sábado, agosto 14, 2010

Blog dos leitores (O Caso Farewell)


Texto enviado pelo leitor Manuel Santos: 

"O Caso Farewell ou no original “L’Affaire Farewell” é um filme francês de 2009 com realização de Christian Carion e contando nos principais papeis os actores Guillaume Canet e o consagrado realizador Emir Kusturica.
O filme é baseado na história verídica de Vladimir Vetrov, um coronel da divisão de informação de tecnologia do KGB que deserta para o Ocidente.
No filme, que se passa na Moscovo soviética de 1981, Grigoriev(Kusturica) desiludido com o regime, decide passar informações para os serviços secretos franceses de modo a fazer implodir o sistema por dentro.
A DST envia-lhe Pierre Froment (Guillaume Canet), um engenheiro da Thomson destacado em Moscovo. Depois do cepticismo inicial do coronel do KGB relativo ao amadorismo do francês, cresce um entendimento mútuo entre os dois homens, evoluindo para uma relação de amizade que cruza as expectativas, sonhos e desilusões de ambos tudo misturado com os seus respectivos dramas pessoais.
Enquanto Pierre tenta ocultar o perigo da sua família, levando à quase ruptura com a sua esposa sempre na expectativa de obter o desejado lugar em Nova Iorque, Grogoriev vive um impasse no seu casamento, havendo traição de ambos além da díficil e conturbada relação de companheirismo/distância com o seu filho adolescente, grande apreciador da música dos Queen.
O Caso Farewell, muito mais do que um mero filme de espionagem é um drama humano que reflete os anseios e esperanças dos seus protagonistas obviamente muito mais romanceado que a realidade pois como aconteceu, o protagonista acaba por esfaquear a sua amante devido a problemas de alcoolismo.
É também um filme sociológico e político  que retrata a queda e falência de um sistema que criou esperança, mas também a desilusão da outra esperança reflectida pelo Ocidente além de apresentar mais uma causa para a queda da União Soviética no papel da desmontagem da rede de espiões que garantiam a passagem dos avanços tecnológicos que mantinham a URSS.
Além das soberbas interpretações dos principais protagonistas, de salientar a magnífica actuação do actor americano Fred Ward a  interpretar um perfeito Ronald Reagan quer em aparência, gestos ou típica pronúncia, sempre com o televisor ligado num filme de John Wayne.
Os cenários são inquestionáveis, retratando uma ainda “feliz” cidade de Moscovo com os seus parcos e pobres veículos, os casais de namorados, os militares em trânsito ou até os desfiles dos pequenos pioneiros pelas largas e obtusas avenidas e entre a tradicional estatuária soviética. Com uma banda sonora riquíssima que retoma os êxitos da música pop da época, deixando tocado qualquer nostálgico dos “eighties”.
Como qualquer história de espionagem real, a trama também acaba mal mas isso apenas reforça o encanto do drama humano de um filme que efectivamente merce ser visto.

O trailer legendado:

http://www.youtube.com/watch?v=guo1O90_37Q"

52 comentários:

Nuno B. disse...

Este realizador é muito bom. Carion realizou, nomeadamente, o filme "Joyeux Noël" sobre o 1° natal passado nas trincheiras da I°Guerra Mundial.

Agora, a vergonha cultural em Portugal é a seguinte:
http://cinema.sapo.pt/em-cartaz/mapa?movie=8366

é caso para dizer: Portugal é Lisboa (e Porto) e o resto é paisagem..

MSantos disse...

Caro Nuno

Até aqui em Lisboa tive de ir a um sítio que destesto, o Corte Ingles, para ver o filme.

Aí ao pé seria muito improvável que o filme visse a passar até no Palácio do Gelo quanto mais nos cineteatros locais como Oliveira de Frades ou S. Pedro do Sul (que já não funciona há muitos anos).

No entanto, se gosta do género e se já conhece o realizador, merece bem a horinha e meia até ao Porto (eu próprio já fiz isso) e é de aproveitar enquanto a A25 ainda não está a cobrar.

Cumpts
Manuel Santos

Jest nas Wielu disse...

Obrigado pela informação, e embora Kustutica passou para a ortodoxia, continua fazer bons filmes.

Anónimo disse...

Um bom filme, sem dúvida.

E sem aquelas tretas a la James Bond.

Anónimo disse...

Um trailer mais completo

http://www.youtube.com/watch?v=xIc5R7VQLLs&feature=related

Jest nas Wielu disse...

Só agora que apercebi, que Kusturica é apenas um actor neste filme. Uma escolha sábia, pois quase nenhum ocidental conseguiria um dia fazer papel do cidadão soviético, mas um bósnio claro que pode, a zona deles era mais liberal, mas sempre uma zona.

Também reparei em Oleksii Gorbunov, não digo que é um bom actor, mas uma bela tipagem, consegue na perfeição fazer de bandidos, revolucionários, oligarcas, empresários e polícias do espaço pós – soviético.

Nuno B. disse...

Boa dica, MSantos!

Sabe sempre bem voltar à muy nobre cidade tripeira, onde vivi cerca de 5 anos da minha vida.

Cumprimentos!

MSantos disse...

Jest, creio que Kusturica é sérvio.

Houve até uma polémica por ter apoiado Milosevic.

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

Estes enredos "espartanos" têm que meter sempre algumas doses de dramatismo. Se assim não fosse como era possivel vilanizar os malandros dos comunistas. Esta forma de fazer demagogia está a ficar tão ultrapassada como as comemorações da Yalda, obedecem mais à tradição (propaganda) que à crença (verdade).

Ou não fosse o elenco do filme tudo bons rapazes.
Quantos filmes já fez Kosturica a demonizar os Sérvios? E não vai parar enquanto lhe pagarem para isso.

Zuruspa disse...

O Kusturitsa era "bosníaco", tanto que o seu nome próprio é Emir. Isso quer dizer que a família tinha origens muçulmanas mas o pai era ateu (abençoado) e considerava-se sérvio. Porque lá para aquele canto quem é católico é "croata", quem é "muçulmano" é "bosníaco", e quem é ortodoxo é "sérvio".
As "diferenças linguísticas" foram politicamente motivadas após 1990.
A língua é a mesma, com sotaque local, mas isso também em Portugal um algarvio fala "diversamente" de um tripeiro. E?

Como diz o meu amigo "mleko, mljeko, ajde, druzhe, isto g*vn*!"...
O que ele é, e sempre foi, foi um Jugoslavo. Desde 2005 que passou oficialmente a "sérvio" porque se baptizou ortodoxo.

Para rir (wikipedia):
"For Bosnian novelist Aleksandar Hemon, who was born in Sarajevo and now living and writing in United State of America where he moved before the war, Underground downplays Serbian atrocities by presenting "the Balkan war as a product of collective, innate, savage madness.""
...
como se a guerra da Jugoslávia näo fosse realmente isso! Mas como o "Ocidente civilizado" decidiu que sérvios eram diabos e croatas anjinhos, nada como criticar alguém que por fim, diz a verdade: por lá säo TODOS uns animais!

Jest nas Wielu disse...

2 Zuruspa

Acho que não há necessidade de exagerar chamando todos os lados de conflito em Bósnia de animais. Pois os sérvios serviam-se de equipamento pesado de guerra convencional, mais usavam os atiradores dizimando as populações civis de Sarajevo. A resistência de Sarajevo (onde também militavam alguns sérvios) possuía apenas o armamento ligeiro.

Além disso, os defensores dos sérvios não conseguem negar o facto do que apenas os sérvios praticaram os massacres tão grandes, como o de Srebrenica, onde chacinaram sem dó nem piedade pelo menos 8373 bósnios:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Srebrenica

Zuruspa disse...

A mentira propagada pelo Ocidente que só os sérvios tinham armas pesadas já foi desmentido, até pela BBC. A Croácia recebeu armamento pesado antes e depois do embargo de armas. E näo fui eu que mandei! O mesmo na Bósnia!

Os massacres e deportaçöes feitos por croatas e bósnios näo mereceram atençäo dos media ocidentais, porque os seus líderes juraram fidelidade ao "ocidente civilizado", leia-se NATO.
Na Croácia matavam-se sérvios à martelada na cabeça, e expulsaram todos da Kajina, onde tinham morado por mais de 500 anos.
A Bósnia foi e é campo de treino da Al-Qaeda, e para lá foram muitos "mujaedines" defender o "solo islämico", e gostavam de jogar à bola com cabeças de sérvios.
Os croatas cometeram o crime de rebentar com a ponte de Mostar, património da Humanidade (10 anos dos Talibans terem ideias parecidas), para impedir o avanço dos seus antigos aliados bosníacos.

Números nem quero saber. A mim chega matarem 1 para eu achar errado!
Ou para si só quando matarem 8.000 é que é mau? Estaline é que pensava assim!

Como vê, se ainda näo sabe das atrocidades cometidas pelos fundamentalistas ortodoxos, católicos, e muçulmanos na Jugoslávia, vá à Wikipedia.

Quer se queira quer näo, ali säo TODOS animais, mesmo 20 anos depois. Por isso näo defendo NINGUÉM, e ataco TODOS.
Como o "Tsrny" (Pretinho) do Underground.

MSantos disse...

Leitor Francisco

Se for ver o filme sem ideias pré-concebidas verificará por si mesmo se são só os malandros dos comunistas a serem os vilões.

Apesar de ter dado uma sinopse muito descritiva, há um desfecho final surpreendente apesar da previsibilidade do destino das personagens.

E se os comunistas são sempre apresentados como malandros e vilões, muito fizeram para isso. Aliás até acho eufemísticos esses dois termos.

Cumpts
Manuel Santos

Jest nas Wielu disse...

2 Zuruspa

A sua argumentação é bastante usual por entre os defensores do ultra-nacionalismo & chauvinismo sérvio: mas para mim a destruição de uma ponte (Sic), não pode, nem nunca será equivalente ao assassinato de mais de 8.000 pessoas.

Quando às atrocidades cometidas pelas forças não sérvias (também houve), será benéfico para essa discussão citar o local / data e o número de pessoas falecidos. Pois embora Tolstoy falava em lágrima de uma única criança, não acho que as lágrimas da população sérvia justificam as chacinas, as violações e os genocídios perpetuados pelas lideranças militares e paramilitares sérvios no terreno.

Alias, não esquecer que cerca de duas semanas atrás, o presidente sérvio Boris Tadić estive em Srebrenica para pedir as desculpas oficiais pelas atrocidades cometidas pela Sérvia e pelos sérvios.

p.s.
Leia mais sobre a Batalha de Vukovar, quando 35.000 – 40.000 soldados da JUNA mais paramilitares sérvios atacaram a cidade croata, defendida por uma força paramilitar não superior à 2.000 homens:
http://en.wikipedia.org/wiki/
Battle_of_Vukovar

Anónimo disse...

Caro M Santos
Eu não queria perder muito tempo com estapafúrdices que já deviam estar no caixote do lixo da história.
Por as seguintes razões:

1-ª_ Esses pretensos democratas que afanadamente denunciaram (e denunciam) os “crimes monstruosos” praticados por os comunistas, eles próprios cometeram (e estão a cometer) crimes mais horríveis em nome daquilo que defendem.
2-ª _ Você é um agente desses falsificadores.
3-ª_ E tem brio em ser um falsificador.
Neste contexto uma simples palavra que se dirija a alguém que partilhe o seu ideário é tempo perdido

Porque pode muito bem apregoar as vezes que entender que é democrata, mas o que conta são as ideias e os comentários que despeja cá para fora.

No entanto convém de vez em quando lembra-lo a si e aos menos avisados do seguinte.
Que os comunistas em tempo algum arrasaram cidades inteiras assassinando centenas de milhares de civis.
Em parte alguma fizeram uso de produtos químicos contra alvos civis para destruir colheitas e florestas em grande escala.
Instalaram fábricas de produtos tóxicos perigosos fora dos seus territórios, provocando acidentes que chacinaram populações inteiras. Já sei o que vem a seguir!

Não contribuíram para que Pol Pot algum conquista-se o poder nem o financiaram depois da sua queda.
Também não promoveram, nenhum Somoza, Pinochet, Videla muito menos financiaram qualquer Operação Condor. Nem tão pouco participaram em golpes de Estado sangrentos para colocar no poder Pahlavis, Suhartos, Marcos ou criminosos da mesma estirpe, que fizeram da tortura e brutalidade o seu modo de governar.

Mais: O democrata Churchill quando do seu “celebre” discurso de Fulton reprimia sem piedade os Nacionalista Indianos, Quenianos e noutros pontos do Império quem ousam-se libertar-se da sua tutela. Quando foi Ministro da Guerra não ficou a dever nada a Estaline.
Denunciam a fome da Ucrânia (não apenas lá). No entanto escondem as grandes fomes na Índia que dizimaram milhões de pessoas, como a de Bengala em 1943. Na opinião de Churchill foi causada por os Indianos se reproduzirem como coelhos.

Por muito que tentem os bem “intencionados combatentes da liberdade” fazer o branqueamento da história jamais o irão conseguir, na medida em que a história nunca foi unívoca e ainda bem que assim é.

Esse tipo de provocacionismo infantil que os pretensos democratas usam para acusar os comunistas de todas as desgraças do mundo, não são mais que um asserto nojento de ilibar os crimes do capitalismo.
Porque a mediocridade objecta do seu anticomunismo primário, assenta unicamente na infantilidade de fazer crer que o capitalismo não é assim tão mau.

Anónimo disse...

Se assim é porque razão o capitalismo ainda não conseguiu resolver os “erros dos comunistas” nos países em que ocupou o seu lugar? Julgo que não seja necessário acrescentar qualquer explicação?

Se os falsificadores da história não se entendem com os números da aritmética macabra que fabricam sobre as “vitimas” que atribuem aos comunistas, de que forma podem ser levados a sério?

C. Betteleim e Ellestein referem 1,6 milhões, Gluckmann começa por falar em 15 M para dois anos depois desdizer-se e aumentar para 40 M. Brezinski já estima entre 20 e 30 M, o escritor Tsarista Soljenítsin assegura que foram 66 M. Apareceu depois o contabilista dos horrores Voslensk que descobriu o numero fabuloso d e110 Milhões.
Depois da enorme expectativa esperada pela abertura dos arquivos Soviéticos os números encontrados não chegavam ao milhão.

E a partir desse momento os especuladores remeteram-se ao silêncio.
Afinal quem está pisotear a verdade?

Não pretendo adoptar um método quantitativo, nem saber quem foi pior que quem? A culpa deve ser atribuída a todos os que provocaram vitimas inocentes. Quer de um lado quer do outro foram assassinadas em nome de quê?

É de um irracionalismo bárbaro alguém pretender atribuir maior importância às vitimas de uma das partes.

Até porque esse estado de coisas continuou a ser prática corrente nas décadas de 70 e 80 do século passado, financiadas e dirigidas a partir dos centros de decisão do capitalismo.
Quem não quer aceitar estas verdades tem uma visão perigosa e impregnada de um idealismo insano.

Não basta acusar os comunistas de malandros e vilões deve justificá-lo.


Essa imagem de terror desmedido que V.sa Ex.cia tenta fazer passar dos comunistas é uma expressão arruaceira, que esconde os seus interesses de classe. Houve perseguições não vamos ocultar isso, mas foram direccionadas no sentido de desapossar dos seus privilégios a classe até aí dominante. Se reagiram com violência só pela força poderiam ser derrotados.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Sr. Francisco Lucrécio, mente quando diz que "Depois da enorme expectativa esperada pela abertura dos arquivos Soviéticos os números encontrados não chegavam ao milhão". Aonde foi buscar tal revelação?
Mas mesmo que tivesse sido menos de um milhão, acha pouco?
Os crimes de uns não justificam os crimes de outros. Chamar a atenção para os crimes do comunismo não significa defender os crimes de outros regimes.
E para sua informação, quando Suharto chegou ao poder e exterminou o Partido Comunista da Indonésia, a URSS não abriu a boca, porque aquele era supostamente "pró-chinês". Foram assassinados muitos milhares de comunistas indonésios.

Anónimo disse...

Este filme não vale o SALT com a Angelina Jolie.

MSantos disse...

Caro Francisco

Quando propús a publicação deste texto ao José Milhazes foi na intenção de falarmos sobre a 7ª arte, o filme em concreto e que apesar do cenário envolvido, fosse uma discussão no âmbito lúdico e desanuviado. Infelizmente mais uma vez teve que derivar para constatações políticas.

Também por minha culpa, confesso, pois não devia ter feito observações sobre o seu post.

Sobre o que afirma depois de tudo o que já falámos, que lhe posso eu dizer...

Sabe, estes diálogos com pessoas com posições políticas tão pronunciadas (para não dizer extremadas) como o Francisco bem como aquele outro companheiro com o qual costumo ter disputas, já todos vimos que não levam a nada. Eu pessoalmente já me sinto fatigado de todas estas lengalengas que no final esprememos e não sai de lá nada. Vocês têm as vossas convicções. Eu tenho as minhas.

Sinto-me cansado!

Cumpts
Manuel Santos

MSantos disse...

Anónimo das 10:01, estamos a falar de estilos de filmes diferentes. O Caso Farewell não é um filme de acção. Muita gente associa automáticamente espionagem a acção e na vida real não é assim.

Tal como já foi dito, se alguém fôr ver o filme à espera dum enredo estilo James Bond, eu sou o primeiro a desaconcelhar a ir ver.

E claro, este filme não tem a Angelina Jolie.

Cumpts
Manuel Santos

MSantos disse...

Desaconselhar

Anónimo disse...

Eu já tinha percebido que era cansaço! Por a boca morre o peixe, o seu cansaço deve-se a ter que engolir os anzóis que espalhou.
Se pretendia apenas falar da 7ª arte fazia o comentário que fez?
O seu objectivo foi decapitar comunistas.

Eu sou extremista por tentar repor a verdade. E o Senhor o que é ao tentar omiti-la? Um mero idealista da burguesia radicalóide em voga, daqueles que não acreditam que as guerras do capitalismo tenham sido crimes.
Nesse aspecto nunca o vi fazer qualquer referencia aos abusos cometidos por o capitalismo. No entanto os seus comentários são sempre impregnados de ódios até ao tutano contra tudo que cheire a esquerda.

Em vez de vir arrastar a cruz da vitimização., devia ter respondido às questões com que foi confrontado.
Só a conivência e a aceitação desse tipo de crimes que denunciei no meu comentário anterior podem justificar semelhante resposta patética que acabou por me dar.

Assuma-se!

Anónimo disse...

Doutor Milhazes vamos ver quem está a mentir.
O Doutor tem acesso ao relatório Zemskov? Então veja quem o mentiroso de nós dois. Quer que lhe dê o numero do processo?
Em 1989, cumprindo uma directiva do Bureau Politico de Mikhail Gorbachov, a Academia de Ciências nomeou uma equipa dirigida por o Professor Viktor Nikoláievitch Zemskov em que participaram outros reputados historiadores como O.V. Khlevniuk, A.N. Dúgine, com o objectivo de esclarecer as reais dimensões da repressão Estalinista. Começaram por o sector mais secreto do Ministério do Interior (MDV-MGB) e da policia de Estado (OGPU-NKVD). Os resultados foram publicados na URSS e na Rússia entre 1990 e 1993, foram extraídas cerca de 9000 (nove mil páginas)
Sabe qual foi o resultado Doutor? Foi um balde de água fria para aqueles que pensam como o Doutor.
O Doutor sabe muito bem quem Zemskov? É um homem profundamente conservador e anti-comunista. Não pode alegar que houve sonegação da verdade.

A partir desse momento abateu-se um silencio de chumbo por parte da comunicação social dominante,
Em 3 de Junho de 2001 Zemskov deu uma entrevista ao jornal Espanhol La Vanguardia (assumidamente de direita) onde relatou os factos dizendo que ainda nenhum órgão de comunicação Ocidental o tinha convidado para qualquer entrevista.

É mentira o que diz Zemskov? Agora compete ao Doutor provar o contrário!
Cumprimentos.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Francisco Lucrécio, continuo a dizer que está a mentir. Quando se faz um balanço das vítimas do comunismo soviético é preciso começar pelos crimes de Lénine, Trotski e companhia. Quando da análise das vítimas do estalinismo, além das vítimas do NKVD, há também as da colectivização, das fomes, etc.
E volto a repetir a pergunta: acha que um milhão é pouco? Como parece que sim, só posso explicar isso com o facto de talvez considerar, tal como os dirigentes angolanos, que a morte de muitos milhares de civis angolanos valeu a pena para agora gozarem do poder à grande.
Faz-me lembrar uma das célebres tiradas do marechal Jukov para explicar o sacrifício de milhões de soldados: "As mulheres fazem mães".

Anónimo disse...

Talvez, "As mulheres hão-de fazer mais"?

Anónimo disse...

Doutor nada no meu comentário lhe permite retirar essa ideia sobre a negação dos factos. Nem tão pouco pretendi fazer exercícios de contabilidades macabras, ainda menos participar em disputas matemáticas de quem matou mais ou quem matou menos.
Também não tenho que me pronunciar sobre números. Para mim se é inocente uma vitima, já é crime. Portanto todos devem merecer o mesmo respeito.
Ora é precisamente essa negação que o Senhor sempre se tem esforçado por fazer.
.Inclusivamente até amolecendo os crimes praticados por os Nazis na URSS.

Outra coisa: Para si não existe qualquer diferença entre 1 Milhão (que foram menos) e 110 Milhões?

Precisamente se os crimes dos outros não justificam os crimes dos comunistas o inverso também é válido.
Porque razão nunca nos seus artigos o Senhor ousou denunciar os crimes desses outros. Pelo contrário já aqui tentou lavar a alma de Salazar:

Quanto a Suharto, talvez pretende-se que a URSS forma-se uma cruzada para afasta-lo do poder? Devia era ter dito quem o colocou lá.

Suharto não assassinou apenas comunistas. Esquece o genocídio do povo Maubere de Timor Leste, proporcionalmente foi superior ao genocídio do Camboja (cerca de 260 000 pessoas numa população de 600 000) falam a língua de Camões a nossa língua. Quantos livros publicou o Doutor sobre essa tragédia ou pensa publicar? Tenho a certeza absoluta que nunca o irá fazer. Sabe-se bem porquê.

Anónimo disse...

Doutor Milhazes para acabar-mos de uma vez por todas com as polémicas desnecessárias, vamos tratar o assunto com a seriedade que merece.

Portanto sou eu que continuo a mentir que retirei as informações dum relatório aceite por as autoridades Russas. Neste caso Ieltsin deixou-se enganar? Milhões de outras pessoas também se deixaram ludibriar? É o Doutor Milhazes que vem com todas as suas certezas dizer o contrário e quem fala verdade.. Isso não será saber demais?

«««««««««Quando se faz um balanço das vítimas do comunismo soviético é preciso começar pelos crimes de Lénine, Trotski e companhia.»»»»»

É talvez melhor colocar-mos a questão de outro modo.
Em sua opinião as vitimas da guerra civil (6 ou 9 Milhões) foram todas da responsabilidade dos Comunistas?
E os países que agrediram a Rússia para esmagar a revolução estão isentos de culpas? A Entente está ilibada desses crimes?

Partindo desse pressuposto os revolucionários Franceses são os responsáveis por a orgia de sangue que se seguiu?
George Washington foi o responsável pelas vitimas da guerra na Independência da América?
Os Republicanos Espanhóis são responsáveis pelo milhão de mortos na guerra civil?
Foi Jukov o responsável por os 29 milhões de mortos na URSS? Mas os Nazis estão inocentes? Ainda nunca aqui os denunciou nem tão pouco ousou criticar o nazismo. Pelo contrário; mais que uma vez já aqui o tentou polir.

Os Iraquianos devem ser responsabilizados por a matança que se seguiu à invasão? Os Afegãos igual? Os Vietnamitas também?

Anónimo disse...

««««««««E volto a repetir a pergunta: acha que um milhão é pouco?»»»»»»»

E o Senhor acha que um milhão é o mesmo que 110 milhões? Se é inocente, uma vitima já crime. Não leu o que eu escrevi?

Não tente dar a volta ao texto, parece que não compreendeu o modo como a pergunta lhe foi formulada? Há quem faça uso da cassete para repetir sempre o mesmo, mas ao que parece o Senhor ainda não passou do tempo da grafonola.



Também entende que as fomes foram declaradas por decreto? Sabe qual foi a produção de cereais em 1932? Ou em 1933 e anos seguintes? Isso está tudo escrito!

Quem se aproveita das vitimas destas tragédias para retirar dividendos políticos, são pessoas com falta de moral, não merecem qualquer tipo de respeito, porque eles próprios não sabem respeitar quem perdeu a vida ou sofreu às mãos dos carrascos.

O Doutor teve o atrevimento de me chamar mentiroso perante factos que estão escritos e foram aceites por milhões de pessoas. Inclusivamente governantes Russos com uma aversão total ao comunismo.

Eu como direito de resposta para salvaguardar a minha dignidade pessoal o que lhe devia chamar? Simplesmente aquilo que o Senhor tem demonstrado ser, pelo que diz e as ideias que defende.

Por favor não faça uso de escapadelas, nem estrague com argumentação provinciana assuntos que merecem ser tratados com honestidade e rigor. Tenha ao menos humildade para saber aceitar a verdade. Rogo-lhe em nome de todas as vitimas. Todas; mas todas sem excepção.

Cumprimentos

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Sr. Francisco Lucrécio, eu não brinco em serviço. Como se diz na minha terra, eu falo-lhe de alhos e você vem-me falar de entralhos. Já me está a acusar de defender nazis, franquistas, etc., etc. Continue

Jest nas Wielu disse...

A frase de Zhukov a propósito de não poupar as vidas dos soldados soviéticos era assim: “Soldado é esterco, as gajas vão parir mais”.
http://www.badnameofrussia.ru/Zhukov-Georgii.html

p.s.
Obviamente, não existe nenhuma gravação no YouTube / Vimeo onde Zhukov pronunciasse as tais palavras.

Jest nas Wielu disse...

Embora o nosso Francisco não vai gostar, não posso não mencionar os seguintes factos:

“Moscovo” do Filme foi filmado em … Kyiv, pois o Ministro da Cultura da Rússia, Aleksandr Avdeev, que em 1977—1985 era o 2º e mais tarde, o 1º secretário da embaixada soviética na França, bloqueou as filmagens em Moscovo e até proibiu ao actor russo Sergey Makovetskiy (sim, proibiu ligando ao actor pessoalmente pelo telefone !) de fazer o papel de Farewell:

Pormenores:
http://www.rfi.fr/acturu/articles/117/
article_4291.asp

Anónimo disse...

Doutor Milhazes na minha terra também costuma-mos fazer uso de provérbios.

Por exemplo; Contra factos não há argumentos.

Quem não quer ser lobo, não veste a pele.

Deu o nó na corda com que foi enforcado.

Quem diz o que não deve arriscasse a ouvir o que não deseja.

Para bom entendedor meia palavra basta.

Cumprimentos

Jest nas Wielu disse...

O Sr. José não entende, a lógica bolchevique é essa: “quem não está connosco é contra nós” e “se inimigo não se rende, ele é aniquilado” (Maksim Gorky), por isso se denuncia os crimes da ditadura comunista é porque adepto secreto do nazismo, franquismo, CIA-MOSSA, NHL-NBA, McDonalds-KFC, etc.

Anónimo disse...

E a lógica do nazismo e posteriormente do capitalismo como tem sido? Antes de despejar aleivosias devia estudar um pouco de história. Aquilo que escreve não tem qualquer rigor .
Porque quem tem a desfaçatez de tecer elogios a criminosos tipo Stefan Bandera, Petliúra, Chukhévitch comandante do sinistro batalhão Rossignol que em 30 de Junho de 1941 ocupou Lvov e em três dias assassinaram mais de 7 mil Judeus, diz tudo o que é, e aquilo que defende.
Ou julga que estão esquecidos os crimes cometidos por a 14ª Divisão Waffen-SS da Galícia, (divisão Galitchina)?

Que em 16 de Maio de 1944 recebeu uma condecoração das mãos de Himmler.
E quem não sabe o papel desempenhado ao serviço do nazismo por figuras como Kubiovitch e Mélnik?

A sua ignorância e falta de imparcialidade devem-se à teimosia em não consultar a investigação historiográfica independente. Porque as suas posições deixam transparecer como sendo alguém exacerbadamente simpatizante do nazismo.

Além de demonstrar nitidamente que é uma pessoa intolerante e inculta politicamente.

Já devia ter reparado que eu não tenho qualquer receio em assumir abertamente aquilo que defendo. E justifico-o! Sabe porquê? Porque tenho-me dado ao trabalho de “devorar” todo o tipo de literatura que me tem sido possível a esse respeito, quer de um lado quer do outro.

Desde Conquest , Tokháev, Montefiori, Rees, Ludo Martens, Geofrey Roberts, Bertrand Russell …...
Mas quem mais me despertou a atenção e me fez escolher um rumo definido, talvez tivessem sido os livros de Nolt e Furet. Quando para justificarem o nazismo um diz (o nazismo e o fascismo não foram mais que a defesa contra uma guerra civil Europeia (obviamente declarada por o Bolchevismo nem podia ser de outro modo). E o segundo afirma que os campos de extermínio nazis são posteriores aos campos de trabalhos Soviéticos.

Segue……..

Anónimo disse...

Ora fazer afirmações deste teor, não é mais que justificar a existência do nazismo e a prática animalesca de genocídios horrorosos baseados na raça na religião e nas condições físicas do individuo.

É de uma “explicitação” macabra e irresponsável o reconhecimento de uma filosofia que desde sempre afirmou a morte como um projecto.

Foi precisamente aí que me soaram as campainhas de alarme, apercebi-me que sob o pretexto da defesa dos valores democráticos se escondiam interesses mais profundos e obscuros. A partir desse momento passei a prestar mais atenção a quem escrevia e quais os objectivos pretendidos.
.
Nunca senti atracção por Estaline., São sobejamente conhecidas as razões porque qualquer pessoa que se reclame de esquerda reprova os seus métodos. No entanto face ao aproveitamento demagógico que a direita faz uso, sobre os seus erros e desvios, assumo o desafio em repor a verdade, sempre que aqueles que têm as mãos igualmente manchadas de sangue, tentam reverter a história a seu favor.
Que é o seu caso!

Espero não ter sido em vão o esforço que fiz para fazer-lhe compreender as coisas com o sentido do rigor histórico, diferente do modo como as interpreta.
Cumprimentos

Zuruspa disse...

O Jest acabou de demontrar que George W. Bush é bolchevista, já que afirma que "a lógica bolchevique é essa: “quem não está connosco é contra nós”", que foi o argumento primário para as guerras pós-11 Setembro.

Mais, seria risível se näo fosse sério que um nacionalista (ergo, proto-fascista) venha referir que "A sua argumentação é bastante usual por entre os defensores do ultra-nacionalismo & chauvinismo sérvio" quando eu referi anteriormente que me metem nojo TODOS os nacionalistas e fundamentalistas religiosos. Ele lá saberá bem das tais argumentaçöes, porque o Jest já demonstrou ser, pelo menos, ultra-nacionalista. E também que pensa como Estaline, outro indivíduo que eu, como libertário, desprezo profundamente.
Pena é que as palas näo lhe permitam ver que quem está a dar cabo do seu país säo os seus conterräneos, acima de tudo. Triste e típico.

E o J.Milhazes dá-lhe tempo de antena? Näo tarda ficaräo aqui só os PNRs do costume, porque a paciência de MSantos, Lucrécios, e Zuruspas näo é eterna. E quer o JM queira quer näo, se restarem apenas os ultra-nacionalistas neste blogue, é assim que será visto, o que é pena. As pessoas já pensam que isto é o blogue "Dos Anti-Rússia" e/ou "Dos Anti-URSS mesmo que lá tenham nascido e vivido mas que têm vergonha". É essa a imagem que prefere?

Jest nas Wielu disse...

2 Francisco Lucrécio

1. General Roman Shukhevych nunca recebeu nenhuma condecoração das mãos de Himler, muito menos em Maio de 1944 (basta conhecer a história para perceber que em 1944 isso seria impossível), pois já em 1942 Shukhevych comandava o Exército Insurgente Ucraniano (UPA), que combatia os nazis no território da Galiza Ucraniana (Halychyna). Por uma mentira semelhante dita no parlamento ucraniano no ano passado, o líder comunista ucraniano foi oficiosamente condenado a pagar a multa.

2. Para não perder mais tempo, recordo lhe que tal como as autoridades coloniais portuguesas retratavam os dirigentes africanos de turras; assassinos e agentes da KGB, as autoridades coloniais soviéticas caluniavam os dirigentes da resistência armada ucraniana.

3. Por mais que isso o incomoda, mas “os campos de extermínio nazis são posteriores aos campos de trabalhos soviéticos”, pois o GULAG foi construído à partir de 1921, e os nazis só chegaram ao poder em 1933. Se não acredita nisso, poderá consultar algum historiador “progressista”, pode ser que ele conseguirá desmentir as datas.

4. /sempre que aqueles que têm as mãos igualmente manchadas de sangue, tentam reverter a história a seu favor. Que é o seu caso!/ Será que Francisco abusa de alguma substância tóxica? Pois pelo que lembro nunca comi nenhum comunista ao pequeno-almoço, nem uso a sangue dos comunistas para nenhum ritual anticomunista…

2 Zuruspa 20:17

Se o amigo Zuruspa só agora apercebeu-se do que George W. Bush é um “bolchevique” à sua maneira, Francis Fukuyama disse isso em uma entrevista uns 4 anos atrás. Alias, no espaço pós – soviético a palavra bolchevique é sinónimo de maneira de pensar / agir sem respeito pelas pessoas e nem sempre quer dizer comunista. Por outras palavras, existem os bolcheviques que não são comunistas e existem os comunistas que não são bolcheviques.

Jest nas Wielu disse...

2 Francisco Lucrécio

1. General Roman Shukhevych nunca recebeu nenhuma condecoração das mãos de Himler, muito menos em Maio de 1944 (basta conhecer a história para perceber que em 1944 isso seria impossível), pois já em 1942 Shukhevych comandava o Exército Insurgente Ucraniano (UPA), que combatia os nazis no território da Galiza Ucraniana (Halychyna). Por uma mentira semelhante dita no parlamento ucraniano no ano passado, o líder comunista ucraniano foi oficiosamente condenado a pagar a multa.

2. Para não perder mais tempo, recordo lhe que tal como as autoridades coloniais portuguesas retratavam os dirigentes africanos de turras; assassinos e agentes da KGB, as autoridades coloniais soviéticas caluniavam os dirigentes da resistência armada ucraniana.

3. Por mais que isso o incomoda, mas “os campos de extermínio nazis são posteriores aos campos de trabalhos soviéticos”, pois o GULAG foi construído à partir de 1921, e os nazis só chegaram ao poder em 1933. Se não acredita nisso, poderá consultar algum historiador “progressista”, pode ser que ele conseguirá desmentir as datas.

4. /sempre que aqueles que têm as mãos igualmente manchadas de sangue, tentam reverter a história a seu favor. Que é o seu caso!/ Será que Francisco abusa de alguma substância tóxica? Pois pelo que lembro nunca comi nenhum comunista ao pequeno-almoço, nem uso a sangue dos comunistas para nenhum ritual anticomunista…

Jest nas Wielu disse...

2 Zuruspa 20:17

Se o amigo Zuruspa só agora apercebeu-se do que George W. Bush é um “bolchevique” à sua maneira, Francis Fukuyama disse isso em uma entrevista uns 4 anos atrás. Alias, no espaço pós – soviético a palavra bolchevique é sinónimo de maneira de pensar / agir sem respeito pelas pessoas e nem sempre quer dizer comunista. Por outras palavras, existem os bolcheviques que não são comunistas e existem os comunistas que não são bolcheviques.

ZÉ PORTO disse...

Francisco Lucrécio.
Parabéns pela sua pachorra para com esta malta devota do"Fim da História".
Uns serão ingénuos,outros formatados pela ignorância e outros ainda,são,òbviamente,a "voz
do dono".
A propósito desse grande "democrata" Churchil,é interessante pesquisar a correspondência trocada com Mussolini e a série de mortes estranhas que se sucedaram a seguir
à G.Guerra de pessoas que teriam em sua posse essa correspondência!...

Jest nas Wielu disse...

Vejo que os nossos russófilos decidiram multiplicar-se através da multiplicação dos próprios nicks, assim temos novo personagem José da Crimeia / Zé Porto, parabéns, agora, decerto, os capitalistas aqui no pasarán… lol

ZÉ PORTO disse...

Jest.
Sou do Porto e neófito nestas andanças.
Cuidado com ideias feitas!...
Russofilias/fobias não fazem parte do meu cardápio.
Não ponha já a "mão no coldre".Não costumo dar tiros no escuro!...

Anónimo disse...

Jest

Espero que se habitue a fazer uso da boa educação, porque para além de todas as “boas” qualidades que já mostrou possuir , demonstra que é mal educado e provocador, passe a ter mais cuidado com aquilo que escreve. Entendido? São essas coisas que aprende nos livros da suástica?

No fim tem a resposta. Espero que o Doutor Milhazes não saia em sua defesa, nem me censure.

No entanto ainda arranjei paciência para esclarece-lo nalgumas coisas.


Primeiro; congratulo-me por ter conseguido arrancar-lhe a confissão que é um simpatizante assumido do nazismo.
Ficou tudo mais esclarecido, a partir de agora as suas opiniões só podem ser entendidas com base nesse pressuposto.

Porque quem partilha uma ideologia baseada na superioridade racial, na não tolerância de quem pensa de modo diferente, elimina os incapacitados, usa a morte e o extermínio à escala industrial de uma forma primária e animalesca nunca antes conhecida na história da humanidade, merece o mesmo respeito que dispensa aos outros.

O nazismo apoiou-se na infalibilidade racial, desde a sua fundação, defendeu sempre a morte, o genocídio de (Eslavos, Ciganos , Judeus, Marxistas, Anarquistas, deficientes, Pretos etc……….) como projecto para purificar a sociedade. Hitler nunca teve necessidade em forçar milhões a apoiá-lo em grandes manifestações, daqui podemos deduzir que o nazismo se transformou numa crença. Estaline forçava o povo a aplaudi-lo. Hana Arendt é muito explicita nesse sentido, para se saber isso basta lê-la.
A partir daqui podemos deduzir que o nazismo para muitos dos seus seguidores transformou-se numa crença.

Neste ponto ficamos devidamente esclarecidos, como se assume simpatizante do nazismo, não deixa de partilhar a aplicação dos seus métodos tenebrosos?

Anónimo disse...

Quanto a esse criminoso e colaborador nazi que promoveu a general (Chukhévitch) foi o comandante do batalhão Rossignol formado e treinado por os Alemães, quando começou a ser previsível o desfecho da guerra, tentou separar-se da órbita nazi adquirindo um “pendor de independentes” mas sempre com o exercito Soviético na mira (se combatiam os Alemães deve dizer onde adquiriram os tanques e a artilharia pesada?).
Escondeu que esse criminoso em 30 de Junho de 1941 (poucos dias depois da invasão Alemã) provocou uma orgia de terror em Lvov, reunia famílias completas na via publica e fuzilava-as. E que quando foi abatido em 1950 próximo dessa cidade (Lvov) a multidão cuspiu-lhe para cima do cadáver. Tal não era o “carinho” que nutriam por ele?
Acima de tudo é distraído. Himmler condecorou a divisão Galitchina que se não estou em erro teve como comandante Kubióvitch,

Leia de Alan Clarc , La Guerre à l´Est “A Guerra a Este”--- Alexei Fédorov, Partisans d´ Ucraine “ Resistentes da Ucrânia”. Para deixar de dizer tanta asneira junta.

Você tem o descaramento de fazer a comparação da guerra das Colónias Portuguesas com a II GG? De uma mente doentia como a sua é de esperar tudo.





««««««««Será que Francisco abusa de alguma substância tóxica?»»»»»»»



Com que intenção me fez esta provocação? Conhece-me de algum lado para se dirigir a mim desta maneira?



Seu alarve o que pretende dizer com isto? Você é um sabujo. Saiba comportar-se como um homem, não seja garoto. Um ordinário destes, à falta de argumentos para defender uma ideologia sinistra, descamba no insulto pessoal.
Acima de nazi prova que é um porco (com todo o respeito por o animalzinho).

Não seja cobarde, não se escude atrás de um monitor para ofender os outros. Palhaço! Se não tem mais a quem ofender , ofenda o seu paizinho, , se não for algum bastardo.


Isto é um espaço de gente civilizada ou de canalhas energúmenos?

Jest nas Wielu disse...

2 Francisco Lucrécio

1. Sou provocador por excelência, ainda não tinha reparado?

2. Poderá a V. Excia citar a parte da minha escrita da onde tirou a ideia sobre as minhas preferências político – ideológicas?

3. UPA nunca possuía os tanques, nem a artilharia pesada, alias o teatro de operações (maioritariamente Montes Cárpatos), não permitia o uso de tais equipamentos da guerra. Mais uma vez, por gentileza poderá nós esclarecer onde encontrou a informação sobre os tanques e artilharia (Autor? Livro? Ano e local de edição? Página?)

4. Divisão do Exército Galicia nunca teve nenhum comandante chamado Kubióvitch. Mas poderá ler aqui quem era Volodymyr Kubiyovych (http://en.wikipedia.org/wiki/Volodymyr_Kubiyovych) falecido em 1985 na França.

5. Concordo plenamente com a ideia do que a gente civilizada não usa os adjectivos como: sabujo, ordinário, porco, cobarde, Palhaço, bastardo em uma discussão bloguística. Apenas os “canalhas energúmenos” (passo a citação) fazem isso. lol

Anónimo disse...

Zé do Porto!
Não é porque tenha muita pachorra, nem tempo para aturar esta gente. Se reparar é sempre às altas horas da madrugada que coloco aqui os meus comentários. Sacrifico o meu descanso para poder fazer isto.
A maioria das vezes nem revejo o que escrevo, gostava ter tempo para aprimorar melhor os textos, não me é possível, e as coisas nem sempre saem como desejo, um pouco atabalhoadas.
Não faço isto como carolice. Faço-o por razões muito sérias e preocupantes, A direita está a levantar a cabeça por toda a Europa.

Em alguns países organizam paradas e comemorações publicas ao nazismo. Ostentam as condecorações que receberam das mãos dos Alemães como colaboradores, reabilitam símbolos e criminosos nazis, retiram estátuas e monumentos aos heróis que combateram o nazismo, substituem-nas por as de colaboracionistas.

Proíbem partidos, organizações e sindicatos de esquerda que defendem os interesses dos trabalhadores.

Se não repare, a grande ofensiva lançada contra os direitos de quem trabalha, com o pretexto para se sair de uma crise provocada por a má gestão de quem detém o poder, sob o controle de uma minoria concentrionária do grande capital. O aumento escandaloso de milionários é proporcional ao aumento da pobreza. Nunca na história da humanidade se produziram tantos bens a tão baixo custo como na actualidade, e no entanto nunca houve tantos seres humanos privados ao acesso de bens essências para sobreviver com dignidade como agora.

Isto é sintomático por toda a Europa. Cortam vencimentos, retiram regalias sociais e laborais, como o aumento da idade de reforma, o aumento do horário de trabalho, privatizam tudo quanto dê lucro e socializam (nacionalizam) as empresas que dão prejuízos, facilitam os despedimentos. Castigam quem trabalha como fossem os trabalhadores os responsáveis pela crise. Só que os lucros das grandes empresas e dos bancos aumentam vertiginosamente.

Caro Zé do Porto a luta é de morte contra o capital e quem o apoia. Também não vamos ser utópicos ao ponto de exigir-mos uma sociedade igualitária. Devemos lutar para que diminuam as diferenças.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Doutor Milhazes!
Leia isto por favor.


«««««««««««Será que Francisco abusa de alguma substância tóxica?»»»»»»»»»


Considera que estes são termos para alguém com o mínimo de boa educação e respeito por os outros, use no âmbito de uma discussão de carácter politico?
Eu fui contemplado com esta honraria no seu espaço.


Como se isto não bastasse o Senhor censurou o meu comentário de ontem às 02:30.

Se o seu blogue é apenas restrito a quem partilha a sua orientação politica, devia avisar.

Aquele "senhor" é um provocador nato, desvia-se dos temas em discussão para dirigir insultos a torto e a direito.
Além disso mostra ter um profundo défice de conhecimentos nas questões que interfere. O que apresenta sempre são informações retiradas da Internet de credibilidade mais que duvidosa. Nunca o vi aqui apresentar documentação de qualquer historiador, jornalista, escritor ou de outra fonte que mereça alguma idoneidade. No entanto exalta-se exibindo uma arrogância e intolerância extremas quando confrontado com factos documentados por especialistas, mostrando que é possuidor de uma ignorância primária em questões de história. Move-se por fanatismo.


Porque discutir calorosamente um assunto em defesa de um determinado ponto de vista, é muito diferente que desviar o rumo da discussão para fazer uso de provocações grosseiras e descabidas. Mas isso já são problemas que compete ao Doutor resolver, este fórum é “propriedade” sua, dá-lhe a qualidade que entender.

Não pretendo de modo algum ser mal intencionado, mas parece que o Senhor permite que algumas pessoas façam uso de comportamentos reprováveis, servindo-se deles como franco atiradores, para afastarem os elementos indesejáveis.

Se pretende um blogue onde as discussões sejam consensuais e em que todos os participantes estejam mais ao menos de acordo, com aquilo que o Senhor vai debitando, o melhor que tem a fazer é afastar quem desafine do coro. Mas quando chegar a esse ponto deixa de ser um espaço de debate de ideias, para se transformar num centro de conspiração.

Como não é primeira vez que sou censurado ou que o Senhor sai em defesa dos seus pupilos. Parece que chegou o momento para compreender que estou aqui a mais.

Se é isso que deseja, retiro-me? Porque sem participantes que pensam como eu, o seu blogue certamente vai adquirir mais tranquilidade, e melhor “qualidade” também.

Cumprimentos.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitor Francisco Lucrécio, não censurei nenhum comentário seu. Se não publiquei, foi porque não chegou. Volto a repetir, neste blog não há censura. Volte a enviar o comentário e eu publicarei.
Quanto à expressão citada, eu não estou de acordo, mas releia os seus comentários e verá que também não é nada "meigo" neste campo.

Jest nas Wielu disse...

Francisco Lucrécio ficou indignado com um comentário meu, ao ponto de o citar várias vezes, mas nunca cita a sua própria frase que originou a pergunta, ou seja:

Escreve FL na sua postagem de 18:35

/sempre que aqueles que têm as mãos igualmente manchadas de sangue, tentam reverter a história a seu favor. Que é o seu caso!/

Essa afirmação sugere o que exactamente? Poderá V. Excia explicar nas páginas deste blogue onde e em que exacta circunstância testemunhou aquilo em que me acusa?

Grato pela atenção dispensada.

p.s.
Exposição “Judeus georgianos - a sua história e cultura”
http://ed-glezin.livejournal.com/199138.html

ZÉ PORTO disse...

Francisco Lucrécio.
Subscrevo inteiramente o que disse.É caso para dizer "só não vê quem não quer ou não pode"!
É um facto que andam por aí muitos Hitlerzinhos a marinar.E quando o sentimento quase geral é de que "os políticos são todos iguais.O que querem é mamar",isto é meio caminho andado para alguns pôrem as garras de fora.E, òbviamente,o capitalismo é muito pragmático e irresponsável,não tendo problemas em apoiar um Hitler,Ieltsin,Bush ou Obama,o que nos leva a pensar em 1945,quando,afinal,se descobriu que havia apenas"umas dezenas" de nazis,os de Nurenberga mais aqueles que o Vaticano ajudou a fugir.
Mudando um pouco de assunto,deixe-me falar de um paradigma marxista bem actual,ou seja,a venda da força de trabalho:
Se um trabalhador que vende a sua força de trabalho,produzindo obuses que depois vê cair em Bagdade,até pode ficar com problemas de consciência,mas tem que ganhar a vida...
E um trabalhador intelectual que produz e veicula ideias(ideologia),também poderá ter problemas de consciência?...

Anónimo disse...

Doutor Milhazes acredito no que diz.

Mas garanto-lhe que coloquei o comentário antes daquele que dirigi ao Amigo Zé do Porto. Apareceu o cabeçalho em verde informando que aguardava autorização. Se não chegou ai, de certeza que houve algum problema técnico. Estamos entendidos.

Quanto á discórdia que se gerou em torno do “mimo” que me foi dirigido. Tenho apenas a acrescentar que há muitas maneiras das coisas serem ditas. Se não tenho sido meigo, também não tenho sido tratado com muitos carinhos. Mas com isso convivo bem, porque reconheço que bastante tenho contribuído para tal. Desde que não se descontextualizem os princípios em que se baseia a discussão temos que aceitar. Não devemos é ultrapassar as marcas aceitáveis de uma discussão respeitável e enriquecedora. Porque de outro modo caímos na boçalidade da psique Pavloniana de ofender por ofender.

Também não estou disposto em estratificar as minhas opiniões só para me tornar agradável e não criar polémicas. Não; isso nunca, intervenho para lançar achas na fogueira, agitar consciências e contrariar alguns tipos de ideias feitas. Só que para isso, primeiro recolho informação em fontes que considero de alguma confiança. Admito aos meus adversários o direito de discordar, desde que não me contemplem com imbecilidades retiradas ad hoc sabe-se lá de onde.

Espero que fique sanado este incidente. Desejo que não se volte a repetir.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Zé do Porto.
Estou totalmente de acordo consigo. O meu Amigo é daquelas pessoas que tem consciência de classe, portanto sabe perfeitamente o lugar que lhe pertence na sociedade.
Infelizmente é o que não se pode dizer da maioria dos explorados e marginalizados do sistema que empareda os mais fracos.
Obrigado e nunca desista.

Cin.Naroda (filho do povo)