A Rússia está preocupada com os planos dos países ocidentais de
intervenção na Síria, declarou hoje Guennadi Gatilov, vice-ministro russo dos
Negócios Estrangeiros.
“Partimos do
princípio de que quaisquer medidas devem ser aprovadas coletivamente no quadro
do Conselho de Segurança da ONU e quaisquer passos unilaterais desviarão da
busca da solução política da crise síria”, acrescentou.
Segundo o
diplomata, cada país tem o direito de definir a sua política, “mas para nós é
inabalável a verdade de que quaisquer medidas desse tipo, unilaterais ou de
grupo, que não sejam acordadas no quadro do CS da ONU, não conduzirão a uma
regularização sólida e real”.
Gatilov criticou
as palavras de Bam Ki-moon, secretário-geral da ONU, que considerou que “o
Conselho de Segurança está paralisado e não pode tomar decisões”.
“Essas palavras são
completamente incorretas. Aqui não se trata da capacidade ou não do CS da ONU,
mas do desejo de todos os jogadores fulcrais de encontrarem decisões necessárias que satisfaçam a todos”,
acrescentou.
Gatilov sublinhou
que a Rússia se manifesta contra a aprovação de decisões no Conselho de
Segurança que “depois, abram caminho a quaisquer ações de força unilaterais”.
“Enquanto
principal funcionário das Nações Unidas, Bam Ki-moon deve tomar posições
cuidadas e ponderadas, principalmente quando se trata de graves situações de
crise”, frisou.
Para o diplomata
russo, o secretário-geral da ONU deve “ter em conta as posições de todos os
grupos fundamentais de Estados, principalmente sobre questões tão graves e
importantes como a crise na Síria”.
“Considero que
medidas unilaterais, tanto mais à margem do CS, são um caminho incorreto. Só o
CS da ONU tem o direito de tomar decisões sobre a regularização de conflitos
internacionais em situações de grave crise”, concluiu.
Estas declarações
da diplomacia russa são as primeiras com uma forte carga crítica na direção do
Ban Kim-moon.
4 comentários:
O Irão também falou sobre uma possível intervenção estrangeira,
que considero relevante adicionar.
Irão admite presença do Exército dos Guardiães na Síria
Pela primeira vez, o Irão admite ter enviado para a Síria membros do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica e não descarta a hipótese de uma ação militar integrada, em caso de ataque exterior a Damasco...
http://pt.euronews.com/2012/09/16/irao-admite-presenca-do-exercito-dos-guardiaes-na-siria/
Quanto a Ban Kim-moon, realmente não esteve bem, relativamente ao cargo que ocupa.
Quanto a uma intervenção na Síria, acho difícil...
E agora com mais estas confusões em países àrabes a coisa não está nada bem para intervenções "libertadoras"
Além dos protestos e confusões que dispararam pelo mundo devido ao famigerado vídeo, o clima entre China e Japão vieram esquentar o tabuleiro geopolítico. O Tio Sam tem muitos pratos para girar e tanto ele como seus aliados não possuem saüde financeira para aventuras. De resto o já desgastante e cansativo jogo de desinformação que se tornou a marca registrada nestas duas primeiras décadas deste século.
Além dos protestos e confusões que dispararam pelo mundo devido ao famigerado vídeo, o clima entre China e Japão vieram esquentar o tabuleiro geopolítico. O Tio Sam tem muitos pratos para girar e tanto ele como seus aliados não possuem saüde financeira para aventuras. De resto o já desgastante e cansativo jogo de desinformação que se tornou a marca registrada nestas duas primeiras décadas deste século.
O Irão já admitiu que mandou para lá tropa de elite.
Quando é que a Grã-Bretanha admite que tem lá as suas forças de elite, ainda antes da guerra civil síria ter começado?
E quando é que a Líbia admite que tem mandado para lá mercenários, porque a juventude que se rebelou contra Kadaffi continua sem emprego, e prestes a mandar aquilo abaixo?
Enviar um comentário