Os produtos alimentares portugueses abrem caminho e impõem-se no mercado russo, sendo cada vez maior o número de empresários interessados em exportar para este promissor mercado.
“Desta
vez, a Associação Empresarial de Portugal trouxe a Moscovo e São Petersburgo 12
empresas que exportam vinhos, azeite, azeitonas, conservas de fruta e enchidos”,
disse à Lusa Maria Helena Ramos, da direção da AEP. “Trata-se da 4º edição da Portugal
Market Week em Moscovo.
Nas anteriores participaram 49 empresas e muitas já se
impuseram neste mercado”, acrescentou.
A
Maçarico, empresa da Praia de Mira que exporta azeitonas, molhos e azeites,
está presente no mercado russo há já 15 anos.
“Anualmente,
o volume de exportações dos nossos produtos para a Rússia ronda os 400 mil
euros, mas pretendemos crescer. No próximo ano, pretendemos atingir um milhão
de euros”, declarou à Lusa José Machado, administrador dessa empresa.
Os
vinhos portugueses estavam representados por nove empresas, seis das quais
estreiam-se neste tipo de eventos.
“Estamos
no início das exportações para a Rússia, mas as perspetivas são muito boas. Já
estabelecemos contactos com importadores russos e não duvidamos que eles
apreciarão os nossos vinhos”, comentou David Ferreira, diretor de vendas da
Quinta do Pinto, em Alenquer.
“Já
exportamos vinhos para dez mercados e agora tentamos entrar em mais três:
Japão, Tailândia e Rússia”, acrescentou.
As
Caves Messias também estudam o terreno, mas têm já objetivos definidos.
“Entre
3 a 5 anos
pretendemos chegar ao milhão de euros nas exportações de vinhos para a Rússia”,
revelou Messias Baptista, diretor de vendas.
As
caves do Esporão começaram a exportar vinhos para a Rússia em 2008, mas não
estão satisfeitos com os resultados conseguidos.
“Vendemos
anualmente cerca de 18 mil garrafas de vinho, mas queremos abrir novos canais
de fornecimento, nomeadamente de vinhos de alta qualidade”, Nicolas Giannone, diretor de vendas da
Esporão.
Nos
últimos anos tem-se registado um aumento sensível das exportações portuguesas
para o mercado russo. Nos primeiros seis meses de 2012, o crescimento foi,
segundo dados oficiais, de 67 por cento.
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