Oito empresas portuguesas que produzem materiais de construção participam em duas feiras do ramo na capital russa, tentando alargar os seus negócios num mercado em ampla expansão.
Sete das empresas estão presentes graças à iniciativa da Associação Empresarial de Portugal e no quadro do programa QREN.
A empresa PPS decidiu aproveitar o facto das feiras acolherem pela primeira vez o setor do design para apresentar os seus produtos no mercado russo.
“Especializamo-nos em design de interior em hotéis e estamos presentes em vários países: França, Bélgica, Cabo Verde, Angola e Brasil. Estamos a entrar no mercado russo e esperamos servir de motor para a entrada nele de empresas portuguesas de mobiliário”, declarou Pilar Paiva, diretora da empresa.
A empresa Smart Technology International, dirigida pelo designer português Rui Bota, está na Rússia desde 2009 e já realizou projetos concretos no setor da restauração.
“Nós somos uma empresa de design e representamos neste mercado várias marcas de móveis e equipamentos portugueses para restauração. Já equipámos vários restaurantes de comida mexicana, japonesa e russa em Moscovo”, disse Rui Bota à Lusa.
“Agora, estamos a tentar entrar na área do design e fornecimento de móveis e equipamentos para hotéis”, acrescentou.
Mas a maioria das empresas presentes nas exposições estão ligadas ao fabrico de materiais de construção. Algumas, como a Amorim Cork, estão representadas no mercado russo há muitos anos, outras ainda estão a abrir portas.
“Nós vendíamos mármore para a Rússia através de imprensas italianas. Anualmente, exportávamos um valor superior a 100 mil euros. Mas, agora, queremos fornecer o nosso mármore diretamente”, afirmou à Lusa Américo Parreirão e Gomes, diretor da empresa Geoinveste.
“Temos um produto de alta qualidade: o mármore de Estremoz, a construção de luxo está em desenvolvimento na Rússia, por isso estamos otimistas quanto aos nossos planos”.
No pavilhão ao lado, onde se encontram empresas espanholas, uma das amostras mais visíveis era precisamente a do mármore de Estremoz.
As empresas que exportam calcário também estão presentes nas feiras.
“Estamos na fase de contactos. Há muitos pedidos de informação, mas os consumidores russos receiam que o calcário não resista ao gelo, confiam mais no granito e no mármore. Nós fizemos e continuamos a fazer testes para mostrar que essa pedra é muito resistente e pode ser empregue em paredes exteriores”, explicou à Lusa Alexandre Marques, diretor-técnico da Pragosa Indústria.
Ricardo Rebelo, do departamento comercial da MVC, Mármores de Alcobaça, é da mesma opinião e está convencido de que a Rússia é um bom mercado para essa pedra.
“Já fizemos algumas vendas indiretas para a Rússia, mas queremos estar diretamente representados neste mercado”, frisou.
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