A "exploradora via Skype"
Os
dirigentes russos não se cansam de defender a modernização do
país. Quando era Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, avançava
programas atrás de programas nesse sentido, mas os resultados
parecem não ser brilhantes.
Por
exemplo, Marina Zaguidullina, professora da Teoria de Comunicações
de Massas da Universidade Pública de Cheliavinsk, tentou inovar e
decidiu lecionar algumas das suas aulas via Skype. Agora a
procuradoria local acusa-a de “desvio de meios recorrendo ao caro
que ocupa”.
Se
o tribunal der ouvidos à acusação, a professora inovadora pode
incorrer numa pena que vai de multas a partir de 100 mil rublos (2
mil euros) e até seis anos de prisão.
“No
que respeita às aulas via Skye, trata-se de sete dias em que estive
ausente do local de trabalho em Outubro de 2011. Os estudantes
receberam os conhecimentos necessários, houve tempo para fazerem
perguntas e receberem respostas... Não obstante a minha ausência,
mantivemos o plano de ensino”.
A
procuradoria, pelo seu lado, considera que a professora surripiou 83
590 rublos (pouco menos de 2 mil euros).
Alguns
poderão considerar este um caso isolado, mas não é, e torna-se
cada vez mais frequente.
Num
país, onde os que querem fazer carreira ou sobreviver politicamente
têm de, no mínimo, fazer de conta que ouvem a “voz do dono”,
muitos são os políticos, funcionários públicos, jornalistas e
intelectuais que tentam adivinhar essa voz.
Isto
explica, por exemplo, a aparecimento de um projeto-lei que pretende
proibir os russos de empregarem palavras estrangeiros no seu
discurso. Qualquer pessoa que sabe russo compreende que essa língua,
tais como muitas outras, praticamente recuariam à Idade da Pedra se
deixasse de utilizar palavras estrangeiras. Apenas um exemplo, os
russos praticamente não poderiam falar de política se tal lei fosse
aprovada, pois palavras como Presidente, ministro, deputado,
oposição, mandato, comissão, etc., etc., não têm origem nem
russa, nem eslava.
Numerosíssimos
livros científicos e literários teriam de ser proibidos ou
reescritos, incluindo de clássicos russos como Pushkin, Tolstoi ou
Dostoevski.
Mas
algumas cabeças políticas “iluminadas” continuam a fabricar
projetos-lei deste calibre ou de calibre ainda mais baixo, como o da
proibição das mulheres calçarem sapos de tacão alto ou ténis. Se
este último projeto-lei fosse levado a votação e aprovado, essa
seria a última gota na taça das mulheres russas, que gostam muito
de calçado bonito e vistoso.
2 comentários:
desculpe mas isto é demais! já pensou em ir tomar banho e lavar os dentes?
Este gajo mete nojo!
Não terá vergonha em escrever banalidades destas?
Ou pensará que no país dele é diferente ?
Que miséria de informação!
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