O verdadeiro combate ao terrorismo passa por um estudo sério das suas fontes e por um intenso trabalho diário com vista à sua prevenção, declarou Andrei Lymar, sociólogo e professor universitário russo.
“Na era de Estaline, a luta contra o potencial terrorismo transformou-se na luta contra os inimigos do povo e repressões em massa, provocando a esquizofrenia nos cidadãos da URSS. Assim acontece sempre que a fonte da ameaça não é definida, é ilusória ou inventada”, sublinha o sociólogo.
Segundo ele, “poderão ser reforçados os meios técnicos, mas isso não dará resultado. É preciso definir a origem do terrorismo. Há apenas versões: caucasianos, nacionalistas, etc., mas não existem certezas, por isso é difícil elaborar meios eficazes para o combater”.
Aleksei Malachenko, analista político do Centro Carnegie de Moscovo, tem uma opinião semelhante: “Mas que consequências? As mesmas de sempre: endurecimento da política federal no Cáucaso, mais uma porção de palavreado de que o acto terrorista foi realizado por bandidos (mas entre os verdadeiros bandidos não há suicidas), apelos à separação do Cáucaso do Norte, aumento da xenofobia...”,.
O sociólogo Andrei Lymar defende que o combate ao terrorismo é uma tarefa difícil tanto para os cidadãos, como para o Estado.
“É uma tarefa difícil educar na população a cultura de consumo dos serviços do Estado, incluindo o da garantia de segurança, e o Estado tem dificuldade em formular o conteúdo desses serviços. Daí o problema da solução de tarefas concretas, daí muitas palavras sobre a necessidade de o próprio cidadão pensar na sua segurança”, declara o sociólogo.
“Se o cidadão tiver de pensar a cada momento na sua segurança, como apelam alguns políticos, quando é que ele vai trabalhar, descansar, etc.?”, pergunta ele.
“Por isso” – continua ele – “o Estado resolve o problema pagando compensações monetárias aos cidadãos em todos os casos: catástrofes, atentados terroistas. Por enquanto, as pessoas ficam satisfeitas com isso e não falta dinheiro”.
O professor universitário não vê uma relação direta entre o terrorismo e a corrupção existente na Rússia, mas frisa: “a tradição cultural na Rússia é a do maximalismo: ou tudo, ou nada; ou hoje, ou nunca, sem amanhã ou depois de amanhã. A corrupção tem origem aí, bem como no medo da pobreza de ontem, de hoje e do futuro”.
“A economia tem remédios para isso, mas ainda temos pouca prática”, concluiu.
4 comentários:
O combate ao terrorismo é a ocupação militar dos locais onde se encontram estes extremistas! Não há outra alternativa.
A Rùssia tem que enviar para o Cáucaso mais divisões do Exército para dar um pente fino em lugares como a Adygeya, Karachay-Cherkessia, Kabardino-Balkaria, North Ossetia, Ingushetia, Chechenia e Kalmyria.
São territórios pequenos, com uma baixa população, muito fáceis para monitorar, tendo várias brigadas do Exército instaladas lá!
E é isso que a Rússia tem que fazer, quebrar estas células terroristas, fechando a fronteira com os países muçulmanos que fazem fronteira com essas repúblicas e fiscalizar a entrada e saída de tudo que passar pela fronteira!
E deve investir pesado em educação e patriotismo nestas regiões, para sua população não se perder para o fundamentalismo islâmico, que é uma praga no planeta!
Oh Doutores Milhazes já por mais de uma vez me dirigi ao Senhor pelas mesmas razões que o vou fazer agora. Regularmente assisto ao corte dos meus comentários. Até aqui tenho aceitado os argumentos que apresenta, que essa situação deve-se a erros do sistema. No entanto desta vez tive o cuidado em verificar que o comentário tinha sido aceite, ficando apenas a aguardar validação da parte do Administrador.
Deste modo insisto em perguntar mais uma vez ao Senhor se a minha participação no seu blogue é inconveniente?
Se é assim basta o Doutor Milhazes informar quem pretende participar neste espaço, que aqui a verdade tem preferências ideológicas, e quem pretenda sair fora dos “Padrões Doutrinários estabelecidos não é aceite”.
Isso confirma-se uma vez mais com os seus artigos dos últimos dias.
Assisti aqui por mais de uma vez ao Senhor passar admoestações a alguns participantes por terem saído fora dos temas da Rússia e das suas envolventes históricas e politicas, no entanto as questões levantadas por esses participantes não deixavam de relacionar-se dentro do mesmo assunto. Simplesmente porque envolviam os EUA o Senhor não aceitou.
Muito bem; agora não se cansa de despejar propaganda tentando atrelar a Rússia à situação que se está a viver no Médio Oriente.
Como se não fossem realidades totalmente distintas. Comparar as duas situações é de um extremismo estéril, um negrume maniqueísta sem paralelo.
Nietzsche neste aspeto foi mais ousado quando disse que; “Não existe verdade, apenas interpretações das coisas”.
E da sua parte tudo indica que tem como objetivo que os outros interpretem as coisas tal como desejava que acontecessem.
E quem ousar sair fora dessas normas é admoestado e em ultima instância censurado.
Senhores Lucrécios! Eu só corto comentários quando eles contêm insultos pessoais, o que acontece às vezes nos seus comentários. Quanto à comparação entre a situação no Norte de África e a Rússia, note que eu publiquei opiniões de especialistas e depois, à parte, escrevi a minha opinião.
O senhor tem direito a dizer que não está de acordo.
Quanto ao que escreve sobre os EUA e temas afins, entenda como quiser. Não estou com paciência para entrar em discussões vazias.
«««««««Jose Milhazes disse...
Senhores Lucrécios! Eu só corto comentários quando eles contêm insultos pessoais, o que acontece às vezes nos seus comentários»»»»»»».
Doutor Milhazes! Respondo apenas por mim, creio que sou o único que assino por Lucrécio? E deve especificar melhor o que entende por insultos pessoais. É desmascarar as mascaradas que aqui lança? Como fiz no comentário anterior e como tinha feito no outro que o Senhor cortou?
Pode muito bem preparar-se para continuar a cortar mais comentários meus.
Feito por si é uma comenda que recebo, um anti-comunista verrinoso que exibe pomposamente no seu currículo a militância no PCP. Devia também ter um pouco mais de coragem para acrescentar que subiu na vida à conta dos comunistas.
É isto que considera insultos? Já tive ocasião para aqui dizer mais que uma vez. Não contem comigo para gerar consensos onde a verdade é deliberadamente escamoteada. O meu cérebro não está à venda, nem tenho que me preocupar com o valor do cheque.
E os interesses que tenho a defender são os da minha classe. Porque o futuro sempre pertenceu àqueles que lutam e não aos que traem.
«««««««««note que eu publiquei opiniões de especialistas e depois, à parte, escrevi a minha opinião»»»»»»»».
Especialistas ou a voz do dono? Qual a razão que publica sempre o mesmo tipo de opiniões? Ou para o Doutor Milhazes não existe o contraditório?
Quando acrescenta a sua opinião é sempre para adocicar a pílula no sentido de “escorregar” melhor.
É doloroso ter que afirmá-lo, mas é essa a realidade
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