Moscovo não abandonou as tentativas de convencer a NATO da necessidade de criação de um sistema de defesa antimíssil conjunto na Europa, declarou o embaixador russo junto da Aliança Atlântica.
Porém, Dmitri Rogozin, numa entrevista à rádio Eco de Moscovo, considera que a probabilidade do seu êxito não é grande.
A Rússia exige garantias jurídicas e técnicas de que a NATO não apontará contra ela os sistemas de defesa antimíssil da Aliança Atlântica, mas esta recusa-se a dar semelhantes garantias.
Rogozin observou que os Estados Unidos consideram que essa proposta “não tem lógica, porque a Rússia não é membro da Aliança”.
O embaixador russo defende que, neste momento, há duas possibilidades: ou os europeus concordam com um “parâmetro único de segurança”, ou “cada uma das partes cria o seu chamado “guarda-chuva” de segurança antimíssil, cujo raio de ação não abrangerá territórios alheios.
Ele reconhece que é “muito baixa” a probabilidade de que os membros da NATO aceitem a primeira possibilidade.
“Eles, por enquanto, têm falta de confiança, falta-lhes intelecto”, frisou, acrescentando que “se não quiserem um sistema conjunto, iremos criar separados”.
“Por isso, em qualquer dos casos iremos criar tropas aéro-espaciais até ao fim do ano… Até 2015, será criado o sistema de defesa anti-aéreo S-500, que será capaz de atingir alvos no Espaço ”, frisou.
Segundo Rogozin, o problema deverá ficar resolvido até ao fim do ano corrente.
“Se não virmos incluídos sistema deles, devemos ter em conta que na Cimeira da NATO em Chicago, marcada para maio do ano que vem, será tomada uma decisão definitiva que irá excluir a nossa cooperação”, considerou.
“Então, partindo dessa decisão, devemos planear o desenvolvimento do nosso programa de armamento”, concluiu.
Na Cimeira Rússia-NATO de Lisboa, em novembro do ano passado, as partes decidiram cooperar na criação de um sistema de defesa antimíssil coordenado.
Quanto à situação na Líbia, Rogozin considera que a NATO está dividida e acusa a França e Grã-Bretanha de terem desencadeado a guerra nesse país do Norte de África.
Ao mesmo tempo, defende que “a Aliança Atlântica praticamente se esqueceu dos seus interesses no Leste da Europa”.
O embaixador russo frisa que Moscovo não fornece armas à Líbia, mas acrescenta que “o que fazem alguns países da NATO é de uma falta de vergonha absoluta e contradiz as resoluções do CS da ONU sobre a Líbia”.
“Por exemplo, o lançamento de armas para os rebeldes feito por helicópteros franceses é objeto de conversas muito sérias entre nós”, concluiu.
P.S. Aconselho a fixar o nome deste embaixador russo, também conhecido por posições xenófobas, pois poderá vir a tornar-se um político muito importante no seu país. Não excluo a possibilidade de puder vir a ser Presidente da Rússia...
10 comentários:
Isto vai ser complicado quando se perceber que não é possível haver um sistema anti-míssil conjunto.
Uma vez mais é a Europa que fica na encruzilhada. O sistema protege os EUA e coloca a Europa numa posição delicada. Vai obrigar à Rússia a colocar sistemas ofensivos apontados para a Europa e claro deixam de haver tratados, é cada um por si, e cada um vai começar a criar as armas que se pensam mais eficazes.
Temos uma corrida ao armamento, e vamos ver quem tem economia para sustentar tanta arma.
Vale a pena procurar no YouTube a publicidade xenófoba do seu partido que dizia "Limparemos o Moscovo do lixo", nem Le Pen mostrava tamanha brutidade.
Bónus:
Hoje, no dia 18 de Julho em Kyiv será comemorado o 18° aniversário da batalha de Shroma, em que o corpo expedicionário ucraniano “Argo” tomou a aldeia de Shroma (Geórgia), um ponto com a importância estratégica na guerra da Abecásia de 1993.
Em três dias de combates os ucranianos tiveram 2 mortes e 8 feridos, as forças separatistas (exército russo mais kozakos) tiveram 58 baixas mortais e perderam um tanque T-55 (pela primeira vez no Cáucaso).
Ler mais:
http://a-ingwar.livejournal.com/568465.html (ucraniano e russo)
http://conflicts.rem33.com/images/
Ukraine/ukrainians4georgia.htm (inglês)
Dmitri Rogozin é da mesma nova linhagem revolucionária de Vladimir Putin, Sergei Ivanov e outros... Grande linhagem política a Rússia vem passando com estas pessoas, estes mitos, atualmente dentro do Kremlin.Com estes políticos no poder, a Rússia só irá evoluir.
Dmitri Rogozin poderia ser um Ministro da Defesa ou até Primeiro Ministro, porém não foi, não é e nunca será uma pessoa mais influente do que VLADIMIR PUTIN que é o cara que tem a caneta no bolso do terno e os códigos de lançamento em sua mala .
Com relação á este escudo anti-mísseis, a minha posição é clara: NÂO HÀ NEGOCIAÇÃO!
Ou a OTAN (ou NATO) abandona este programa, ou terá que arcar com as consequencias. Este sistema visa aniquilar a Dissuação Estratégica Russa, cumprindo os planos reptilianos do Capitólio de garantir a defesa de seus interesses geoestratégicos no globo, devidamente apoiado pelos fantoches da Europa Ocidental e os traidores da Europa Oriental.
Se a Rússia, como uma nação soberana e poderosa, não tiver mais alternativas ou opções na mesa de negociação, terá que começar á planejar uma resposta esmagadora á altura desta agressão.
E não se enganem meus amigos, a Rússia possue as ferramentas necessárias para executar uma contra-resposta á altura, em caso de um possível enfrentamento.E o mundo precisa se preparar para isso.
E quem irá sofrer com isso é apenas a Europa, já que os Estados Unidos estão á milhares de quilometros de distância e não terá que se preocupar com a nuvem radioativa.
"Não excluo a possibilidade de puder vir a ser Presidente da Rússia... "
Caro JM
Caso isto se concretize, vós os que odeiam a actual nomenklatura russa, irão ter saudades de Vladimir Putin.
E Serguei Lavrov? Haverá alguma possibilidade de ascender ao poder?
Dado parecer ser um homem moderado e equilibrado penso que seria uma boa opção dentro do actual panorama político russo.
Cumpts
Manuel Santos
Um xenófobo fascista, com a imagem do comunista Che Guevara ao fundo. Bem típico. Seria cômico, se não fosse tão trágico.
As pessoas parece esquecer que a Rússia é uma potencia nuclear, tem o maior estoque de armas químicas,biológicas, possue uma frota de 1 duzia de submarinos SSBN, tem uma frota de bombardeiros estratégicos e tem centenas de mísseis ICBM e nucleares táticos...
Essas pessoas estão brincando com fogo...
Será que o presidente da França, a chanceler alemã, o primeiro ministro britânico e italiano não vão tomar uma ação?
Este pode ser um estopim para uma nova corrida armamentista, e irá militarizar a Europa com sistemas ofensivos contra sí mesma.
A Rùssia tem estrategistas militares, generais militares tão ou mais xenofóbicos que Dmitri Rogozin, as pessoas precisam entender o que se passa na mente destes militares.
Ou vocês acham que retaliar a Rússia militarmente será tão fácil como foi a ofensiva militar contra o Iraque, Iuguslávia ou Líbia?
Qualquer pessoa em sã consciencia avaliaria estas questões antes de tomar qualquer ofensiva...
O que o Ocidente quer com a Russia, é um confronto? Vale a pena gerar o estopim para um confronto entre o Ocidente e a Rússia?
Minha resposta é não! Custaria a vida de milhares de inocentes, levaria a economia ao colapso, todos só tem a perder.
É impensável estas ações por parte desta Organização Atlântica, de querer criar ações e políticas ofensivas contra o interesse russo e de seus aliados no cenário geoestratégico.
Eu não sei por quanto tempo o Kremlin ficará passivo, diante de tantas agressões e retaliações. Sinceramente, para mim já chegou no limíte. Ainda bem que eu não estou no comando do Kremlin, pois não teria muito á perder, diante destas situações...
Jirinovsky, você diz na sua identificação que é piloto de caça Su27 mas sua barriga é grandinha demais para caber na cabine de vôo.
rsrsrsrs
Não creio que ele tenha chances de ser escolhido(por Putin) para presidente.
Esse sujeito é muito baixo nível, um "pobretão sem classe".
Putin, que não é bobo nem nada, obviamente, prefere um cara que seja mais "apresentável" ao Ocidente.
Doutor Milhazes! Encontra alguma aproximação entre Che Guevara e Rogozin?
Ou é mais uma das suas habituais manipulações contra a esquerda.
Neste caso a coisa até parece confusa. Não se sabe quem pretende "massacrar".
Obrigado.
Leitor Francisco, pergunte ao Che Guevara ou a Rogozin!
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