quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Moscovo pode perder encomendas militares devido a instabilidade no Médio Oriente


A Rússia poderá perder cerca de dez mil milhões de dólares se tiver de rever os planos de cooperação técnica e militar com os países do Médio Oriente e de África atingidos por desordens, declarou uma alta fonte do setor à agência Interfax.

“Estão em fase de planeamento ou de execução contratos de fornecimentos de armas na ordem dos dez mil milhões de dólares com alguns países do Médio Oriente e do Norte de África atingidos por convulsões. Por isso, nada se pode excluir e, no pior dos casos, esses planos poderão falhar”, acrescentou a fonte.

Segundo ela, atualmente, “as estruturas russas que se dedicam à exportação de armas acompanham, a situação com vista à possível alteração da base normativa e judicial de cooperação com esses países”.

A Rússia exporta quantidades significativas de armamentos e equipamentos militares para países como a Líbia, a Argélia e o Irão.

O analista militar Pavel Felgengauer considera que as perdas da Rússia poderão atingir os 20 mil milhões de dólares.

3 comentários:

Anónimo disse...

"Moscovo pode perder encomendas militares devido a instabilidade no Médio Oriente"

Por outro lado poderá ganhar muito com o preço do petroleo a disparar...

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitor anónimo, tem razão, isso é inegável. Resta saber se compensa.

PortugueseMan disse...

Caro JM,

Resta saber se compensa, caso exista efectivamente uma perda.

Porque para mim, o mais provável é que vá haver atrasos de entregas e quando falo de atrasos falo em anos.

E tanto Moscovo como qualquer país vendedor de armas está na mesma situação.

Neste momento é um impasse, seja para que tipo de negócio fôr. O problema aqui a meu ver nem é a venda de encomendas militares, são todos os negócios que vão parar devido a incertezas.

E claro o preço de petróleo..., o problema de fornecimento...

Se isto acontecer na Arábia Saudita, vamos ter aumentos de petróleo brutais que vai arrasar com qualquer recuperação económica que se esteja a tentar por este mundo.

A tempestade ainda não começou, só estamos a ver ventos fortes.