O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, considera ser sua “super-tarefa” elevar a Rússia a um novo nível se for eleito Presidente do país.
“É preciso reorganizar a sociedade de outra forma, reforçar o sistema político, alargar a base dos institutos democráticos e modernizar todos os aspetos da vida da sociedade russa, nomeadamente no campo político e económico”, precisou ele no programa televisivo “Conversa com Vladimir Putin. Continuação…”
“É necessário que sejam transformações profundas na nossa sociedade, para que o nosso país seja sólido e as leis do seu desenvolvimento sejam irreversíveis, para que ela entre numa face completamente nova. Isso será a minha super-tarefa se me confiarem esse trabalho”, acrescentou.
Ele considerou “curioso” um boletim de voto publicado na revista “Vlast”, onde se lia: “Putin, vai para o c…!”.
“Vi essa inscrição, diverti-me muito e até me alegrou. Não há nada de novo nessa atitude”, considerou.
Putin frisou que, quando da “operação antiterrorista no Cáucaso do Norte, ouviu e viu coisas muito piores.
“Os nossos parceiros ocidentais esforçaram-se particularmente. Que caricaturas de mim vi tão horríveis, mas então já estava convencido de que agia corretamente e hoje não duvido que atuo bem”, concluiu.
Ao comentar as declarações do senador norte-americano John McCain, que considerou que Putin terá o mesmo destino de Kadhafi, o primeiro-ministro russo disse: “mostraram a todo o mundo como o mataram, cheio de sangue. Isso é democracia? Quem fez isso? Aviões pilotados à distância, nomeadamente americanos, atacaram a caravana onde ele estava, depois, pela rádio, tropas especiais que não deviam estar no território líbio levaram para o local os chamados opositores e combatentes. E mataram-no sem investigação e julgamento”.
“Essas palavras (de McCain) não foram ditas em relação a mim. Isso foi dito em relação à Rússia. Alguns querem pô-la de lado para que ela não incomode a dominar no mundo”, frisou.
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, considerou hoje que os Estados Unidos não constroem as suas relações com os parceiros nos princípios de aliados.
“Tomaram a decisão sobre o Afeganistão, mas pediram conselhos aos aliados sobre o que é preciso fazer no Afeganistão? Uma porra! Primeiro lançaram o ataque e depois começaram a chamar todos e a dizer: quem não está connosco, está contra nós. Mas será isso aliança? Não há qualquer tipo de aliança”, declarou no programa televisivo “Conversa com Vladimir Putin. Continuação…”.
O dirigente russo anunciou que a Rússia irá continuar a erigir as relações com os Estados Unidos, que, segundo ele, está a perder o papel de polícia internacional.
“Queremos e iremos continuar a construir as relações com os Estados unidos”, disse.
Segundo ele, “também no interior dos Estados Unidos tem lugar uma certa transformação. A sociedade americana já não quer desempenhar o papel de polícia mundial”, acrescentou.
Putin considera que a desconfiança dos Estados Unidos em relação à Rússia dificulta o desenvolvimento das relações entre os dois países, bem como com a Europa.
“O mais importante país do mundo ocidental: Estados Unidos, olha com desconfiança para o nosso potencial nuclear e mísseis e penso que cometem um enorme erro ao considerar que, em, primeiro lugar, é preciso retirar esse potencial nuclear e só depois ver em nós um possível aliado”, precisou.
Ele considerou isso um exemplo típico do período da “guerra fria”.
Quanto à política interna, Vladimir Putin deu grande atenção às manifestações da oposição que contesta os resultados das eleições parlamentares de 04 de dezembro. Ele prometeu diálogo com a oposição, mesmo com aquela que é financiada pelo estrangeiro, mas não aceita a repetição do escrutínio.
Putin prometeu eleições presidenciais mais transparentes, propondo a instalação de câmaras de vídeo nas secções de voto.
9 comentários:
Doutor Milhazes, acabei de ler o seu livro "O fim do Império Soviético" que foi difundido pelo Público na semana passada.
Lê-se bem, lê-se rápido, tem poucas páginas, autêntico livro de bolso, eu é que só agora tive tempo para o ler e comentar.
Tenho de confessar que já não me lembrava de algumas coisas, e que, noutros casos, somente agora fiquei a perceber a razão de terem acontecido.
Um pequeno pormenor: trata-se da resenha histórica de factos e declarações (quer ao tempo, quer posteriores) da Perestroika. É que, para mim, o fim do império soviético começou com Brejnev, quando este deixou a URSS no estado que descreve bem na parte inicial do seu livro. Na minha opinião, precisava de aprofundar mais as razões porque é que a URSS caiu no abismo em que caiu nos últimos anos de Brejnev.
Vladimir Putin já nem mede o que diz ao afirmar que foram os americanos que mataram Kadhafi, tendo sido claramente uma operação dos serviços secretos franceses.
Cumpts
Manuel Santos
Medo... :(
Está começando a ficar desesperado, prometento céus e terras.
Caro Jorge Almeida, obrigado pela sua crítica. Eu reconheço que o livro é pequeno, mas essa foi a condição proposta pelos editores. Claro que a era de Brejnev é fundamental para a derrocada da URSS, bem como a era de Estaline para a questão nacional, mas isso poderei fazê-lo se existir editor disposto a isso.
Infelizmente até nas promessas politicas o Sr. Putin se tornou um politico ocidental
As pessoas se esquecem facilmente do passado. Se esquecem das condições que Mikheil Gorbachov deixou o país, quando, patrocinado pela CIA, extinguiu a União Soviética...
Sobrou apenas para o povo russo, que passou desemprego,fome e frio nos anos 90, sem perspectivas de vida. As taxas de suicídio triplicaram nos anos 90, graças á este TRAIDOR DA RÙSSIA! Gorbachov é TRAIDOOR DA RÚSSIA!
E a gestão política de Boris Yeltzim foi catastrófica, apenas contribuindo para que a Rússia afundasse num buraco sem fim. A Rússia foi regida nos anos 90 por um alcoólotra, que não conseguia falar em público sem antes tomar 5 garrafas de vodka! Vivia bêbado e totalmente mijado em público, usava fraldas e quase provocou o holocausto nuclear em 1995, quando autorizou que fossem abertos os silos nucleares devido á uma falsa ameaça do Ocidente, que estava testando um foguete na Noruega.
Mas aí, veio Vladimir Putin... Putin revolucionou a Rússia nos anos 2000, com sua gestão linha dura e nacionalista, usou os recursos do petróleo á favor do povo russo, que voltou á ter novas perspectivas de vida.
As pessoas tem que entender que a Rússia é o que é hoje devido ao que Vladimir Putin fez em seus dois mandatos passados. Dmitry Medvedev apenas continuou o legado de Putin.
E é por isso que o Ocidente está patrocinando estas manifestações da oposição, que por intermédio da CIA e NSA, quer causar na Rússia uma "Nova Primavera Árabe"...
O Ocidente quer que a Rússia tenha o mesmo destino da Iuguslávia nos anos 90...
O OCIDENTE É O INIMÍGO!!! ELES QUEREM A DESTRUIÇÃO DA SOBERANIA RUSSA!!!
“Camarada Medvedev...”, canção proibida na Rússia: http://video.bigmir.net/show/276093
o nível novo só pode ser o céu
vai mandar todos os russos, e não só, ter com a Senhora de Fátima
era a isto que a Lúcia chamava de conversão da Rússia
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