O vice-ministro
russo dos Negócios Estrangeiros Mikhail Bogdanov não excluiu hoje a
possibilidade da vitória da oposição no conflito armado devido ao apoio
externo.
“É preciso olhar
de frente para os factos, a tendência é que o regime e o Governo na Síria
percam cada vez mais o controlo e cada vez mais e mais território.
Infelizmente, não se pode excluir a vitória da oposição”, considerou ele, numa
reunião da Câmara Social junto da Presidência Russa.
O diplomata
assinalou que a preparação de combatentes, o fornecimento de armas do
estrangeiro, o reconhecimento da Coligação Nacional como poder legítimo apenas
alimentam a sua confiança na vitória.
“Eles afirmam que
a vitória já não está longe: “brevemente, conquistaremos Aleppo, brevemente,
conquistaremos Damasco”, e que já controlam 60 por cento do território”,
precisou.
Porém, Bogdanov
acrescentou que a Rússia não planeia, por enquanto, evacuar os seus diplomatas
e famílias da Síria.
“Temos planos e
estamos prontos para qualquer caso. Porém, esse caso ainda não aconteceu”,
comentou.
As embaixadas da
Rússia e da Ucrânia em Damasco reforçaram a segurança depois de terem recebido
ameaças de um dos grupos da oposição síria.
Entretanto, o Ministério da
Defesa da Rússia recebeu de forma positiva a promessa, feita por um alto
representante da NATO, de que a aliança não planeia uma intervenção militar na
Síria, declarou hoje uma fonte oficial russa.
Esta promessa foi
feita durante uma reunião do general dinamarquês Knud Bartels, presidente do
Comité Militar da NATO, com o general Valeri Guerassimov, chefe do Estado-maior
das Forças Armadas da Rússia, realizada em Moscovo.
“A Aliança
Atlântica não planeia uma ingerência militar na Síria. Esta declaração do chefe
do Comité Militar da NATO foi recebida com satisfação pela parte russa. Isso
significa que se a NATO continuar a manter essa posição, não começará ações
militares contra a Síria, não obstante o desenvolvimento da situação nesse
país”, precisou Serguei Kochelov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia.
“O cenário líbio
não se repetirá na Síria”, acrescentou.
Kochelov frisou
que a declaração do general Bartel “contrasta radicalmente com as declarações a
esse respeito da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, de outras personalidades oficiais de Estados
da NATO e com as publicações nos órgãos de informação ocidentais”, concluiu.
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