quinta-feira, novembro 17, 2011

Forças Armadas russas admitem uso de armas nucleares em conflitos regionais

  O chefe do Estado-maior das Forças Armadas russas, general Nikolai Makarov, admitiu hoje a possibilidade de usar armas nucleares em conflitos regionais.
"A possibilidade dos conflitos militares locais praticamente em todo o perímetro da fronteira aumentou bruscamente", disse o general numa reunião com a Câmara Social da Federação da Rússia.
"Em determinadas condições, eu não excluo que conflitos militares locais e regionais possam evoluir para guerras de grande envergadura, nomeadamente com o emprego de armas nucleares", acrescentou.
O general reconheceu também que as forças armadas russas sentem falta de recrutas.
"Os adiamentos são cada vez mais e mais, mancebos em idade de recrutamento são menos e menos. Apenas podem ser recrutados 11,7 por cento dos jovens. Desses, 60 por cento ficam pelo caminho por motivos de saúde», disse.

11 comentários:

PEDRO disse...

A Rússia tem de resolver esses problemas de recrutamento rapidamente. Bem como a modernização dos seus meios de combate, principalmente os convencionais.

É que os NAZIS vão voltar brevemente. E desta vez vão entrar na Rússia ainda com mais força e brutalidade.

Wandard disse...

Guerra de informações. O jogo continua.

Anónimo disse...

"(...) o emprego de armas nucleares (...)" - há pessoas que são autênticas incendiárias!
A arma nuclear deverá ser usada como "arma" de persuasão. Nunca de arremesso!
Isto de alguns "países" se sentirem mais confortáveis porque podem(?) usar armas destruidoras, não traz benefício há Humanidade. Só cria clivagens e reforça o beligerantismo.

João Moreira

Jest nas Wielu disse...

EUA so admitem usa-los contra outras paises possuidores das armas do mesmo tipo...

HAVOC disse...

Totalmente aceitavel um país usar qualquer meio militar disponível para vencer qualquer tipo de conflito. Principalmente quando hostilizado e agredido por organizações ou países estrangeiros.

Muitas vezes, o uso de uma ogiva nuclear em um conflito vem evitar que mais pessoas ainda morram, em caso de um conflito convencional. Foi o que os Estados Unidos fizeram com o Japão.

E é o que a Rússia deve fazer com a Geórgia, em caso deste país vier novamente á iniciar qualquer tentativa de reunificação com os países independentes da Abkhazia e Ossétia do Sul.

Perfeitamente plausível a colocação deste general russo.

Pippo disse...

JM, o general Makarov referia-se a conflitos em regiões periféricas à Rússia, correcto?

Ou seja, se eu bem entendi, ele não se referiu à possibilidade de a Rússia empregar armas nucleares (tácticas ou não), mas referiu-se à possibilidade de "alguém" as usar.

Neste ponto, estou de acordo com ele: é perfeitamente plausível que alguém use esse tipo de armamento contra um inimigo. Não digo que isso seja desejável, quer sob o ponto de vista de eficácia militar, quer sob o ponto de vista moral, mas que é possível, lá isso é. E até é possível, com a proliferação, que haja armas "transviadas" que venham parar às mãos de loucos, daqueles que não querem 100 ogivas mas apenas querem uma.

Anónimo disse...

Pippo,

Não é isso que está escrito no primeiro período do primeiro parágrafo.

Se "admite" é porque as tem e pode usar. Se em auto-defesa ou como meio de ataque não o refere. Insinua que...

João Moreira

MSantos disse...

E porque em vez de aplicar-mos o nosso tradicional modelo mental relativamente à Rússia não lemos o texto?

A justificação está lá dada e nós já a sabemos à muito tempo.

Juntem a tradicional paranóia dos Russos serem invadidos (independentemente de ser justificado ou não, isso já aconteceu no passado várias vezes), mais o problema rompante e gravíssimo que a Rússia enfrenta de subpopulação, mais imensos e vastos territórios siberianos impreguenados de matérias primas, petrólio, gáz, etc que constituem a sobrevivência económica da Rússia. Adicionem-lhe a fronteira com a China com um exército de MILHÕES prontos a invadir, sedentos das imensas riquezas, matérias primas e território. Face a estas ameaças e sem forças convencionais qual é a mensagem a transmitir?

Os russos podem ter mil e um defeitos, mas na política externa, salvo algumas excepções, pautam-se por ter uma postura responsável.

Cumpts
Manuel Santos

Wandard disse...

O recado é claro e estratégicamente está correto. A Rússia já declarou várias vez que nunca mais será invadida e que na iminência de ser derrotada vai utilizar o seu arsenal nuclear. Trata-se da maior nação do mundo com uma população de 140 milhões grandes espaços de baixa densidade demográfica, difícil e de alto custo para defender e cercada por predadores de olho na imensidão de seus recursos naturais "lebensraum " de Fiedrich Ratzel, reinterpretada pelos alemães e distorcida na ideologia nazista. A Rússia ainda possuem uma das maiores reservas militares do mundo em termos humanos, mas a idade operacional destas forças irá declinar após 2020, bem como a de muitas outras nações, os EUA já enfrentam este problema, tanto que o componente de suas tropas atuais é completamente diferente da composição da Guerra do Vietnam, apesar de possuirem uma população que é mais que o dobro da população russa.

PortugueseMan disse...

Para quem estiver interessado, deve rever este artigo de 2009, publicado aqui no site.

Forças armadas russas podem empregar armas nucleares em guerras locais

http://darussia.blogspot.com/2009/10/forcas-armadas-russas-podem-empregar.html

O tema não é novo e ele começou com as novas doutrinas de Bush.

Uma das garantias dadas ao mundo para evitar a proliferação de armas nucleares, era que estas nunca seriam usadas por quem as tinha, contra países que não as possuam.

Bush mudou isso e a bola de neve começou a rodar.

O resultado hoje é que todos olham por cima do ombro, tenham ou não armas nucleares.

É o que dá na quebra de tratados, ninguém confia em ninguém.

Anónimo disse...

Eu abomino esse tipo de declaração. É claro que isso foi um recado para países do espaço pós-soviético. Não se brinca com armas nucleares, muito menos se usa elas com países que não as possuem.