Reproduzo aqui uma parte do artigo publicado no jornal eletrónico brasileiro RZ Esportes:
"Seduzido por uma proposta tentadora do ponto de vista financeiro, no meio de 2011 o atacante Ewerthon (ex-Corinthians e Palmeiras), aceitou a proposta para atuar no modesto Terek Grozny, da Chechênia, que disputa o Campeonato Russo. Agora, ele acaba de rescindir o contrato por motivos que vão muito além do esporte. O jogador disse ao R7 que situações bizarras como agressão de treinador, imposições presidenciais e clima de guerra civil nas ruas espantaram o atleta de 30 anos.
- O problema lá foi fora de campo. A vida é muito difícil. Você está em um lugar que a qualquer momento pode acontecer um atentado. Vi coisas que nunca tinha visto. Ter que concentrar em um hotel com barreira na esquerda e na direita, gente com fuzil no meio da rua para não entrar homem-bomba.
A questão do terrorismo na região se estende por anos devido a uma briga devido a líderes chechenos exigem a independência em relação à Rússia. Porém, o clima de terror não se restringe apenas aos militantes, mas também está presente nos vestiários e nas decisões políticas de alguns clubes com interesses.
- Vi treinador bater na cara de jogador, vi presidente descer no vestiário e dizer tal e tal estavam fora e entrar dois caras da Chechênia para jogar. A gente estava treinando, dois jogadores estrangeiros discutiram, e o treinador entrou e deu um tapa na cara de um, um tapa na cara de outro e seguiu o treino normal. Isso não pode acontecer. Ainda tenho 6 anos pra jogar em alto nível. Não posso ver isso e concordar. Por não concordar, resolvi sair.
O clube que o atacante defendeu conta com o apoio do presidente da Chechênia, o polêmico Ramzan Kadyrov, que está no poder desde 2007 e é acusado pelas ONGs de não respeitar os direitos humanos.
Para suportar melhor a situação, Ewerthon escolheu como moradia uma cidade que ficava a cinco horas de Grozny, mais afastada das complicações territoriais. O atleta viajava dois dias antes dos jogos para a Chechênia, para concentrar e jogar."
- O problema lá foi fora de campo. A vida é muito difícil. Você está em um lugar que a qualquer momento pode acontecer um atentado. Vi coisas que nunca tinha visto. Ter que concentrar em um hotel com barreira na esquerda e na direita, gente com fuzil no meio da rua para não entrar homem-bomba.
A questão do terrorismo na região se estende por anos devido a uma briga devido a líderes chechenos exigem a independência em relação à Rússia. Porém, o clima de terror não se restringe apenas aos militantes, mas também está presente nos vestiários e nas decisões políticas de alguns clubes com interesses.
- Vi treinador bater na cara de jogador, vi presidente descer no vestiário e dizer tal e tal estavam fora e entrar dois caras da Chechênia para jogar. A gente estava treinando, dois jogadores estrangeiros discutiram, e o treinador entrou e deu um tapa na cara de um, um tapa na cara de outro e seguiu o treino normal. Isso não pode acontecer. Ainda tenho 6 anos pra jogar em alto nível. Não posso ver isso e concordar. Por não concordar, resolvi sair.
O clube que o atacante defendeu conta com o apoio do presidente da Chechênia, o polêmico Ramzan Kadyrov, que está no poder desde 2007 e é acusado pelas ONGs de não respeitar os direitos humanos.
Para suportar melhor a situação, Ewerthon escolheu como moradia uma cidade que ficava a cinco horas de Grozny, mais afastada das complicações territoriais. O atleta viajava dois dias antes dos jogos para a Chechênia, para concentrar e jogar."
2 comentários:
Curioso todo esse medo, aqui no Brasil são 45000 assassinatos por ano, favelas tomadas por bandidos que desfilam de fuzil pra lá e pra cá na cara das autoridades. O Roberto Carlos saiu do Brasil porque teve seu carro apedrejado e foi ameaçado de morte pela torcida do Corinthians. Em fim, nãoo está muito diferente da Chechenia!
Ricardo, por q vc simplesmente não CALA A BOCA?
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