quarta-feira, julho 18, 2012

Moscovo liga atentados terroristas em Damasco a discussão de resolução na ONU

A Rússia classificou como “perigoso" o aumento das atividades dos terroristas na Síria no mesmo dia em que o Conselho de Segurança da ONU discute a crise no país, disse hoje Guennadi Gatilov, vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros.

"É uma norma perigosa que, quando no Conselho de Segurança da ONU têm lugar discussões sobre a normalização síria, os terroristas aumentam operações para fazer gorar tudo", escreveu o diplomata russo na sua conta no Twitter.

Serguei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, considerou que, nesta situação, aprovar sanções internacionais contra o regime de Bashar Assad significará apoiar o movimento insurreto.

"Em vez de acalmar a oposição, alguns dos nossos parceiros não fazem mais do que incitá-los a continuar a luta... Mais, seguramente que já ouviram falar das operações "Vulcão de Damasco", "Batalha pela capital" e "Combate decisivo", comentou Lavrov.

O chefe da diplomacia russa defende que apoiar a oposição "conduz a um impasse, porque o Presidente Bashar Assad não sairá por vontade própria".

"Exercer pressões sobre uma das partes do conflito significa participar numa guerra civil e ingerir-se nos negócios internos de um Estado", concluiu.

Em cima da mesa do Conselho de Segurança da ONU estão dois projetos de resolução. O projeto russo prevê o prolongamento da missão de observadores das Nações Unidas por mais três meses, mas não contém qualquer tipo de sanções contra o regime de Bashar Assad.

O projeto britânico, que é apoiado também pela França e Estados Unidos, prevê sanções segundo o capítulo VII da Carta da ONU.

Os países ocidentais ameaçam não prolongar a missão de observadores se a China e Rússia não apoiarem esse documento.



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