sexta-feira, abril 20, 2012

As raízes históricas da russificação


Texto enviado pelo leitor Jest:

Hoje em dia existem diversos estudos sobre a perseguição histórica das línguas nacionais em África e Austrália, no Brasil e em Canadá. No entanto, a russificação estatal forçada dos povos no império russo, na época czarista e durante a era dos sovietes, quase sempre foi um assunto pouco estudado e documentado na historiografia soviética e ocidental.

O facto que permite o surgimento da teoria segundo qual ninguém na Rússia – URSS perseguia e proibia o belaruso e ucraniano, o letão e o tártaro. Alegadamente, a própria sociedade “preferia” esquecer as suas línguas nacionais para passar a utilizar a língua russa.

O Museu Nacional da História da Letónia tem no seu extenso leque de exposições e amostras uma exposição permanente, situada na “Sala escolar do museu” (Muzeja skolas klase), que conta a história da educação escolar da Letónia…

Após a anexação da Letónia pelo Império russo no início do século XVIII, as escolas do país passaram à dependência do Ministério da educação da Rússia. Após 1888 começou a implantação da política de russificação forçada da população – a língua letã foi proibida não apenas no ensino, mas como o instrumento de comunicação, os alunos eram estritamente proibidos de usa-la nas conversas no recinto escolar. 

“Eu hoje conversei em letão”, os quadros pejorativos deste tipo eram colocados nos pescoços das crianças nas escolas da Letônia na época do czar russo Alexandre III (o pai do último rei russo, Nicolau II), para desencorajar o uso da língua letã pelos letões...

Após a proclamação da Independência em 1918, a educação popular na Letónia se torna obrigatória e em língua nacional. Depois da perda de independência em 1940 e novamente em 1944, o ensino mais uma vez passa, maioritariamente, para a língua russa, baseando-se nas ideias de marxismo – leninismo cuja meta era educação dos jovens no espírito da sociedade comunista…

Fonte:

A russificação da Ucrânia

Sensivelmente na mesma época no Império russo foi emitido o Decreto de Valuev (1863), que proibia a publicação de livros religiosos, científicos e educacionais em língua ucraniana, permitindo contudo a publicação de obras literárias, definitivamente proibidas pelo Decreto de Ems (1876). O novo decreto secreto proibia quase a totalidade das edições em língua ucraniana, nunca foi revogado, embora deixou de ser oficiosamente aplicado após 1905.

2 comentários:

PEDRO LOPES disse...

Os Russos estavam muito avançados na época.

Nós só agora é que "fomos forçados" a adoptar a língua Brasileira (Acordo ortográfico.

E a russificação de Portugal? disse...

Um governo de criminosos num país de criminosos só pode mesmo estar a soldo do mais criminoso de todos os poderes. Falo de Portugal e da Rússia, onde a última invenção é espiar quem lhes interessa dentro da sua própria casa, como se via nos filmes, tipo visão térmica de Predador.Vê-se tudo, através das paredes, ao pormenor. É a mais indecente de todas as pornografias. Recebi uns espantosos ficheiros como prova. Se não visse não acreditava. Já sabia de outros gravados através dos computadores de cada um, mas isto serve para chegar a quem tapa a camara do computador.
Não é preciso muito para aferir do nível de deboche e maldade que leva a controlar a total intimidade de um ser indefeso e inocente. Já se sabia da prostituição e da pedofilia destas bestas. Agora sabe-se que já nem precisam do peep show para se consolarem: basta porem os óculos especiais ou verem no computador. Violação e humilhação non-stop em directo. Nem a vale a pena falar de outras barbaridades ainda piores; isto é suficiente para a pena de morte ser pouco!