segunda-feira, outubro 15, 2012

Partido Rússia Unida vence eleições regionais num escrutínio marcado por grande abstenção




Em cinco regiões do país realizaram-se eleições diretas de governadores, abolidas em 2004 durante o primeiro mandato presidencial de Putin, tendo os candidatos da Rússia Unida vencido em todos os escrutínios.
O Partido Rússia Unida, dirigido pelo primeiro-ministro Dmitri Medvedev, vence nas eleições regionais na Rússia realizadas na véspera, enquanto que a oposição fala de numerosas fraudes e baixa afluência.
O partido do Kremlin conquistou também a maioria nas assembleias legislativas de seis dos 83 membros da Federação da Rússia: Ossétia do Norte e Udmurtia, Krasnodar, Penza, Saratov e Sacalina.
Estas eleições são as primeiras depois da entrada em vigor das reformas políticas realizadas pelo ex-Presidente Medvedev, que liberalizou consideravelmente o registo de partidos e os requisitos para a inscrição de candidatos nos processos eleitorais.
A ONG “Golos” denuncia centenas de fraudes durante o escrutínio, protesto acompanhado pelos partidos da oposição.
 “As dimensões da desgraça [fraudes] espantam. As pessoas eram transportadas em grupo para as mesas de voto”, denuncia Vadim Potomski, candidato do Partido Comunista na região de Briansk.
“Eu telefonei aos dirigentes das nossas organizações regionais e todos coincidem numa coisa: nunca assistimos a tantos “carrosséis” organizados, a esquemas de votar por eleitores que não compareceram”, afirma Nikolai Levitchev, um dos dirigentes do Partido Rússia Justa.
A abstenção foi uma das maiores registadas em escrutínios eleitorais do país.
“As eleições regionais devem levar o poder a meditar seriamente. O partido dirigente repete todos os erros do Partido Comunista da União Soviética, que consistem na usurpação do poder”, considera Igor Lebedev, vice-presidente do Partido Liberal Democrático da Rússia (nacionalista).
“Houve manifestações de protesto só em Moscovo, mas o protesto na província manifestou-se na abstenção”, acrescenta.
O antigo primeiro-ministro russo e dirigente do partido liberal PARNAS, Mikhail Kassianov, defende que as autoridades tudo fizeram para que as pessoas não fossem votar.
As autoridades, pelo seu lado, consideram que o escrutínio decorreu normalmente e Dmitri Medvedev já veio felicitar o seu partido pela vitória nas eleições regionais, sublinhando que ela foi maior do que a conseguida nas parlamentares de dezembro passado.


3 comentários:

PortugueseMan disse...

Mas que grande cacetada.

Não deixo de achar engraçado às afirmações para tentar justificarem um tão mal resultado da oposição.

Uns dizem:

“As dimensões da desgraça [fraudes] espantam. As pessoas eram transportadas em grupo para as mesas de voto”

Outros:

“Houve manifestações de protesto só em Moscovo, mas o protesto na província manifestou-se na abstenção”

e também há quem diga que:

que as autoridades tudo fizeram para que as pessoas não fossem votar.

Fantástico.

Uns foram porque tinham boleia e agradeciam em votos...

Outros manifestaram-se não indo, recusando assim dar o seu voto, estranho não se terem lembrado de ir entregar o seu voto à oposição... esqueceram-se, tava frio...

E para outros as autoridades só deixavam passar quem dissesse que ia votar no governo

Pelos vistos ninguém pensou é que a população não acredita na oposição e muitos dos que acreditam no governo nem estiveram para ir votar...

Que grande cacetada.

Anónimo disse...

"The GOLOS Association (Cyrillic: ГОЛОС, meaning "vote" or "voice")[1] is a Russian organisation established in 2000 to protect the electoral rights of citizens and to foster civil society. As of 2008, the organisation covers 40 Russian regions. It is the only election watchdog active in Russia that is independent of the Russian government.[2] The organisation is in part funded by the United States government through the National Endowment for Democracy.[3] For this reason, a new Russian law will require Golos to present itself as a "foreign agent" in outward communication"

Como casar com um milionário disse...

Dona Irina Shayk assumiu que quer ser indecentemente rica porque os russos adoram dinheiro, nunca é de mais.
Ora aí está a explicação de todos os males dessa terra. É a competição vale tudo para saber quem tem mais.
Quanto à Irina, terá de arranjar um mais ricaço que o Ronaldo, que na Rússia há alguns, quando a fama do Ronaldo já lhe tenha enchido os bolsos de chorudos contratos. Vamos a isso, que está a perder tempo, rica.
Até há um estudo universitário que diz que as mulheres se esmeram na arte do engate quando há crise, embora a crise não atinja a Irina. Mas nós, moças pobres, vamos lá gastar os últimos cêntimos em batons, roupinha e restante aparato, sabe-se lá se ainda ganhamos à Irina ricaça no jackpot russo.