O enviado especial da ONU para a Síria, Kofi Annan, considerou hoje que o Conselho de Segurança da ONU vai saber elaborar uma resolução com fórmulas aceitáveis para todos sobre o conflito.
"Esperamos que os membros do Conselho de Segurança da ONU continuem a discussão e encontrem uma fórmula aceitável para todos nós e segundo a qual se irá continuar o trabalho posterior", declarou, no final de um encontro com o Presidente russo, Vladimir Putin.
Annan espera que o Conselho de Segurança "envie um sinal claro sobre a inadmissibilidade da violência".
O enviado especial da ONU considerou o encontro com o dirigente russo no Kremlin "muito bom".
"Falámos dos passos que é preciso dar para pôr fim à violência e passar ao processo de paz. Também abordámos as discussões que estão a ter lugar no Conselho de Segurança da ONU sobre a resolução", concluiu.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, que participou no encontro, afirmou acreditar ser possível conseguir um consenso no Conselho de Segurança da ONU.
"Chegámos a um consenso difícil na conferência convocada para Genebra por Kofi Annan. O documento de Genebra é consensual e não vejo razões para que não possamos chegar a um acordo também no Conselho de Segurança. Nós estamos prontos para isso", frisou Lavrov.
Porém, nem Annan, nem Lavrov divulgaram qual poderá ser a base do consenso.
Em cima da mesa do Conselho de Segurança da ONU estão dois projetos de resolução. O projeto russo prevê o prolongamento da missão de observadores das Nações Unidas por mais três meses, mas não contém qualquer tipo de sanções contra o regime de Bashar al-Assad.
O projeto britânico, que é apoiado também pela França e Estados Unidos, prevê sanções segundo o capítulo VII da Carta da ONU.
Os países ocidentais ameaçaram não prolongar a missão de observadores se a China e Rússia não apoiarem esse documento.
Qual será a fórmula comum?
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