Na nova Ucrânia, finalmente liberta do corrupto e pro-russo presidente Yanukovitch, o poder, cada vez mais nas mãos dos libertadores apoiados pela União Europeia e Estados Unidos, recomendáveis cidadãos a mando de um dos partidos do poder impõe a sua recém-adquirida autoridade de forma enérgica e quem sabe mesmo, democrática.
Esta gente é reconhecida pelo Ocidente como os verdadeiros e legítimos representantes da Ucrânia.
O grave de coisas destas é que vão acelerar a divisão do país.
Não me está a agradar nada a formação das novas forças demasiado alinhadas com este pseudo governo. Parece que poderão ser usadas num contexto de guerra civil onde os militares possam estar relutantes em actuar
Os outros vídeos que circulam onde se vêm rapazes de vinte anos a praticar determinados atos, que eu diria de Bulling, de vandalismo ou de holiganismo não devem provocar receio, apesar das bandeiras que transportam. Eles próprios não sabem o simbolismo delas, nem o stress que provocam nos sobreviventes do holocausto da Segunda Grande Guerra. Do mesmo modo vejo os atos daqueles jovens que, gritando “Rússia, Rússia” arrancam as bandeiras ucranianas dos edifícios na zona ocidental da Ucrânia. As chamadas Unidades de auto-defesa em Kiev não praticam atos destes. Se o fizessem seria de recear algo. Este vídeo sim. Trata-se de pessoas adultas, um deles deputado, outro que se diz do Comité de Comunicação, que não estão contentes por o Primeiro Canal Nacional da Ucrânia ter transmitido em direto a cerimónia de assinatura da reunificação da Crimeia e da cidade de Sevastopol com a Rússia e o respetivo discurso de Putin nessa cerimónia. Afinal há setores em Kiev que tentam evitar que a versão russa dos acontecimentos na Ucrânia cheguem aos ouvidos dos ucranianos. Talvez seja por desespero. Porque ao contrário da máquina de propaganda russa, a Ucrânia não está a conseguir passar a sua mensagem.
O futuro da Ucrânia terá que passar por um governo e parlamento representativo de todas as regiões. Actualmente o autoproclamado governo não tem essa legitimidade porque o parlamento apenas funciona com metade dos deputados. A fractura da Ucrânia não é o regresso à Guerra FRia, mas sim o regresso à geopolítica anterior a 1914 entre a área de influência do Império Austro-Hungaro e a área de influência do Império Russo. A guerra fria apenas congelou esta oposição hist´rica. O qque está a acontecer na Europa é a reconstituição das áreas de influência dos impérios alemão e austro-hungaro agora sob a capa da "União Europeia". Aliás a própria guerra da Jugoslávia promovida pela UE apoiando a Croácia que tradiconalmente pertencia também ao antigo Império Austro-Hungaro. Mesmo a Turquia procura recompor a sua influência na Ásia Central e no Kosovo.
Acresce que os meus de comunicação ucranianos transmitem na sua grande maioria em língua ucraniana, língua que na rússia quase ninguém entende. Assim é impossível pasar a mensagem. Ao contrário, na Ucrânia, a grande maioria das pessoas entende Russo. A mensagem passa.
Carlos Caseiro, informa-te bem, pois na Ucrânia há muitos, mas muitos órgãos de informação em russo e, na Rússia, pode-se ter acesso, pelo menos através da NET. Quanto à versão russa dos acontecimentos, como é possível impedir que ela chegue aos ucranianos?
Eu se fosse russo fugia daqueles bárbaros e são estes bárbaros que têm o apoio da América e da Alemanha? Esta gente não come? Não têm electricidade para pagar? Como vivem? Parece que estamos a regressar ao tempo dos escravos (eslavos quer dizer escravos)
uma agressão bastante-fraca, duas ou três chapadas nada mais...
Os apartamentos secretos do Alexander Panteleymonov ("o agredido"), pagos pelos impostos dos cidadãos da Ucrânia: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=232436613625369&id=100005770962166
Ah, ok, fico a saber que uma agressão, para ser digna desse nome, tem de envolver, sei lá, uns pontapés na boca, talvez umas bastonadas nas mãos ou na cabeça, quem sabe até uma facada amiga ou um simpático tiro...
Se isto se tivesse passado na Rússia, seria "mais uma prova da bestialidade dos russos e da falta de democracia, bla, bla, bla", mas como é na "europeia" Ucrânia, o tipo em causa tem propriedades, não pertence ao partido "certo" e os actos são cometidos pelos "democratas" de serviço, então a agressão até é fraquita.
Convém já agora dizer que foi mais ou menos assim, ou sob a ameaça de uso da força, que metade dos deputados do parlamento ucraniano se por na alheta.
Mas é o governo desta gente que é reconhecido como legítimo pela "comunidade internacional".
9 comentários:
O grave de coisas destas é que vão acelerar a divisão do país.
Não me está a agradar nada a formação das novas forças demasiado alinhadas com este pseudo governo. Parece que poderão ser usadas num contexto de guerra civil onde os militares possam estar relutantes em actuar
Os outros vídeos que circulam onde se vêm rapazes de vinte anos a praticar determinados atos, que eu diria de Bulling, de vandalismo ou de holiganismo não devem provocar receio, apesar das bandeiras que transportam. Eles próprios não sabem o simbolismo delas, nem o stress que provocam nos sobreviventes do holocausto da Segunda Grande Guerra. Do mesmo modo vejo os atos daqueles jovens que, gritando “Rússia, Rússia” arrancam as bandeiras ucranianas dos edifícios na zona ocidental da Ucrânia.
As chamadas Unidades de auto-defesa em Kiev não praticam atos destes. Se o fizessem seria de recear algo.
Este vídeo sim. Trata-se de pessoas adultas, um deles deputado, outro que se diz do Comité de Comunicação, que não estão contentes por o Primeiro Canal Nacional da Ucrânia ter transmitido em direto a cerimónia de assinatura da reunificação da Crimeia e da cidade de Sevastopol com a Rússia e o respetivo discurso de Putin nessa cerimónia.
Afinal há setores em Kiev que tentam evitar que a versão russa dos acontecimentos na Ucrânia cheguem aos ouvidos dos ucranianos. Talvez seja por desespero. Porque ao contrário da máquina de propaganda russa, a Ucrânia não está a conseguir passar a sua mensagem.
O futuro da Ucrânia terá que passar por um governo e parlamento representativo de todas as regiões. Actualmente o autoproclamado governo não tem essa legitimidade porque o parlamento apenas funciona com metade dos deputados. A fractura da Ucrânia não é o regresso à Guerra FRia, mas sim o regresso à geopolítica anterior a 1914 entre a área de influência do Império Austro-Hungaro e a área de influência do Império Russo. A guerra fria apenas congelou esta oposição hist´rica. O qque está a acontecer na Europa é a reconstituição das áreas de influência dos impérios alemão e austro-hungaro agora sob a capa da "União Europeia". Aliás a própria guerra da Jugoslávia promovida pela UE apoiando a Croácia que tradiconalmente pertencia também ao antigo Império Austro-Hungaro. Mesmo a Turquia procura recompor a sua influência na Ásia Central e no Kosovo.
Acresce que os meus de comunicação ucranianos transmitem na sua grande maioria em língua ucraniana, língua que na rússia quase ninguém entende. Assim é impossível pasar a mensagem.
Ao contrário, na Ucrânia, a grande maioria das pessoas entende Russo. A mensagem passa.
Carlos Caseiro, informa-te bem, pois na Ucrânia há muitos, mas muitos órgãos de informação em russo e, na Rússia, pode-se ter acesso, pelo menos através da NET.
Quanto à versão russa dos acontecimentos, como é possível impedir que ela chegue aos ucranianos?
-Pode ser que este http://youtu.be/Un7vPUavO_E- venha a ter a mesma sorte ...e venha a ser postado mais adiante um dia destes.
Este está bloqueado no You Tube . mas desprezível em http://actualidad.rt.com/actualidad/view/122963-video-ucrania-crimen-orden -
aferreira
Eu se fosse russo fugia daqueles bárbaros e são estes bárbaros que têm o apoio da América e da Alemanha? Esta gente não come? Não têm electricidade para pagar? Como vivem?
Parece que estamos a regressar ao tempo dos escravos (eslavos quer dizer escravos)
uma agressão bastante-fraca, duas ou três chapadas nada mais...
Os apartamentos secretos do Alexander Panteleymonov ("o agredido"), pagos pelos impostos dos cidadãos da Ucrânia:
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=232436613625369&id=100005770962166
Ah, ok, fico a saber que uma agressão, para ser digna desse nome, tem de envolver, sei lá, uns pontapés na boca, talvez umas bastonadas nas mãos ou na cabeça, quem sabe até uma facada amiga ou um simpático tiro...
Se isto se tivesse passado na Rússia, seria "mais uma prova da bestialidade dos russos e da falta de democracia, bla, bla, bla", mas como é na "europeia" Ucrânia, o tipo em causa tem propriedades, não pertence ao partido "certo" e os actos são cometidos pelos "democratas" de serviço, então a agressão até é fraquita.
Convém já agora dizer que foi mais ou menos assim, ou sob a ameaça de uso da força, que metade dos deputados do parlamento ucraniano se por na alheta.
Mas é o governo desta gente que é reconhecido como legítimo pela "comunidade internacional".
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