sexta-feira, janeiro 15, 2010

Serguei Tiguipko, o banqueiro que pode estragar a festa aos esperados vencedores


As sondagens dão ao banqueiro Serguei Tiguipko apenas cerca de 09 por cento na primeira volta das presidenciais de 17 de Janeiro na Ucrânia, mas os analistas não excluem a possibilidade deste político ultrapassar a primeira-ministra, Iúlia Timochenko, e vir a disputar a segunda volta com Victor Ianukovitch.
Tiguipko, que nasceu na Moldávia em 1960, ocupou numerosos cargos nas estruturas do poder da Ucrânia, nomeadamente os de ministro da Economia (1999-2000) e Presidente do Banco Central do país (2002-2004), mas foi no mundo dos negócios que teve mais êxito.
Depois de dirigir a campanha de Victor Ianukovitch nas eleições presidenciais de 2004, abandonou a política e concentrou-se nos seus negócios, transformando-se num dos homens mais ricos do país, sendo dos poucos a não estar envolvido em escandalos de corrupção.
A sua campanha eleitoral fundamentou-se na crítica à política dos principais favoritos da maratona: Victor Ianukovitch e Iúlia Timochenko, bem como do actual Presidente Victor Iuschenko, apresentando como a única alternativa viável a esses políticos.
“Serguei Tiguipko poderia ter fortes hipóteses de ocupar o segundo lugar se tivesse iniciado a campanha como candidato a Presidente da Ucrânia e não como trampolim para ser eleito deputado no futuro parlamento”, declarou à Lusa, por telefone, o politólogo Vladimir Dolin.
“Porém, tem algumas hipóteses de disputar a segunda volta com Ianukovitch se os eleitores considerarem que vale a pena votar numa figura nova”, sublinha o politólogo.

3 comentários:

PortugueseMan disse...

Caro JM,

Não temos posição conhecida sobre a NATO, UE e contrato de gás?

Ele não está a falar disso?

MSantos disse...

Já li que o Sr Tiguipko quer normalizar e reatar as relações com a Rússia. Obviamente isso significará o abandono dos planos para aderir à NATO, mesmo que mantenha a integração na UE.

Talvez possa ser a melhor alternativa.

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

quão interessante... não vai à segunda volta mas confirma-se como a cara nova que todos temiam que não aparecesse. será que ainda o vamos ver a exercer funções executivas e, nesse caso, será que tem pernas para restaurar alguma confiança nas instituições do país?
jb