segunda-feira, dezembro 24, 2012

Família de Alexandra vive numa casa em ruínas nas Rússia, mas deixa de ser considerada desfavorecida


A família de Alexandra Zarubina, retirada à família de acolhimento portuguesa em 2009, deixou de ser considerada desfavorecida, embora continuem a viver numa casa que até as autoridades russas reconhecem poder ruir a qualquer momento.
"Essa família deixou de ser desfavorecida, há muito que foi retirada da lista, eles conseguem sobreviver sozinhos. A menina é alegre, anda bem vestida", declarou Serguei Komissarov, presidente da Câmara de Pretchistoe, vila onde atualmente vive a menina, à jornal eletrónico life.ru.
Alexandra Zarubina foi retirada à família de acolhimento portuguesa pelo Tribunal de Guimarães em 2009 e entregue à mãe biológica, a russa Natália Zarubina, que acabou por levar a menina para a Rússia.
"A sua casa foi reconhecida como imprópria para viver e a família foi inscrita para receber um apartamento novo. Talvez para o ano seguinte ela já tenha uma nova morada", acrescentou o responsável.
Este Inverno na Rússia é um dos mais rigorosos dos últimos 50 anos. O mercúrio chega a descer aos 20-25 graus negativos na parte europeia do país.
Natália Zarubina afirma esperar que essa promessa se torne realidade, pois considera que "é impossível viver com uma criança numa casa em ruínas".
"Eu agora estou sem emprego, ninguém me dá trabalho devido a problemas com documentos. A nossa casa é muito fria, não é aquecida. Eu só quero uma coisa: que a minha filha tenha boas condições", acrescentou.
Recentemente, a mãe de Sandra conseguiu um emprego num supermercado de Moscovo através de uma agência, mas disse à Lusa ter sido enganada.
"Prometeram-me um salário, mas não me pagaram. Tive de pedir dinheiro emprestado para comer e regressar a casa. Vou a essa agência de emprego, que são uns aldrabões, exigir o que me devem", declarou por telefone, enquanto chorava.
Quanto a Alexandra, a menina está entre as melhores alunas da escola.
"As suas capacidades simplesmente surpreendem. A menina apanha rapidamente cada palavra. Tem uma excelente técnica de leitura. A Sandra já não tem sotaque estrangeiro, fala no mais puro russo", considera Irina Konstantinovna, directora de turma ao jornal life.ru.

4 comentários:

Manuel Goncalves disse...

Assim vai a justica por este mundo fora nao teria sido preferivel que todos pudessem ter continuado em Portugal , afinal que diferenca faria ja sao tantos que mais uma Mae e uma filha nao iria incomodar , porem a justica nao quis assim e ainda houve quem quizesse tirar proveito da situacao comecando logo por fazer a chamar propaganda na imprensa .

Manuel Goncalves disse...

Assim vai a justica por esse mundo fora mas temos que olhar para os nossos , talvez em Portugal aja muitos na mesma situacao .

Anónimo disse...

bem me parecia que a miuda é ET

Anónimo disse...

Triste esta história de vida duma menina que podia ter tudo para ser feliz em Portugal, espero mesmo que a menina venha a ter uma casa nova para a sua felicidade já que ela já nem fala Português e sendo boa aluna um dia poderá saber o quanto lhe fizeram mal, e seja uma revoltada como muitas crianças que também estão em má situação aqui em Portugal.