Hoje celebra-se o centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, mas talvez se deva pensar também no mau fim deste conflito: o Tratado de Versalhes, que foi uma das causas da Segunda Guerra Mundial. Hoje também, assiste-se ao resultado de um termo incompleto e apressado da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética (1945-1991), o que provoca a sua continuação (considero que não estamos numa segunda Guerra Fria, mas continuamos na primeira) com consequências imprevisíveis. Putin e Trump trocam cumprimentos em Paris e até poderão falar alguns minutos sobre a saída dos Estados Unidos do Tratado sobre Mísseis de Médio e Curto Alcance, uma das traves mestras do desarmamento, mas os resultados irão ser nenhuns.
Talvez o primeiro resultado venha do encontro, que terá lugar à margem da Cimeira do G-20 a realizar ela Argentina mais para o fim de Novembro. O melhor resultado será o reinício das conversações sobre a elaboração de um novo tratado, processo que levará uns bons anos e permitirá, a quem meios tiver para isso, modernizar o seu arsenal nuclear.
Ou seja, continuaremos a assistir a uma forte corrida aos armamentos. Recordo que foi uma corrida dessas que contribuiu, em grande parte, para a exaustão económica da União Soviética e para o seu fim. Vamos ver como irá terminar a segunda grande corrida aos armamentos.
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Enquanto Putin, Trump e outros dirigentes europeus assistiam à parada militar em Paris, os homens de Putin iam fabricando ideias cada vez mais "originais" para resolver os problemas da modernização da Rússia. Dmitri Rogozin, presidente da Roskosmos, propôs que os criadores de sistemas de salvamento dos cosmonautas/astronautas participassem directamente nos testes de preparação. Segundo ele, quando os sistemas forem testados, os seus criadores deverão estar obrigatoriamente sentados dentro da nave espacial.
E ele próprio revela de onde lhe veio tal ideia: "Quando mostraram ao camarada Estaline o carro blindado que o devia transportar e lhe disseram que o automóvel não seria furado pelas balas da pistola automática de Chpaguin, ele ordenou ao construtor desse veículo que se sentasse nele e começaram a disparar rajadas contra ele".
Ele concluiu sublinhando que o engenheiro sobreviveu porque o automóvel era de boa qualidade.
Se a ideia pega...
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