O Kremlin adiou até 1 de julho a data limite para que os funcionários
públicos fechem as suas contas bancárias no estrangeiro e declarem propriedades
fora do país, anunciou hoje Serguei Ivanov, chefe da Administração Presidencial
da Rússia.
Ele precisou que a
entrada em vigor dessa decisão foi adiada de 1 de Abril porque “ainda não foi
aprovada a respetiva lei” pelo Parlamento.
Segundo Ivanov, os
funcionários públicos deverão apresentar “um documento único sobre rendimentos
e despesas no ano anterior”.
Porém, acrescentou
que a lei “não tem efeito retroativo”.
Esta nova lei
abrangerá também os gerentes das companhias públicas, nomeadamente da Gazprom e
da Rosneft.
“Não é proibido
ter imobiliário no estrangeiro, mas deve ser declarado e com que meios foi
adquirido. O incumprimento desta exigência implicará o despedimento por perda
de confiança”, frisou Ivanov.
O alto funcionário
do Kremlin prometeu proteção judicial aos cidadãos que denunciarem a lei, salvo
se eles participaram no ato de corrupção, bem como não dar seguimento a
denúncias anónimas.
Esta decisão
enquadra-se em mais uma campanha de combate à corrupção realizada pelo Kremlin.
Serguei Ivanov
anunciou que, em 2011, mais de 1,3 milhões de declarações, tendo sido
inspecionadas 211 mil e detetado violações em 16 mil.
Evgueni Chkolov,
assessor de Ivanov, precisou que foram despedidos 320 funcionários, entre os
quais generais do Ministério para Situações de Emergência da Rússia.
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