quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Medvedev foi ver como são cumpridas as suas ordens no campo da segurança...


O Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, visitou inesperadamente na estação de caminho de ferro Kievskaia, na capital russa, e ficou descontente com a total ausência de medidas de segurança.
Medvedev, acompanhado dos dirigentes do Ministério do Interior, do Serviço Federal de Segurança e da Procuradoria-Geral da Rússia, decidiu inspecionar as medidas de segurança numa das mais movimentadas estações de caminho de ferro de Moscovo e não encontrou nenhum polícia, nem qualquer detetor de metais nas entradas do edifício.
O dirigente russo também não encontrou qualquer agente de segurança no interior do edifício e dirigiu-se ao gabinete do diretor da estação para pedir explicações.
“Onde está a polícia, como se realiza o controlo? Na sala não está ninguém, os polícias deviam estar lá?”, perguntou Medvedev.
O diretor respondeu que na estação Kievskaia há três postos de segurança e estão instaladas 64 câmaras de vigilância.
Inconformado, o Presidente da Rússia foi saber junto do oficial de serviço onde estavam os agentes e não recebeu uma resposta satisfatória. O dirigente do Kremlin esteve nos cais de embarque, mas também não encontrou qualquer polícia.
“A estação ferrorivária é uma componente da infraestrutura de transportes como o metropolitano e os aeroportos. Amanhã deve estar tudo organizado, incluindo detetores de metais”, ordenou Medvedev ao diretor da estação.
“Iúri Iakovlevitch, trate do caso com a Companhia Caminhos de Ferro da Rússia”, concluiu Medvedev, dirigindo-se a Iúri Chaika, Procurador-Geral da Rússia.
O Kremlin passou a dedicar particular atenção à segurança nos transportes depois do atentado terrorista no Aeroporto Domodedovo de Moscovo,  ocorrido a 24 de Janeiro e que provocou 36 mortos e mais de cem feridos.
As autoridades policiais russas anunciaram, hoje, que três alegados organizadores do atentado foram transferidos da Inguchétia, república do Cáucaso do Norte russo, para uma prisão da capital russa.
Além disso, foi anunciada a detenção de um quarto suspeito.

3 comentários:

Jest nas Wielu disse...

Estação ferroviária Kievsky (serve os comboios vindos da Ucrânia), é com certeza um perigoso ponto de passagem dos militants islámicos lol lol

everardo disse...

Caro Milhazes,

Somente hoje eu acessei seu blog "Da Russia" e deparei com a noticia do "Jornalista brasileiro é humilhado e perseguido na Rússia".

Lamento dizer que minha opinião sobre o caso do senhor de dupla cidadania (alemã e brasileira) é um desperdício de tempo e espaço dos midias. Primeiro porque foi apresentada uma única versão, imcompatível com a "democracia", segundo sabemos, que na maior "democracia" do mundo - os USA - tal acção similar de um midia não seria nada diferente. Então, por que esperam que a Russia (ainda sob regime da antiga URSS) possa dar o exemplo melhor?

Este não é e nem será um caso inédito, esteja certo. O nobre José Milhazes está há poucos minutos de distância do Kremlim e deve nos dar a versão do lado russo assinada pela chancelaria.

É isso meu caro. Lembrando que os midias egipcios aliados dos USA já fazem pior, convenhamos.

Um abraço do everardo, de Teresina, Brasil.

Anónimo disse...

O opositor russo Gary Kasparov acusou Putin de se comportar como um padrinho da máfia, acusando-o de falso afastamento temporário do cargo oficial da presidência. O antigo campeão do mundo de xadrez afirma que apesar do afastamento temporário do cargo é Putin quem manda.

De visita a Portugal, Kasparov comparou a Rússia a um "estado mafioso" e alertou que aquele país é "tudo menos uma democracia". O opositor russo comparou mesmo o seu país natal ao regime venezuelano instituído por Hugo Chávez.

Para Gary Kasparov "há corrupção em muitos países, mas, infelizmente, a corrupção não é o problema, é o sistema na Rússia". Putin é, assim, "o chefe dos chefes" no país, rodeado por vários "conselheiros" colocados no topo da hierarquia do país.

Quanto à actual crise mundial, o ex-campeão mundial de xadrez defendeu que o problema é, sobretudo, psicológico, e que há a necessidade de voltar a assumir riscos.

http://tvnet.sapo.pt/noticias/detalhes.php?id=65371