Oleg Chein, juntamente com 20 partidários seus, mantém há 28 dias uma greve de fome em sinal de protesto contra os resultados das eleições municipais na cidade de Astrakhan.
Segundo dados oficiais, o candidato do partido pró-Kremlin Rússia Unida conquistou a presidência da câmara da cidade do sul da Rússia com 60 por cento dos votos, enquanto que Chein, apoiado pelo partido Rússia Justa, conseguiu 30 por cento.
Chein declara que dispõe de provas que provam numerosas fraudes e exige que elas sejam analisadas pelas autoridades.
A Comissão Eleitoral Central da Rússia anunciou hoje que não tenciona anular as eleições na cidade.
“Atualmente, não se coloca a possibilidade de anular os resultados da votação”, declarou Vladimir Tchurov, presidente dessa comissão.
Tchurov acrescentou que a diferença de 30 por cento de votos pelos principais candidatos “é muito grande para catalogar este caso como político”.
Na véspera, os deputados do Rússia Justa abandonaram em sinal de protesto a sessão da Duma Estatal (câmara baixa do Parlamento) depois das declarações do primeiro-ministro Vladimir Putin sobre as denúncias de fraude nas eleições em Astrakhan.
Putin aconselhou a oposição a recorrer aos tribunais e criticou o facto do candidato do Rússia Justa ter iniciado uma greve de fome antes de recorrer aos tribunais.
A greve de fome de Chein e dos seus apoiantes tem levado a Astrakhan numerosos líderes da oposição, o que fez com que até os canais de televisão controlados pelo Kremlin tenham começado a prestar atenção a esse problema.
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