segunda-feira, junho 29, 2009

“Eu levo o kochka lá na verkh”










As duas reportagens abaixo publicadas foram escritas para a Agência Lusa, de quem sou correspondente em Moscovo. Na passada sexta-feira, visitei a vila Pritchistoe, onde vive Alexandra e sua mãe Natália.

“Eu levo o kochka lá na verkh”, grita Alexandra numa infantil mistura de línguas russa e portuguesa, enquanto pega num gatinho (kochka em russo) siamês e o leva para cima (na verkh) do forno russo, onde tem instalada a “casa” de seus amigos: gatos, bonecas, livros...
A menina russa que, foi retirada à família de acolhimento portuguesa e partiu para a Rússia há pouco mais de um mês, aumenta diariamente o seu vocabulário russo com grande rapidez, esquecendo aos poucos as palavras equivalentes em português.
“Por enquanto, ainda é Sandra, mas, daqui a pouco tempo, já será Chura (um dos diminuitivos russos de Alexandra)”, declara à Lusa o avô Serguei, ao mesmo tempo que explica a forma como a menina aprende o russo.
“Quando ficámos sozinho, disse-lhe: vai lá cima e traz umas meias. Ela olhou para mim e não entendeu o que eu queria, mas mostrei-lhe umas meias que tinha calçadas e ela rapidamente me trouxe outras”, regozija-se o velho mineiro, hoje reformado.
“Ontem, por telefone, João e Florinda perguntaram-lhe, por telefone, se ela queria voltar a Portugal e a Sandra que respondeu que não, que aqui estava melhor”, acrescentou vitorioso.
“A minha mãe disse-nos ontem que a Sandra disse aos portugueses que não queria regressar, que gostava muito de estar aqui”, corrobora com menor convicção Valéria, acabada de chegar a casa da escola.
“Valéria! Valéria!”, grita Alexandra ao ver a irmã mais velha a entrar no umbral da velha casa de madeira da família Zarubin.
“Adora a irmã mais velha!É a maior amiga da Sandra. Anda sempre atrás da Valéria quando ela está em casa, não a deixa um minuto em paz”, confirma a “mãe Natália”, como lhe chama Alexandra.
“Os portugueses devem viver em Portugal, os russos na Rússia e os alemães na Alemanha. Eu não tenho nada contra outros povos, vivi com gentes de muitas nacionalidades no Cazaquistão, mas a minha posição é esta”, junta-se a avó de Alexandra à conversa.
Porém, as palavras dos membros da família dos Zarubin já não são pronunciadas com a mesma firmeza e convicção de há um mês atrás... O não de Natália à proposta de regresso a Portugal já não é tão categórico.
“Vamos ver, por enquanto, ainda tenho muitos problemas burocráticos a resolver, tenho de me inscrever no fundo desemprego, comprar uma máquina de costura para começar a trabalhar”, declara à Lusa Natália, reconhecendo que não recebeu qualquer ajuda das autoridades russas além de quinze dias de férias numa casa de repouso do Distrito de Iaroslav.
As relações com um dos vizinhos também estão irremediavelmente estragadas.
“Ele estaciona o camião quase em cima da casota da cadela Lúcia e receio que atropele a Sandra, pois ela está sempre a correr para junto da Lúcia e do cachorrinho. Peço-lhe para afastar o camião, mas sou ouço insultos”, queixa-se Natália.
Valerii Dementiev, o vizinho visado, respondeu com acusações à família dos Zurabin e ameaçou recorrer à polícia.
“Vou apresentar queixa à polícia e tenho muitas razões para isso”, deixou ele a ameaça no ar.
Alexandra, aparentemente alheia aos conflitos dos adultos, não pára um minuto, corre pela horta e grita : “babotchka” (borboleta), babuchka (avó), kartochka (batata).

36 comentários:

FPtrad disse...

Pois, pois, O Sergey Zarubin deve realmente compreender a língua portuguesa para afirmar que a Alexandra não quer voltar a Portugal... pois, pois...

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caros leitores, acho que, quando fizerem comentários sobre os membros da família Zarubin, tenham respeito, pois trata-se de uma família com uma biografia dramática.
Quando tiver tempo, irei contá-la, mas posso já dizer que se trata de uma família que viveu no Cazaquistão, tendo Serguei trabalhado em minas, e foi viver para Pritchistoe em 2000, onde não foi recebida da melhor forma.
Os membros desta família tiveram uma vida muito difícil, que deve ser respeitada.

FPtrad disse...

Caro José,

Não se trata de falta de respeito, mas a verdade é que acho estranho o Sergey Zarubin fazer esta afirmação tão peremptória, quando ele não sabe falar português. A não ser que a Natália lhe tenha falado da conversa da Alexandra com o João e a Florinda Pinheiro.

Quanto à história da família Zarubin, há muitas outras famílias com uma história semelhante, que deixaram o Cazaquistão, onde a vida é ainda mais difícil do que na Rússia. Além disso, existe na Rússia um certo preconceito dos "russos ocidentais" contra os russos que vêm das antigas repúblicas soviéticas mais a oriente. Reparei nisso quando um amigo meu, que nasceu no Cazaquistão, mas que é russo, veio visitar-me com a família e uma amiga russa, nascida na Letónia.
Numa conversa, essa amiga dele disse-me que os russos das repúblicas bálticas eram mais "evoluídos" do que os russos vindos das outras ex-repúblicas.

Пётр Сагайдачный disse...

Finalmente original e sem preconceitos. Não agrada a todos (ate maioria dos leitores), mas também o sinal do jornalismo mais responsável e independente dos correntes populistas.

De certeza família Zarubin fala português melhor do que emigrantes portuguesas na França falem russo. Não quero ofender de ninguém, menos Sra. tradutora.

Famílias pobres têm vida difícil a qual quer lado do mundo, tal em Portugal tal no Kazakistão. Vivi dois anos no Kazakistão e gostei imenso, um país impressionante…
Há mais pobreza em Kiev (Kyiv para leitor da Maputo) do que em Almaty.

FPtrad disse...

Caro bloguista russo,

A Natália Zarubina talvez fale português, pois teve provavelmente de aprender a língua. Agora, quanto ao resto da família, tenho as minhas dúvidas. E, por favor, não me venha acusar de preconceitos anti-russos, porque não é disso que se trata. Que eu saiba, a família Zarubin (excepto a Natália) nunca tencionou ir para Portugal. Nesse caso, por que razão quereriam eles aprender a língua? Fica aqui a pergunta, sem qualquer intenção de querer entrar em polémicas consigo e sem querer ofendê-lo/la.
Se eles quiserem um dia aprender português, não creio que tenham dificuldades, pois a pronúncia de ambas as línguas não me parece ser muito diferente. Mas eles é que sabem se querem aprender ou não português.

Nuno disse...

A pressão mediática acalmou, as promessas mirabolantes já desapareceram e aos poucos as pessoas começam a racionalizar melhor.

Estou muito curioso com a historia dos Zarubin. O José Milhazes foi bem aceite por esta família, o mesmo não aconteceu com todos os jornalistas.

So uma nota: tb os russos de S.Pet e Moscovo passaram as "passas do Algare". Mas acredito que os povos das ex-republicas soc. sov. estiveram pior. Com a excepção,claro, dos povos bálticos. Creio ter lido por aqui que o JM tem familiares no Báltico, portanto pode explicar melhor de que ninguém essa situação excepcional.

Alias, foi verdade que há alguns séculos atrás a Lituânia chegava quase até Kiev?

Cumprimentos.

Daniela Sousa disse...

Boa tarde Sr. José Milhazes,
já não tenho palavras para lhe agradecer tudo o que tem feito.
Queria muito poder enviar um presente à Alexandra. Será possível ter o endereço?
Obrigada,
Um Grande Abraço
Daniela Sousa

Anónimo disse...

Nuno, está tudo na wiki... José deve saber mais da Estonia, mas tambem o wiki sabe... :)

Великое княжество Литовское
В XIII—XIV веках территория Великого княжества Литовского стремительно росла и достигла берегов Чёрного моря. В то же время литовские князья вели тяжёлую борьбу с Тевтонским орденом, который был разбит в 1410 году в Грюнвальдской битве объединёнными войсками Литовских земель и Польши.

В 1385 году великий князь литовский Ягайло (Jogaila) Кревским договором обязался объединить Литву и Польшу в персональной унии в случае его избрания польским королем. В 1386 году он был коронован королём польским. В 1387 году состоялось крещение Литвы, принявшей в качестве официальной религии западное христианство. С 1392 года Литвой фактически правил великий князь Витовт (Витаутас; Vytautas), кузен и формальный наместник Ягайлы. Во время его правления (1392—1430) Литва достигла вершины своего могущества.

Казимир Ягеллон расширил международное влияние династии Ягеллонов — подчинил Польше Пруссию, посадил своего сына на чешский и венгерский троны. В 1492—1526 годах существовала политическая система государств Ягеллонов, охватывавшая Польшу (с вассалами Пруссией и Молдавским княжеством), Литву, Чехию и Венгрию.

Anónimo disse...

Que tem a garota na mão e o que fazia? Alguma prenda?É para desenhar?

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Mais uma vez muito obrigado por tudo o que tem feito pela menina Alexandra. É um excelente profissional e obrigado também por nos manter informados por este caso. Parabéns Sr José Milhazes

Jest nas Wielu disse...

Embora concordo, que os Zarubiny deveriam ter uma vida difícil (alias, como 95% dos cidadãos soviéticos), não posso deixar de notar, que o velho "monstro da tropa" gosta da branquinha.

Acho que melhor dizer koshka = gata, pois em russo também esiste a palavra kochka...

Anónimo disse...

Transliteração não e o lado forte do José... Mas nos ca estamos para ajudar!

kartoshka = batata. Palavra "kartochka" e differente...

FPtrad disse...

Confesso que sempre tive uma grande curiosidade em relação à língua russa. Um dia, hei-de aprender.

Anónimo disse...

dada a situação (circunstâncias e exposição mediática, em que por força das circunstâncias, a criança se encontra) calham bem os epítetos, mãe Zoológica, e Mogli (vivendo em cima do fogão).
Pelo menos, haja alguma alma caridosa que se ofereça para gerir a triste situação de modo a que algum dinheiro seja dado em proveito da infeliz criança (refiro-me aos direitos de imagem, fotos da criança estão a ser aproveitadas para vender papel, aquí até saiu na VIP e na LUX, os fotógrafos receberam dinheiro pelas fotos, a criança recebeu algum dinheiro?).
Outra coisa me ocorre: Gouveia e Associados (SEF) - Import. e Deportações.

Anónimo disse...

Até há quem veja ranhocas na miúda.Onde estão?

Anónimo disse...

Que é isso de "ranhocas"?
Quem lá foi, e viu, "in loco", detectou caspa, e, perguntaram-me se eu tinha possibilidade de averiguar se, ela já tinha essa situação em Portugal. Respondí que, muito provavelmente, aquí não tinha, pois que, a caspa, é facil de tratar com champôo adquado.
Já quanto aos parlamentares e políticos nacionais, o caso é diferente, a caspa é no cérebro (difícil, se não impossível de tratar).

Anónimo disse...

Uma notícia boa,


Acordo entre Rússia e Azerbaijão para gás aperta cerco à UE

http://economia.uol.com.br/ultnot/lusa/2009/06/29/ult3679u7008.jhtm

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caros leitores da transliteração, o ш russo transmite/se em português com ch, porque sh é à inglesa. Mas, mesmo assim, obrigado pela ajuda.

Anónimo disse...

Ranhocas e caspa. Ok. Não se veem nas fotos. Mais alguma coisa?

Zélia disse...

Boa noite Prof. Milhazes
Obrigada por continuar a manter-nos informados.
Acho que não devemos ajudar só a Natália e a Xaninha, vamos ajudar também a valéria que quer estudar arquitectura, o problema da Valeria é ter dinheiro para proceguir os estudos nesta área como ela mesma quer.
É nisto que devemos alertar a Natália, ajudar a Valéria a concretizar o seu sonho (ser arquitecta),nós temos óptimas faculdades de arquitectura e não vamos esquecer que a Xaninha parece gostar da irmã, seria um crime agora separa-las.
Vamos estar atentos a todos estes pormenores, que podem parecer insignificantes mas não são, fazer entender a Valéria destas oportunidades é ter uma nova aliada nesta luta.
Não vamos esquecer isto, esta família não tem condições financeiras para prosseguir os estudos da Valéria na faculdade.

Cumprimentos

Anónimo disse...
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Filipa Filipa disse...

Eu fico muito satisfeita em ver que a situação emocional da Alexandra está a melhorar.
Esta menina desde bebé é uma verdadeira sobrevivente.

Anónimo disse...

D. Zélia

Tenha em atenção quando fizer "copy past", as palavras que a senhora transcreveu para este blog tem direitos de autor. O texto foi escrito por mim ontem no blog pelaalexandra.
Se queria fazer referência às minhas palavras deveria ter colocado aspas e não assinar o texto como sendo da sua autoria. Atitudes como estas são crime.

Com os melhores cumprimentos

CJ

Nota: Obrigada pela sua dedicação a este caso Prof. José Milhazes.

Ana Carla Carvalho disse...

Obrigada por nos continuar a dar noticias sobre a Alexandra. A minha esperança continua e acredito que a inocente alexandra regressará. Enquanto isso, fico contente por ver que está ligada á irmã e que tenta sobreviver. É uma lutadora!!!!Continue o seu optimo trabalho e mais uma vez, obrigada!

Ana Carla Carvalho disse...

Obrigada por nos continuar a dar noticias sobre a Alexandra. A minha esperança continua e acredito que a inocente alexandra regressará. Enquanto isso, fico contente por ver que está ligada á irmã e que tenta sobreviver. É uma lutadora!!!!Continue o seu optimo trabalho e mais uma vez, obrigada!

Anónimo disse...

Um artigo, para o Prof. José Milhazes, ler!

WWW.ej.ru
Autor: АНТОН ОРЕХЪ
Titolo: Животова и животные

Когда очередного ребенка у нас будут спасать от какого-нибудь иностранного папаши или мамаши, когда нам поведают про очередной трагический случай в Америке с усыновленным российским детдомовцем, то между строк, а иногда и прямо в строках нам скажут, что наших детей отдавать заграницу ни за что нельзя. Что здесь их родина. Что здесь их воспитают как надо. Что правда на нашей стороне хотя бы потому, что это наша сторона. Как с девочкой, которую биологическая мать отвоевала у португальских опекунов и привезла в косую избу в Ярославской губернии: пускай работы нет, пускай пьют, пускай просвета не видно, пускай по-русски ребенок не говорит, прожив всю жизнь в другой стране, — зато родина...

Editor deste blogue disse...

Anonimo, é apenas para o para o Prof. José Milhazes ler ou pederias escrever em português?

Unknown disse...

It is appalling to see the comments an "uneasy life" of Zarubin's family as the "asylum seekers" coming from Kazakhstan. Please, that is not true and those making such comments are completely inverting the whole situation. There was no civil war in Kazakhstan, neither there was any extremely aggressive nationalistic movements that would force a family to run for their lives through the borders in to Russia. I grew up in Almaty, a city of Kazakhstan. I lived their up until 2002. Yes, I can not deny that after the break up after the former USSR there were Kazakh national moods and sometimes offensive comments to non-kazakh population (very semilar to that of that of antisemitism in Russia), but! no repression of the Russian population took place, and to that day the proportion of Russian population (an many other nationalities) is quite high in Kazakhstan as compared to the native kazakhs. Most of the russians who were leaving Kazakhstan back then did due to: 1) Kazakh language has been pronounced as the state language along with the Russian - hence there was a need to learn as well, russian population felt very uneasy about this prospective 2) Uncertain future of the country, i.e. the thereat the Russian language would be evaporated all together and the country will go purely Asian way 3) Economic reasons. For the past 7 years I lived abroad (just happened to be so) and I have many ethnically russian friends from USSR former asian republics (Kazakhstan, Uzbekistan, Kyrgyzstan) and every year these people would go home! Do you think it would be possible if there was any threat to their lives?

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitor Anónimo que enviou o artigo em russo de Anton Orekh, eu conheço este artigo e estou plenamente de acordo, já me referi a esse tema no meu blog. Trata-se da filosofia de alguns pseudo-patriotas tipo Maksim Chevchenko que consideram que as crianças russas podem morrer de fome e de maus tratos no seu país, mas não têm direito a morrer de saudades longe da pátria.

Anónimo disse...

Aiya!!!
Очень странный вопрос... для португальцев!!!
Pergunta essa tão estranha... para portugueses!!!

Unknown disse...

Aiya!!!
Очень странный вопрос... для португальцев!!!
Pergunta essa tão estranha... para portugueses!!!
_________________________________
This is not a question, this is a statement. All I was trying to do is to bring a bit of a light into the historical situation as I personally find it is ridiculous, the image that was portrayed for Natalia Zarubina and her family as being asylum seekers from Kazakhstan (what a whole lot of BS!) and people of "difficult destiny". Such views serve a poor job by turning the family into social parasites (I am sorry, but that how this looks to me).

isabel bodiao disse...

Prof Jose Milhazes

Muito obrigada por tudo que tem feito e nos divulgado da Alaxandra.
Gostaria de lhe pedir que falasse com a Natalia sobr o blog "Pela Alexandra" e alguem de confiança traduzisse à Natalia as mensagens que se lá deixa para ela e para as meninas. As mensagens de acolhimento para ela e as meninas regressarem. Eu ando traumatizada com esta situação, só choro pela Xandinha.
Um grande apreço por si e um bem aja.

Beijinhos para ti Xaninha

Anónimo disse...

Desde muito não temos notícias da família de Barcelos, se foi ou não à Rússia visitar a Xaninha.
Aqui no Brasil divulguei o drama.
Rezo todos dias pelo futuro dessa criança. Quando olho para minha filha agradeço a Deus confiar-me essa missão. Dou à minha filha todo amor e carinho que as criança do mundo inteiro precisam. Rezo também para que Ele proteja Xaninha. Rezo mais ainda para Natália dar a essa pequenina um futuro melhor. A Rússia é um lindo país, com um povo muito bonito e maravilhoso. Cheio de atletas magníficos. Quanto ao pai, brincadeira, não é? Homem que é homem não coloca filho no mundo para sofrer, nem abusar deles. Mãe que é mãe protege os seus com unhas e dentes, dá amor e carinho. Senhor Linhares, parabéns pelo belo trabalho de nos manter informado a respeito da Xaninha. À Rússia e à Portugal o meu respeito. Quanto às crianças, chega de tanta crueldade, abuso ... ! Deixem os pequeninos de Deus serem felizes....! O que fazem a eles estão fazendo ao Filho! Não se esqueçam!

Anónimo disse...

После вселенской катастрофы Америка превратилась в мертвую пустыню. По дорогам которым нет конца, кишащим бандами, ведущеми воины за воду и еду, путешествует умный Илай. Однажды он попадает в мрачные земли, где когда-то находился прекрасный штат Калифорния, а теперь это сущий ад, где бесчинствует тиран Карнеги.
трейлер к фильму книга илая

Anónimo disse...

Хорошая статья. Действительно было интересно почитать. Не часто такое и встречается та.Наверное стоит подписаться на ваше RSS