Os presidentes do Turquemenistão e do Paquistão, Gurbanguli Berdimukhamedov e Asif Ali Zadari assinaram na segunda-feira em Islamabad uma declaração conjunta onde, nomeadamente, se assinala que “as partes sublinharam a grande importância do desenvolvimento da infraestrutura de gaseodutos para garantir a segurança energética e o reforço do bem-estar económico dos Estados da região”.
“Os chefes de Estado declararam novamente o seu apego à construção do gasoduto Turquemenistão-Afeganistão-Paquistão-Índia (TAPI), saudaram o progresso conseguido no processo de elaboração de acordos e mostraram-se prontos a ativar os esforços conjuntos com vista ao início mais rápido possível da realização do projeto e ao seu termo”, lê-se na declaração.
Este projeto começou a ser discutido nos anos 90 do séc.XX, tendo recebido o apoio de uma série de Estados, nomeadamente dos Estados Unidos, bem como de organizações financeiras importantes como o Banco Asiático de Desenvolvimento.
A Rússia também apoia o projeto TAPI, mas a guerra no Afeganistão tem impedido a sua realização.
Segundo o projeto, o gasoduto terá mais de 1700 quilómetros e deverá custar cerca de 4 mil milhões de euros.
1 comentário:
Dizem as más línguas que os Talibans foram guindados ao poder, precisamente, para "pacificar" o Afeganistão (onde grassava uma terrível guerra entre facções) e assim permitir a construção de um gasoduto.
O que me parece inédito neste projecto é o envolvimento da Índia pois o país não faz fronteira com o Afeganistão. Ou falamos apenas de investimento indiano ou então, se falamos de um ramal para a Índia, as relações deste país com o seu vizinho paquistanês terão de se manter bastante estáveis, o que me parece ser algo complicado de se atingir.
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