Não obstante a forte onda de frio que cobre praticamente toda a Rússia, o dia de Sábado irá ficar marcado por numerosas manifestações em todo o país, pois as eleições presidenciais aproximam-se e a luta política aumenta.
A Liga dos Eleitores, que reúne os organizadores das massivas manifestações realizadas a 10 e 24 de dezembro, tenciona reunir mais de 50 mil pessoas numa marcha organizada para exigir “eleições limpas e transparentes” em Moscovo.
Essa organização, criada por conhecidos intelectuais russos, considera que as eleições parlamentares de 04 de dezembro ficaram comprometidas por numerosas fraudes, o que põem em causa a sua legitimidade, exigem presidenciais sem fraudes.
Além dessa reivindicação, os manifestantes da oposição à candidatura de Vladimir Putin irão exigir a “libertação dos presos políticos anulação dos resultados das eleições parlamentares falsificadas, demissão de Vladimir Tchurov, presidente da Comissão Eleitoral da Rússia, revisão da lei eleitoral com vista à participação de partidos da oposição nas eleições e realização de eleições livres e limpas do Parlamento e do Presidente”.
Visto que na manifestação irão estar presentes cidadãos de diferentes correntes políticas, os participantes irão marchar em quatro grupos diferentes. À frente da manifestação irão os independentes, seguidos da coluna dos liberais, da coluna dos nacionalistas e da coluna dos comunistas.
Todas estas tendências políticas não escondem o seu objetivo comum: não permitir a vitória de Putin na primeira volta e, se possível, derrotá-lo na segunda.
Por isso, uma das palavras de ordem da manifestação é “Rússia sem Putin!”
Os apoiantes do actual primeiro-ministro russo também não estão parados e decidiram responder com outra manifestação na capital russa e noutras cidades russas. Entre os organizadores está Dmitri Rogozin, antigo embaixador russo junto da NATO e atual vice-primeiro-ministro encarregado do complexo militar-industrial.
Liudmila Chvetsova, vice-presidente da Duma Estatal (câmara baixa do Parlamento), considera que os apoiantes de Putin devem “responder de forma firme à crítica desenfreada, à perseguição de facto de Vladimir Putin na Internet e nas redes sociais”.
“Pela primeira vez, uniram-se candidatos impossíveis de unir numa plataforma contra Putin. Trata-se de um fator novo na nossa política actual e deve ser analisado”, frisou ela.
Manifestações contra e a favor de Vladimir Putin estão convocadas em numerosas cidades da Rússia para um dia em que o mercúrio dos termómetros irá estar muito abaixo do zero. Em Moscovo, prevê-se que a temperatura do ar ronde os 20 graus negativos, mas os organizadores as iniciativas políticas apelam a que ninguém fique em casa.
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