A Assembleia
Municipal de Moscovo decidiu conceder dinheiro para a restauração da estátua de
Félix Dzerjinski, fundador da polícia política soviética Tcheka-NKVD-KGB, e
para o seu regresso ao local onde se encontrava, na praça onde se encontravam
os edifícios centrais dessa polícia e hoje está o Serviço Federal de Segurança.
“Considero que ela
deve ser restaurada, voltar ao seu lugar. Se assim for, não sei para que a
tiraram de lá. Se dizem que foi concedido dinheiro para isso, então o processo
deve ser acabado”, declarou Andrei Metelskii, presidente da Assembleia
Municipal de Moscovo.
Já foram feitas
outras tentativas de fazer voltar o “Félix de Ferro”, como era conhecido
Dzerjinski pela sua “firmeza” no combate aos opositores dos comunistas na União
Soviética, mas falharam devido aos protestos dos moscovitas, mas parece que
desta vez o regresso de Félix se deve concretizar.
Esta medida é
apresentada como uma reposição da verdade histórica e justificada pelo facto de
o lugar deixado vago pela estátua, a larga Praça da Lubianka, ficar
paisagísticamente desequilibrado, mas os defensores do regresso do pai do
terror comunista fazem de contam que não sabem que antes da estátua a Félix
Dzerjinski aí se encontrava uma bela fonte.
Em Agosto de 1991,
depois da tentativa falhada dos comunistas soviéticos de derrubar o reformador
Mikhail Gorbatchov, eu estive junto dessa estátua quando discursavam conhecidos
opositores do comunismo como escritor Alexandre Soljenitzin e o músico Sviatoslav Rastropovitch. Vi a
alegria nos olhos incrédulos dos manifestantes que acreditavam com dificuldade
no que estavam a ver: o fim de um dos regimes mais cruéis não só do séc. XX,
mas também da história.
Depois,
aproximou-se um camião com uma enorme grua que arrancou com grande dificuldade Félix
Dzerjinski do seu pedestal. Os presentes julgavam que a retirada era
definitiva, mas enganaram-se.
Depois de Vladimir
Putin, antigo coronel do KGB soviético, a lápide com o busto de Iúri Andropov,
um dos antigos dirigentes da polícia política soviética, retirada em Agosto de
1991, voltou a ocupar o seu lugar.
Agora parece ter
chegado a vez do regresso de outro carrasco, ainda mais cruel, pois é ele que
dirige o “terror vermelho”, quando milhares de pessoas foram presas e
assassinadas apenas porque não aceitaram a tomada do poder pelos bolcheviques
através da força.
A ele pertencem as
seguintes palavras: "Um membro da Tcheka deve ter a cabeça fria, o coração
quente e as mãos limpas." O resultado foram milhões de mortos, a
transformação da URSS num gigantesco GULAG.
8 comentários:
É importante constar que o Grande Revolucionário Feliks Dzierżyński, em russo: Феликс Эдмундович Дзержинский, foi um político polaco. Comunista poloco, fundador da ЧК - чрезвычайная комиссия, a primeira organização para a defesa da Revolução na União Soviética. Foi também um dos fundadores do Partido Social Democrata da Polônia em 1900. Passou a maior parte da sua vida preso por suas atividades em defesa da classe operária e dos povos eslavos.
Manuel Gonçalves, o Papa João Paulo II nem sequer esteve na Rússia, quanto mais no Kremlin.
Feliks Dzierżyński, em russo: Феликс Эдмундович Дзержинский, de origem polaca, família nobre, nasceu na aldeia da família, Dzierżynowie, em 30 de agosto de 1877. Faleceu em Moscou, em 20 de julho de 1926. Foi um revolucionário comunista polaco. Famoso como fundador da Checa (ЧК - чрезвычайная комиссия), Comissão Extraordinária, Departamento de Estado soviético, conhecido por combater reacionários e mercenários contrarrevolucionários durante a Guerra Civil Russa.
Nasceu em uma família aristocrática polaca (szlachta) que vivia nas cercanias de Mińsk. Em 1895 se filiou ao Partido Socialdemocrata da Lituânia. Em 1896 foi expulso da escola em Wilno, motivo: “distribuir propaganda comunista” e “falar o idioma polaco”. Fundou o Partido Socialdemocrata da Polônia - PPS -.
Passou significativos períodos de sua vida encarcerado. Sempre detido por suas atividades revolucionarias. Foi deportado para a Sibéria entre 1897 e 1900. Se exilou em Berlim em 1901. Agregou-se à fração Bolchevique do Partido Operário Socialdemocrata da Rússia em 1903 e regressou para participar da Revolução Russa de 1905. Novamente preso pela Охранное отделение (polícia sanguinária do império czarista), encarcerado até 1912. Voltou à incansável atividade política, novamente preso pela mesma Охранное отделение, até 1917 quando foi libertado em consequência da Revolução de Fevereiro.
Opôs-se tenazmente à permanência da Rússia na Primeira Guerra Mundial. Apoiou os bolcheviques e durante a Revolução de Outubro integrou o Comitê Militar Revolucionário que esteve à frente da revolução. Ato contínuo, foi encarregado de organizar e dirigir a Checa. Realizou esse trabalho de forma eficaz e com invejável competência, com mãos de ferro, especialmente após o início da Guerra Civil Russa em maio de 1918.
Durante a guerra civil promoveu a construção de alojamentos para acolhimento e educação das crianças órfãs ou em situação de desconforto social. A partir dele as “creches” se institucionalizaram pelo mundo. Morreu de infarto quando pronunciava um discurso político.
Apreciado pela revolução, elogiado “como idealista a toda prova e cavalheiro implacável” por Victor Serge (Виктор Лвович Кибальчич), foi e é odiado pelos inimigos da classe operária, pelos reacionários de todas as estirpes, que o consideram responsável por repressões, prisões e execuções. A polêmica sobre sua personalidade permanece: o monumento em sua honra, na Praça Lubyanka de Moscou, foi derrubado em agosto de 1991, Wladimir Putin determinou que sua estátua fosse reposta no Ministério do Interior e o governo da Bielorrússia erigiu um monumento em sua homenagem. Segue-se um intenso debate entre organizações russas, lituanas, polacas e bielorrussas sobre a valorização da vida e obra de Dzierżyński.
José Milhazes poupe um pouco desse ódio.
Vai fazer-lhe falta quando desencadear a campanha de propaganda para retirar o nome da cidade com o mesmo nome ali bem perto de Nizni Novgorod.
Vá lá ver a estatua imponente que a população ergueu ao Feliz naquele enorme parque junto ao OKA.
Mas que raio como como é possível o Milhazes conseguir acumular tanto ódio a um sistema que lhe deu o ser?
José Milhazes já vai sendo tempo de começar a ler o seu colega HISTORIADOR Yuri Zhukov.
E ao mesmo tempo ir informando quem o lê sobre aquilo que foi encontrado nos arquivos Soviéticos.
É tudo uma questão de ética e de moral.
O melhor é o José Milhazes pirar-se da Rússia o mais depressa possível primeiro por não ser eslavo e depois por não alinhar com a política de patriotismo nacional em curso.
Djerjinski, um cruel assassino comunista descendente da Aristocracia Polaca!
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