quinta-feira, abril 24, 2014

Irá Putin ocupar o Leste da Ucrânia?


Acabei de conversar, por telefone, com um velho amigo jornalista e historiador que nasceu e trabalha em Kiev, que me confirmou algumas das apreensões que me assaltaram nos últimos dias.
Há um intervalo temporal entre o meu anterior texto sobre a situação na Ucrânia e este, pois era muito difícil compreender o que se está passar naquele país.
Espero que me engane, mas a Rússia vai acabar por ocupar o Leste da Ucrânia, directa ou indirectamente, desbloqueando também outro protetorado seu na Moldávia: a Transdnistria.
Vladimir Putin está a repetir aquilo que Hitler fez nas vésperas da Segunda Guerra Mundial, talvez com métodos mais suaves e modernos. A tese da “defesa da segurança dos russos e russófonos” continuará a justificar essa política.
O chefe dos separatistas pró-russos na cidade de Slyaviansk, epicentro de confrontos com tropas de Kiev que já provocaram pelo menos a morte de seis separatistas, anunciou que os “destacamentos de autodefesa” possuem metralhadoras, pistolas, caçadeiras, lança-granadas, minas anti transporte e uma peça de artilharia “Nona”.
O Ministro da Defesa russa, Serguey Choigu, afirma que os separatistas têm “cerca de 100 metralhadoras e algumas caçadeiras, conseguidas nas esquadras e edifícios do Serviço de Segurança da Ucrânia”.
Ou seja, Moscovo continua a dizer que nada tem a ver com o armamento dos separatistas, mas, por outro lado, Vladimir Putin avisa que “o emprego de forças armadas contra civis é um crime”. Além disso, declarou que se o Kremlin não tivesse ocupado a Crimeia, a situação da população dessa península seria muito pior do que a do Leste e Sul.
Putin sabe bem o que significa empregar forças armadas contra população civil, pois ganhou forte experiência na Chechénia, mas, como já deixou claro, ele pode fazer aquilo que os outros não devem fazer.
E para que não haja dúvidas das intenções do Kremlin, o Ministério da Defesa da Rússia já anunciou o início de manobras militares junto à fronteira da Ucrânia “a fim de reagir ao desenvolvimento da situação”.
Entretanto, a política do governo de Kiev continua a ser desastrosa. Na véspera, o grupo radical Sector de Direita anunciou a criação de um destacamento “Donbass” para combater o separatismo, deixando claro que as leis não foram escritas para eles e o executivo ucraniano consente. Este tipo de acções não contribui para o aumento da popularidade do governo nas regiões orientais.
Segundo, as autoridades ucranianas deixaram já o país quebrar-se em termos de informação. Os canais de televisão ucranianos não chegam ao Leste e Sul do país, enquanto que os russófonos não chegam ao Centro e Ocidente da Ucrânia. E, em termos de propaganda, os meios de comunicação russos, principalmente a televisão, estão a fazer uma campanha com que Goebbels nunca sonharia...
O executivo de Kiev também não conseguiu travar a desintegração das Forças Armadas e da polícia, o que é mais uma tentação para os militares russos entrarem no país e avançarem rapidamente no terreno.
É verdade que as tropas da NATO se concentram nas fronteiras ocidentais da Ucrânia e da Rússia, mas não se espere que a Aliança Atlântica vá ajudar no terreno as forças ucranianas no Leste e Sul do país.
O encontro de Genebra foi uma autêntica farsa, pois não resolveu coisa nenhuma, pelo contrário, contribuiu para a degradação da situação no terreno. As partes do conflito lançam acusações mútuas e não há quaisquer sistemas de controlo.
A Organização para a Cooperação e Segurança na Europa tem 400 observadores no terreno e promete aumentar o número para 500, mas, por enquanto, pouco ou nada têm feito. Ou porque não têm acesso aos locais de conflito, ou porque não estão prontos para a solução deste tipo de problemas, mas o facto é que não se vê resultado de tanta gente no terreno.
Quanto à União Europeia, é impressionante a forma como está a gerir esta crise às suas portas. Nem ela parece ter aberto os olhos aos burocratas de Bruxelas para a necessidade de uma política de defesa, externa, energética unas.
Os EUA, esses estão do outro lado Oceano, ameaçando com sanções que, por enquanto, ainda não chegam para fazer cocegas ao Kremlin. A não ser Washington tenha mesmo decidido provocar a Rússia a cair na armadilha de um conflito com alguma proporção e consequências catastróficas para ela. Se assim for, dias difíceis e terríveis nos esperam.





28 comentários:

chukcha disse...

Os malucos de Kiev estão a vêr se começam a guerra cívil, e aí é bom de vêr todoa Ucrânia vai agradecer a Putin a sua "salvação".

Uma nota importante, para não esquecer:

A semana passada, em Kramatorsk, a aliança Povo-MFA lá do sítio tomou algumas dezenas de blindados e centena e meia de soldados (e respectivo armamento pessoal).

Alimentaram-nos e deixarm-nos seguir...

Hoje alguns desses cívis, os mais "populares", os que estão no meio da estrada e imaginam ser uteis foram assassinados por uma força militar!

Cada um que tire as suas conclusões sobre o que se está a passar...

Anónimo disse...

como é possível comparar as intenções do setor da direita com o facto da presença dos cidadãos russos armados nas fileiras separatistas?

Unknown disse...

O apoio descarado e precipitado da UE, NATO e EUA aos nazis do Svoboda e Cia deu na separação de um país que, já de si era artificial. O facto de se legitimar um golpe de estado violento, perpetrado por forças de direita radical (que o autor do blogue parece querer branquear)provocou esta cisão. Esta cisão foi, como é próprio dos impérios, automaticamente aproveitada pelo Putin. Ora aqui está a oportunidade que ele queria para intervir. Oferecida de bandeja pelo Ocidente. Agora, é a guerra de propagandas. Um amigo que tenho Ucraniano, que vive em Kiev diz-me que o executivo golpista usa de toda a propaganda que pode para denegrir os Russos, inclusivamente, a invenção de factos. Os Russos fazem o mesmo. So what? É a história de sempre. A história da guerra, a história do poder e a história dos impérios, da qual eu, simples humano, não tomo partido porque, quer ganhe um, quer ganhe outro, não vem bem nenhum ao mundo. Muito pelo contrário. Esta situação é, um sintomático sinal dos tempos que vivemos. Tempos de ganância, de barbárie e selvajaria crescentes. E aqui no Ocidente, não somos nenhuns santinhos nisso. Aliás, quem tem Iraque, Libia, Afeganistão e outros, que moral te para falar de Putin? Diga-me, senhor Milhazes, onde encontra tanto moral ocidental para perder a isenção face ao problema?

PortugueseMan disse...

Não há razão para a Rússia entrar no território excepto se começar a haver mortes por todos os lados.

A Rússia não necessita de enveredar pela força, quando tem outros mecanismos de pressão bem eficazes (energia, dívidas).

Ou seja, só num cenário de guerra civil é que se irá por esse caminho.

Para isto acontecer é preciso que aquela junta arranje gente suficiente para obedecer às ordens de atacar outros ucranianos.

E se arranjarem mercenários para resolver o problema, o mais certo é serem apanhados pela imprensa, que hoje em dia por todo o lado, videos/fotos aparecem, ou seja, as operações de limpeza, podem ficar muito complicadas, quando estiverem multidões desarmadas a defender os edifícios ocupados, vai ficar muito mal na foto, ver militares a atacar civis.

Num cenário de chacina, aí não tenho dúvidas que os russos entram.

A NATO não entra em cenário nenhum, porque nesse caso teriamos inevitavelmente um conflito DIRECTO entre a NATO e a Rússia.

Aqui neste caso a questão ucraniana deixaria de ter importância.

Viriatus disse...

Caro JM,

É errado falar-se em separatistas russos (Kiev chama-lhes “terroristas”). Mas estes homens, na minha modesta opinião, deverão ser chamados FEDERALISTAS. Afinal, o que eles defendem é uma Ucrânia federal, onde as regiões ganhem verdadeira autonomia política, económica e cultural. Qual o grau de federalismo, poder-se-ia discutir, se Kiev estivesse interessado em dialogar, coisa que não está. As últimas declarações do “presidente” da República Popular de Donetsk são nesse sentido, o que deve ter sido um balde de água fria para a Rússia, que agora – à falta de paladino – até exige a libertação de Pavel Gubarev, que parece ser de mais confiança.

A própria Rússia, em Genebra, deixou cair a palavra “federalismo”, falando apenas em “maior autonomia para as regiões”. Estava aberto o “postigo”, como bem referiu o JM, mas o Ocidente, ofendido nos seus brios com a “operação Crimeia” (que não soube prever), não aceita mais nada. Mas a Rússia não está em condições de “engolir” o Donbass. A verdade é que a economia russa começa a dar sinais de rutura. E aqui o Ocidente não está a ver que pode trazer a Rússia a uma solução aceitável para todas as partes. O Ocidente (o que quer que isso seja) deseja um braço de ferro com a Rússia. Os EUA querem esmagar Putin, para lhe mostrarem que a Rússia é apenas «uma potência regional», como arrogantemente referiu Obama.

Mas, meu caro JM, um jornalista tem de ser objetivo, e você é um jornalista (um excelente jornalista). Quando Obama grita no Japão que a Rússia não está a cumprir os acordos de Genebra, o Obama está a mentir (quem diria, um homem tão simpático e que está sempre a rir, e que até tem um cão de água português). Pois é, nada é dito quanto a:

1) O senhor Yarosh, do Praviy Sektor, que não está a desarmar as suas milícias (mas quem se atreveria a fazê-lo?), e que moveu o seu quartel-.general de Kiev para Dnepropetrovsk para melhor poder “trabalhar” no Donbass.
2) A Julinha Malvada (perdão, a Yulia Tymochenko) organiza as suas milícias;
3) O Svoboda no Parlamento diz que irá mobilizar todos os seus apoiantes.

Não deveria ser denunciados estes casos pelo Ocidente, para que a Rússia e os Federalistas fossem obrigados também a desarmar?
Há que ser honesto. Temos a obrigação de dizer a verdade (mesmo que ela nos doa).
Temos que dizer que o Ocidente mente muitas vezes, e joga um jogo cujas regras vai alterando no decurso da partida.
Em Novembro de 2002 George W Bush apadrinhou o convite da NATO para que países do Leste se juntassem à Organização, entre eles as três repúblicas bálticas (ex-URSS). Em 2004 estes países juntaram-se à NATO. Começou o cerco à Rússia.
O Ocidente foi longe de mais. A Ucrânia, sabemo-lo agora, preparava-se para proporcionar aos EUA “facilidades” em Sebastopol.
A Crimeia já foi. Vamos ver o que dá o resto da Ucrânia…

Viriatus disse...

Os Russos forneceram armas aos Federalistas

A desinformação é enorme também nesta notícia (não do JM, mas da imprensa internacional).
A verdade é que os Russos não precisam de fornecer armas, porque elas já lá estão.

Sabemos agora que em Slavyansk existem as minas de sal de Volodarsky. Estas minas guardam o maior depósito de armas da Europa de Leste (um milhão de armas). Algumas são peças de museu, ainda da Primeira Guerra Mundial, mas há dezenas de milhares de Kalashnikovs.

Quando os Federalistas tomaram uma estação de polícia em Slavyansk eles apoderaram-se de várias centenas de armas de fogo. Também nessa altura tomaram conta do grande depósito de armas.
Em 2002 havia no depósito 3,5 milhões de armas, isto segundo um especialista, Alexei Melnik.
A mina fica perto da aldeia de Paraskoviyevka, a 30 km de Slavyansk.

Não é por acaso que o ministro do Interior da Ucrânia chamou a Slavyansk «o lugar mais perigoso da Ucrânia».
Talvez não seja também por acaso que foi aqui que as forças armadas atacaram os Federalistas.
Agora a operação foi suspensa.
Terá o depósito sido reconquistado? Não me admirava.
Resta saber quantas armas foram retiradas.
Não venham por favor falar que as armas dos Federalistas foram fornecidas pelos Russos.
Ao menos haja algum respeito pela inteligência de quem lê a imprensa…

Ai este Ocidente, sempre a inventar «armas de destruição maciça»…

Pippo disse...

“O chefe dos separatistas pró-russos na cidade de Slyaviansk, epicentro de confrontos com tropas de Kiev que já provocaram pelo menos a morte de seis separatistas, anunciou que os “destacamentos de autodefesa” possuem metralhadoras, pistolas, caçadeiras, lança-granadas, minas anti transporte e uma peça de artilharia “Nona”.”

Olha que giro! No outro dia debatia uma coisa com o imbecil do Nuno Rogeiro, eu a insistir que entre os blindados capturados pelas milícias estava um morteiro auto-propulsado de 12cm 2S9 “Nona” e ele o tempo todo a chamar-me de ignorante, que não percebia nada daquilo, etc.
Pelos vistos, os russos também não reconhecem o seu próprio equipamento! :0D


“Putin sabe bem o que significa empregar forças armadascontra população civil, pois ganhou forte experiência na Chechénia, mas, como já deixou claro, ele pode fazer aquilo que os outros não devem fazer.”

Acho que o Putin já percebeu é que de nada adianta falar e apelar ao Direito Internacional, e que pode e deve fazer o mesmo que os outros fazem no estrangeiro.


“o Ministério da Defesa da Rússia já anunciou o início de manobras militares junto à fronteira da Ucrânia “a fim de reagir ao desenvolvimento da situação”.”

E mais do que isso, também iniciou manobras navais no Cáspio, onde fica... o Azerbeijão, o novo aliado do Ocidente, Turquia, Israel, ...


“grupo radical Sector de Direita anunciou a criação de um destacamento “Donbass” para combater o separatismo”

E o destacamento Timur, e mais uma data de unidades para-militares que florescem como cogumelos. Mas ante isto, quem tem de desarmar são os patriotas do Leste, certo? Ah, mas é verdade, eles seriam amnistiados... como o Khadafi, o Milosevic, para não falar nos líderes eleitos de várias cidades do Sul e Leste que ousaram “desafiar a ordem constitucional” ao propôr a federalização e que se encontram presentemente a apodrecer em calabouços em Kiev. A estes não se refere Washington como “reféns”.


“E, em termos de propaganda, os meios de comunicação russos, principalmente a televisão, estão a fazer uma campanha com que Goebbels nunca sonharia...”

Yep, o mesmo acontece com os canais de informação do Oeste da Ucrânia, para não falar dos Ocidentais. Felizmente que as notícias circulam, à excepção de um país báltico onde consta que houve censura estatal a tudo o que é russo.


“O executivo de Kiev também não conseguiu travar a desintegração das Forças Armadas e da polícia, o que é mais uma tentação para os militares russos entrarem no país e avançarem rapidamente no terreno.”

É natural. Não só as FA não têm qualquer legitimidade para defender uma “ordem constitucional” inexistente como, se calhar, muitos dos soldados não estão dispostos a matar por uma “pátria ucraniana” a qual poderão não sentir com muita intensidade.

Nisto tudo só não refiro Genebra pois, como comentei logo na altura, não é credível estabelecerem-se conversações quando uma das partes em conflito nem sequer está presente.

Pippo disse...

"Ou seja, só num cenário de guerra civil é que se irá por esse caminho.
Para isto acontecer é preciso que aquela junta arranje gente suficiente para obedecer às ordens de atacar outros ucranianos."

Precisamente, PM, tal como eu referia neste meu artigo:

http://darussia.blogspot.pt/2014/04/quem-e-que-empurra-ucrania-para-guerra.html

Só a uma das facções é que interessa a guerra civil, e não é a apoiada pela Rússia.

Pippo disse...

Sobre as minas de sal de Volodarsky, uma reportagem de HOJE:

http://www.theguardian.com/world/2014/apr/24/protesters-ukraine-weapons-cache-mine

Se a posição foi realmente ocupada pelas milícias, isso explicaria muitas coisas.

Será que eles venderão as armas (as que interessam, ou seja, as relíquias!) para o estrangeiro? Não é que eu tenha uma garagem para guardar uma tachanka, mas sempre se arranja um espacinho para uns sabres... :0)

N. Amorim disse...

como é possivel chamar terroristas ou rebeldes a gente que apenas não quer ter nada a ver com estes tipos

https://www.youtube.com/watch?v=2a_uc2pTCXQ#t=90

Pippo disse...

Os defensores de Slaviansk apresentam Vitaly Kovaltchouk, um dos atacantes do «check point» de há uns dias:

https://www.youtube.com/watch?v=nyWdkzsw5fg

No chão, um seu companheiro morto:

https://www.youtube.com/watch?v=VZUHKFxsQMg

Pormenores interessantes, para além da MG-42 e da chapa de identificação do Pravi Sektor, é a carta de condução do Mikhailo Alexandrovitch Stanislavenko. Será ele um ucraniano, ou será ele como o dono do passaporte encontrado na Ossétia do sul em 2008?

https://www.youtube.com/watch?v=WfVv3KPk-Wk

Anónimo disse...

Caro Dionísio,
Um fato que certamente vai desapontar a você e os outros membros do fã-clube de Putin: Diferentemente do que você sugere, a Rússia foi um dos países que autorizou a zona de exclusão aérea na Lybia, dando bandeira verde ao ataque que França e outros países ocidentais levaram à cabo naquele país. Sim, a Rússia de Putin não se opôs ao ataque, muito pelo contrário, autorizou-o!

Anónimo disse...

Milhazes, o N. Amorim colocou aqui um vídeo perturbador, mas não percebo o que eles dizem.

Poderia traduzir ou ao menos dar-nos uma ideia do que eles dizem?

https://www.youtube.com/watch?v=2a_uc2pTCXQ#t=90

Tem outro aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=uzTRbFef-Vs

Unknown disse...

Boa noite meu senhores,
Venho por este meio dizer se a Rússia tiver que entrevir na Ucrânia, terá que cortar o fornecimento de armas, dinheiro e viveres provenientes do Ocidente (Países da NATO, para isso terá que colocar tropas nas regiões ao pé dos países da NATO que fazem fronteira com a Ucrânia (Polónia/Roménia), para que assim Kiev não tenho fornecimento que necessita para enfrentar uma guerra com a Rússia, a questão que se coloca isto e a questão mais importante, no caso de conflito desta natureza os refugiados desse conflito para a onde irão?Polónia ou a Roménia e que consequências terão na UE e nos países como a Polónia e a Roménia?

HAVOC disse...

A Rùssia tem todo o direito de invadir a Ucrania, pois este país nefasto e prostituto do ocidente está massacrando sua própria população como a Servia fez, e o Ocidente não tem moral de contestar qualquer ação russa na Ucrania, pois a América em 20 anos invadiu e bombardeou mais países do que a Rússia em toda a História!

FORÇA AO SANGUE FERVENDO DO URSO RUSSO, PUTIN, HEROI, 90% DA POPULAÇÃO O APOIA, O MAIOR ESTADISTA DE TODOS OS TEMPOS!!!

HAVOC disse...

A Rùssia tem todo o direito de invadir a Ucrania, pois este país nefasto e prostituto do ocidente está massacrando sua própria população como a Servia fez, e o Ocidente não tem moral de contestar qualquer ação russa na Ucrania, pois a América em 20 anos invadiu e bombardeou mais países do que a Rússia em toda a História!

FORÇA AO SANGUE FERVENDO DO URSO RUSSO, PUTIN, HEROI, 90% DA POPULAÇÃO O APOIA, O MAIOR ESTADISTA DE TODOS OS TEMPOS!!!

Anónimo disse...

Ação militar da aliança americana espúria com os poodles europeus somente contra países sem capacidade de assegurar a destruição das tropas da OTAN (NATO para macaco de anglo) no chão, podemos até esquecer Bulavas e Topol. Existem milhares de armas nucleares táticas nas forças armadas russas.

Sanções econômicas pesadas, com possível corte do suprimento energético russo, terá um efeito tão devastador na Eurozona quanto na Rússia. Impedir a concessão de novos créditos representa o não pagamento das dívidas existentes. Como ficarão os falidos bancos europeus? Uma nova rodada de socorro com os tributos extorquidos do povo?
Antes da Rússia ficar de joelhos, caso seja usada a carta econômica, a periferia da UE estará em ebulição (Portugal, Espanha, Itália, Irlanda, Grécia, Hungria, etc.)

O que deve ser feito é deixar o Obama falando sozinho e a UE aceitar a finlandização da Ucrânia, mesmo que transformada numa frouxa federação.

A defesa Putin domina o tabuleiro. Ele sabe que para ser derrotado os adversários devem estar prontos a aceitarem o mesmo castigo. Seja militar ou econômico.

P.S. Desde quando a Ucrânia é uma nação? Aquilo é um Frankenstein formado por partes desmembradas dos países vizinhos. A situação é tão absurda que os mais exacerbados nacionalistas ucranianos, ou nacionais-socialistas, são de uma região que até a segunda guerra fazia parte da Polônia. Transformada em Ucrânia por arte do homicida Stalin.

Pippo disse...

Caro Anónimo, uma zona de exclusão aérea (na Líbia ou noutro país qualquer) limita-ze a impedir a utilização de meios aéreos por parte dos intervenientes no terreno.

Não autoriza, portanto, qualquer ataque internacional às forças no terreno, como o seu comentário parece sugerir.

PortugueseMan disse...

No outro dia debatia uma coisa com o imbecil do Nuno Rogeiro...

Onde meu caro?

PortugueseMan disse...

Venho por este meio dizer se a Rússia tiver que entrevir na Ucrânia, terá que cortar o fornecimento de armas, dinheiro e viveres provenientes do Ocidente (Países da NATO, para isso terá que colocar tropas nas regiões ao pé dos países da NATO que fazem fronteira com a Ucrânia (Polónia/Roménia), para que assim Kiev não tenho fornecimento que necessita para enfrentar uma guerra com a Rússia

Porque é que a Rússia iria entrar em território hostil?

SE e digo SE a Rússia entrar na Ucrânia, será numa zona onde sejam desejados.

SE entrarem será para fazer uma barreira, que conduzirá a uma efectiva separação de território.

Não haverá tropas russas junto à Polónia.

E se o Ocidente nesta altura fornecesse armas, o que é outro GRANDE SE, bom, não iria melhorar a situação, pois com os russos instalados numa zona onde são desejados, só teriam que impedir a entrada dos atacantes, ou seja, os movimentos ofensivos estão do outro lado. O que não é nada bom e desejável.

Portanto nem vale a pena pensar em refugiados, porque a guerra civil ainda não rebentou, e os russos também não estão lá.

Se quer pensar em algo, pense como a Ucrânia vai descalçar a bota das dívidas, que a maior parte do dinheiro que se consiga do FMI, será para ir directo para os cofres russos.

Ou seja, indirectamente o Ocidente estaria a pagar a intervenção russa...

Miguel Dias disse...

Viriatus disse : "A Crimeia já foi. Vamos ver o que dá o resto da Ucrânia…"

O resto das duas uma:

- Ou dá mais meia dúzia de oblasts para a Rússia.

- Ou uma nova republica chamada Novorossia.

Uma coisa é certa, a Ucrânia não existe mais como pais, a operação militar lançada ontem por forças do Ministério do Interior do governo fantoche de Kiev apoiadas por mercenários estrangeiros foi o fim da Ucrânia.

Pippo disse...

PT, enviei-lhe um email.

Pippo disse...

Agora o Lavrov veio dizer que os "pro-russos" desarmarão se a Maidan e os edifícios ocupados forem desocupados. Claro que atrás disso terá de vir nova exigência, por exemplo, a de se desarmarem as "unidades de auto-defesa" que estão a ser criadas por todo o território, como nos informa um artigo do Spiegel cujo link já aqui coloquei.

E na minha opinião, restará saber se o exército, a polícia e o SBU terão legitimidade para continuar a existir, dado que obedecem a um governo inconstitucional.

ANTI-COWBOY disse...

Eu estou de acordo e subscrevo o que diz Hugo Dionísio, Pippo e outros.Como é possível comparar Putin a Hitler,JM.Quando Júlia Timochenko esteve no poder,que eu saiba,a Rússia não fez nada de concreto para a derrubar embora não fosse da confiança de Moscovo como todos sabemos.Também nunca me pareceu que estava nos planos de Putin invadir a Crimeia embora admita que o quisesse fazer, mas tenho a convicção profunda que nunca o faria enquanto a situação da Ucrânia estivesse dentro dos contornos da sua Constituição e vida democrática formal.Claro que não vou discutir se há democracia na Rússia e na Ucrânia porque isso levar-me-ia a discutir de imediato se há verdadeira democracia nos
EUA.Dou de barato que em todos esses países existe uma democracia formal embora com contornos específicos em cada um como é óbvio.Existem eleições livres,vários partidos que as disputam e liberdade de expressão.Dentro pelo menos deste quadro admito que há democracia em todos estes países embora nos EUA só existem verdadeiramente dois partidos e até me abstenho de fazer qualquer comentário sobre essa circunstância pelo menos por agora,neste espaço.O que se passou na Ucrânia foi um golpe de Estado anti-constitucional.Portanto,Senhor JM,quem começa por não cumprir as regras democráticas foram estes senhores que estão no poder neste momento na Ucrânia.A seguir é claro que os russos aproveitaram as condições na prática que o ocidente criou porque eu não tenho dúvidas nenhumas que por detrás do golpe de Estado na Ucrânia esteve a CIA,até porque conheço bem como funciona o poder americano e que está à vista de todos basta desfiar as campanhas que a américa desencadeou em todo o mundo que me abstenho,porque seria ocioso,aqui novamente referir.Elas estão bem à vista de todos.Não tenho visto a Rússia de Putin a fazer a mesma coisa,só apenas quando estão em causa interesses muito importantes nas suas fronteiras.Portanto quem começa todo este problema na Ucrânia não foi de facto a Rússia.Agora,Sr.JM tenho-o na conta de pessoa isenta e séria,não diga coisas que podem contrariar essa visão e ideia que todos ainda assim vamos tendo e acalentando em relação a si,parece-me.(Vou passar a designar-me pelo nome de ANTI-COWBOY.

Cancaseiro disse...

Só espero que quando chegar o outono a questão esteja resolvida. Não estou a ver como é que a Ucrânia vai suportar o inverno sem o gaz russo. A situação é caricata. O governo ucraniano (não eleito) complica as suas relações com a Rússia, empurra o país para a guerra civil e ao mesmo tempo pede à Europa e aos Estados Unidos para fazerem pressão sobre a Rússia.
Sem nos perguntarem nada a nós, cidadãos, os nossos governantes vão prometendo favores aos ucranianos. Esperemos que a situação se altere depois de 25 de maio e a Europa tome consciência de que tem que primeiro resolver os seus problemas e que não nos serve de nada uma crise humanitária na Ucrânia.

Cancaseiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
MSantos disse...

"No outro dia debatia uma coisa com o imbecil do Nuno Rogeiro..."

Caindo na asneira de fazer bons debates ainda que antagónicos com este sr, escrevi num post dele no Facebook algo que não lhe agradou nada e bloqueou-me e fiquei a saber que é prática corrente sempre que alguém apresenta a mínima discordância dele. É para mim um mistério ele tolerar fazer o SDN com o Martim Cabral, um excelente jornalista e que ao contrário dele é um moderado.

O José Milhazes pode ter ideias com as quais eu não concordo nada mas é salutar a sua aceitação e tolerância (em alguns casos excessiva) a opiniões diferentes e críticas que lhe fazem e tem o meu maior respeito por isso.

Cumpts
Manuel Santos

EJSantos disse...

"Entretanto, a política do governo de Kiev continua a ser desastrosa"
Na mouche. O Presidente Putin pode ter (e tem) muitos defeitos, mas a malta que ocupou o poder em Kiev é das mais mentecaptas que alguma vez vi. Só conseguem dividir cada vez mais o País.