metade da população habituou-se que lhe paguem diversas subvenções, pensões e regalias, enquanto a outra metade precisa de trabalhar. Na Bielorrússia nós estamos perante um vulgar neo-socialismo autoritário, com uma política social bastante perigosa, que já levou ao crescimento do paternalismo – um neo-socialismo construído com base nas ideias da igualdade e do logro económico”.
|
Por que é que Lukachenko é tão popular?
“Na Bielorrússia, respeitam os produtores porque eles garantem postos de trabalho”, diz o director da empresa de cosméticos Modum, Victor Lobkovich. “Lukachenko disse a dada altura: não precisamos de intermediários, dos que compram os produtos a baixo preço no estrangeiro e os vendem aqui mais caro.
Nós temos uma lei que não está escrita: 70% dos produtos vendidos nas lojas têm que ser nacionais, em todo o lado se lêem apelos a comprar produtos bielorrussos.
Fazendo uma activa propaganda do produtor local, o Estado, no entanto, mete os empresários na prisão com facilidade e variedade. Uma amiga minha bielorrussa, que há muito fugiu para o estrangeiro, contou-me que, dos 20 empresários que ela conhecia, 13 (!) estão presos.
“No nosso país, mantêm o povo sempre “em forma”: um grande número de homens de negócio estão nas prisões devido à imperfeição da nossa legislação”, diz o redactor-chefe do jornal “Obozrevatel”, Serguei Atrochenko. “Isto é triste. Prendem também responsáveis públicos e até ministros. Ninguém está livre disso. Mas não há sistemas ideais. Nós, pelo menos, não temos oligarcas, como na Rússia. O que é a oligarquia? É a fusão dos grandes empresários com o poder político. Na Bielorrússia de Lukachenko isso é completamente impossível”.
As prisões de funcionários públicos e empresários são muito populares entre a população, condescendendo com os seus instintos mais baixos (quando se diz “somos pobres mas honestos” há sempre uma certa dose de agressividade social).
“Lukachenko joga com o seu eleitorado – pessoas de instrução média, a viver em pequenas cidades ou zonas rurais, com cerca de 50 anos ou mais velhas”, diz o politólogo Leonid Zaiko. Mas o seu eleitorado preferido são os reformados acima dos 70 anos, que no país não são poucos, cerca de 933.000. Este tipo de pessoas fica sempre muito bem impressionado com a “cenoura” das regalias sociais e o “pau” das prisões.
Poderá haver uma revolução na Bielorrússia?
Tal parece ser pouco provável. A tendência para as revoltas e revoluções advém fundamentalmente dos estômagos vazios e, numa Bielorrússia rural, não há grande risco de fome. Todas as tentativas da pouco significativa oposição de “fazer despertar” a consciência política do povo estão condenadas ao fracasso.
Em parte, tal explica-se por uma espécie de reacção anti-romântica das classes médias em relação à Revolução Laranja na Ucrânia.
O camponês bielorrusso tem uma imagem caricatural da democracia ucraniana. Para ele, tudo aquilo não é mais que uma balbúrdia caótica. Uma outra explicação mais profunda tem a ver com o carácter nacional, paciente, tolerante, ponderado. “Os bielorrussos aguentam durante muito tempo”, diz o empresário Viktor Lobkovich. “Para além disso, nós não temos uma ideia nacional como na Ucrânia ou nos países bálticos. Nós nunca vivemos separados da Rússia, nós pensamos em russo, embora tenhamos, claro, o nosso orgulho próprio”.
“Somos um povo sossegado”, confirma o dono do jornal Obozrevatel, Serguei Atrochenko. Mas até um povo sossegado pode ser “aquecido” se a ideia do nacionalismo for bem financiada. Quando Lukachenko chegou ao poder, ele expulsou logo organizações do tipo George Soros. Mando-as embora e fez muito bem”.
No entanto, a geração jovem da época da Internet olha com esperança para o Ocidente. Cerca de 70% dos filhos da elite trabalham no estrangeiro e já não irão voltar. Mas a maioria da juventude, que não pode pagar universidades no estrangeiro, estuda nos estabelecimentos de ensino do Estado, ficando condenada a não poder sair do país. Lukachenko introduziu o velho sistema soviético de “distribuição” de licenciados: depois de terminarem o curso, o jovem é obrigado a trabalhar alguns anos no local para onde for “distribuído”. Os estudantes universitários que planeiam ser colocados pelo Estado estão proibidos de sair do país: é praticamente impossível obter um visto Schengen. Depois disso, as coisas seguem o seu curso natural: casamento, filhos, casa, e o jovem especialista fica “enterrado” numa qualquer pequena cidade ou zona rural do país. Este é um sistema brilhante, experimentado durante largos anos, que eu não me canso de aplaudir: a que propósito os contribuintes, na pessoa do Estado, deverão pagar os estudos de jovens mal-agradecidos que depois de receberem o diploma se vão logo embora para o estrangeiro e fazem de lá um gesto feio à sua mal-amada pátria?
(continua)
18 comentários:
«Uma amiga minha bielorrussa, que há muito fugiu para o estrangeiro, contou-me que, dos 20 empresários que ela conhecia, 13 (!) estão presos.»
Mas com certeza eram bandidos.
Na Rússia, assim como na Bielo-Russia, todo empresário é bandido.
Assim como os governos também o são.
Vigora a máxima: "Aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei".
Essa é realidade.
O primeiro livro sobre pysanky (ovos de Páscoa ucranianos) em espanhol foi publicado na Argentina. O livro soberbamente colorido e muito didáctico é da autoria da artista Christina Serediak, que bem longe da Ucrânia, se dedica à difusão desta arte ucraniana ancestral e simbólica (mais informação no blogue da artista):
http://pysankyargentina.blogspot.com
Cristina,
É bizarro que a jornalista aplauda a imposição de manter os estudantes universitários reféns do estado, só porque os estudos lhes foram pagos. Será um comentário irónico que eu não tenha percebido?
O meu cunhado está exactamente nessa situação: acabou de se licenciar em farmácia e vai ter que penar uns bons anos a trabalhar para o estado para pagar o curso, em instalações caquéticas e ineficientes, e sem grandes possibilidades de evolução académica e profissional. Na verdade, tal é uma paródia do "estado social", que dá com uma mão mas depois tira com a outra.
Ninguém no seu juízo perfeito tem gosto em abandonar a sua terra natal, a família e os amigos para ir com uma mão à frente e outra atrás em busca de melhores oportunidades. Os jovens fazem-nos simplesmente porque o país não lhes dá condições dignas de trabalho, salariais e/ou de evolução profissional, quando comparadas com as ofertas no exterior.
Há uma maneira de evitar que os jovens façam um gesto feio à mal-amada pátria (se o fazem, têm milhentas razões para isso), muito simples e muito mais justa do que acorrentá-los à força a um emprego estatal bolorento: é fazer como na Polónia. Durante os anos da recuperação do torpor soviético, houve efectivamente um "brain drain" de jovens que emigraram em catadupa, especialmente para o Reino Unido, para exercerem profissões e receberem salários compatíveis com as suas qualificações. Agora as coisas estão a mudar. Esses jovens estão a regressar em massa ao seu país, num fenómeno que até alguém já chamou "brain gain". O forte crescimento económico do país e o consequente multiplicar das oportunidades está a fazer com que seja muito mais apetecível voltar do que continuar emigrante, com a vantagem de que esses jovens tiveram uma exposição a métodos avançados de trabalho e gestão (e à língua inglesa), que aplicam com vantagem nos seus novos negócios e profissões. Assim, a economia do país cresce ainda mais e toda a gente fica a ganhar.
Em suma: se o país se desenvolver, ninguém se vai querer ir embora. E os que estão fora voltam a correr.
Obviamente, esses jovens voltam também com ideias políticas um pouco mais interventivas e uma consciência civil muito mais afinada. Na Polónia, isso não constitui problema. Muito pelo contrário. Já na Bielorrússia, a cantiga é outra, como todos sabemos. Sociedade civil é coisa dos imperialistas americanos.
António Campos
António
Parece que foi mesmo um comentário irónico.
Os russos também passaram por esse sistema há umas décadas e não devem ter muitas saudades.
O irónico é que tudo isto me faz lembrar os tempos áureos do nosso Marcelo Caetano ....
Curiosamente, a melhor forma de retornarmos no tempo e ficarmos com uma ideia do verdadeiro aspecto da União Soviética, é atravessar a fronteira da Bielorrússia para a Rússia.
Quando chegamos a Smolensk e visitamos as pequenas cidades da região, a impressão distinta é de que o tempo parou. Está tudo como estava há 30 anos atrás. Ou pior. Cinzento, velho, sujo e degradado.
No exterior, a Bielorrússia tem o aspecto de uma versão revista e melhorada da URSS. Tem provavelmente o aspecto que esta aspirava a ter, mas nunca conseguiu, nem nos seus melhores momentos.
É caso para dizer, com alguma ironia, que os bielorrussos acabaram por lucrar mais com os petrodólares da Rússia do que os próprios russos comuns.
António Campos
A ideia da "maldição dos hidrocarbonetos" (ou doença holandesa) é difícil de compreender no caso da Bielorrússia.
Quando se diz que a produção nacional não é competitiva porque a matéria-prima é barata, ficamos no mínimo perplexos sabendo que se trata de um país tecnologicamente atrasado.
««««««««Sim, a limpeza das ruas, a ordem, as casas sólidas e os autocarros que respeitam o horário ao minuto, tudo isto é naturalmente mérito do Governo.
Mas ainda é mais mérito dos bielorrussos, simples e trabalhadores, coisa que os apoiantes do Batka esquecem não sei porquê, ou melhor, não gostam de ter em conta…. »»»»»»»
Se entende que na Bielorrússia os méritos pertencem ao povo. Porque razão fustiga incessantemente os dirigentes Russos por todas as desgraças e não as atribui também ao povo Russo?
««««««« Neste país, desprovido de grandes jazigos de petróleo e gás, apertado entre o Leste e o Ocidente em permanente rivalidade, e vivendo à custa de dotações russas»»»»»».
Mas qual o interesse dos dirigentes Russos em proporcionar um bem estar social melhor aos Bielorrussos que aos seus próprios cidadãos?
Há coisas aqui que não encaixam nem por nada.
Isto não é informação, trata-se de propaganda burlesca.
Quem escreveu este pasquim ignora que qualquer país que importe mais de 36% de bens alimentares põe a sua independência em risco. Que se saiba a Bielorrússia nessa área, exporta bens alimentares e ninguém passa fome, Abastece os mercados de todos os seus vizinhos. Além disso a Bielorrússia está entre as oito maiores fabricantes de maquinaria pesada, especialmente para mineração ao lado da Caterpillar, Komatsu, Volvo, Terex e Liebherr. Fabrica cerca de 50 000 tractores por ano, em 2009 montaram uma fabrica no Brasil.
Sobre o Estado exigir que os cidadãos formados nas suas universidade tenham que prestar serviço durante algum tempo para compensar as despesas.
Como se processa em Inglaterra? Aí não têm que prestar serviço algum para o Estado, mas só recebem os certificados depois de o pagarem na totalidade o curso.
Há assim grande diferença de um modelo para o outro?
A única diferença que existe. Na Bielorrússia a economia está ao serviço das pessoas. Nos outros lados são as pessoas que estão ao serviço da economia.
Cumprimentos
Cin Naroda
Caro Francisco Lucrécio,
Em vez de obrar postas de pescada sobre uma realidade da qual não tem a mínima ideia, aconselhá-lo-ia talvez a passar uma longa temporada na Bielorrússia antes de tecer as suas conclusões.
Uma família de classe média (um exemplo que conheço bem será, digamos, um casal de médicos de meia idade, com dois filhos universitários) não dispõe de rendimentos que lhes permitam consumir carne ou peixe mais do que uma vez por semana, sendo que a esmagadora maioria dos vegetais consumidos provém do terreno onde clandestinamente foi construída a proverbial dacha. A proporção de gorduras e hidratos de carbono proveniente de legumes baratos ou produzidos pelo consumidor (batata, por exemplo) é várias ordens de grandeza superior às proteínas e fibras consumidas. Se comerem uma peça de fruta por dia têm sorte.
Aliás, todas estas constatações da realidade no terreno são corroboradas pelos trabalhos de Grigorieva et al., do Instituto Max Planck para a Investigação Demográfica, que realizou estudos destinados a avaliar a qualidade de vida e os níveis de pobreza, tanto na Rússia como na Bielorrússia. As suas conclusões foram de que, quando considerados os níveis de absorção calórica entre 2000 e 2007, os níveis de pobreza, especialmente entre agregados familiares com filhos, aumentou consideravelmente; O número de calorias globalmente consumidas per capita de facto baixou entre 2000 e 2007; mais de metade do rendimento disponível das famílias é gasto em comida (na Alemanha, esse valor é de 11-12%, sendo que a média da UE é de 12,9%); as famílias com filhos consomem 70% menos calorias do que as sem filhos. Se esta é uma economia que serve a população, então prefiro de caras a alternativa. Mas caso o caro Lucrécio seja um amante de batatas, decerto que apreciará esta qualidade de vida.
E quantas vezes será necessário explicar a estas lerdas almas que as autoridades russas não têm o mínimo interesse no bem-estar social de ninguém para além deles próprios? Os zilhões gastos (ou perdidos) pela Rússia nos países da sua vizinhança imediata não são mais do que uma tentativa de manter a dependência económica, aspirando que a mesma se converta em dependência política e se transforme, no médio prazo, no retorno do "investimento" realizado.
A diferença dos sistemas de financiamento universitário entre os dois países é óbvia e colossal: No Reino Unido o sistema educativo é o motor de uma economia que gera um PIB que é 400% superior ao da Bielorrússia, deduzidos os subsídios russos. É muito engraçado que se passe a vida a atirar areia aos olhos das pessoas com o exemplo palerma dos tractores bielorrussos, quando toda a gente sabe que a globalidade do tecido industrial apresenta um grau de competitividade negativo, é totalmente antiquado, não há qualquer incentivo ao investimento, não houve qualquer reforma do sistema legislativo tendente ao desenvolvimento económico (muito pelo contrário: é cada vez mais complicado), a banca é virtualmente inexistente e os empreendedores bielorrussos, quando podem, fogem como ratazanas, abrindo as suas empresas na vizinha Rússia em vez de em casa, mesmo com todos os problemas que tal acarreta. A verdade que se esconde é que a indústria bielorrussa, 80% da qual detida pelo estado, continua a funcionar devido aos subsídios estatais provenientes da reexportação de hidrocarbonetos russos a valores de mercado. E agora também dos pacotes de estabilização do FMI. Quase metade das empresas estatais e a maioria das UCPs dão prejuízo.
António Campos
Parte 2
Já agora, 80% da população activa trabalha para o estado, onde em geral não faz rigorosamente nada de significativo, porque não tem qualquer incentivo para tal. A informatização dos serviços é uma anedota (Na Câmara do Comércio e Indústria de Vitebsk, que deveria ser o principal motor da economia da região, 3 pessoas têm que partilhar um computador da idade da pedra, apenas um está ligado à internet e não é possível imprimir documentos porque não há dinheiro para comprar tinta para a impressora).
As pessoas como eu, que passaram uma boa parte da sua vida sob o regime salazarista, não poderão de encontrar paralelos assombrosos entre este e a realidade bielorrussa: um estado corporativista, pouco interessado no desenvolvimento económico e social (uma vez que tal é visto como uma ameaça ao regime), receitas provenientes de rendas da exportação de matérias-primas e investimento em infra-estrutura com propósitos propagandísticos.
"Para cada braço uma enxada, para cada família o seu lar, para cada boca o seu pão". António de Oliveira Salazar. Lukashenka não diria melhor.
http://paa2009.princeton.edu/download.aspx?submissionId=91111
António Campos
Caro Francisco Lucrécio
Como vê, depois do exaustivo e veemente testemunho do António Campos, que conhece a realidade in loco e não através da Internet, os regimes que a sua posição política defende são um desastre para as respectivas populações.
Está na altura de os nossos numerosos comunistas portugueses, que continuam a acreditar numa ideologia sem qualquer futuro, se convencerem de que as "teorias" que defendem são altamente nefastas, seja para Portugal, seja para qualquer outro país do mundo. Aparentemente "progressistas", "defendendo os trabalhadores e as suas conquistas", os princípios de organização económica preconizados pelos PCs, quando são implementados a nível nacional, conduzem inevitavelmente à estagnação, ao sub-desenvolvimento económico e, consequentemente, a um baixo nível de vida da população, sem falar na completa ausência de liberdades políticas, como muito bem podemos constatar nos exemplos da Bielorrússia, Venezuela, Cuba e mais alguns outros.
Por isso, se ama o seu país, não queira que alguma vez seja governado por um partido comunista. As pessoas costumam aprender com os erros. Julgo que no mundo os comunistas já cometeram demasiados erros para todos nós não os querermos repetir mais uma vez.
««««««Em vez de obrar postas de pescada sobre uma realidade da qual não tem a mínima ideia, aconselhá-lo-ia talvez a passar uma longa temporada na Bielorrússia antes de tecer as suas conclusões.»»»»».
Mas hoje para se conhecer em pormenor uma realidade em qualquer canto do mundo é necessário verificar in loco?
As minhas fontes de informação são dois vizinhos Bielorrussos, um deles já mandou regressar a família, ficou cá porque está efectivo na empresa onde trabalha e também já adquiriu a nacionalidade portuguesa.
Se falam assim tão bem do Lukashenco, talvez por medo de represálias? Portanto o quadro não é tão negro como o pinta.
Campos não vá por aí. Está a seguir por um trilho errado. Você não está a defender os interesses do povo Bielorrusso. Está a defender sim, os seus interesses de classe. Preocupa-o os banqueiros, os empresários, o capitalismo saqueador. Nos outros países existe essa gente toda e as populações não vêm as suas condições de vida melhorarem.
Depois expõe-se muito, fazendo uso de propaganda ridícula sem consistência , nada credível e fulanizada, tentando achincalhar o dirigente máximo do país, como se trata-se de um déspota sanguinário incompetente, fazendo crer que Lukashenco sozinho controla tudo. Isso são métodos usados por Goebells, seguidas posteriormente por gente da mesma laia.
Essa propaganda de teor burguês que faz uso deita-se abaixo de uma panada.
Consulte o índice de GINI e IDH, para ver em que posição se situa a Bielorrússia em relação às restantes ex- Republicas Soviéticas (excepto as Bálticas, sabemos porquê).
Está a ver como foi fácil tirar-lhe a máscara. Não foi graças ao petróleo Russo como alega, a Ucrânia também recebeu ajudas, o Azerbaijão, tem muito petróleo e gás, assim como alguns países da Ásia Central. A Geórgia recebeu milhões de dólares em ajudas. Mas esses povos definham na miséria. Porquê?
Ou pretendia que a Bielorrússia estivesse ao mesmo nível de Inglaterra como já aqui tentou fazer ? Porque não compara a Inglaterra com a Noruega, Suíça ?
Sobre a retórica da deficiente informatização na Bielorrússia. Acha que os seus vizinhos estão em melhores condições?
Também ao contrário daquilo que pretende afirmar nunca houve deficiência alimentar no país nem no período mais critico da crise.
Apesar de não conhecer o país estou minumamente informado sobre as potencialidades, económicas, industriais e tecnológicas. Sabe qual foi o crescimento do PIB nos primeiros 6 meses do ano? Consulte faz favor.
A Bielorrússia não fabrica apenas tractores. Não sabe? Informe-se que tipo de maquinaria produz a MAZ, a BELARUS, a qualidade dos electrodomésticos Minsk. Atlant, Horizont, Vityaz.
Você é que tem que evitar obrar postas de pescada antes de tempo. Como vê estou melhor informado da realidade, do que imagina.
Só que estou do outro lado da barricada. Estou ao lado dos trabalhadores.
Nesta luta não há terreno neutro. Ou se está do lado dos trabalhadores contra o capital, ou do lado do capital contra os trabalhadores.
E o Senhor já aqui confessou a posição que ocupa.
Cristina!
Mas pretende maior desastre para as populações que aquele que aconteceu nos ex- países socialistas?
Vinte anos depois qual é o quotidiano daqueles povos?
Como já aqui defendeu. Têm direito a imigrar e liberdade de informação. Mas as causas da imigração em massa não é provocada por dificuldades económicas e pobreza extrema? Quem controla essa informação livre? São os trabalhadores? Está ao seu serviço? Ou dos interesses de quem controla o poder. O capitalismo monopolista.
Face ao retrocesso económico e social (já aqui reconhecido por si) em que essas populações mergulharam temos que reconhecer se pretender-mos ser honestos que o comunismo é mais benéfico para a maioria da população.
Ou não aceita que o capitalismo foi um fiasco autentico naqueles países (e não só). Se duas décadas depois, todos os parâmetros de desenvolvimento estão muito abaixo dessa época.
Só por teimosia é que se não reconhece essa dura realidade. Porque estão em causa milhões de vidas de seres humanos.
Cristina, já aqui a tinha alertado para a forma obtusa e opaca como encara essa coisa da democracia. Democracia não se resume apenas aos direitos políticos. E os direitos económicos e sociais não devem ser respeitados na mesma ordem?
Esses povos trocaram o seu modo de vida por votos, acha atingiram a plenitude dos direitos fundamentais para viverem com dignidade? Ou sufocam cada vez mais na miséria e exclusão, a par de fortunas colossais?
Oh Cristina tire ao menos 1 minuto por dia para respeitar aqueles miseráveis que não têm uma côdea de pão para comer.
Continua...
Continuação………
Porque a incomoda tanto Cuba? E não a incomoda o Haiti a menos de uma centena de quilómetros? Essas preocupações são muito estranhas sabe, estão carregadas de um pendor politico altamente tendencioso.
Não sabe que Cuba tem dos melhores sistemas de saúde a nível mundial? Vão centenas de cidadãos pobres Norte Americanos tratar-se gratuitamente a Cuba? Recentemente vieram trabalhar para Portugal alguns médicos Cubanos que deram uma lição de profissionalismo aos nossos médicos, nos locais onde estão são disputados pela população, a Ministra da Saúde fez um elogio publico ao trabalho deles.
Cuba dá formação universitária de qualidade, gratuita a milhares de jovens pobres de todo o mundo? Também ignora que Cuba tem dos melhores sistemas de ensino do mundo, reconhecido pela UNESCO.
Ignora ainda o embargo económico imposto a Cuba pelo vizinho do Norte, que tem servido de garrote ao seu desenvolvimento durante meio seculo. Desconhece a lei Helmes-Burton?
Cuba hoje envia profissionais para salvar vidas gratuitamente em todo o mundo. Exporta saber e cultura para os mais necessitados.
São esse os crimes que imputa a Cuba Socialista?
E o que tem contra a Venezuela de Chavez? Já aqui abordou o assunto noutra ocasião.
Desconhece que Chavez tem mais legitimidade que a maioria dos actuais dirigentes políticos? De todas as eleições que se submeteu (excepto uma) venceu-as com maiorias, e taxas de participação sempre superiores a 75% do eleitorado. Onde foi que isso aconteceu noutra parte do mundo ? ( salvo pequenas nuances) . Perdeu um plebiscito por 0,3 % respeito-o. Não sabe que o Parlamento Europeu foi escrutinado apenas por 20% de eleitores? Aqui na Europa democrática as taxas de abstenção chegam a ser superiores a 50% nalguns países. Já existe legitimidade não é?
Não sabe que a Venezuela já era rica em petróleo antes de Chavez assumir o poder? Onde iam parar essas receitas? Se 80% da população vivia no limiar da pobreza, o analfabetismo atingia os 35%. Caracas com cerca de 5 milhões de habitantes, metade viviam nos morros e escarpas em bairros miseráveis em redor da cidade.
Chavez erradicou o analfabetismo, reduziu a miséria, mandou construir milhares de casas, proporcionou acesso à saúde a todos, abriu as universidades e as escolas militares aos mais pobres. Tem um projecto para entregar nove milhões de hectares de terra aos camponeses.
È esse abuso de poder que acusa Chavez? São esses crimes que pretende evitar no nosso país?
Estou a compreende-la perfeitamente. Dar condições de dignidade para as pessoas viverem é crime.
Assim compreendo-a porque é conivente com o desastre social e económico no Leste da Europa.
Quando se está do lado dos poderosos , diabolizam-se e criticam-se ferozmente aqueles que lutam pelos direitos dos mais fracos.
É isso mesmo a luta de classes. Não existem espectadores de um modo ou de outro todos participam.
Continuação………
Porque a incomoda tanto Cuba? E não a incomoda o Haiti a menos de uma centena de quilómetros? Essas preocupações são muito estranhas sabe, estão carregadas de um pendor politico altamente tendencioso.
Não sabe que Cuba tem dos melhores sistemas de saúde a nível mundial? Vão centenas de cidadãos pobres Norte Americanos tratar-se gratuitamente a Cuba? Recentemente vieram trabalhar para Portugal alguns médicos Cubanos que deram uma lição de profissionalismo aos nossos médicos, nos locais onde estão são disputados pela população, a Ministra da Saúde fez um elogio publico ao trabalho deles.
Cuba dá formação universitária de qualidade, gratuita a milhares de jovens pobres de todo o mundo? Também ignora que Cuba tem dos melhores sistemas de ensino do mundo, reconhecido pela UNESCO.
Ignora ainda o embargo económico imposto a Cuba pelo vizinho do Norte, que tem servido de garrote ao seu desenvolvimento durante meio seculo. Desconhece a lei Helmes-Burton?
Cuba hoje envia profissionais para salvar vidas gratuitamente em todo o mundo. Exporta saber e cultura para os mais necessitados.
São esse os crimes que imputa a Cuba Socialista?
E o que tem contra a Venezuela de Chavez? Já aqui abordou o assunto noutra ocasião.
Desconhece que Chavez tem mais legitimidade que a maioria dos actuais dirigentes políticos? De todas as eleições que se submeteu (excepto uma) venceu-as com maiorias, e taxas de participação sempre superiores a 75% do eleitorado. Onde foi que isso aconteceu noutra parte do mundo ? ( salvo pequenas nuances) . Perdeu um plebiscito por 0,3 % respeito-o. Não sabe que o Parlamento Europeu foi escrutinado apenas por 20% de eleitores? Aqui na Europa democrática as taxas de abstenção chegam a ser superiores a 50% nalguns países. Já existe legitimidade não é?
Não sabe que a Venezuela já era rica em petróleo antes de Chavez assumir o poder? Onde iam parar essas receitas? Se 80% da população vivia no limiar da pobreza, o analfabetismo atingia os 35%. Caracas com cerca de 5 milhões de habitantes, metade viviam nos morros e escarpas em bairros miseráveis em redor da cidade.
Chavez erradicou o analfabetismo, reduziu a miséria, mandou construir milhares de casas, proporcionou acesso à saúde a todos, abriu as universidades e as escolas militares aos mais pobres. Tem um projecto para entregar nove milhões de hectares de terra aos camponeses.
È esse abuso de poder que acusa Chavez? São esses crimes que pretende evitar no nosso país?
Estou a compreende-la perfeitamente. Dar condições de dignidade para as pessoas viverem é crime.
Assim compreendo-a porque é conivente com o desastre social e económico no Leste da Europa.
Quando se está do lado dos poderosos , diabolizam-se e criticam-se ferozmente aqueles que lutam pelos direitos dos mais fracos.
É isso mesmo a luta de classes. Não existem espectadores de um modo ou de outro todos participam.
Continuação………
Porque a incomoda tanto Cuba? E não a incomoda o Haiti a menos de uma centena de quilómetros? Essas preocupações são muito estranhas sabe, estão carregadas de um pendor politico altamente tendencioso.
Não sabe que Cuba tem dos melhores sistemas de saúde a nível mundial? Vão centenas de cidadãos pobres Norte Americanos tratar-se gratuitamente a Cuba? Recentemente vieram trabalhar para Portugal alguns médicos Cubanos que deram uma lição de profissionalismo aos nossos médicos, nos locais onde estão são disputados pela população, a Ministra da Saúde fez um elogio publico ao trabalho deles.
Cuba dá formação universitária de qualidade, gratuita a milhares de jovens pobres de todo o mundo? Também ignora que Cuba tem dos melhores sistemas de ensino do mundo, reconhecido pela UNESCO.
Ignora ainda o embargo económico imposto a Cuba pelo vizinho do Norte, que tem servido de garrote ao seu desenvolvimento durante meio seculo. Desconhece a lei Helmes-Burton?
Cuba hoje envia profissionais para salvar vidas gratuitamente em todo o mundo. Exporta saber e cultura para os mais necessitados.
São esse os crimes que imputa a Cuba Socialista?
E o que tem contra a Venezuela de Chavez? Já aqui abordou o assunto noutra ocasião.
Desconhece que Chavez tem mais legitimidade que a maioria dos actuais dirigentes políticos? De todas as eleições que se submeteu (excepto uma) venceu-as com maiorias, e taxas de participação sempre superiores a 75% do eleitorado. Onde foi que isso aconteceu noutra parte do mundo ? ( salvo pequenas nuances) . Perdeu um plebiscito por 0,3 % respeito-o. Não sabe que o Parlamento Europeu foi escrutinado apenas por 20% de eleitores? Aqui na Europa democrática as taxas de abstenção chegam a ser superiores a 50% nalguns países. Já existe legitimidade não é?
Não sabe que a Venezuela já era rica em petróleo antes de Chavez assumir o poder? Onde iam parar essas receitas? Se 80% da população vivia no limiar da pobreza, o analfabetismo atingia os 35%. Caracas com cerca de 5 milhões de habitantes, metade viviam nos morros e escarpas em bairros miseráveis em redor da cidade.
Chavez erradicou o analfabetismo, reduziu a miséria, mandou construir milhares de casas, proporcionou acesso à saúde a todos, abriu as universidades e as escolas militares aos mais pobres. Tem um projecto para entregar nove milhões de hectares de terra aos camponeses.
È esse abuso de poder que acusa Chavez? São esses crimes que pretende evitar no nosso país?
Estou a compreende-la perfeitamente. Dar condições de dignidade para as pessoas viverem é crime.
Assim compreendo-a porque é conivente com o desastre social e económico no Leste da Europa.
Quando se está do lado dos poderosos , diabolizam-se e criticam-se ferozmente aqueles que lutam pelos direitos dos mais fracos.
É isso mesmo a luta de classes. Não existem espectadores de um modo ou de outro todos participam.
Francisco Lucrécio
Não tenho tido muito tempo livre, mas mesmo assim gostaria de lhe responder.
Quanto ao alegado retrocesso económico e social nos países de Leste, as coisas não são bem assim como diz. Nos anos 90, anos da transição brusca de um sistema de economia socialista planificada para uma economia de mercado, houve de facto retrocesso mas, deixe que lhe diga, muito motivado por os novos dirigentes (na Rússia, concretamente) serem oriundos das elites soviéticas, não terem tido um mínimo de preparação para fazer as reformas e terem convidado economistas das universidades americanas para os ajudar a mudar o sistema. Recorde-se que em 1991 não havia sequer nos países de Leste nem sistema fiscal, nem sistema bancário, nem muitas outras coisas que utilizamos no dia-a-dia. Eu diria que muitos dos problemas na Rússia nos anos 90 tiveram a ver com o conhecido “radicalismo” russo, que costuma passar do 8 ao 80, ou seja, do comunismo ao liberalismo radical. Caso tivessem escolhido o modelo social europeu e não o modelo americano, teriam tido uma transição muito mais fácil.
Por isso, capitalismo não foi um fiasco nos países de Leste. Hoje, muitos deles são países desenvolvidos, com razoáveis níveis e qualidade de vida, e já pertencem à União Europeia. Por exemplo, a Polónia ou os países bálticos, que têm tido um desenvolvimento notório nos últimos anos. Na Rússia, que sempre teve regimes autoritários, a passividade da população não permite que os dirigentes sejam substituídos quando cometem erros, não obstante a existência formal de eleições. Se isso fosse possível, as pessoas viveriam melhor. Mesmo assim, o PIB russo tem vindo a subir na última década.
Deixe que lhe diga, mas o seu marxismo está ultrapassado. Os comunistas prestam um mau serviço aos trabalhadores e aos pobres ao quererem implementar as suas ideias. Falo com conhecimento de causa porque sou originária de uma família de operários, vivi na URSS durante 8 anos e, economicamente, posso-me incluir na classe baixa. Mesmo assim, acho que um sistema comunista seria altamente nefasto para a população do meu país (que eu não divido em trabalhadores e capitalistas, porque todos são cidadãos, que contribuem para a sociedade segundo as suas capacidades). É um crime instituir à força uma sociedade igualitária, sem classes, onde quem não quer trabalhar recebe o mesmo que quem, possuindo altas capacidades, se vê impedido de alcançar os bens materiais que poderia alcançar noutras circunstâncias.
Naturalmente, o componente social de uma economia de mercado, como temos agora em Portugal, é perfeitamente aceitável, com o Estado a regular a economia e a atribuir benefícios aos mais pobres, aos doentes, aos incapacitados. Mas ir mais longe que isso, tal como se tem feito na Venezuela, é perigoso , é criar injustiças sociais ao contrário, é criar barreiras a vastas camadas sociais (quando a propriedade privada é nacionalizada, por exemplo), e, poderá até levar a guerras civis. E tudo isso para quê? Para atribuir casas aos mais pobres, para proporcionar ensino gratuito e assistência médica, para melhorar salários, coisas que se podem perfeitamente fazer nos regimes democráticos, evitando as convulsões sociais que a implementação de um sistema comunista implica?
Francisco, eu respeito os miseráveis que não têm uma côdea de pão para comer porque também já passei por isso. Mas, precisamente porque os respeito não quero que tenham ilusões num sistema que só aparentemente os defende. A longo prazo, tal sistema conduzirá à estagnação e à perda de qualidade de vida.
Eu não estou do lado dos poderosos e, se critico aqueles “que lutam pelos direitos dos mais fracos” é porque acho que os comunistas não podem monopolizar a “defesa dos mais fracos”.
Eu também defendo os mais fracos e afirmo que a melhor forma de os defender é denunciar o marxismo e preservar uma economia de mercado com componente social.
««««««««Por um lado, não podia deixar de apreciar os grandiosos feitos de Chubais: em pouco mais de três anos, o jovem primeiro-ministro-adjunto invertera na sua essência a revolução dos bolcheviques, os quais, setenta anos antes, tinham derramado rios de sangue durante a expropriação da propriedade privada.»»»»»»»».
Cristina; não é assim como diz. Esquece o bombardeamento ao parlamento Russo? Em sua opinião não houve derramamento de sangue?
A restauração do capitalismo só na Rússia já provocou mais baixas que a guerra civil em toda a URSS entre 1917 e 1922.
Só que as vitimas do capitalismo são pobres morrem no “silencio” das suas casas nas ruas ao abandono, e a sua imprensa "livre" que tanto idolatra esquece-os, porque está nas mãos e ao serviço dos poderosos . Por isso omite-as, e a omissão é a forma mais tenebrosa de censura.
E a Cristina também não consegue ver essas vitimas, porque está cega com o brilho deslumbrante das grandes fortunas que se acomularam vergonhosamente.
Interessa-lhe mais riqueza de Anatole Chubais e todos os outros da mesma estirpe. Não consegue é explicar como este “senhor” em poucos anos obteve uma fortuna colossal. E a razão do aumento da miséria ser proporcionalmente semelhante à acumulação dessas fortunas.
Quanto a Soros é alguém tão imaculado que financiou o derrube do Presidente Milosevic da Jugoslávia, a “revolução” das rosas na Geórgia e a “revolução” laranja na Ucrânia. É um exemplo. Tão exemplar que tem lançado ataques especulativos contra o € que por pouco não provocou a sua morte.
««««««««Francisco, eu respeito os miseráveis que não têm uma côdea de pão para comer porque também já passei por isso.»»»»»»»»
Foi a Cristina que escreveu estas palavras. Acredita que é estando ao lado dos que usurpam as riquezas indevidamente (Soros, Chubais…….) que defende o interesse daqueles que não têm uma côdea de pão para comer? Que não têm casa? As crianças que não têm escola? Os idosos desamparados? Os que trabalham para criarem as grandes fortunas, que estes detêm indevidamente?
Diz que passou por isso! Então ignora as causas porque passou? Se passou por essas dificuldades como afirma (começo a ter duvidas) é tão ingrata que se colocou do lado dos causadores desses infortúnios, que flagelam os mais fracos, aqueles que não têm voz para se defenderem?
Ignora que apesar das campanhas de intoxicação maciça que têm sido efectuadas nesses países do Leste da Europa contra os anteriores regimes. Que em sondagens efectuadas recentemente a maioria da população afirma que vivia melhor antes que agora, é o caso da Roménia, da ex-RDA, da Bulgária......... Ninguém pode negar que em todos esses países os trabalhadores perderam direitos.
Cristina; é um abuso da sua parte quando diz que respeita os miseráveis, se está ao lado daqueles que contribuem conscientemente para a criação dessa miséria.
Cristina; acabe com a farsa, tire essa máscara . Porque não tem qualquer tipo de legitimidade para falar em nome das vitimas do sistema politico e social vigente, se está do lado dos seus carrascos.
Enviar um comentário