quinta-feira, dezembro 13, 2012

Rússia não exclui vitória da oposição síria devido a apoio externo



O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros Mikhail Bogdanov não excluiu hoje a possibilidade da vitória da oposição no conflito armado devido ao apoio externo.
“É preciso olhar de frente para os factos, a tendência é que o regime e o Governo na Síria percam cada vez mais o controlo e cada vez mais e mais território. Infelizmente, não se pode excluir a vitória da oposição”, considerou ele, numa reunião da Câmara Social junto da Presidência Russa.
O diplomata assinalou que a preparação de combatentes, o fornecimento de armas do estrangeiro, o reconhecimento da Coligação Nacional como poder legítimo apenas alimentam a sua confiança na vitória.
“Eles afirmam que a vitória já não está longe: “brevemente, conquistaremos Aleppo, brevemente, conquistaremos Damasco”, e que já controlam 60 por cento do território”, precisou.
Porém, Bogdanov acrescentou que a Rússia não planeia, por enquanto, evacuar os seus diplomatas e famílias da Síria.
“Temos planos e estamos prontos para qualquer caso. Porém, esse caso ainda não aconteceu”, comentou.
As embaixadas da Rússia e da Ucrânia em Damasco reforçaram a segurança depois de terem recebido ameaças de um dos grupos da oposição síria.


Entretanto, o Ministério da Defesa da Rússia recebeu de forma positiva a promessa, feita por um alto representante da NATO, de que a aliança não planeia uma intervenção militar na Síria, declarou hoje uma fonte oficial russa.
Esta promessa foi feita durante uma reunião do general dinamarquês Knud Bartels, presidente do Comité Militar da NATO, com o general Valeri Guerassimov, chefe do Estado-maior das Forças Armadas da Rússia, realizada em Moscovo.
“A Aliança Atlântica não planeia uma ingerência militar na Síria. Esta declaração do chefe do Comité Militar da NATO foi recebida com satisfação pela parte russa. Isso significa que se a NATO continuar a manter essa posição, não começará ações militares contra a Síria, não obstante o desenvolvimento da situação nesse país”, precisou Serguei Kochelov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia.
“O cenário líbio não se repetirá na Síria”, acrescentou.
Kochelov frisou que a declaração do general Bartel “contrasta radicalmente com as declarações a esse respeito da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton,  de outras personalidades oficiais de Estados da NATO e com as publicações nos órgãos de informação ocidentais”, concluiu.

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