domingo, abril 01, 2012

Terra Sangrenta, a Europa entre Hitler e Stalin


Texto enviado pelo leitor Jest:

A editora portuguesa Bertrand publicou a obra do historiador Timothy D. Snyder, chamada “Terra Sangrenta, a Europa entre Hitler e Stalin” (IBN: 9789722523639; 624 páginas; 21,90€).

Neste livro Timothy Snyder apresenta uma investigação pioneira sobre o local onde os europeus foram mortos aos milhões e uma explicação sustentada dos motivos e métodos de Hitler e Estaline. Fixa a história do Holocausto de Hitler e do Terror de Estaline no tempo e no espaço, apresenta episódios esquecidos dos homicídios em massa nazis e soviéticos e elabora um relato da relação entre os dois regimes sob uma nova perspectiva. Utilizando a literatura já existente e fontes primárias em todas as línguas relevantes, Snyder dedica especial atenção às fontes deixadas pelas vítimas: cartas para casa, bilhetes lançados de comboios ou diários descobertos com os cadáveres.


Em doze anos, as políticas de massacre deliberadas e não relacionadas com o combate dos regimes nazi e soviético mataram catorze milhões de pessoas, numa zona de morte, entre Berlim e Moscovo. Com o fim da guerra, as terras sangrentas caíram atrás da «cortina de ferro», deixando a sua história mergulhada na escuridão.
O texto do livro já foi previamente analisado no nosso blogue: Holodomores da Ucrânia: soviético e nazi

15 comentários:

trunks.s.s disse...

Lá vêem estes (re)históriadores, que não têm nada para fazer e põem-se a fazer comparações entre o maior assassino de sempre Hitler e Estaline. Como se fosse possível comparar os dois. Eles não descansarão enquanto o socialismo/comunismo não for visto como uma coisa igual ou pior ao fascismo. Mas isso nunca acontecerá.

trunks.s.s disse...

Lá vêem estes (re)historiadores que não têm nada para fazer, e põem-se a fazer comparações entre o maior assassino de sempre Hitler e Estaline. Como fosse possível comparar os dois. Eles não descansarão enquanto o socialismo/comunismo for visto como uma "coisa" igual ou pior ao fascismo. Mas isso nunca acontecerá.

Wandard disse...

Snyder como historiador tem um excelente trabalho de pesquisa histórica relacionada à Europa Central e do Leste, mais específicamente Polonia, Ucrania, Lituania e BieloRússia. Renomado colunista de vários jornais e com pelo menos 8 ou 9 livros conhecidos. Não obstante, mais da metade dos seus prêmios literários foram concedidos por países do leste europeu. O único porém é que é um americano, anticomunista e o foco de seu trabalho é tendencioso à questão soviética.

O livro em questão fugindo da parcialidade vale para reconstrução do fato histórico.

Fernando Negro disse...

Não percam também o muito bom documentário "The Soviet Story", que fala, entre outras coisas, sobre a inicial colaboração que houve entre a Alemanha nazi e a URSS.

Jest nas Wielu disse...

2 Wandard

Não creio que Snyder pode ser classificado de anti-comunista (a não ser que anti-comunista é qualquer historiador sem a filiação no PC), ele é um historiador muito isento, basta ler o seu livro “The Red Prince: The Secret Lives of A Habsburg Archduke” (Basic Books, 2008);

Wandard disse...

Caro Jest,

Não o considero totalmente parcial, como historiador que também sou, é possível perceber a tendência, no caso de Snyder ele existe porém não totalmente como é ocaso de outros historiadores americanos, britânicos ou de outras nacionalidades europeias. O livro "O Príncipe Vermelho" é bom porém não o acho tão interessante.

Abraço,

Anónimo disse...

Porque é que não é passível de se comparar Hitler e Estaline? Quando a ideologia não permite, estão aí os factos para contrariar estes preconceitos da esquerda: Só o Holodomor provocou mais vítimas que o Holocausto.

Aproveito para convidar a demonstrem-me a parcialidade nesta obra do Snyder que, por acaso, até estou a ler neste momento.

Jest nas Wielu disse...

2 Wandard

Creio que queria dizer "totalmente imparcial". Bem, não é por mal, mas se comparamos a "parcialidade" dele e as postagens do amigo Wandard contra EUA, Capitalismo, CIA, então meu Deus, o que é a "imparcialidade"?

É normal que não achou interessante o livro "O Príncipe Vermelho", o herói dedicou a sua vida a causa ucraniana que pode não lhe dizer muita coisa... No entanto só dei este exemplo para mostrar o equilíbrio do historiador. Grato.

Anónimo disse...

..."e na América lincham pretos"

Wandard disse...

Jest,

Não achei interessante, porque sou discordante do trabalho de Snyder em vários pontos assim como discordo de "Bloodlands" em diversos fatores, até mesmo pela controvérsia quanto aos números em um entrevista dada pelo mesmo ao Jornal La Repúbbica no ano passado com referência ao livro e a expressão usada por ele como que freiou os demais historiadores,que analisavam a questão das mortes de forma singular a cada situação. A arrogância do Sr. Snyder em dizer que "freiou" e até por considerar que seu livro é um estudo e não uma pesquisa sinceramente é muita pretensão, pois se formos só avaliar sua obra pelos números, a contestação fica fácil.

Quanto a imparcialidade, é todo direito seu achar ou ver da maneira que considerar mais adequada, porém foco meu trabalho pela verdade histórica, não tenho ideologia e estudo o passado, para compreender os movimentos humanos no presente e não para usar como bandeira contra qualquer governo, nação ou povo.

Quanto aos EUA, sou um grande admirador deste país pelo modo que ele se formou, e pela contribuição em vários segmentos para o desenvolvimento da humanidade. Mas jamais vou deixar de farlar e contestar o seu sentido imperialista, sua intromissão constante nos assuntos internos de outras nações e sua pretensão em ser a Nova Roma, e o mundo
unipolar. Quem quiser que seja o buldogue inglês da águia careca eu não. E quantas vezes vierem com colocações e considerações negativas contra a Rússia e quqlquer outra nação desafeta, continuarei rebatendo com quantas mazelas o Império de casas de madeira possua.

Como sempre desejo que a Ucrânia siga em paz e prosperidade para seu povo.

Abraço,

jmario disse...

O senhor Timothy Snyder gastava menos tempo a "investigar" se dedicasse o tempo a denunciar as mortes recentes de centenas de milhares de iraquianos, palestinianos e outros. Talvez até o senhor Milhazes pudesse contribuir para desmistificar as aldrabices que as elites dos EUA criaram em torno das armas de destruição em massa e da humanidade de luminárias como o senhor Blair, de ultraconservadores com a senhora Tatcher. De abutres como últimos presidentes dos EUA.

jmario disse...

O senhor Timothy Snyder, abençoado pelo senhor Milhazes, poderia explicar-nos porque os invasores do Iraque não são presos e julgados. Porque todos os meios de comunicação "Ocidental" calam autenticos genocidios como, por exemplo, o do extermínio lento mas gradual do povo Pslestiniano e de outros Povos.

Anónimo disse...

"Em doze anos, as políticas de massacre deliberadas e não relacionadas com o combate dos regimes nazi e soviético mataram catorze milhões de pessoas, numa zona de morte, entre Berlim e Moscovo."

Pobre Polônia, acabou como codeiro no meio dos lobos...

Jest nas Wielu disse...

Se calhar devemos exigir ao Sr. Snyder explicações severas do caso Jesus vs Pilates. Como aconteceu e porquê! E porque ele como historiador não se insurgiu contra a guerra da Troia, tana gente inocente pareceu naquela guerra e tudo por causa de uma mulher imperialista. Acho que MOSSAD está por traz disso!

Wandard disse...

"Se calhar devemos exigir ao Sr. Snyder explicações severas do caso Jesus vs Pilates. Como aconteceu e porquê! E porque ele como historiador não se insurgiu contra a guerra da Troia, tana gente inocente pareceu naquela guerra e tudo por causa de uma mulher imperialista."

Se ele conseguir ser imparcial e não entrar em controvérsia quanto aos números é uma boa idéia:)))

Agora ele tem de descer do pedestal e lembrar que é mais um historiador e não o historiador, pois neste caso é melhor deixar o posto para a ficção de JJ Benitez e sua Operação Cavalo de Troia e no segundo caso ele tem de se entender com Homero ou Homeros.:)))