terça-feira, agosto 31, 2010

Leitura Recomendada



"O FIM do COMPROMISSO", de Paul Hollader. Editora Pedra da Lua


"O primeiro livro a oferecer uma visão histórica comparativa abrangente da desilusão com os sistemas e ideologias comunistas.
A sedução que alguns dos maiores pensadores do século XX sentiram pelas mais corruptas ideologias - como o comunismo e o nazismo, á uma das mais intrigantes histórias desse malfadado século. N’O Fim do Compromisso, o reconhecido sociólogo Paul Hollader investiga como e que motives terão levado estes zelotas a derrapar nas causas que os moviam. Este é o primeiro livro que tem uma visão histórica comparativa abrangente da desilução com os sistemas e ideologias comunistas. No decurso dos seus estudos, Paul Hollander examina os sentimentos de ex-revolucionários, oficiais de alta patente e intelectuais na União Soviética, bem como nos países do bloco soviético e nos estados comunistas terceiro mundistas".

62 comentários:

MSantos disse...

Não concordo nem entendo o comunismo como uma ideologia corrupta.

Até muito antes pelo contrário, provavelmente para choque de muita gente que por aqui anda.

O comunismo foi na sua essência um almejar de maior igualdade e de melhores possibilidades de vida para classes sociais que até então se viam impedidas e completamente arredadas.

Claro está, por basear a sua aplicação prática em princípios utópicos esteve desde sempre condenada ao fracasso.

Muita gente aderiu ao comunismo por aí depositar esparança em maior justiça social, facto pelo qual será isso ser corrupto?

Acho muito mais corrupta a ideologia actual dos mercados financeiros e da "liberdade" económica que se baseiam em critérios de pura ganância e lucro, desprovidas de qualquer valor humano.

Cumpts
Manuel Santos

Jest nas Wielu disse...

2 MSantos

Talvez nisso reside o maior segredo da nossa civilização, pois o capitalismo “selvagem” /se baseia em critérios de pura ganância e lucro, desprovidas de qualquer valor humano/, mas atrai ao Ocidente / aos EUA milhões de pessoas de todo o mundo e o comunismo é /um almejar de maior igualdade e de melhores possibilidades de vida para classes sociais … impedidas e completamente arredadas/, mas as pessoas sempre fugiam e continuam a fugir da URSS, Cuba, Coreia do Norte, etc. Porque será?

ZÉ PORTO disse...

M.Santos
Parece-me que não partilhamos das mesmas convicções ideológicas,mas há algo que eu partilho com todo o prazer:É a HONESTIDADE INTELECTUAL!
E neste artigo V.demonstrou possuí-la!
Quanto aos 70 anos de Socialismo(o Comunismo nunca existiu),eles foram
um pequeno(grande)passo na História da Humanidade.
Outros passos mais eficazes se darão nesta longa marcha,aproveitando,obviamente, as experiências do passado.
A História não pára!

Jest nas Wielu disse...

Recomendo a todos os amantes do comunismo, o filme sul – coreano “Crossing”:

http://www.youtube.com/watch?v=
JUqRvVgogZ0
http://www.youtube.com/watch?v=
A5P2Rag5k8Q (legendado em russo)

MSantos disse...

Jest, você fala de um mundo que eu e muita gente viu nascer mais ou menos por volta de 89/90 quando o papão comunista eclipsou-se. É a única realidade que você e outros "emergidos" do lado de lá do muro tiveram contacto assim como as gerações nascidas então. Compreendo isso.

Eu e muita gente conhecemos outra realidade que existia até então, fomos educados para seguir princípios e valores. Sonhar não era pecado ou uma mera aberração de qualquer "freak". Mesmo nos Estados Unidos com todo o seu forte pendor capitalista virado para o comércio e o negócio, existiam valores acima da economia e a economia era um meio mas não um fim.

Nos dias de hoje veja bem o que está a acontecer aos "atraídos" e mesmo aos residentes por esse mundo fora.

Para mim estamos a falar de realidades completamente diferentes.

Cumpts
Manuel Santos

MSantos disse...

Caro Zé Porto

Não tenho qualquer complexo em partilhar pontos de vista seja com comunistas, neoliberais ou outros desde que haja honestidade e boas intenções.

Apenas demarco de todos estes quadrantes o nazismo pois ao contrário do que querem fazer agora passar, o nazismo é uma ideologia que de raiz exclui camadas da raça humana, além de estar ligado ao culto e prática de violência.

Posso aceitar que qaulquer um tenha boas intenções e acredite piamente que a sua ideologia é o melhor para a humanidade. Não consigo ver isso em alguém que defenda o nazismo pois logo à partida está a excluir pessoas.

E sobre os comunistas também sei que os há boas pessoas, honestos e generosos e nem todos a falar vêem conspiradores ou parecem a múmia do Lenin a falar do além túmulo.

;)

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

o compromisso que tem de acabar é o Ocidente aturar os crimes russos

Anónimo disse...

Oh Doutor Milhazes:

O Senhor está a recomendar a leitura de Paul Hollander? Isso parece que não soa lá muito bem a quem tem averbado no seu currículo um passado de militante comunista.

Ora esclareça quem não sabe. Quem é esse personagem, quais são as suas origens?

Na mesma linha pode recomendar também. Laurence Rees, Simon Montefiore, Robert Service, Moshe Lewin, tudo pessoas que partilham a mesma ordem de pensamentos.
No entanto se pretender fazer uso de uma coisa que se chama imparcialidade e dever de informar, devia recomendar também e sobre o mesmo tema por exemplo; Ludo Martens, Doménico Losurdo, Jean-Marie de la Gorce, Anie Lacroix-Riz ou ainda os insuspeitos Eric Hobsbawm e Geoffrey Roberts. Ou porque não Zizek?
Segue……..

Anónimo disse...

Já tive em minha casa o livro que publicita, mas achei-o tão preconceituoso tão embrenhado em estereótipos enfadonhos repetitivos que o entreguei sem me dar ao trabalho de o ler.

Sobre aquilo que o Doutor Milhazes escreve, veio-me à memoria a guinada politica que deu. Há uma pergunta pessoal que gostava que pudesse responder-me .

Quando foi que teve conhecimento e tomou consciência dos “horrores” do Socialismo?

Considero inexplicável as pessoas só tomarem consciência das coisas depois de “tropeçarem” nelas. A partir desse momento de “lucidez” é no mínimo contraproducente também, a forma como tentam expiar as culpas apressando-se em fazer uma avaliação leviana de uma questão que tem merecido estudos bastante sérios e exaustivos por parte dos maiores analistas e pesquisadores em história.
Porque este tem sido um debate muito complexo e apaixonante nas ultimas décadas por várias razões. O socialismo (representado por a URSS) era o inimigo do Ocidente, por isso teria que ser abatido, e nessa medida a Soviétologia transformou-se num “negócio” industrial por parte de alguns intelectuais ao serviço do campo oposto.
Segue………

Anónimo disse...

Por esse facto mesmo, ainda não encontrei razões nem compreendi ainda justificações para pessoas como o Doutor Milhazes se aproximarem tanto de pessoas do tipo deste Hollander.

Se ler as opiniões de Georges Gastaud não são em nada coincidentes com as de Paul Hollander. Inclusivamente Vaclav Klaus destoa totalmente dele também.
Gore Vidal (tio de All Gore) tem este desabafo “uma clique de mafiosos que tomou o poder e o controla”.

Hollander é um extremista de direita (mas não é estúpido!).

Por esse facto causa-me alguma estupefacção o Doutor Milhazes ter a suas raízes politicas assentes numa ideologia de esquerda. E cair no vácuo inumano a aconselhar a ler alguém que dedicou toda a sua vida a odiar o outro lado, porque ele nem na Social-Democracia acredita.


Cumprimentos.

Anónimo disse...

Anónimo disse...
o compromisso que tem de acabar é o Ocidente aturar os crimes russos

20:05



Quais??????

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Sr. Francisco Lucrécio, ler um livro não significa apoiar o autor, mas aprender. O problema de uma certa esquerda é ter uma espécie de índex. Eu não imponho "leitura obrigatória", mas recomendo.
Como trabalho na Rússia, nem sempre consigo acompanhar o que se publica em português sobre a Rússia ou o Leste da Europa. Apanho alguns livros. Mas se quiser recomendar os seus, tenha a bondade... Ou melhor, você já fez isso.

Anónimo disse...

COMUNISMO FOI PIOR QUE O NAZISMO.


110 MILHÕES DE MORTOS.

São ideologias irmãs.


Deus nos proteja desse lixo.

Anónimo disse...

Francisco Lucrécio, é tendo contato com as ideias de pessoas da sua estirpe que consigo entender um pouco porque Portugal é o país mais atrasado da europa ocidental.


Com pessoas perversas como vc a tentarem influir nos rumos do pobre país, fica claro para mim porque a Irlanda se tornou o que se tornou, e vcs continuam patinando na lama. E isso tb contribui para a vergonha que sente o Brasil de ter sido ''colonizado'' por gente tão atrasada e tacanha. Só sinto pelos portugueses bons, honestos e que acreditam na democracia, na sociedade civil e na iniciativa privada/trabalho duro como forma de vencer.



Desculpem o desabafo...

Jest nas Wielu disse...

2 MSantos

O mundo à que MSantos se refere, apenas revelou-se aos ocidentais em 1989/90, ele nasceu 70 anos antes, alias, por volta de 1989/90 já estava bastante “liberal”, quase inofensivo, embora na sua agonia ceifou as vidas com em Tbilissi em 1989 (http://en.wikipedia.org/wiki/April_9_tragedy) ou em 1991 em Vilnius (http://www.balticsworldwide.com/news/features/crackdown.htm).

Já disse isso neste blogue, mas posso repetir (é uma forte convicção minha): “uma pessoa boa e honesta nascida no regime capitalista, testemunhando as injustiças e mazelas da sociedade naturalmente sente-se de esquerda, uma pessoa boa e honesta nascida no regime socialista, naturalmente sente-se da direita”.

Na minha óptica, as realidades sociais são absolutamente iguais, mas no Ocidente existem maiores oportunidades de progressão social e económica e nos regimes comunistas o simples desejo de melhorar a sua vida economicamente poderia significar uma prisão (URSS) ou um fuzilamento sumário (Correia do Norte).

A democracia ocidental é um sistema imperfeito, mas até agora não conheço nenhum sistema melhor.

Anónimo disse...

Anónimo disse...
COMUNISMO FOI PIOR QUE O NAZISMO.


110 MILHÕES DE MORTOS.

São ideologias irmãs.


Deus nos proteja desse lixo.
08:30


Isto é o que o Senhor diz. Ou lhe meteram na cabeça!

Infelizmente é o que faz não saber distinguir as coisas.
Por sinal sabe dizer-me em que princípios filosóficas se baseou (e baseia) o nazismo?

Obrigado

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Entre o ódio racial e o ódio de classe, ou melhor, da nomenclatura comunista em nome da classe operária, venha o diabo e escolha.

Anónimo disse...

Para bem de nós Portuguesses e de todos os que aqui trabalham incluindo os milhares de imigrantes Brasileiros, Portugal não está igual à Irlanda.
Ainda não descemos tão fundo em consequência da presente crise.
Valha-nos ao menos isso.


Mas vocês(Brasileiros) não tiveram já tempo suficiente para emendar os erros cometidos por os Portugueses?

Anónimo disse...

Doutor Milhazes fico à espera que recomende outros que pensem diferente deste.

Obrigado

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Sr. Francisco, fico à espera da sua preciosa ajuda (sem qualquer ironia).

Gilberto disse...

Propaganda anti-comunista barata e desonesta...

Gilberto disse...

Não caia na provocação do Ítalo, Francisco.

Anónimo disse...

Gilberto: não sabia que era o Ítalo que por aqui andava disfarçado. Não vou perder mais tempo com blasfémias desidratadas.

Obrigado

Cumprimentos

MSantos disse...

Jest

Isto já foi muitas vezes falado aqui neste blog e como sabe a partir do momento em que entra ódio puro e fanatismo político, eu "corto".

O Jest não pode avaliar o que era a mentalidade do Ocidente até então assim como é altamente redutor pensar que a única alternativa possível ao comunismo é aquilo que temos agora.

Também existe muita gente honesta e de direita que abomina o neoliberalismo.

Só posso antever dois tipos de pessoas que o defendam: ou por ignorância ou porque lucram com ele no mais negativo sentido do termo (os tais mal intencionados).

Cumpts
Manuel Santos

MSantos disse...

"Entre o ódio racial e o ódio de classe, ou melhor, da nomenclatura comunista em nome da classe operária, venha o diabo e escolha."

Caro José Milhazes

Creio que saberá melhor que eu que nos regimes comunistas a maioria dos mortos não foram por ódio de classes.

Quando Estaline fez as purgas já estava tudo nivelado e os que morreram foram também e essencialmente comunistas.

Acho muito redutor e tendencioso esse raciocínio de querer comparar a ideologia nazi com a comunista. De notar que estou a falar da ideologia e não dos crimes que aí em números efectivamente são comparáveis.

Penso que existe hoje uma grande vontade em obliterar todo um quadrante político à custa de meter no mesmo saco tudo o que esteja à esquerda da social democracia com esta inclusa, através dessas mesmas equiparações.

Nos Estados Unidos isso já é uma realidade com a assustadora perspectiva de ainda se radicalizar mais.

Quando o José Milhazes era comunista era por ódio ou por outro motivo?

Cumpts
Manuel Santos

ZÉ PORTO disse...

E se agora que todos os Hollanders deste mundo cumpriram a sua funçaõ,
metessem a mão na consciência e começassem a analisar os horrores do capitalismo no mesmo século xx?
Poderiam começar por 1914-18 em que a fina flôr do sistema,dos melhores cavalheiros que a nossa civilização produziu-alguns até eram primos direitos-mandou para uma morte horrenda cerca de 15 milhões de pobres europeus,alguns nossos avós,bisavós!
E,obviamente,que não foi por causa do atentado de Serajevo que este genocídio aconteceu,mas sim por uma mera reconfiguração dos mercados de rapinagem de África e Ásia.
Como era possível estes cavalheiros
continuarem por Londres,Paris e Berlim a beberricarem chá do Império inglês e champanhe do Império francês sem terem problemas
de consciência?!...
Não!Não tinham!Enquanto os pobres soldados morriam aos milhões nos campos de Somme e Verdun,eles já cozinhavam a leste a Entente contra o perigo vermelho.
Mas não satisfeitos,logo a seguir a 1918,atiraram os desgraçados dos trabalhadores alemães para a mais infame das misérias a título de indemnizações de guerra.E,claro,há sempre um hitler à espreita!...
Pela mesma altura,um outro cavalheiro chamado Leopoldo,dono pessoal de um território chamado Congo,foi,em 20 anos,responsável pela morte de cerca de 10 milhões de trabalhadores escravos que,consta,tinham uma baixa produtividade nas plantações de borracha que abasteciam as indústrias dos outros cavalheiros.
Mas o pior estava para vir!:
Em Espanha,1936,estes cavalheiros,democratas da melhor estirpe,não mexem uma palha pela democracia.Resultado:1 milhão de mortos!Isto de ser democrata não é para todos!...Espanha de Azana,Chile de Allende ou Venezuela de Chavez nâo têem pedigree para pertencerem ao clube.
E chegamos a Munique,1938.Os cavalheiros estão em grande euforia!A Sociedade das Nações há muito que nâo controla o rearmamento alemão e até parece que o Hitler também é um cavalheiro!...E mais:parece que está empenhadíssimo em virar-se para Leste para dar cabo dos comunas!Só que ele ainda estava com"aquela ferrada" da humilhação dos anos 20 e,vai daí,faz primeiro uma incursão retaliativa a Oeste.
O resto todos nós sabemos.50 milhões de mortos!Porquê e para quê!
Arranja-se um bode expiatório e o sistema continua.E os cavalheiros e os filhos destes podem continuar a dormir em paz,pois muito mais sangue jorrará nos anos seguintes!
Acho que chega por hoje!

Anónimo disse...

Jose Milhazes disse...
Entre o ódio racial e o ódio de classe, ou melhor, da nomenclatura comunista em nome da classe operária, venha o diabo e escolha.

Doutor Milhazes ;
Não quero acreditar que isto fosse escrito por si. Isto está quase ao mesmo nível de um folheto de propaganda nazi.

Por isso nem me disponho a discutir este tópico com o Senhor, porque entre um e outro sistema sabe muito bem distinguir as diferenças entre ambos. E elas eram abismais.

Pergunto-lhe apenas; enquanto estudante foi-lhe incutido algum tipo de ódio? A não ser que fosse um aluno excepcional entre os muitos milhões das Universidades Soviéticas.

Nesta parte parece que estamos entendidos?

De acordo nunca, porque o Senhor aquilo que pretende é promover o que existia antes de 1917, e eu não posso recuar tanto. Não esqueço que foi por consequência desses acontecimentos que os povos da Europa e do Mundo adquiriram a maioria dos direitos sociais e laborais que mantiveram até há poucos anos. Face à reviravolta politica e ao enfraquecimento do movimento sindical essas conquistas estão a ser retiradas de uma forma vertiginosa, com o fito do aumento do lucro, enquanto os trabalhadores vão empobrecendo.

Perante estes factos nunca podemos estar de acordo. Se as suas escolhas estão claramente definidas.

Anónimo disse...

Sr. Francisco, fico à espera da sua preciosa ajuda (sem qualquer ironia).


Doutor Milhazes é com todo o gosto que vou recomendar alguns livros de autores que abrangem as mais variadas tendências.

Para começar recomendo este:
René Passet Professor de economia da Soborne “ A Ilusão Neoliberal __ o homem é joguete ou actor da história ?” Com prefácio de Paulo Pedroso ex-Ministro do Trabalho.
Relata de uma forma muito clara os meandros da crise actual as suas origens e consequências.

Também está publicado no Brasil.



Pierre-Noel Giraud Professor na Universidade de Paris- Daufine.

“A Desigualdade do Mundo”


Também recomendo a leitura deste embora tivesse sido publicado em 1996 mas está muito actual.

Anónimo disse...

"Mas vocês(Brasileiros) não tiveram já tempo suficiente para emendar os erros cometidos por os Portugueses?"

322 anos de roubo e estupro nâo se superam facilmente. Porque o dano maior fica nos costumes, na pisiquê, nas tradições funestas.


Mandonismo, patrimonialismo, corrupção, dependência do Estado, coronelismo...tudo isso demora a ser removido da mentalidade nacional. Melhoramos brutalmente desde 1930, mas as sequelas ainda demorarão uns 50 anos pra serem realmente apagadas.



Uma criança, vítima de abusos e maus-tratos , demora muitos e muitos anos, depois de adulta, para superar o que passou. E isso mesmo depois de muito tempo.

Anónimo disse...

De Tom Thomas:
“A Crise Económica ou o Estado Senil do Capitalismo” Edições Dinossauro

Tem este comentário na contra capa.
« Como se pode explicar que o excesso de dinheiro e de mercadorias produza um excesso de pobreza, fome e barbárie? Como entender que o tempo livre das obrigações do trabalho seja transformado em tempo de embrutecimento e alienação?
Em busca do lucro, o capital criou uma imensa eficácia produtiva do trabalho humano—e agora esta torna-se-lhe intolerável. A sobre produção generalizada de capital, típica do seu estádio senil, mergulha o sistema numa crise crónica.»

É também uma obra muito elucidativa sobre as grandes transferências de capital e movimentos bolsistas. Produção, as crises cíclicas do sistema económico.

Anónimo disse...

Por ultimo e para criar alguma controvérsia, (não estou aqui para ser consensual) e contrapor o extremismo de Hollander , recomendo este.

De Ludo Martens um intelectual Belga (foi Secretário Geral do Partido do Trabalho da Bélgica).

“Um Outro Olhar Sobre Estaline”

Conta a História da URSS de um ponto de vista diferente daquele estamos habituados.
E é bastante criterioso na divulgação das fontes de recolha dos documentos apresentados. Contêm bastantes notas biográficas. Tem também dois textos de opinião de Alexandr Zinóviev e de Óscar Niemeyer.
A avaliação fica ao critério de quem lê o livro, cada um é livre de fazer o juízo que melhor entender.

Para as pessoas do Brasil, quem estiver interessado pode ler esta critica do Professor Joaquim Quartim de Moraes da UNICAMP.

www.revan.com.br/catalogo/0269c.htm

Cumprimentos

Jest nas Wielu disse...

2 MSantos

Os ocidentais confundem muitas das vezes o “fanatismo político” (mas adoram e alinham no mais puro fanatismo futebolístico) com as convicções firmes das pessoas. Isso me lembra a recusa de muitos ocidentais / americanos de acreditar nos horrores do extermínio judaico perpetuado pelos nazis (mesmo vendo as fotos, não queriam acreditar).

Avalio a mentalidade ocidental pelas mentalidades das pessoas que eu conheço pessoalmente, e nos últimos 20 anos já conheci muitos, na sua maioria portugueses, mas também alemães, britânicos, espanhóis, etc.

O termo neo-liberalismo muitas das vezes é empregue pelas pessoas que nem conseguem definir o que é liberalismo. Mas para não se perder com detalhes, apenas posso dizer o seguinte: o capitalismo no seu sentido mais lato é melhor do que comunismo, na medida em que um Mercedes é melhor do que uma Lada.

2 ZePorto

Até parece que não foi a URSS que treinou, armou e auxiliou a Alemanha Nazi, o seu grande amigo / rival nacional, mas mesmo assim socialista.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitor Francisco Lucrécio, leia os clássicos do marxismo-leninismo-estalinismo com atenção e analise a prática. O que significa "liquidar a burguesia como classe"? O que foi o extermínio dos kulaks?
E esqueci-me de um pormenor. Na URSS e noutros países socialistas havia discriminação em relação a certos povos e você sabe bem disso. E não foram só os judeus...

Maquiavel disse...

Realmente o MSantos tem razäo, muitos dos mortos das purgas foram efectivamente comunistas, que se opunham ao nojento Estaline.

JM, parece-me que, enquanto um kulak pode decidir deixar de o ser, um "preto" não vira branco ariano só por querer. Nem o Michael Jackson. É essa a diferença fundamental entre "ódio de classe" e "ódio racial". E você sabe-o.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Maquiavel, essa é mesmo maquiavélica!

Jest nas Wielu disse...

/Tem também dois textos de opinião de Alexandr Zinóviev e de Óscar Niemeyer/

Zinoviev foi conhecido na minha geração pelo seu manifesto anti-soviético “Alturas Brilhantes” (http://en.wikipedia.org/wiki/Yawning_Heights), tal como Soljenitsin era um crítico da divulgação das ideias e valores liberais ocidentais na Rússia. Era adepto da Nova Cronologia (http://en.wikipedia.org/wiki/New_Chronology_%28Fomenko%29), corrente pseudo – histórica russa sobre qual José Milhazes já escreveu neste blogue.

Óscar Niemeyer tem a sorte de não viver sob o regime de Stalin, senão apenas numa secção de interrogação da NKVD poderia confessar que, ao título de exemplo, é espião japonês ou mesmo polaco…

Gilberto disse...

Eu entendo o pensamento do Milhazes.

Jovens de boa índole, cooptados por Partidos "Comunistas" nefastos, (jovens)sem nenhum embasamento teórico e filosófico acerca do Marxismo e mesmo do Leninismo --- não confundir com "marxismo-leninismo" que nada mais é do que um eufemismo para stalinismo, ideologia contra-revolucionária a qual me oponho)--- costumavam "desertar" ao se deparar com a dura realidade da vida em um país do "socialismo real".

Em suma, chegava à URSS, por ignorância, todo bobo e iludido e quebrava a cara ao ver que não era nada daquilo que penava e que falavam - que existia censura, opressão, racionamentos, etc.


Comigo certamente aconteceria a mesma coisa.


Agora, outra coisa totalmente diferente é essa coisa de comparar as ideologias e os princípios do comunismo(marxismo) com os do nazismo é totalmente desonesta e descabida.


Caro, Milhazes, você não vê que fazendo isso está colocando no mesmo saco, por exemplo, eu(marxista) e um skinhead neo-nazista?

Eu não aceito isso - esse tipo de comparação falaciosa.

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Outra, acabar com a burguesia como classe não significa fuzilar os burgueses, mas a socialização dos meios de produção.

É como condenar o cristianismo por causa da "Sancta" Inquisição.

Pode haver ideologias essencialmente assassinas sim, como o nazismo.

Mas marxismo nem o cristianismo matam ninguém, o que mata são pessoas.

MSantos disse...

Jest

Liberalismo e neoliberalismo são duas coisas destintas (eu também me considero um liberal em termos económicos) assim como não está em causa o regime base do capitalismo que é necessário para uma sociedade funcionar.

Creio que você já sabe muito bem àquilo a que me refiro.

Cumpts
Manuel Santos

MSantos disse...

Gilberto

Já é sabido que não partilhamos convicções mas tenho de lhe agradecer pois ilustrou brilhantemente a falácia que é equiparar uma qualquer ideologia que seja cujo objectivo é melhorar a qualidade de vida da humanidade e a ideologia intrinsecamente assassina do nazismo. E também brilhante o exemplo da Igreja Católica.

Cumpts
Manuel Santos

António disse...

A incompreensível influência que a ideologia comunista teve no desenrolar da história recente, e que ainda faz exaltar ânimos da maneira a que de vez em quando assistimos, só pode ser explicada pela mais humilhante ignorância sobre as bases naturais da civilização. E repare-se que incluo no mesmo saco os próprios ideólogos. Bastava terem entendido, o que é uma coisa bastante fácil, que a civilização humana, tal como a conhecemos, se baseia em três princípios fundamentais: o egoísmo, a especialização e o mercado. O egoísmo é o incentivo à criatividade, ao trabalho e à especialização, caso exista um mercado onde cada indivíduo possa trocar o fruto do seu trabalho pelo máximo valor possível, beneficiando assim do seu esforço. Este esquema simples, que parece ter passado despercebido aos Marxes, Engels e Lenines deste mundo, é na verdade a base de todos os avanços tecnológicos que constituem a base da civilização e, mais importante ainda, do progresso. Só nos esforçamos se soubermos que o nosso mérito é recompensado.

Chegamos assim facilmente à conclusão de que, sem o egoísmo e sem o mercado de trocas de produtos especializados, que é a base do que decidiu designar por capitalismo, estaríamos ainda hoje a caçar javalis à pedrada e a comer bagas. Ou, no melhor dos casos, ainda num sistema feudal medieval baseado em trabalho escravo.

Aliás, não se percebe como é que a catástrofe bíblica da experiência soviética não é suficiente para abrir os olhos aos marxistas ressabiados, que deveriam andar a perder algum tempo a informar-se sobre psicologia do que a sonhar com sistemas muito bonitos que só funcionam com gente que não existe. A industrialização soviética dos planos quinquenais foi conseguida à custa da virtual destruição forçada do tecido produtivo agrícola e, enquanto que a Europa progredia airosamente no pós-guerra depois de ter passado pela quase total destruição, a União Soviética, mau grado dispor das maiores reservas de hidrocarbonetos do mundo, definhava até ao colapso, atolada em aldrabices, opressão e numa infra-estrutura decrépita.

Ou seja, como seria de esperar, a introdução de sistemas contra-natura resultaram sempre num retrocesso civilizacional.

Não nego que os defensores do socialismo e do comunismo tenham sido bem-intencionados nas suas teorizações. Mas há um lugar que todos sabemos que está cheio de boas intenções, não é? E quanto mais não seja pela colossal estupidez dos ideólogos marxistas, espero sinceramente que esse seja o local onde os mesmos fiquem a arder até à eternidade. As suas vítimas merecem essa justiça.

António Campos

Anónimo disse...

O COMUNISMO É A IDEOLOGIA MAIS ODIOSA, PERVERSA E A ASSASSINA QUE O SER HUMANO JÁ CRIOU.


O chamado "stalinismo",é um termo utilizado pelos comunistas como uma forma de se safarem da responsabilidade moral pelos milhões de seres humanos massacrados desde a época de Lenin. Lênin era um aborto da natureza que só trouxe dor e morte para 30 milhões de russos, a esmagadora maioria -inocentes-, e que teve o destino decidido por um Estado ilegal, criminoso e constituído de forma golpista.


O comunimso será sempre combatido, e terminará SEMPRE DERROTADO, pois a democracia, o bem e DEUS sempre prevalecem.

Gilberto disse...

««Chegamos assim facilmente à conclusão de que, sem o egoísmo e sem o mercado de trocas de produtos especializados, que é a base do que decidiu designar por capitalismo, estaríamos ainda hoje a caçar javalis à pedrada e a comer bagas. Ou, no melhor dos casos, ainda num sistema feudal medieval baseado em trabalho escravo.»»

Argumento clichê, porém facilmente desmontável.

Sem a escravidão na democracia(sic) grega, não haveria Sócrates, Aristóteles, Platão, Hipócrates, Arquimedes, etc... Não haveria uma de nossas mais importantes bases civilizacionais.

Conclusão: A escravidão é uma coisa boa? Errado.

Trata-se de um fenômeno histórico, mas que foi fundamental para o desenvolvimento intelectual de então.


O capitalismo -- as revoluções burguesas -- foi um grande avanço, rompeu as amarras com a mentalidade feudal, desenvolveu as forças produtivas, a ciência e a técnica.

Nem por isso tem que durar par sempre. Ao mesmo tempo que produziu riquezas, produziu concentração dessa riqueza e desigualdades absurdas.

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Ítalo,

Toma vergonha. Deixa de ser histérico, chiliquento.

Anónimo disse...

Gilberto Múcio, me xingar não vai adiantar. Sentes ódio porque o que vcs fizeram foi desmascarado e DERROTADO? O que eu afirmei é fato mais do que consumado, e cada vez mais o mundo toma conhecimento disso.



Não é à toa que vcs nunca conseguem chegar ao poder por meio do voto, ou utilizando métodos democráticos. E os raríssimos representantes de partidos comunistas que chegam ao poder por meio do voto têm de respeitar a economia de mercado e a democracia.


E é fato tb que os representantes da sua "religião" maligna tem sempre, SEMPRE de tentar usar da brutalidade, dos campos de concentração e do crime para chegarem ao poder.


É só ver as votações que conseguem os partidos comunistas no mundo.

RIDÍCULAS.


p.s: sugiro que vc, como comunista, passe a canalizar seu ódio de modo diverso: fazendo o bem e pedindo perdão pelos milhões de homens, mulheres e crianças que a vossa ideologia privou da vida. E o principal: reconhecendo de uma vez por todas que o comunismo é brutal, mau, criminoso, genocida, anti-democrático e totalitário. Igualzinho ao irimão gêmeo, o nazismo.


E tenho dito.


Quando volta pra Natal colega?

Cristina disse...

Depois de ter vivido oito anos em Moscovo durante o socialismo soviético, constatado as dificuldades com que as pessoas se debatiam no seu dia-a-dia e comparado com a vida na nossa sociedade actual, só posso apoiar o brilhante comentário do António.
Marxistas-leninistas, se querem o bem dos vossos países e dos vossos povos, compreendam de vez que tal sistema ideológico nunca trará nada de bom na prática, por muito bom que seja em teoria.

Gilberto disse...

Ítalo,

(volto em 2 ou em 4 anos)

Ideologia não mata, jovem. Quem mata são pessoas.

Não sou stalinista, e se tivesse vivido na URSS certamente teria sido vítima certamente fatal.

Não é isso que eu defendo.

Sou simplesmente anti-capitalista e marxista.
---------------
Mas compreendo os portugueses... Lisboa tinha, talvez, o PC mais lixo de todo o mundo.

Pra eles, marxismo era aquele bucéfalo do Álvaro Cunhal.

Assim fica difícil, debater com quem tem idéia fixa.

Anónimo disse...

"Assim fica difícil, debater com quem tem idéia fixa."


Não tenho ideia fixa. Odeio ditaduras. De esquerda e de direita.

Não reconheço o termo "stalinismo". O que houve foi o comunismo. Tanto é que onde ele foi aplicado, gerou arbítrio, genocídio, morte e ditadura.

A ditadura é intrínseca ao marxismo.

E antes de qualquer coisa, considero Lenin ainda mais doentio e criminoso do que Stálin. O cabeçudo apenas teve menos tempo no poder.


Era um golpista, um assassino, um celerado. Depois deles vieram outros. E o inevitável aconteceu em 1991.

Ítalo

Anónimo disse...

Ítalo

Você se sentiria em casa no Chile de Pinochet.

MSantos disse...

Dado ter sido eu a abrir o duelo, acho importante referir que nunca esteve em causa a inviabilidade do comunismo que tal como as utopias que estão hoje a ser postas em prática, nunca poderia resultar face à natureza humana.

Pela minha parte discutiu-se tão só a desonestidade de "criminalizar" um pensamento político que apesar da catástrofe dos seus praticantes foi o principal motor das implementações de medidas sociais que garantiram o progresso de muitas classes que até então viam os seus direitos básicos serem negados nas nossas próprias sociedades.

Se o comunismo não tivesse existido, provavelmente essas nossas mesmas sociedades teriam uma configuração social diferente e provavelmente para pior.

Abriu as portas para provar que a História não chegou ao fim, que a realidade que vivemos à séculos pode ser melhorada de modo que cada sociedade aproveite em pleno o potencial de cada cidadão e cada cidadão se sinta realizado o mais possível.

E dado já estar morto há cerca de 20 anos, não é o comunismo a ameaça mas sim outras bem mais reais e presentes hoje em dia.

Cumpts
Manuel Santos

António disse...

É interessante pensar nos paralelos que as doutrinas marxistas apresentam com a estratégia de "modernização" do Kremlin. Em ambos os casos, temos o recurso a um modelo "coercivo-intensivo" de implementação, tal como lhe chamou Piotr Dutkiewicz, professor da Universidade Carleton de Ottawa. Ou seja, imposição de mudanças por decreto.

Constituindo abordagens de cima para baixo, ambos os modelos ignoram as motivações individuais das pessoas cujas acções serão fundamentais para o seu sucesso. No primeiro caso, ignora que não há forma de fazer com que o indivíduo sobreponha o interesse do colectivo aos seus interesses pessoais, esperando sempre este que o seu trabalho seja remunerado na medida do respectivo valor. No segundo caso, segundo o mesmo padrão, ninguém vai torrar tempo e recursos a desenvolver produtos inovadores se não tiver a garantia de que os frutos do seu trabalho são devidamente compensados, o que só ocorrerá se não houver interferência do estado, se os direitos de propriedade estiverem salvaguardados e que, quando o trabalho estiver a dar frutos, a empresa não irá ser roubada por algum funcionário estatal mafioso, com o beneplácito dos tribunais.

Decorre daí que ambos os modelos estão condenados ao fracasso.

Já agora, os defensores do marxismo gostam muito de falar na injustiça social que o capitalismo gerou. Mas não se lembram de que nivelar a sociedade por baixo, remunerando igualmente os que trabalham e os que não fazem nada (que é, como já vimos, também um dos perigos da "modernização" do Kremlin) é igualmente injusto e, mais importante ainda, é um forte desincentivo do esforço produtivo e inovador.

Assim, a conclusão é simples, temos dois sistemas injustos, com a diferença de que um gera riqueza (Europa) e o outro destrói-a (URSS). Qual escolher então?

António Campos

Anónimo disse...

'Você se sentiria em casa no Chile de Pinochet."

Morda-se de raiva, comuna. À vcs, só restou isso.


Viva Chile!


rs.

Anónimo disse...

Doutor Milhazes;
O Senhor está a progredir. Acaba de inventar o Marxismo-Leninismo-Estalinismo.
Quando concluir a “obra” agradeço que me reserve o primeiro volume.

Sobre o resto, um participante já deu parte da resposta por mim. No entanto vou acrescentar algo mais.

Não crie confusões Doutor Milhazes; liquidar a classe burguesa ou a burguesia não é o mesmo que liquidar os burgueses. Encontrou nalguns desses “clássicos” que refere vamos eliminar ou liquidar os burgueses? Não encontrou porque isso não está lá escrito.


O que o Senhor está a fazer é uma perversão consciente do uso das palavras (para não dizer má fé).

E porquê? A utilização dos sinónimos, eliminar ou liquidar não são exclusivos de Marx e Lenine. Não existem limites ao uso destas palavras na escrita universal. Por isso há que saber dar-lhe a interpretação exacta.

Dando seguimento a este tipo de manipulação também podíamos interpretar da mesma maneira, quando se diz que vamos liquidar ou eliminar o analfabetismo, a pobreza, abandono de crianças o desemprego, como sendo aniquilar aqueles que são abrangidas por essas causas?

Anónimo disse...

Quanto ao “extermínio” dos Kulaques devia ter esclarecido as razões porque foi só a partir de 1928 que isso aconteceu? Também devia ter dito as causas porque essa classe reagiu com extrema violência às nacionalizações das terras. Uma dessas causas não seria que a Rússia ainda era um país feudal?


Mas essa descriminação racial que diz “existir” na URSS e noutros países socialistas. Estava regulamentada por alguma lei. Era oficializada, ou obedecia a quaisquer critérios governamentais?

O Senhor deve estar a confundir o caso de Rosa Parks já na segunda metade do século XX.

Doutor Milhazes não dê tiros nos pés. Porque esse tipo de descriminação que está a tentar empolar existiu em Portugal até há algumas décadas. Mas eram as pessoas que o praticavam em relação ao outro que era diferente. (o Galego, o Transmontano,o Alentejano, o Beirão).

Agora pergunto-lhe.Com as mudanças essas práticas foram eliminadas? Diga lá isso aos Tadjiques e às pessoas do Cáucaso.

Anónimo disse...

Andou Pitágoras e depois dele outros filósofos durante séculos a impingirem-nos que o homem estava no centro de tudo, para agora um Português vir provar o contrário. Não admira que os Portugueses sempre tiveram a mania das descobertas.


Paul Krugman também não merece o Nobel, quando diz que a economia deve estar ao serviço da sociedade e não o contrário. Tanto assim que é um Keynisiano assumido.

Nem Smith se atreveu ir tão longe, e aqueles que tiveram a ousadia de o fazer mergulharam o mundo no caos, acabando por ter que ir puxar as barbas do S. Carlos de Thrier (como quem diz de Carlos Marx) nacionalizando bancos e empresas na falência. Subtraindo (roubando) milhões de milhões ao colectivo para socorrer ladrões e vigaristas.
Quem vai ter que pagar a factura são aqueles que em nada contribuíram para isso. Ou seja quem trabalha.

Anónimo disse...

Jest nas Wielu disse...
/Tem também dois textos de opinião de Alexandr Zinóviev e de Óscar Niemeyer/

Zinoviev foi conhecido na minha geração pelo seu manifesto anti-soviético “Alturas Brilhantes” (http://en.wikipedia.org/wiki/Yawning_Heights), tal como Soljenitsin era um crítico da divulgação das ideias e valores liberais ocidentais na Rússia. Era adepto da Nova Cronologia (http://en.wikipedia.org/wiki/New_Chronology_%28Fomenko%29), corrente pseudo – histórica russa sobre qual José Milhazes já escreveu neste blogue.


Já tive ocasião para lhe dizer e volto a lembrar-lhe . Discuto consigo ou com qualquer outro dentro de dois princípios.
Primeiro; Respeito,! Pode dizer-se tudo mas com sentido.
Segundo; Discutir as questões com seriedade, não é ir rabiscar informações avulso na Net sem se saber a origem , que vamos damos credibilidade à nossa argumentação. Eu não ando a gastar dinheiro em livros e a perder tempo em bibliotecas, para vir aqui aguentar banalidades.

Estamos entendidos?

Zoniviev foi um dissidente expulso por ter publicado um livro na Suécia e que entre outros países viveu na Alemanha.
Regressou à Rússia, opôs-se ao rumo que as coisas tomaram. Teve aquele celebre debate com Ieltsyn onde manifestou o desagrado que sentia por o que tinha acontecido acusando-o como o principal responsável por isso.

Inclusivamente voltou a fazer elogios a Estaline. Está a ver a volta que as pessoas dão?

Quanto a Soljenitsin basta ler o “Arquipelago de Gulag” para se saber de quem foi (um Czarista intratável promovido pela propaganda Ocidental que no fim da vida também manifestou desilusões com o que aconteceu no pais dele, ao ponto de dizer que não foi para isto que lutei).

Os elogios que faz nesse livro a Vlassov e a esse prisioneiro Russo que lutou ao lado dos Alemães, que se encontrava nu da cintura para cima vestindo umas calças do exercito Alemão levando vergastadas, marcou-o para o resto da vida, tirava-lhe o sono quando pensava naquele infeliz.

Não pensava era nos milhões de soldados Soviéticos mortos às mãos dos nazis das formas mais cruéis.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Sr. Francisco Lucrécio, não sou eu que estou a progredir, mas a sua arrogância que está a crescer.
Não venha com sofismas. Na URSS, liquidar a classe A ou B, foi mesmo, na esmagadora maioria dos casos, a liquidação física e perseguição.
Defender a colecticvização estalinista e o extermínio dos kulaques é a mesma coisa que justificar a repressão franquista contra os republicanos.
Quanto à "discriminação racial" na URSS, nalguns casos houve decretos, como é o caso das tentativas de extermínios de povos inteiros como os tchetchenos, inguches, etc.
Além disso, na URSS, existiam as instruções secretas, como, por exemplo, a proibição dos judeus ingressarem em algumas universidades, como a de Moscovo, terem acesso a determinados cargos...
O seu comportamento é típico de um marxista-leninista ou marxista-leninista-estalinista (a diferença não é nenhuma), que considera ter a verdade absoluta na cabeça. Até agora, os resultados dessa verdade são evidentes.

Anónimo disse...

Apoiado, caro Milhazes
Este Francisco Lucrécio nunca mais aprende! (deve ser da idade, já a minha mãezinha dizia que burro velho não aprende andadura)

Anónimo disse...

Doutor Milhazes a sua resposta provoca calafrios.

Mas qual será mais nefasto. Arrogante ou provocador?

Porque depois de criar o Marxismo-Leninismo-Estalinista (Estaline abusou do Marxismo para perseguir milhões de comunistas).
Aparece agora a comparar o Franquismo à expropriação dos latifúndios na URSS. Está a fazer uma comparação burlesca , que só pode ser entendida como uma provocação vil aos muitos milhões de camponeses Russos que durante séculos foram vitimas dos senhores da terra (kulaques).

Não encontra qualquer diferença entre a Revolução Russa, e o Franquismo? É de pasmar um professor de história confundir duas situações totalmente distintas.

O Senhor sabe muito bem das razões porque foram “reprimidos” os Kulaques. Porque razão estes casos não se verificaram nos outros sectores de actividade? Para compreender a colectivização é necessário ter em conta a situação que prevalecia nas zonas rurais da Rússia nesse tempo. E é precisamente isso que o Senhor se nega a fazer. Optou por colocar-se ao lado daqueles que provocavam a miséria nos campos, os carrascos? Fique sabendo que o meu lugar é ao lado dos fracos, das vitimas.

Emille Dillon que viveu as ultimas duas décadas do século XIX e as primeiras do século XX na Rússia, percorreu quase todo o Império, escreveu isto; “ de todos os monstros humanos que encontrei durante as minhas viagens, não me recordo de nenhum que fosse tão mau e odioso como o kulaque Russo” não foi escrito por qualquer comunista, foi um Americano ainda antes de 1917.

Sabe muito melhor que eu a forma extremamente violenta como os Kulaques reagiram à lei das expropriações? Incendiaram cearas, destruíram maquinaria, praticaram actos de sabotagem contra as cooperativas, assassinaram camponeses, abateram dezenas de milhões de cabeças de gado. Falava-se no genocídio dos cavalos.

Precisa de números? Dou-lhos. E não são tirados da “pena” de qualquer comunista. Consulte Charles Bettelheim em “A Economia Soviética” .

De forma condenável ou não, (cada um faça o juízo que entender) o processo de colectivização retirou 120 milhões de camponeses da miséria extrema, da escravatura feudal, do analfabetismo, da exploração de velhos e crianças, meteram-se os campos a produzir, em 1937 a produção de cereais atingiu o nível recorde de 120,9 M de toneladas. E em pouco mais de 20 anos os camponeses Russos deram um salto em frente de mais de um século.

È precisamente isto que o Senhor esconde. Lamenta a “perseguição” a uma minoria burguesa que não acatou as leis do Estado, opondo-se-lhe praticando actos de terrorismo organizados. E despreza mais de uma centena de milhões de miseráveis que ainda viviam nas trevas medievais.

Assim nunca podemos estar de acordo. Porque os nossos modelos de justiça social são inconciliáveis.

Anónimo disse...

«««««««««Quanto à "discriminação racial" na URSS, nalguns casos houve decretos, como é o caso das tentativas de extermínios de povos inteiros como os tchetchenos, inguches, etc.»»»»»»»

Por muito menos (nada) foram encarcerados centenas de milhares de cidadãos de origem Nipónica em campos de concentração no deserto do Nevada.
Tem que contar o resto da “historia”. Não sabe os motivos porque os Tchetchenos, Inguches, Cossacos (estes em menor numero) foram deportados?
O Senhor sabe porque foi. Eu também sei. Qual foi o tratamento dispensado aos colaboracionistas por toda a Europa?

Particularmente em França.

Anónimo disse...

««««««««Além disso, na URSS, existiam as instruções secretas, como, por exemplo, a proibição dos judeus ingressarem em algumas universidades, como a de Moscovo, terem acesso a determinados cargos...»»»»»»


Ainda hoje na Alemanha e noutros países da Europa “democrática” quem se assuma Comunista nem ao lugar de varredor de ruas ou coveiro tem direito. Aqui em Portugal os sindicalistas quando há despedimentos são os primeiros a sair.

Não estará o Senhor a fazer confusão com o McCartismo? A caça às bruxas não se fazia em segredo,abrangia todos os sectores sociais e a vida privada dos cidadãos.

Anónimo disse...

«««««««O seu comportamento é típico de um marxista-leninista ou marxista-leninista-estalinista (a diferença não é nenhuma), que considera ter a verdade absoluta na cabeça. Até agora, os resultados dessa verdade são evidentes.»»»»»»»

Agradecia que me explica-se como é o comportamento típico de um Marxista-Leninista. São diferentes das outras pessoas? O Senhor quando participava nessas andanças qual era o seu comportamento?
Também julgava que tinha a verdade absoluta na cabeça?

Eu não sei nada disso. Andei por lá tão pouco tempo (pouco mais de um ano) fui um simples militante de base, nunca participei em qualquer acção educativa (não é o que vocês diziam quando andavam na rua a fazer propaganda?) ao contrário do Senhor, também nunca recebi qualquer benesse de nenhum partido.

Sabe porque tenho esta visão do mundo?

Porque eu não posso morder na mão que me alimentou, tinha que morder a minha própria mão. Tudo o que consegui na vida foi adquirido com as minhas mãos.

É precisamente isso que o Senhor não pode dizer. Porque quando morde na mão que o alimentou sabe que não lhe dói. Foi “alimentado” por uma mão alheia que hoje retraça com ira leonina.

Este Francisco teve o atrevimento de fazer a 4ª classe com dez anos e na semana seguinte foi saber o que eram as agruras do trabalho no campo. Depois para tirar um curso profissional, trabalhava de dia e estudava à noite, durante alguns anos. As coisas não me caíram de mão beijada.


Por esse motivo tomei consciência de classe e sei muito bem o lugar que me pertence na sociedade.

Sei também que nos dias de hoje ainda existem muitos milhões de meninos por todo o mundo a viverem desnecessariamente nas mesmas condições.
Basta olhar para os antigos países socialistas onde as injustiças sociais se têm vindo a agravar nos últimos anos.
Em Portugal, Espanha e outros países da Europa também não é diferente.

É isto que é ser Marxista-Leninista? (já agora para lhe fazer a vontade estalinista também).

O Senhor deve saber bem o que diz. Fez parte deles.

Doutor Milhazes é assim que avalia as pessoas? Comigo está redondamente enganado.

Não me oriento por modelos e muito menos por interesses pessoais.

Comecei a comer bife pago com o meu próprio suor. Mas nunca me esquecerei e muito menos desprezo aqueles que não o podem comprar.

Portanto a diferença entre nós, resume-se apenas entre solidariedade e traição.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Amigo Francisco Lucrècio,este Milhazes é um "Grunho" que chafurda numa pocilga, um ingranto e um javardola que chafurda na merda e cospe no prato da sopa de quem o ajudou.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Dita "Pasionaria", é mesmo muito badalhoca... Precisa de um psiquiatra, mas, antes, tome banho...