terça-feira, outubro 04, 2011

União Europeia convida Cazaquistão a participar na construção de gasoduto através do Cáspio

A União Europeia propôs ao Cazaquistão que participe no projeto de construção de um gasoduto através do Mar Cáspio, anunciou hoje o comissário europeu para a Energia, Gunther Oettinger, na inauguração do VI Fórum Euroasiático Kazenergy, na capital cazaque.
“Saudaremos a respetiva participação do Cazaquistão no Corredor do Sul no futuro”, declarou Oettinger, sublinhando que o novo gasoduto será um grande contributo para esse projeto energético.
Segundo o comissário, trata-se da primeira vez que a União Europeia propõe a assinatura de um tratado internacional vinculante para a aprovar um projeto deste tipo de infraestrutura.
“É uma prova da importância desse projeto e da cooperação na dita região para a UE e todos os 27 países membros”, frisou.
Oettinger acrescentou que a Comissão Europeia trabalha para que o Corredor do Sul seja uma realidade, pois “é muito importante criar mercados estáveis com bons preços e melhores consumidores”.
Para o comissário, o futuro gasoduto transcaspiano trará “novas oportunidades para o desenvolvimento das exportações da costa Este do Cáspio”.
No passado mês de setembro, o Conselho da União Europeia aprovou um mandato para negociar com o Azerbaijão e o Turquemenistão um tratado vinculante para construir um gasoduto através do Cáspio.
O projeto, avaliado em 7.900 milhões de euros, prevê a construção de um novo tubo que ligará as costas azeri e turcomena do Cáspio para transportar, anualmente, entre 20 e 30 mil milhões de metros cúbicos de carburante para a Europa.
Moscovo reagiu mal ao plano europeu, considerando que “as tentativas de ingerência externa nos assuntos do Cáspio, e sobretudo tratando-se de um tema tão sensível para os cinco países ribeirinhos, podem complicar a situação na região e prejudicar as negociações a cinco sobre o novo estatuto jurídico do Cáspio”.
O Irão juntou-se a estes protestos de Moscovo.
O Cazaquistão, pelo seu lado, declarou que estudará as possíveis consequências da sua participação na construção de um gasoduto dessas caraterísticas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ué, o Cazaquistão não é um país soberano? Pq a Rússia tem que se meter nos negócios do país? O Cazaquistão faz negócios com quem quiser.