segunda-feira, novembro 05, 2012

Medida tardia e com forte concorrência

A Agência Lusa noticia hoje que: "O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, divulgou hoje o sistema dos vistos "Gold" junto dos embaixadores de países não europeus, no Palácio das Necessidades, em Lisboa.
De acordo com o porta-voz do MNE, Paulo Portas reuniu-se hoje manhã, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, com mais de 30 embaixadores de países não europeus, aos quais explicou o novo sistema de atribuição de vistos de residência em Portugal como contrapartida a investimentos ou transferência de capitais superiores a um milhão de euros".
Esta medida perca por atraso, pois ela deveria ser tomada bem antes, pois agora parece um acto de desespero para arranjar dinheiro. 
Digo isto pelo menos em relação ao mercado russo, porque o conheço melhor. Há uns anos atrás, enquanto os imigrantes ilegais do Leste Europeu entravam em Portugal com vistos de turismo passados pela Alemanha, espanha, etc., os portugueses eram mais papistas que o Papa. Os russos tinham de suar para visitar o nosso país como turistas.
Devo reconhecer que, agora, a situação mudou muito e pela positiva, pois, para um cidadão russo, tornou-se bem mais fácil visitar Portugueal como turista ou receber um visto com base na propriedade de residência ou negócio.
Porém, não é só Portugal que está com a corda ao pescoço e precisa de investimentos. Por exemplo, a Hungria também está financeiramente em maus lençóis e prepara-se para aprovar uma lei que concede cidadania, mas em troca da aquisição de títulos de dívida húngara no valor de 250 mil euros, ou seja, quatro vezes menos do que Portugal pede.
Como o passaporte húngaro, tal como o português, permite viajar por todo o espaço Schengen, pergunto: porque razão é que os candidatos a europeus irão pagar 1 milhão em vez de 250 mil?
E não é de ficar surpreendido se, um dia destes, algum país da UE baixar ainda mais a fasquia.
Desejo sorte à nova lei portuguesa, mas duvido que seja utilizada por muitos. Espero enganar-me nas previsões.  

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